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História Herdeiros da Magia - Capitulo 130 Avanço.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


Desculpem pela demora, novamente um monte de coisas me dando problemas.
Mas finalmente temos um novo capitulo saindo agora do forno, espero que apreciem a continuação da saga do passado!

Capítulo 139 - Capitulo 130 Avanço.


Fanfic / Fanfiction Herdeiros da Magia - Capitulo 130 Avanço.

Capitulo 130 – Avanço.

 

 

(passado)

 

- CHEGOU O GRANDE DIA!! – gritou Belphegor no alto de uma torre.

 

Nesse momento um relâmpago o atingiu e ele caiu da torre feito um urubu abatido, no chão ele rastejou da cratera que abriu e deu de cara com Kyriel, seu irmão mais velho estava com uma cara muito brava pra quem parecia um anjo encarnado.

 

- Bom-dia Belphegor, dormiu bem? – perguntou Kyriel com os braços cruzados e emitindo faíscas.

- Oi irmãozão, você parece meio bravo – disse Belphegor assustado.

- Imagina, por que eu ficaria bravo? – questionou Kyriel – você só promoveu um apocalipse em meu jardim, não ficou uma árvore em pé, tem buracos por todo lado e ainda tem ovelhas endemoniadas correndo pelo palácio, POR QUE EU FICARIA BRAVO!?

- E eu nem lembro direito do que aconteceu, o álcool do Eidos é forte mesmo – dizia Belphegor se levantando – os outros já acordaram? Eu quero saber quem ganhou o jogo.

 

Nesse momento Arshe vinha caminhando com sua irmãzinha Mariet e também o demônio Egon, quando chegaram perto viram um enorme buraco bem profundo e Kyriel terminando de jogar pedras pra tampa-lo.

 

- Pensei ter ouvido o tio Belphegor aqui – disse Arshe procurando em volta.

- Ah sim, ele está aqui – disse Kyriel olhando pro buraco cheio de pedras – bom-dia Mariet, o que está fazendo aqui?

- Ela está com medo das ovelhas, apareceu uma na minha casa – explicou Arshe – desculpe por isso pai, se eu soubesse o que ia acontecer teria dado uma desculpa pra não traze-las.

- Você só estava cumprindo ordens, você sempre foi bom nisso – disse Kyriel – hoje iniciaremos o ataque aos humanos, quando isso acabar eu posso dar um território pra você e sua irmã viverem juntos, acho que é isso o que você queria não é?

- Eu fico muito grato por isso – disse Arshe – agradeça também Mariet.

- o-ob-obi-obrigado – a menina se curvou meio sem jeito.

 

Mariet tinha medo do pai, não que ele tenha lhe feito algum mal, mas ela sabia o que acontecia com filhos inúteis, principalmente aqueles que caíam nas mãos da Hecante, por isso ela evitava se aproximar do Kyriel pra não ser visada do mesmo jeito.

 

- Arshe, quando a batalha estiver no auge provavelmente muitos humanos vão fugir – dizia Kyriel – quero que cace todos eles, fui gentil o suficiente para deixar que vivessem e agora abusam disso, então a ordem e completa aniquilação.

- Eu ouvi isso! – disse a voz abafada do Belphegor saindo do buraco.

- E você faça seu trabalho direito! – ordenou Kyriel – precisamos vingar o Dantalion, além disso se você voltar sem as cabeças dos heróis será a sua que vai enfeitar os muros!

 

Kyriel saiu voando de volta pro palácio, pouco tempo depois Belphegor conseguiu sair do buraco onde estava enterrado, ele limpou a poeira e ficou numa postura que mostrava que ele estava no modo sério.

 

- Estou indo liderar as tropas na linha de frente, vou levar o Maostema e o Atroces comigo – explicava ele – já a Hecante, o Ouroboros e o Amaimon devem ir matar os heróis no norte, alguma coisa que eu deva saber?

- Nada em particular, já relatei tudo que precisavam saber – disse Arshe – o que os outros vão fazer?

- Vão ficar aqui, por acaso eu levaria a Fierna numa guerra? – respondeu Belphegor.

 

Belphegor num pulo só subiu para o alto de uma muralha, do outro lado dava pra ver o colossal exército demoníaco, um total de 500 mil demônios classe média pra cima, era uma força avassaladora que poderia conquistar quase tudo nesse continente, pelas estimativas do Belphegor ele venceria essa guerra sacrificando apenas 25% do seu poderio militar, mesmo enfrentando o dobro de oponentes.

 

- Isso não é lindo garoto? – perguntou Belphegor emocionado.

- Eu não tenho certeza se entendi a pergunta – disse Arshe.

- Duas Forças estão prestes a colidirem, ambas lutando pela supremacia – explicava Belphegor empolgado – os motivos que levaram a isso não importam, pelo menos não depois que a batalha começa, no campo de batalha são apenas duas forças tentando se matar! O massacre no campo de batalha é a coisa mais insana que existe, por isso eu nunca me canso disso!

 

Essas palavras faziam Arshe ter um pouco de compreensão sobre Belphegor, ele era louco porque a deusa Anix o fez assim, mas também porque a guerra é pura insanidade, pessoas podem procurar qualquer razão para lutar, mas quando a luta começa a insanidade toma conta de todos, e ainda assim ambos os lados estão cobertos de razão, era ordem na loucura e loucura na ordem.

 

- Ah sim! eu já ia esquecendo, eu encontrei isso aqui quando matava o líder dos drimics! – dizia Belphegor puxando sua capa e tirando algo de dentro – você gosta dessas coisas não é? Então eu trouxe pra você.

- Ah legal, um elmo novo! – Arshe até que ficou feliz com isso.

- Essa coisa provavelmente nem cabe na sua cabeça, mas você gosta mesmo assim não é?

- É assim que é um colecionador, muito obrigado – agradeceu Arshe – você é o meu tio favorito, quando você morrer eu vou sentir sua falta.

- Espera, o que você quis dizer com isso? – perguntou o outro confuso.

- Nada não! Eu tenho que ir agora – disse Arshe correndo pra sua irmã – boa-sorte na matança!

- Garoto esquisito – comentou Belphegor vendo-o ir embora – eu gosto dele.

 

****************************************

 

- Atenção! Os demônios deixaram a capital! – relatava o batedor que chegava correndo – o tempo estimado de chegada é de meio dia!!

- Maldição, são rápidos demais! – reclamou um dos oficiais.

 

Os 800 comandantes do exército humano estavam reunidos, apenas eles sabiam do verdadeiro plano de guerra, que eles e os outros soldados deveriam resistir à investida demoníaca o máximo que pudessem, sendo assim eles deveriam lutar uma batalha na defensiva, eles lutariam e recuariam o máximo possível afastando os demônios do centro.

 

- Agora que eles estão vindo devemos instruir os soldados – falava aquele deixado no comando – expliquem a eles a estratégia de batalha, mas não falem a razão disso, precisamos fazer os demônios pensarem que ainda estamos tentando engana-los!

 

Os comandantes correram pra instruir seus subordinados, essa guerra era um jogo de enganação e venceria quem enganasse mais seu inimigo, por isso o exército humano lutaria às cegas até agora, um milhão de guerreiros prontos pra sacrificar sua vida pelo futuro da humanidade.

 

******************************************

 

- Estou contando com vocês – disse Taugen após um discurso.

- Tenha certeza disso, daremos nossas vidas nessa batalha – respondeu a pessoa encarregada.

- Não façam nada absurdo, vocês estarão enfrentando Hecante e o Amaimon – explicava Krina – sem falar no Ouroboros, a missão de vocês é faze-los pensar que estamos aqui.

 

Krina e Taugen estavam contando o resto do plano para os seus seguidores, no norte do continente uma força de 50 mil soldados de elite se reuniu para lutar pelos heróis, além disso uma magia épica foi conjurada sobre alguns deles, essa magia deu a um pequeno grupo a aparência e presença dos próprios heróis, assim eles poderiam simular que estavam liderando essa força de elite.

E assim seguia o plano elaborado por Arshe Gray: um exército enorme lutava contra o exército demoníaco com o intuito de atrasa-los e reduzi-los, enquanto isso uma força separada atacaria a capital e o palácio, então os demônios fingindo cair no truque mandariam uma força separada pra intercepta-los, mas é aí que estaria a verdadeira armadilha, enquanto as duas forças distraiam os demônios uma terceira atacaria pelo lado oposto, e nessa terceira força estariam os heróis, era um plano de três camadas.

 

- Admita, seu plano era uma merda – dizia Krina enquanto abria o portal.

- Nunca saberemos já que vocês aceitaram aquele mago negro completamente – reclamava Taugen – eu ainda acho que ele está nos levando para uma armadilha.

 

Mas Krina não deu bola pra ele, os dois apenas atravessaram o portal e entraram na casa que ela tinha em outra dimensão, na casa os outros heróis esperavam por eles, todos prontos para a batalha que viria, além disso fora da mansão ainda havia quase mil pessoas, eram os subordinados dos heróis que teriam o papel de atrasar qualquer força demoníaca que ainda restasse na capital.

 

- Já instruímos o pessoal, eles sabem o que precisa ser feito – disse Taugen.

- Você contou a eles que o papel deles na missão é basicamente morrer não foi? – disse Kaijar Baston.

- Se falharmos todos morrerão do mesmo jeito, nós também estaremos com a corda no pescoço – respondeu Taugen.

 

Os heróis se reuniram aos seus subordinados, ao lado da Rysaja estava a celestial Astréia e alguns magos brancos, quando todos ficaram prontos Krina abriu um grande portal que os levou para uma planície, o céu coberto por nuvens escuras e o chão coberto por terra preta, quando se olhava pro horizonte dava pra ver as nuvens tempestuosas que cobriam a capital demoníaca, esse era o mais perto local por onde eles podiam chegar, dali em diante só podiam chegar mais perto cruzando a distância que os separava de seu destino.

Nesse momento outro portal se abriu, era Arshe que chegava já pronto pra batalha, os subordinados que os heróis trouxeram não faziam ideia de quem fosse aquela pessoa, mas todos sentiam que havia algo de sombrio nele, Rysaja naturalmente foi a primeira a cumprimenta-lo, e todos os presentes notaram uma certa intimidade entre eles, mesmo que poucas palavras fossem ditas.

 

- Então você veio mesmo – disse Taugen.

- O velho aqui estava esperando que fosse uma armadilha – dizia Krina – ele quase apostou que encontraríamos o Kyriel nos esperando aqui.

- Besteira, se eu quisesse engana-los não teria me revelado – dizia Arshe.

- Como está a situação no palácio? – perguntou Rysaja.

- Além do Kyriel também estão presentes o Eidos, Fierna, Tairoji e Mephiles – explicava Arshe – Eidos não é muito poderoso mas é um cara chato de se enfrentar se ele tiver tempo de se preparar, já a Fierna... ou você a mata logo ou ela te fode, de vários jeitos diferentes de se pensar.

- Tairoji é quase tão poderoso quanto o Belphegor não é? – perguntava Rainer Gigard interessado – acho que vou ficar com ele enquanto vocês atacam o palácio.

- E esse Mephiles? – perguntou Walto Villent.

- Esqueça ele, Mephiles é praticamente inofensivo em batalha, mas não dá pra mata-lo – explicava Arshe – ou melhor: não importa quantas vezes você o mate ele sempre reaparece, é quase como se ele tivesse vidas infinitas.

- arf, eu odeio hackers com esses truques – dizia Krina usando gírias que só ela conhece – se já estiverem prontos eu vou providenciar nosso transporte.

- Ainda não, ainda há uma última coisa que preciso fazer – dizia Rysaja.

 

Rysaja foi até os seus subordinados mais próximos, entre eles havia uma idosa com quem Rysaja conversou por um tempo, a idosa sorriu e recebeu em suas mãos uma estatueta de dragão feita toda de cristal branco e prata, depois Rysaja fez um ritual na língua dracônica e um enorme selo de invocação apareceu sob os pés da idosa, com isso ela foi envolvida por uma luz que foi ficando cada vez mais forte.

 

- O que está fazendo? – perguntou Taugen.

- Há um certo aliado que posso invocar mediante um sacrifício, felizmente eu reencontrei este totem alguns anos atrás – explicou Rysaja – aquela senhora se voluntariou pra isso, ela já estava velha demais pra lutar pela humanidade e pediu para ser útil mesmo que fosse como sacrifício.

- Não sabia que você tinha estômago pra sacrifícios – dizia Krina surpresa.

- Não faria se ela mesma não sugerisse – respondeu Rysaja.

 

Quando a luz terminou de brilhar havia algo no lugar da senhora idosa, era um dragão branco maior que o normal e com um porte mais altivo, havia alguns símbolos em dourado pelo seu corpo indicando que ele era diferente dos outros, o dragão então abriu seus olhos e suas asas.

 

- Eu sou Aestyrondala, e pelo pacto antigo eu... – então ele olhou a mulher de pé na frente dele – espera! Você de novo!? SERÁ QUE NINGUÉM MAIS ENCONTRA ESSA DROGA!?

- “De novo”? Você já o invocou antes? – perguntou Krina.

- Sim, essa é a terceira vez – respondeu Rysaja quase rindo – eu me apeguei ao Aesty, então eu prefiro que seja ele.

- Já eu prefiro não ver sua cara de novo, sempre me dando tarefas impossíveis – reclamou ele – que seja, o que você quer dessa vez?

- Estamos indo erradicar todos os arquidemônios – explicou ela na maior tranquilidade.

- Tá vendo só!? Sempre o impossível!! – reclamou Aesty furioso.

- Não é impossível, já estamos fazendo – respondeu ela – você só precisa nos dar cobertura, o resto nós mesmos fazemos.

- Contanto que você acabe com os servos do Kyriel a gente dá um jeito – dizia Krina.

- Ok então, acho que isso eu posso fazer – disse Aesty – ah olha só! Já tem um logo ali!

 

Aesty abriu sua mandíbula e disparou um sopro de luz na direção do Arshe, este viu a rajada de luz mortal e gritou enquanto pulava pra trás de uma rocha, no lugar onde ele estava antes um rastro de rocha derretida indicava o que teria acontecido com ele.

 

- DROGA! VOCÊ ERROU! – disseram Taugen e Astréia ao mesmo tempo.

- Espera! Esse aí não!! – gritou Rysaja pulando na cara do Aesty – esse aí tá do nosso lado, então esqueça ele ok?

- Você se juntou a um mago negro? O que diabos andou acontecendo desde a última vez que me invocou? – perguntou Aesty confuso.

- É isso o que estou tentando entender também – reclamou Astréia.

- Oh você está aqui também? Ainda sendo abusada tanto quanto eu? – perguntou ele reconhecendo Astréia.

- Será que dá pra deixar as reuniões pra mais tarde? Enquanto estamos aqui nosso exército está lutando – reclamou Taugen.

 

De fato havia um senso de urgência na situação, então Rysaja explicou para Aesty o que estava acontecendo enquanto Krina invocava criaturas voadoras, logo uma dúzia de arraias voadoras enormes surgiram para carregar todos em suas costas, Rysaja subiu em Aesty e pediu para Arshe ir com ela, mas o dragão rosnou bem alto e com isso o mago negro desistiu da ideia de subir nele, preferindo ir na frente por seus próprios meios, assim o grupo de ataque partiu em direção ao palácio Kyriel.

 

 

*****************************************

 

(8 horas depois)

 

O clima parecia ter sido corrompido, o céu antes azul agora estava coberto de nuvens negras, no horizonte já se podia ver o exército demoníaco se aproximando, ao todo 500 mil demônios avançavam em formação perfeitamente organizada, uma formação que lembrava um “T” com os arquidemônios na frente, os primeiros 200 mil demônios estavam em uma linha horizontal que ocupava 4km, Belphegor estava bem no centro dessa linha, Atroces estava na ponta direita enquanto Maostema estava na ponta esquerda, outros demônios superiores comandavam as forças que vinham atrás.

 

- Nossas ordens são para lutar defensivamente e ganhar tempo – dizia o comandante dos humanos – mas não tem como aguentar só recuando, vamos atacar também.

- E o que devemos fazer? – perguntou um dos capitães.

- Envie 50 mil homens, ataque a asa direita deles! – ordenou o comandante – vai ser uma batalha de desgaste, enviaremos unidades assim aproveitando a nossa vantagem numérica!

 

Enquanto o exército principal recuava devagar um enorme bloco de soldados avançava contra os demônios, 50 mil soldados por si só já era um exército em marcha, mas parecia pequeno diante do que eles iam enfrentar, mesmo assim aquelas pessoas sabiam que precisavam dar suas vidas em batalha, a ordem era que eles precisavam eliminar pelo menos 10 mil inimigos nessa primeira colisão, mas o objetivo real era o dobro disso, o plano de batalha do comandante era minar o exército do Belphegor pouco a pouco mesmo que precisasse usar até o último homem pra isso.

 

- Nada mal, não foram burros de vir pra cima com tudo – elogiava Belphegor – só que naquela lado eu deixei a besta mais selvagem do mundo, se quer ameaça-lo vai precisar de duas vezes mais soldados que isso.

 

Houve a primeira colisão de tropas de ambos os lados, humanos saíram voando feito carcaça morta ao chocarem-se contra os demônios, mas eles também lutavam em grupos de 5 contra 1 pra nivelar a diferença de forças, o som da batalha podia ser ouvido à quilômetros de distancia, mas o rosnado furioso do Atroces foi ouvido ainda mais longe, quando Atroces entrou na batalha mil vidas foram ceifadas em questão de segundos, quando a monstruosidade selvagem saiu varrendo qualquer coisa em seu caminho.

 

- Esquadrão de besteiros! À frente! – ordenou o líder de um outro grupo de mil homens.

 

O esquadrão se posicionou e todos dispararam suas flechas explosivas, tudo ao mesmo tempo e contra um único alvo, Atroces atingido ficou em pedaços, praticamente uma bola de carne queimada e pulsante no chão, foi aí que ele começou a se regenerar.

 

- Outra rodada! – ordenou o capitão do esquadrão.

 

Eles não tiveram tempo de dar outra rodada de tiros, pelo flanco uma unidade de demônios quadrupedes avançou e caçou todos eles, enquanto Atroces se levantava os demônios atrás dele se reorganizavam, naturalmente ele não ligava pra organização, mas demônios alados vinham trazer instruções do próprio Belphegor, o plano dele era deixar Atroces atacar pelo centro enquanto seus camaradas faziam a limpeza pelos lados, simples mas eficiente.

 

- 50 mil homens mortos em 10 minutos de batalha – dizia o comandante rangendo os dentes de ódio – precisamos mudar de estratégia, ou não vamos durar mais que duas horas aqui!

 

Vendo a diferença esmagadora de forças o comandante precisava equilibrar a situação, então foi decidido esperar que os demônios atacassem pra que eles revidassem, a estratégia seria sempre usar o dobro de força pra bater de volta, com isso pelo menos esperava-se que os dois lados sofressem o mesmo número de baixas, o maior problema seria lidar com os arquidemônios e seus servos mais próximos.

 

- Espero que os heróis estejam tendo mais sorte – dizia o comandante preocupado.

 

 

********************************************

 

- Como vai indo a nossa guerra? – perguntou Kyriel sentado em seu trono.

- Pois não meu lorde, por favor observe a tela – pediu um demônio subordinado do Eidos.

 

A tela mostrava o que um demônio em forma de olho visualizava, ele estava voando bem acima do campo de batalha onde Belphegor lutava, havia áreas onde estava uma verdadeira bagunça e outra onde duas forças se encaravam à distância, no geral Belphegor ainda não parecia ter entrado na luta pessoalmente, ele parecia estar ocupado reduzindo as forças humanas até sentir-se seguro pra ir em frente.

 

- Belphegor é idiota mas é competente, podemos deixar ele lidar com isso do jeito que quiser – dizia Mephiles – e quanto aos heróis?

 

A tela mudou para outro local, uma antiga fortaleza humana que tinha sido tomada pelos demônios ano passado, no momento a fortaleza foi retomada pelos heróis e seus subordinados, uma força de elite composta pelos 50 mil melhores guerreiros e magos da humanidade, uma força que se deixada intocada poderia mesmo ameaçar a capital.

Mas até isso fazia parte do plano dos demônios, Arshe já tinha informado que os heróis usariam aquela fortaleza como base para avançar de uma vez só, então Kyriel deixou as defesas do lugar propositalmente fracas, eles tomaram a fortaleza rapidamente e baixaram a guarda.

Assim quando Hecante, Ouroboros e Amaimon chegassem eles seriam pegos desprevenidos e aniquilados, pelo menos era isso o que estava no roteiro, Ouroboros se materializou trazendo os seus irmãos com ele, Hecante já chegou metendo magias de destruição em massa, enquanto Amaimon saía ceifando vidas a cada golpe, mesmo assim a resistência daquele grupo de elite era maior do que o esperado, já que eles pareciam ter se preparado com todo tipo de recurso.

 

- São os heróis afinal, não seria fácil mesmo para três arquidemônios – dizia Kyriel – se precisar eu mesmo irei até lá.

- A senhora Hecante ficaria furiosa se o senhor se expusesse ao perigo – dizia o demônio – pelo que sei o senhor Arshe vai atacar de surpresa durante a batalha não é?

- Sim, posso deixar isso com aquele garoto – disse Kyriel satisfeito – a humanidade vai cair pela lâmina assassina de um humano, eu aprecio a ironia da situação.

- Eu posso ficar com um desses heróis? – perguntou Fierna – eu sempre quis ter um na cama.

- Eu já disse que não quero saber das coisas que você faz – reclamou Kyriel.

- Ah por favor, você pegou meu livrinho não foi? – provocou ela – com tantas esposas eu imagino que você queria testar coisas novas, gostou do capitulo 26?

- Aquilo só é possível pra mulheres – disse ele virando a cara.

- Tem certeza? Talvez você acabe gostando! – Fierna começou a rir.

- Tenho certeza que preciso de contexto pra entrar nessa conversa – dizia Mephiles meio constrangido.

 

Nesse momento uma explosão foi ouvida seguido de uma vibração na parede, Kyriel se levantou do trono e olhou pela grande janela que se abriu, ele pôde então ver que metade do setor oeste da capital estava em chamas, como se uma magia de escala épica tivesse explodido naquela região.

 

- Alguma chance de alguém ter tropeçado num dos experimentos do Eidos? – perguntou Kyriel.

- O laboratório do Eidos fica no setor sul – disse Mephiles – e já teve uma explosão lá essa semana, ele não costuma ter duas por semana.

- Imaginei isso, então suponho que temos visitas – disse Kyriel mostrando alguma irritação.

 

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(um pouco antes)

 

- Estou surpresa que eles não tenham no detectado até agora – dizia Rysaja.

- É verdade, o caminho está livre de vigilância – comentou Aesty.

- Suponho que aquele cara tenha feito algo – comentou Astréia.

- Oh? Você já está reconhecendo o Arshe? – disse Rysaja surpresa.

- Não aceito aquele cara, mas ele é eficiente – respondeu a celestial – até agora tudo seguiu suavemente graças à ele.

 

Se até Astréia teve que engolir seu orgulho então seria mais fácil convencer o resto do mundo, depois que a guerra fosse vencida Rysaja convenceria todos a aceitarem o Arshe e assim pode assumir o relacionamento que tinha com ele.

E enquanto pensava nisso um portal obscuro se abriu na frente deles, Aesty parou e começou a planar enquanto Arshe saía pelo portal, antes de cair do céu ele fez uma plataforma de energia negra solida.

 

- Eu eliminei toda a vigilância no caminho daqui até lá – explicava ele – os guardas não vão nos ver chegando até estamos sobre os muros, daí em diante é por conta de vocês.

- hahahahaah bom trabalho garoto, você foi mais útil do que pensei – disse Dargen Nossin – um ataque surpresa é 10 vezes mais danoso.

- Eu vou tentar fazer o que puder das sombras, quanto mais tempo pro meu pai notar minha traição mais chances teremos – dizia Arshe.

- Astréia, você e os celestiais vão dominar a área residencial – ordenava Rysaja – eliminem todos os demônios e deixem os humanos fugirem.

- A maioria das pessoas nem vão tentar ficar no caminho, mas se algum humano lutar contra vocês pode eliminar – avisava Arshe – os meus irmãos que não são corrompidos vão priorizar suas vidas primeiro.

- E quanto a sua irmã? – perguntou Astréia.

- Está segura numa mansão afastada, o Egon tá cuidando dela – respondeu Arshe.

- Você deveria deixar a capital junto com ela – sugeria Rysaja.

- Obrigado, mas só vamos estar seguros se vocês vencerem – respondeu ele – do contrário meu pai vai nos caçar no universo inteiro.

 

Arshe se comprometeu a limpar o caminho o máximo que conseguisse, então ele desapareceu com sua magia, já Rysaja usou o poder concentrado em sua lança Gaencrista e combinou com o sopro de luz do Aesty, os dois ataques unidos tiveram um poder similar à uma magia épica, destruindo quase metade do setor oeste da capital demoníaca.

 

- Esse seu brinquedinho novo é mesmo interessante – comentou Krina.

- Você não faz ideia do trabalho que tive pra juntar componentes – respondeu Rysaja enquanto o grupo avançava em direção à cidade – aqui tem pedaços da lua e também um metal extraído de dentro de uma estrela!

 

Os heróis liderando uma força de combate entraram na zona destruída, tão logo aterrissaram com as arraias voadora uma horda os atacou, rapidamente os heróis se espalharam e formaram uma zona segura após dizimarem a horda, uma barreira foi erguida pra proteger os não-combatentes que dariam apoio de várias formas.

 

- Aesty, se puder dê apoio aéreo abatendo os demônios voadores – pedia Rysaja.

- Atenção todos! Nós iremos nos infiltrar no palácio, ajam em duplas e cubram uns aos outros! – ordenava Taugen – a prioridade é eliminar logo o Tairoji que comanda a defesa da capital, assim que ele cair os demônios ficarão desordenados.

- Agora que estamos aqui não vai demorar até Ouroboros e Hecante voltarem – avisava Krina – e se o Amaimon vier com eles vamos estar ferrados!

- Uma hora! Esse é o tempo limite pra vencermos aqui! – disse Taugen – depois disso cada minuto a mais aperta a corda em nossos pescoços!

 

E assim começou o contra-ataque da humanidade, a medida que os heróis avançavam o grupo de apoio avançava logo atrás, metade deles foi enfrentar Tairoji que liderava o exército defensor da capital, já a outra metade se dirigia diretamente pro palácio Kyriel, enquanto isso Astréia e um grupo de celestiais atacava a área residencial, seguindo as ordens eles eliminavam qualquer um que lutava contra eles, mas deixavam fugir qualquer um que não lutava ou se rendia.

 

**********************************************

 

- Então foi assim que se desenrolou a grande guerra milenar – dizia Ryna com uma certa emoção na voz.

- É verdade que tem muita coisa que não sabíamos, incluindo esse cara cinzento – dizia Darch – por que esconderam isso da história?

- Não é que escondemos, foi apagado – explicou Krina – exceto para quem viveu aquilo a verdade foi alterada e muitos fatos escondidos, nossos netos mesmo nem sabiam mais disso, os dragões com suas vidas seculares são os únicos que se lembram.

- Mas por que o próprio Kyriel queria que soubéssemos disso? – perguntava Ryna – apesar de algumas mudanças essa história não difere muito do que nos é ensinado.

- É porque o pior está por vir, o resultado dessa guerra é o mesmo, mas o que se esconde nas sombras não – revelou Krina – tem coisas que se fosse por minha vontade nunca mais lembraria.

 

 

Continua.


Notas Finais


Na capa temos o Tairoji, a antiga forma do Onimaru.
.
Eu estava planejando lançar esse capitulo só depois de mais um especial, mas devido a certas travamentos de inspiração o especial fica pra depois, e nele eu mostrarei que relacionamento foi esse que Rysaja teve com Arshe.


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