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História Herdeira da Luz e da Escuridão - O lugar de onde você veio


Escrita por: Hera_Bitch

Notas do Autor


Olá, olá meus amores!
Já estão derretendo nesse calor todo? kkkkk
Bem, acho que a primeira coisa que tenho a lhes dizer é sobre a capa ❤
Achei esse gif por acaso há uns dois dias e ele serviu perfeitamente pra HdLedE.
A segunda coisa é que o capítulo será mais parado, mas por motivos de que será para apresentar informações sobre nossa ruiva.
Então sem mais enrolação, vamos ao capítulo!

Capítulo 71 - O lugar de onde você veio


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - O lugar de onde você veio

 “Sua mente é seu maior aliado. Sua mente é seu maior inimigo. A escolha é sua.”

– Autor Desconhecido

 

POV Kakashi Hatake

Eu e o Shisui ajudamos a Amaya a se colocar de pé assim que ela terminou de tratar dos seus ferimentos. A ruiva não tinha curado-os completamente já que isso faria com que ela usasse uma grande quantidade de chakra, coisa que poderia fazê-la ficar em apuros se precisasse dele para reagir a alguma armadilha futura.

Voltamos logo em seguida à formação inicial. Seguimos pelo único corredor disponível naquele local. O ambiente era menos iluminado que antes, o que me fez ficar ainda mais alerta.

Passamos por uma parte completamente na penumbra no corredor e ao chegar à luz novamente, a Amaya parou, fazendo todos nós realizarmos o mesmo. Ela se virou e olhou para trás, por onde havíamos vindo.

– Ouviu algo? – A questionei, já que estava mais próximo dela.

– Não, pelo contrário – Ela me encarou – Não há som algum além de nós.

Olhei ao nosso redor rapidamente. A ruiva estava certa, aquilo era estranho. Estávamos em um laboratório que, mesmo depois de anos sem uso, continuava funcional. O fato daquela área não ter qualquer sinal de funcionamento não estava certo.

– Usem bastões de luz, procurem por qualquer falha nas paredes – A Amaya -nos instruiu procurando na própria bolsa do cinto por um bastão.

– Uma sala escondida? – O cara de fuinha perguntou e a ruiva assentiu.

– Com certeza – Ela entortou o bastão luminoso que tinha em mãos, fazendo o mesmo começar a brilhar.

– Como tem tanta certeza? – Koji levantou o questionamento e a Amaya o encarou.

– Me lembro desse lugar – Ela falou de maneira calma – Nós todos éramos trazidos sempre para cá.

Ponderei por um momento. Por “nós” ela está se referindo a si e as demais crianças desse laboratório, pensei. E se eles eram trazidos sempre, isso só pode significar que esse lugar é... O laboratório de testagem, onde estudavam seus corpos e torturavam eles.

Olhei para a ruiva e vi-a com uma expressão mais séria, diferente de antes, em que ela estava mais amena. Estamos cada vez mais próximos dos maiores medos dela aqui..., considerei.

Me aproximei dela e hesitei por um momento, antes de apoiar de leve minha mão sobre seu ombro, fazendo a Uzumaki trazer seus olhos a mim.

– Se quiser fazer uma pausa, vamos entender – Lhe disse baixo para que apenas ela ouvisse.

– Estou bem... – A ruiva falou no mesmo tom que eu.

– Não se esforce demais – Reforcei – Seja físico ou mentalmente.

Antes que tirasse minha mão de seu ombro para me afastar, a Amaya a segurou, fazendo-me encará-la novamente.

– Obrigada... – Ela agradeceu com um fraco sorriso.

POV Narradora

Não fora muito difícil encontrar uma leve falha numa das paredes e acionar o dispositivo que se encontrava atrás dela para revelar uma grande sala. Quando a porta fora aberta, uma lufada de ar gelado os atingiu. A temperatura naquele lugar era bem mais baixa que os demais.

Tanto o Shisui quanto o Kakashi se incomodaram ligeiramente com aquele frio excessivo, embora o Hatake preferisse as temperaturas frias. Já a Amaya e o falso Anbu estavam familiarizados com ele, fosse pelo tempo que haviam passado ali anos atrás, quanto pela preferência pelas baixas temperaturas.

– Podemos deixar a formação aqui dentro – A Uzumaki os avisou – Não há armadilhas – Todos assentiram.

Eles se espalharam pelo recinto, com exceção da ruiva que ficara parada, próxima da entrada, olhando o lugar por alguns momentos. Ela estava tentando não perder seu controle ali.

Aquele era o laboratório onde todos os testes de resistência de dor, capacidades intelectuais, estimulação neuronal, testes cognitivos e de medicalizações eram feitos. Depois dos tanques do andar anterior, aquele lugar representava mais 30% do que ela sofrera, e ainda sofria.

O falso Anbu estava afastado da garota, mas ainda assim a observava de soslaio, estudando cada reação facial e física que ela apresentava. Ele sabia que havia informações importantes sobre os experimentos naquela sala, mas nada que pudesse comprometê-lo, por isso não deu muito atenção ao que os outros dois garotos olhavam.

A primeira coisa que chamou a atenção do Shisui foram as fotos que se encontravam penduradas numa das telas luminosas na parede esquerda. Diversas fotografias do que parecia ser o desenvolvimento de uma pessoa.

Uma única anotação estava presente em todas elas, no topo direito: “122”. O Uchiha correu seus olhos pelas diversas fotografias, vendo que a cada uma aquele ser havia crescido um pouco mais.

Quando chegou mais perto das finais, uma sensação de mal-estar o atingiu ao entender quem era ali: Sua irmã. Esse é todo o registro visual do desenvolvimento dela..., ele concluiu.

Uma foto de quando a garota deveria ter, mais ou menos, uns três anos, era uma das únicas em que ela tinha seu rosto marcado por alguns hematomas. Shisui a tomou em mãos, olhando as anotações que haviam no verso:

Dia 1368

O experimento 122 foi testado além dos limites de dor que os demais chegaram. Sua resistência é, de fato, desproporcional aos outros.

Coletar seu material genético novamente para tentar buscar a origem definitiva para tal resistência (apenas devido aos genes do clã Uzumaki ou algum outro defeito?).”

O garoto precisou cerrar sua mão livre fortemente para não destruir aquela foto e suas anotações desumanas. Que tipo de monstro faz alguma coisa assim e com tanta tranquilidade?!, ele se questionou internamente e contraiu seu maxilar. Como pode...?!

Ele só saiu de seus pensamentos quando sentiu uma mão apoiar-se gentilmente em seu ombro e levou seus olhos ao responsável, vendo o mesmo par de olhos verdes da foto diante de si.

Amaya estendeu sua mão para o irmão e ele a olhou, logo levando os olhos de volta para a ruiva. Ele suspirou pesadamente e lhe entregou a foto que tinha consigo.

– Parece que essa era minha denominação – Ela comentou com calma, mas seu tom era sofrido – 122...

– Isso teria alguma ligação com a quantidade de crianças que criaram aqui ou alguma outra coisa? – O Uchiha perguntou tentando tornar ao seu estado de calma diante de tudo ao seu redor.

– É a quantidade de crianças – Kakashi afirmou e fez com que os irmãos levassem sua atenção a ele – Aparentemente, você foi a última a ser criada – O Hatake a encarou.

Amaya e Shisui se aproximaram do platinado para verem o que ele tinha encontrado. Eram dados sobre o procedimento experimental desenvolvido naquele laboratório, envolvendo a incubação e o material genético dos seres ali criados.

Ele entregou algumas folhas para ambos. Eram muitas anotações, sobre diversas coisas. Algumas faziam algum sentido, outras pareciam escritas numa linguagem completamente diferente, tamanho era o aprofundamento científico delas.

O que o Hatake lia discorria sobre as notas gerais sobre a incubação e pós-maturação das pessoas criadas naquele laboratório:

Procedimentos Experimentais (notas gerais)

– Incubação

Grande parte das cobaias acarretou em mortes prematuras (não chegavam nem mesmo a completar nove meses). Uma pequena parcela apresentou chances de desenvolvimento para o objetivo de estudo (26% com sucesso, sendo 31 descendentes dos clãs selecionados), enquanto 74% apresentaram falhas múltiplas em sua composição ou mesmo em seu desenvolvimento fora da incubação (um total de 91).

É importante ressaltar também que a maior parte das cobaias apresenta uma grande suscetibilidade a doenças, das mais variadas.

– Pós-maturação

Diversos experimentos necessitavam serem realizados, dentre eles: Limite de dor, estimulação neuronal, acréscimo de informação cerebral, lutas por sobrevivência e reação*, nível de concentração em combate e domínios naturais (genéticos).

 

* Envolvido no fator para auxílio do despertar do sharingan entre os portadores dos genes do clã Uchiha.”

Ele parara de ler e fechou seus olhos por um momento. Aquilo era inconcebível, nem mesmo o Hatake podia permanecer completamente calmo diante de tudo aquilo. Raiva era o que ressoava em si, assim como fora com o Shisui anteriormente.

– Acho que essas fichas são as especificadoras dessa... – A ruiva comentou e folheou os papéis que tinha em mãos, tomando um em específico – Essa é a... – Sua fala vacilou por um momento – Minha.

Procedimentos Experimentais (específico – 122)

Incubação

Seu período de incubação iniciou-se em 28 de julho e estendeu-se até 26 de abril, totalizando 273 dias. Passou pelo período sem apresentar muitas variáveis. Seu desenvolvimento apresentou o curso mais estável entre os testes.

Pertencente aos 26% que apresentaram chances de desenvolver-se para o objetivo do estudo. Única cobaia que apresentou resistência elevada às doenças as quais era submetida. Com um sistema imunológico altamente resistente*.

 

* Viria a ser uma característica proveniente da longevidade dos membros do clã Uzumaki?

Pós-maturação

• Resistência à dor = anormal (elevada);

• Estimulação neuronal = padrão;

• Memória = elevada;

• Nível de concentração/foco = elevado;

• Domínio genético = sem manifestações;

• Habilidades = Kenjutsu, taijutsu, ninjutsu, genjutsu (resistência; sem manifestação de utilização);

• Combate = Com exceção do primeiro teste, apresenta um comportamento frio e concentrado, avaliando e eliminando com rapidez seus oponentes (independente do grau de diferença de poder e idade entre eles).”

A Uzumaki parou a leitura dos papéis em suas mãos. A sensação de mal-estar estava prestes a lhe subir pela garganta e ela precisou respirar fundo com tudo aquilo.

Tudo que ela mesma um dia já se considerara estava descrito ali: Uma aberração, criada apenas para ser um brinquedo de laboratório. Um monstro desumano. Uma assassina.

Ela respirou fundo uma, duas, três vezes... E sentiu as mãos apoiadas sobre as suas, de seus dois portos de segurança ali: Shisui e Kakashi.

Ela assentiu fraco, como em agradecimento a ambos por estarem ali. E ambos entenderam sem nem mesmo trocarem uma palavra entre eles.

O falso Anbu aproveitava a cena um pouco mais afastado. Mas ele ainda tinha curiosidade de saber até onde poderia ir aquele autocontrole da garota.

– Há mais uma anotação sobre o experimento 122 – Ele anunciara com calma, tentando conter seu escárnio na voz.

– Podemos deixar isso para avaliarmos na aldeia – Shisui sugeriu, mas a Amaya negou.

– Não, o melhor é sabermos logo para que o que viermos a encontrar faça algum sentido – Ela suspirou baixo – Sobre o que é essa anotação? – A ruiva perguntou e encarou o homem, que sorria de maneira sádica sob a máscara, prontamente lendo.

Medicalização (observações)

Alimentação

Necessidade de recomposição alimentar diminuída; sem alergias manifestadas.

Resistências

Perda da duração dos soníferos a longo prazo. Reações diminuídas à maior parte das medicações.”

– Kami-sama... – O falso Anbu fingiu surpresa em sua voz – Um ser vivo assim, até parece...

– Um monstro – A Amaya falou, exatamente o que o homem esperava.

– Você sabe que não é isso – O Uchiha contestou a ruiva que tinha o olhar um pouco vago, embora assentisse fraco para o irmão.

O Hatake lançou um olhar para o falso Anbu que, para uma pessoa normal, teria feito todos os seus sentidos gritarem “perigo” diante da fúria que os olhos do garoto emanavam. Mas para o homem ali, aquilo tornava a situação ainda mais saborosa.

Ver os dois garotos fervilhando em raiva e seu experimento ressentindo tudo que fizera, que era como um ser vivo... Aquilo não lhe tinha preço.

Mas ele sabia que ainda não havia chegado ao ponto sensível da garota. Ele a conhecia e sabia que teria de quebrá-la primeiro para que a finalização de seus planos se desse com perfeição.

Tanto Orochimaru quanto Danzou haviam buscado o que podiam de informações sobre a garota nos anos seguintes ao Exame Chunnin, quando descobriram que ela estava viva e andando livremente pela aldeia.

E sabiam sobre a força de vontade que ela tinha, assim como sua determinação em combate. Qualquer ordem lhe dada, bem como missão, era cumprida com cautela, êxito e a mais precisa realização.

Ela podia ser definida como o soldado perfeito.

E era um material de estudo que não podia ser desperdiçado, ainda mais quando ressurgira diante de seus criadores ainda melhor do que da última vez que a viram.

– Talvez seja melhor continuarmos – O falso Anbu sugeriu com seu tom calmo – Acredito que tenhamos todas as informações necessárias dessa parte do laboratório – A Uzumaki concordou.

– Você está certo – Ela suspirou fraco – Me entreguem todos os documentos que recolheram para levarmos – Eles assentiram.

Amaya tomou em mãos um pergaminho médio, estendendo-o sobre o piso da sala. Os garotos entregaram para a ruiva o que tinham lido com ela há pouco e ela os depositou sobre o pergaminho.

O falso Anbu se aproximou com os documentos que tinha consigo e os estendeu para a garota. Se ele não estivesse usando a máscara, seu disfarce provavelmente teria sido estragado há tempos dado ao sorriso lascivo em sua feição.

Quando a ruiva segurou as folhas estendidas pelo Anbu para si, uma sensação estranha percorreu seu corpo de cima a baixo.

Havia três coisas em que a Uzumaki confiava fielmente: Sua família, seus amigos e sua intuição.

E naquele momento a última lhe alertava que algo estava errado. Porém a questão era: O que exatamente?

A garota levantou seus olhos para o homem diante de si, tentando encontrar algum motivo para considerar que aquilo era devido a ele, mas não encontrou. O comportamento dele não tinha sido, de maneira geral, suspeito até aquele momento.

Quando tentou forçar sua visão a enxergar a expressão dos olhos do homem diante de si, sob sua máscara, ele largou as folhas, deixando-as com a ruiva e tomando uma ligeira distância dela.

A garota estranhou aquilo, porque até mesmo parecera que ele entendera o que ela tentara fazer naquele momento. Ou pode ser apenas precipitação da minha parte..., ela ponderou por fim.

Amaya largou as últimas folhas entregues pelo Anbu sobre as demais e levantou sua mão direita com meio selo de cabra, selando todos os documentos que obtiveram naquela sala para que depois pudesse levar para Konoha, para uma análise minuciosa dos mesmos.

– Vamos continuar – A ruiva avisou e todos assentiram.



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