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História Herdeiros da Magia - Capitulo 34 Retribuição.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


Dando continuidade a historia, dessa vez com um cap maiorzinho.
E a partir de agora as coisas vão esquentar, está na hora de sacudir o mundo um pouquinho!!

Capítulo 34 - Capitulo 34 Retribuição.


Fanfic / Fanfiction Herdeiros da Magia - Capitulo 34 Retribuição.

Capitulo 34 – Retribuição.

 

 

- Eu ouvi direito? Você quer a nós dois? – perguntou Ryna sem entender – qual o significado disso?

- Vocês conhecem esta figura? – perguntou a garota mostrando um medalhão.

 

Os dois presentes olharam para o medalhão que ela mostrava, ele era dividido em duas partes iguais de branco e preto, na metade branca havia um círculo preto, e na metade preta havia um círculo branco, além disso ele dava a impressão de algo em constante movimento.

 

- No meu país este medalhão representa o onmyo, que pro sua vez representa o yin e yang – dizia a garota seguindo com sua explicação – em seu idiota e cultura eu diria que isso representa a luz e as trevas.

- Eu acho que estou ficando perdido aqui – dizia Darch coçando a cabeça.

- Eu sou a filha da sacerdotisa da corte real, vim aqui com uma missão – dizia Kuzoha – eu busco o equilíbrio entre luz e trevas, e esse equilíbrio é representado por vocês dois.

- O que lhe faz pensar isso? – perguntou Ryna.

- Você é a maga branca que já foi corrompida, aquela que teve a mancha da escuridão dentro de si – explicava Kuzoha – e você é o mago negro que luta contra a escuridão, que tem a chama da esperança de resgatar uma alma perdida.

 

Os dois perguntaram como ela sabia disso tudo, Kuzoha explicou que sua mãe profetizou esse encontro, foi por isso que ela usou todos os meios para ser aceita na academia e aproximar-se deles, a profecia não especificava nomes mas após uma boa investigação Kuzoha chegou até eles, e o relacionamento próximo que os dois tinham comprovava isso.

 

- Vocês são opostos que se complementam, duas faces da mesma moeda – dizia ela – é por isso que eu preciso dos dois.

- Precisa de nós para o que? – perguntou Darch.

- No meu país acreditamos no equilíbrio entre luz e trevas, até temos uma cidade habitada pelos Onis (demônios) – explicava ela – no passado existiam mestres capazes de usar tanto o poder yin como o poder yang.

- Isso é maravilhoso! Se pudéssemos trazer tal conhecimento para este país...

- Isso é impossível, nossa cultura não deve ser exportada para fora – cortou Kuzoha – na verdade todos os sábios da ordem reclamaram veementemente sobre buscar ajuda de fora.

- Hã? Mas trazer equilíbrio entre luz e trevas é a solução perfeita para a paz – dizia Ryna – por que não compartilham esse conhecimento com outros povos!?

- Vocês são bárbaros e ignorantes, não são dignos de tamanho conhecimento e filosofia – dizia ela com um ar de soberba – uma arte tão nobre entregue a vocês só iria resultar em desgraça.

- Você vem buscar ajuda e é assim que você trata quem poderia lhe ajudar? – perguntava Darch irritado – existem maneiras mais inteligentes de se pedir ajuda, alias, você não disse onde entramos nessa.

- Ah sim, eu já ia chegar lá – disse ela – eu preciso que vocês tenham um filho, e que ele restaure a antiga arte do onmyo.

 

As palavras dela acertaram os dois como uma flecha, quase ao ponto de derruba-los, Kuzoha ficou observando que os dois pareciam ter travado, Ryna ficava extremamente pálida enquanto Darch parecia estar tremendo, seus olhos sem foco indicavam que eles não estavam mais nesta realidade.

 

- Eu pensei ter ouvido algo sobre um filho... – dizia Ryna perdida.

- Se vierem comigo ao meu país podemos ensina-los na arte onmyo – dizia Kuzoha – e com isso ao terem um filho ele pode reviver a arte antiga que permite usar yin e yang, com isso todos ganham.

- Legal, quando começamos? – perguntou Darch fazendo graça.

- Não tenha ideias idiotas!! – disse Ryna dando um soco no estomago dele – nunca mais você vai me ter daquele jeito!

- Oh! Então vocês já têm experiencia! – disse Kuzoha satisfeita – então vai ser mais fácil, não precisarão passar por uma situação constrangedora.

- Esqueça isso!! Você não ouviu nada disso!! – dizia Ryna nervosa tentando contornar a situação – nós não temos esse tipo de relacionamento!!

- cof cof, é isso mesmo, e você não pode chegar nas pessoas querendo que elas tenham filhos – dizia Darch com as mãos na barriga – isso é completamente insano.

- Eu disse que vocês não teriam nada a perder não é? Se vierem comigo eu posso garantir uma boa vida para ambos – dizia ela – além disso vocês evitarão o destino trágico que se abateria sobre vocês aqui.

- Destino trágico? – perguntou Ryna ficando séria e assustada – do que você está falando?

- A profecia pedia urgência na busca, porque os dois estão destinados à tragédia se permanecerem aqui – explicava Kuzoha – enquanto permanecerem aqui é garantido que a chama da esperança do equilíbrio se perderá.

- O quão preciso são essas profecias? – perguntou Ryna.

- Minha mãe jamais errou, nosso império foi capaz de prosperar graças ao poder das sacerdotisas – respondeu ela – nenhum imperador jamais ignorou os avisos das sacerdotisas, e graças a isso somos a maior potência do leste.

- Que bom pra vocês, mas eu não pretendo ir embora daqui – respondeu Darch sério e determinado – há algo que preciso fazer e não vou desistir.

- O mesmo vale para mim, eu estou me preparando para algo muito importante no futuro – respondeu Ryna – não fugirei de minhas responsabilidades, as mesmas que eu quis levar adiante.

- Isso é insanidade, não há um caminho para vocês aqui! – disse Kuzoha frustrada – a previsão...

- Não ligamos pra sua previsão, eu vou construir meu próprio futuro aqui – disse Darch – eu vou corrigir os erros do passado e recomeçar do zero.

- Eu penso o mesmo, fugir com medo de um futuro incerto é coisa de fracos e tolos – respondeu Ryna – se o destino é inevitável eu vou encara-lo de cabeça erguida, mas não pretendo deixar meu futuro já escrito.

- É como eles disseram Kuzoha-san – dizia Ardof surgindo magicamente – nós do continente vemos as coisas diferente de vocês.

- Ardof-dono, eu não pensei que vocês fossem tão irracionais – disse a garota.

- Eu permiti que viesse a academia como uma aluna, você pode continuar aqui se quiser – explicou ele – você está registrada no curso de magia natural e com excelentes notas, seria um desperdício abandonar agora não acha?

- Eu não desisti de convence-los, eu vou continuar aqui para vigia-los – explicou ela – além disso minha mãe se esforçou demais para me colocar aqui, seria um desperdício não levar nada de volta.

 

Kuzoha se curvou respeitosamente para Ardof, e depois fez um gesto menos formal para Ryna e Darch, depois disso ela se retirou para o dormitório feminino, Ardof tinha um sorriso engraçado de alguém que testemunhou algo muito divertido.

 

- O que foi tudo isso? – perguntou Darch perdido novamente.

- Kuzoha tem uma posição equivalente a de uma princesa, e por isso passa por muitas dificuldades – explicava Ardof – ela precisa restaurar a antiga arte do povo dela, senão as sacerdotisas correm sério risco de perder sua posição privilegiada.

- E pra isso ela precisa levar nós dois para o país do leste, a terra de Yamato não é? – dizia Ryna – eu quase simpatizo com ela, mas não tenho a intenção de me deixar governar por profecias e tal.

- Eu penso o mesmo, o maior perigo de magias proféticas é que elas passam a governar quem depende disso – explicava Ardof – o futuro não é imutável, do contrário as próprias profecias perderiam o sentido, afinal se o futuro é imutável por que se preocupar em conhece-lo?

 

As palavras do Ardof tinham um significado profundo, o país do leste chamado Yamato era prospero e poderoso, graças ao seu estilo e também as profecias das sacerdotisas, mas havia também uma imensa distinção de classes, e o fato de que eles acreditavam cegamente no destino.

 

- Continuem assim e vocês poderão superar qualquer obstáculo – sugeria Ardof – tenham uma boa noite, e não fiquem até tarde por aí.

 

Ele despediu-se e depois começou a caminhar pelo terreno da academia, Ardof gostava de fazer isso as vezes, enquanto isso Darch olhava para Ryna que percebeu o olhar dele.

 

- O que foi? – perguntou ela olhando torto pra ele.

- Nada não, só fiquei imaginando como seriam os nossos filhos – respondeu ele rindo.

- Tire essa ideia da cabeça, imediatamente – ordenou ela com um olhar severo.

 

******************************

 

(uma semana depois)

 

- Nosso filho está preste a nascer – brincou Varatane enquanto almoçavam juntos.

- Por todos os deuses, nem de brincadeira – respondeu Darch enfiando a cara na mesa – eu nem quero ver o que vai sair disso!

 

Há dois dias atrás os alunos do curso de magia natural receberam uma missão, cultivar um homúnculo vegetal com propriedades especiais, Varatane logo pediu a Darch por um pouco do seu sangue e o usou no experimento, agora ao meio-dia a semente plantada na terra estava prestes a germinar, o que rendeu a piada é que a Varatane brincou dizendo que essa criação era o filho deles.

 

- Como se sente sendo pai da criança da Tane? – brincou Emílio – com essa beldade você não deveria ter problemas.

- Você lembra da última vez que corrompi magia natural? Nasceu um monstro planta assassino – avisou ele – eu nem quero saber o que vai sair dessa vez, eu não vou me responsabilizar!

- Ouviu isso Tane? Ele vai rejeitar o filho de vocês – disse Emadora rindo.

- Que cruel... – Varatane fingia que chorava.

- Dependendo do resultado eu posso me interessar por isso – comentava Reina – que tipo de criatura nasceria se usasse o meu sangue?

 

Quando ela perguntou isso todos na mesa largaram o assunto e voltaram a comer, enquanto Reina batia nos rapazes Varatane foi até Ryna.

 

- A proposito, eu estava reparando naquela aluna como pediu – disse Varatane para Ryna – a magia natural dela é apenas o padrão para a nossa turma do 5º ano, mas parece que ela tem uma magia mais poderosa ainda.

- Obrigada, eu só queria saber que tipo de magia ela usa – dizia Ryna – por favor continue de olho nela por mim ok?

- Pode deixar, mas por que esse interesse nela? – perguntou Varatane curiosa – eu sei que não é normal alguém entrar depois que as aulas começam, e ela também é estrangeira, mas fora isso ela é muito reservada e quieta.

- Eu explicarei em outra ocasião – pediu Ryna – mas acho que já está chegando a hora, não quer ver o nascimento do bebê?

 

O pessoal riu disso e deixou o Darch mais frustrado ainda, depois disso eles seguiram para a área onde plantaram as sementes de homúnculos, todos os alunos que participaram do experimento estavam lá aguardando, uma plateia interessada também estava lá.

 

- Oh Varatane, você usou o sangue do Darch para modificar o seu homúnculo não foi? – perguntava o professor Tulaf – parece que o seu experimento é o mais aguardado por todos aqui.

 

Cada aluno usou um método diferente para cultivar seu homúnculo, alguns usaram minerais e outros usaram substancias químicas incomuns, alguns até colocaram um item magico para ver se a criatura absorveria suas propriedades, no fim cada um ficou diante do pedaço de terra onde a grande semente foi plantada, uma plaquinha identificava o dono da semente.

Varatane aguardava ansiosa até que finalmente a terra se mexeu, seus amigos aproximaram-se mais para ver de perto o que ia nascer, pouco a pouco uma forma foi emergindo do chão até que surgiu completamente.

A criaturinha que nasceu tinha o corpo humanoide, em vez de braços tinha duas folhas grossas e flexíveis, um par de olhos mas nenhuma boca, e em sua cabeça uma flor fechada, Varatane ao ver sua criação ficou de boca aberta e depois deu um largo sorriso.

 

- Mas como é fofinho!! – dizia ela pegando o seu homúnculo.

- Parabéns Varatane, é um lindo bebê – brincou Ryna dando risadas – e a você também “papai”.

- Me dá um tempo, eu não vou ser o pai disso aí – respondeu Darch suspirando – mas que bom que deu certo Tane.

- Sim, o seu homúnculo é impressionante – elogiou Tulaf – é de longe o mais humanoide entre todos, e parece ser bem esperto também.

- Esse cara esperto? Com esse ar de lerdo? – perguntou Darch encarando-o de perto.

 

O homúnculo então levantou a folha que servia de braço e deu um tapa forte na cara dele, todos ficaram sem palavras ao ver o rosto do Darch ficando vermelho pelo tapa e pela raiva, Darch então tentou esganar o homúnculo mas Varatane não deixava.

 

- Esse pequeno desgraçado me deu um tapa, é assim que um filho trata o pai? – perguntou ele correndo atrás da Varatane.

- Oh? Agora ele assumiu o filho? – perguntou Reina vendo aquela cena cômica.

 

Ainda nos braços da Varatane o homúnculo abriu a flor em sua cabeça, e todos descobriram que ali era sua boca, antes que pudesse escapar ele abocanhou a cabeça do Darch e ficou ali segurando-o enquanto Varatane lutava para liberta-lo.

 

- Eu definitivamente vou precisar educa-lo – dizia Varatane após libertar a cabeça do Darch.

- E eu definitivamente vou mata-lo – respondeu Darch com a cabeça toda coberta de muco.

- Pelo visto você vai morrer antes – disse Kuzoha aproximando-se.

 

A garota trazia no ombro o homúnculo que ela criou, tinha a forma de uma pequena fadinha branca com uma rosa na cabeça, quem quer que visse aquilo achava a coisa mais bonita do mundo.

 

- Que linda, como você a fez? – perguntou Varatane encantada.

- Eu coloquei um cristal de luz na semente – respondeu Kuzoha – e pelo visto o seu é corrompido, embora ele não seja de todo ruim.

- Sim, o sangue do Darch é bem diferente do que eu esperava – respondeu ela contente – eu esperava que nascesse um monstro bizarro e mortal.

- “Por que diabos você queria algo assim?” – se perguntaram todos em pensamento.

- Senhorita Kuzoha... – começou Ryna.

- Para se referir a mim o mais respeitoso é usar a forma de tratamento do meu país – explicou ela – no caso você pode me chamar de “Kuzoha-hime”

- Será assim então, eu gostaria de conversar melhor com você Kuzoha-hime – dizia Ryna – pois a nossa última conversa não foi conclusiva e nem satisfatória.

- Estou a sua disposição para isso – respondeu ela partindo.

 

Kuzoha deixou o local, aqueles que ainda não a conheciam achavam a garota muito estranha, ela constantemente tinha uma atmosfera de nobreza ao seu redor, mas isso as vezes chegava a ser irritante.

 

- Ela lhe causou problemas? – perguntou Reina.

- Não chega a ser um problema – respondeu Ryna.

 

Mas ela não podia pensar nisso agora, os alunos do 5º ano foram convocados para uma missão de campo, por isso eles precisavam se preparar para sair amanhã bem cedo, a missão em questão se passaria em outra dimensão onde eles teriam que capturar alguns espécimes raros.

 

- Como será essa outra dimensão? – perguntou Darch enquanto era curado pela Varatane.

- É uma dimensão cheia de vulcões e rios de lava – respondeu Emílio – temos que levar bastante poções de proteção contra fogo.

- Cara, eu odeio calor – dizia Darch suspirando – onde eu morava o verão acabava comigo, era insuportável!

- Prefiro a primavera, é mais intermediário – comentou Varatane – como eu morava perto da floresta era bem mais fresco.

- A propósito, você já deu um nome para ele? – perguntou Emílio olhando pro homúnculo.

- Eu não sei, você tem alguma sugestão Darch? – perguntou ela.

- Ah bem, na minha terra tinha uma planta parecida com ele – dizia ele se lembrando – eu não me lembro qual era seu nome correto, mas a gente chamava de Broni.

- Tudo bem, vai ser Broni então – dizia ela satisfeita – o que você acha? Gosta de ser chamado de Broni?

 

O homúnculo abriu a planta em sua cabeça e cuspiu um muco na cara do Darch, este por sua vez fez surgir a espada que ele usava, Broni rapidamente correu e se escondeu atrás da Varatane.

 

- Acho que ele é ciumento, e não gosta muito de você – comentou Emílio.

- Eu vou transforma-lo em adubo – dizia Darch rosnando e limpando a cara.

- Eu vou educa-lo corretamente, não se preocupe – dizia Varatane.

- Esses tempos tranquilos são ótimos não são? Eu acho perfeito – dizia Emílio – podemos relaxar e nos divertir com coisas assim.

- Por favor não diga isso, não temos tempos de paz duradouros – repreendeu Darch – sempre que a gente relaxa algo acontece.

- Sobrevivemos ao pior dos arquidemônios, não acho que vamos passar por uma crise do mesmo nível – disse Varatane.

- Nunca subestime o futuro, ele tem uma péssima mania de fuder com a gente – avisou Darch.

 

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A cidade não era nem uma capital e nem uma metrópole, mas ela tinha seus charmes, era grande o bastante para ser desenvolvida, mas pequena o suficiente para que quase todo mundo se conhecesse.

 

- Senhor Gael, quero três pães – disse a senhora carregando o neto nos braços.

- Com certeza! E estão fresquinhos – respondeu o vendedor.

 

A vida cotidiana da cidade de Clonmel prosseguiu, como uma cidade que ficava no extremo oeste ela estava próxima das montanhas, o território dos dragões ficava além dessas montanhas, e por isso a cidade tinha uma forte guarda, guerreiros especializados em lutar contra monstros vindos das montanhas, graças a essa guarda eles levavam vidas tranquilas sem medo de monstros ou criminosos.

 

- Hei, aquilo sempre esteve ali? – perguntou um cidadão para um dos guardas na praça.

- Aquilo o que? Ah aquilo? – dizia ele vendo o imenso ser parado bem no meio da praça – engraçado, quando aquilo apareceu ali?

 

O cidadão e o guarda olhavam a imensa figura de um dragão, estatuas de dragões não eram incomuns na cidade devido ao respeito por essas criaturas, mas nunca houve nenhuma que fosse maior que o maior prédio da cidade, além disso se algo tão grande tivesse sido colocado ali todos saberiam.

Mas o fato é que a tal estatua não estava ali até ontem, na verdade ninguém se lembrava dela até alguns minutos atrás, se uma magia foi usada para traze-la as pessoas teriam notado, também não houve anúncios de que uma estátua colossal seria colocada em plena praça, aquilo definitivamente não deveria estar ali.

 

- Hei, isso... não é uma estátua não é? – dizia um faxineiro próximo dela – está se mexendo como se estivesse respirando...

 

Aos poucos todos voltavam sua atenção para a suposta estatua, pouco a pouco as pessoas começavam a sentir medo daquilo, como se tivessem a certeza que não era um objeto inanimado, e quando este abriu os olhos todos tiveram a certeza, mesmo assim o choque por ver algo tão grande parecia ter paralisado a todos.

 

- Com licença humanos, eu gostaria de sua atenção por um minuto – o enorme dragão abria sua boca e sua voz ecoava por toda a cidade.

 

O dragão não estava gritando, mas sua voz ecoava por toda a cidade com nitidez e potência, todos na cidade escutaram e gelaram de medo diante de tal voz, e como se fosse um anunciante ele continuou suas palavras.

 

- A algum tempo o seu rei cometeu um terrível crime contra nosso reino, e tal crime é imperdoável – proclamava ele – pelo crime de matar um dos nossos temos que tirar uma quantidade de vidas de valor igual, infelizmente nem todos os humanos juntos tem valor igual, então temos que nos contentar com vocês.

 

Algumas pessoas desmaiaram ao ouvir isso, outras congelaram de medo, alguns poucos que tinham força de vontade tentavam agir, apenas os guardas da cidade se moviam para cercar o enorme dragão, mas até eles sabiam que o que viria seria inevitável.

 

- Fiquem felizes humanos, vocês serão um sacrifício para aplacar nossa ira – anunciava o dragão – tenham um bom dia.

 

O dragão abriu suas asas e levantou voo, só o ato de bater a asas para sair do chão provocou um poderoso vento, algumas casas próximas perderam o telhado, pessoas foram arremessadas e poeira subiu, no céu o dragão recitou palavras em sua língua agressiva e um círculo magico surgiu na cidade.

O círculo magico era grande o bastante pra abranger toda a cidade, as pessoas em pânico começaram a correr para os portões, alguns se ajoelharam e começaram a rezar, e alguns poucos abraçavam seus filhos num último ato de protege-los, quando o círculo magico brilhou intensamente a magia estava completa.

A terra tremeu como se o maior dos terremotos estivesse explodindo embaixo deles, o tremor tão intenso na verdade foi sentido por toda a região oeste, rachaduras abriram a terra e engoliram pessoas e construções, prédios desabaram e o rio que cortava a cidade secou.

Mas o pior ainda estava por vir, o terremoto na verdade era só um efeito secundário da verdadeira magia, pouco a pouco a luz do sol desaparecia quando enormes estruturas de rocha surgiam em volta da cidade, tais estruturas pareciam com dentes gigantescos como se a terra tivesse produzido uma boca e quisesse engolir a cidade, de forma semelhante a uma armadilha pra urso a terra foi se fechando em volta da cidade, quando os “dentes” se cruzaram tudo que havia entre eles foi completamente destruído e esmagado, para logo em seguida serem puxados para baixo, a cidade inteira foi engolida pela terra deixando só um rastro de destruição em seu lugar, o dragão pousou sobre os escombros logo depois.

 

- Virem comida de vermes sob a terra – disse ele com sua voz trovejante.

 

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(2 dias depois)

 

- A cidade de Clonmel foi obliterada – anunciou o imperador.

 

A sala do trono estava bem cheia hoje, além do imperador e da guarda-real estavam os 8 reis e rainhas que comandavam o reino, seus herdeiros e também aqueles escolhidos para o conselho real, sem falar do arquimago Cedric e do general Galtran.

 

- Uma cidade inteira desapareceu em um instante, 12 mil vidas perdidas para a fúria dos dragões! – dizia o rei do oeste – como o senhor resolverá esse problema? Grande imperador!?

 

O tom que o rei Alfradan usou foi totalmente desrespeitoso, mas todos concordaram em relevar isso dessa vez, o fato é o rei do oeste sempre foi contra a ideia de atacar o ninho real dos dragões, pois se eles se revoltassem seu reino seria o primeiro a sofrer, levou dois anos para os dragões revidarem a perda de um dos seus anciões e por isso todos foram pegos de guarda baixa.

 

- Galtran, qual dos anciões está liderando o ataque? – perguntou o imperador.

- As evidencias e a magia usada indicam que foi Vaectorfinay, o senhor verde do musgo – respondeu o general lembrando do relatório que recebeu.

- Acho que temos que ficar felizes por não ter sido a fúria vermelha Kalfyra – dizia o imperador – ela não se contentaria com uma única cidade fronteiriça, teria ido até a capital.

 

Por serem grandes ameaças os 8 dragões anciões eram bem conhecidos, Kalfyra que era a mestra de todos os dragões vermelhos gostava de reduzir tudo a cinzas, ela era temperamental e explosiva como um vulcão, já Vaector gostava de atacar como uma onda varrendo tudo em seu caminho, nada sobrava inteiro por onde ele passava, mas também era metódico e paciente, ao ponto de crescer musgo em seu corpo, daí o seu apelido.

 

- Não importa qual seja, o que importa é como vai pará-lo! – gritava Alfradan – ele fez das ruinas de Clonmel a sua base e seu exército já se encontra lá, se ele atacar...

- Lorde Alfradan, estamos cientes do perigo e da força do nosso oponente – cortou o imperador – por isso trouxemos todos os especialistas, incluindo Cedric que estuda os dragões.

 

O arquimago real deu um passo a frente, em seu ombro ele trazia um pequeno dragão que era seu familiar, numa situação como essa alguns suspeitavam que essa pequena criatura era na verdade um espião, mas ninguém duvidava do arquimago que chegou a dominar magia draconica.

 

- Os dragões são indubitavelmente poderosos, mais até que os demônios – explicava ele – mas alguns traços de sua cultura e personalidade estão a nosso favor, como por exemplo o fato de que só um dragão ancião nos atacará.

- Pode garantir que não seremos atacados em massa por eles? – perguntou a rainha que governava o noroeste.

- Sim, todos os 8 anciões se reuniram e disputaram o direito de obter vingança – explicava Cedric – uma vez que um deles tenha sido escolhido ele será totalmente responsável, seja na vitória ou na derrota, os outros não irão interferir.

- É reconfortante saber disso, se vencermos Vaector isso acabará – dizia o imperador – e então? Temos chances de vencer?

 

Todos os olhares se voltaram para o general Galtran, ele permanecia de joelhos diante do imperador com total calma e imparcialidade, alguns se perguntavam se ele não se abalava com nada, outros se perguntavam se ele levava a sério a ameaça dos dragões.

 

- Não temos tempo suficiente pra planejamento e preparo, mas posso ao menos garantir que as chances não são zero – respondeu ele seriamente.

- Do que você precisa? – perguntou o imperador.

- De todo o exército do oeste, metade dos exércitos do sudoeste e noroeste, um terço do exercito da capital – citava ele de forma organizada – e também o lorde Cedric e os outros magos reais.

- Tudo isso... – dizia um dos reis presentes.

- Leve também 10% de todos os outros exércitos com você – ordenava o imperador – mas deixe-os como reserva, a ordem é conter nossas baixas ao máximo.

- Farei o possível meu senhor – respondeu Galtran – lutaremos até o último homem pra vencer Vaector.

- Você realmente é capaz? Sua última campanha foi um fracasso – disse um dos reis presentes.

 

Ele se referia à invasão e captura de uma fortaleza dimensional, Galtran reuniu um poderoso exército e marchou contra as forças que protegiam a cidade, mas infelizmente eles foram surpreendidos e derrotados, Galtran conseguiu minimizar as perdas ao máximo possível, mas a campanha foi um fracasso que custou muito caro ao reinado.

 

- O exército dimensional sabia quando e como íamos atacar, todos concordamos que um espião foi o responsável, ou um traidor entre nós – disse o imperador – por isso não podemos culpar Galtran pela derrota, ele cumpriu seu dever de forma excelente e nos trouxe vitorias inestimáveis.

- Eu fico honrado por tamanho reconhecimento – respondeu Galtran – mas o general é responsável pelo sucesso ou fracasso da batalha, e já que não perdi minha posição só me resta me redimir.

- Então não falhe desta vez, o nosso reino está ameaçado – ordenou o imperador – eu lhe dou autoridade absoluta para recrutar e comandar o exército, repila a ameaça dos dragões!

- Será feito meu senhor! – respondeu ele se levantando e marchando para fora da sala do trono.

 

Galtran deixou a sala do trono, no corredor ele encontrou os principais capitães que comandam o exército junto com ele, assim que ele passou os homens e mulheres começaram a segui-lo, todos atentos para qualquer instrução que ele desse.

 

- Shinia, chame os magos mentais do exército, quero que eles transmitam uma ordem – dizia ele – precisamos reunir todo mundo no oeste, sem perder um minuto sequer.

- Sim senhor! – respondeu a maga de combate.

- Ojaira, você fica responsável por reunir mantimentos e suprimentos de guerra – continuava ele – envie tudo para a capital do oeste, não poupe despesas.

- Como quiser – respondeu o homem que mais parecia um burocrata.

 

Ele continuou transmitindo ordens para todos os seus subordinados, tais ordens chegariam aos de menor patente até o fim do dia, e o objetivo era reunir o exército para lutar em até no máximo 3 dias, os magos dimensionais iriam trabalhar até a exaustão para transferir tanta gente de tão longe.

 

- Precisamos conversar – disse o arquimago Cedric alcançando-o.

- Peço que me acompanhe lorde Cedric – pediu Galtran – eu realmente não posso parar agora.

- Eu preciso saber que estratégia você tem para derrotar Vaector – perguntou o arquimago.

- Infelizmente não tenho nenhuma no momento, eu planejo reunir o exercito primeiro – respondeu ele – quando chegarmos ao campo de batalha eu penso em algo.

- O que!? Você pretende enfrentar um ser mais poderoso que os arquidemônios sem uma estratégia?! – perguntou Cedric horrorizado – a derrota é eminente então!

- Não subestime o nosso general! – disse um dos capitães andando logo atrás – ele venceu todas as guerras que liderou!

- Exceto a última, e esta guerra não é como as outras – dizia o arquimago – o líder inimigo sozinho já vale por um exército, e ele trouxe o seu exército junto com ele!

- Então por que ele simplesmente parou e ficou sentado onde antes era Clonmel? – perguntou Galtran – Vaector é considerado o mais analista e cuidadoso de todos eles, mas ao mesmo tempo ele devasta tudo em seu caminho, é muito estranho que ele tenha simplesmente parado.

 

O comportamento do dragão ancião estava perturbando Galtran desde o início, na verdade o fato dos dragões terem esperado dois anos para se vingar já foi estranho, naquela época ele já tinha deixado de prontidão o exército para repeli-los, mas o ataque não veio e o exército foi sendo dispensado aos poucos, com este ataque Galtran começou a pensar que eles estavam esperando por isso.

 

- E mesmo assim não veio um ataque devastador, só uma demonstração de força insana – continuava ele – aquele dragão não quer nos devastar de imediato, está nos chamando para a guerra.

 

E era por isso que Galtran queria chegar ao campo de batalha primeiro, seu objetivo era estudar o exército inimigo e tentar se adaptar a ele, conter seu avanço até descobrir qual é o seu real objetivo, e finalmente chegar até o líder inimigo e derrota-lo.

 

- Vai ser a pior luta da sua vida – avisava Cedric – os humanos que servem aos dragões são fanáticos, vão pular no inferno sorrindo se assim for ordenado, e ao mesmo tempo eles serão cuidadosos ao batalhar para não trazer vergonha ao seu mestre.

- Então que venham, eu vou alegremente envia-los ao inferno se for o que desejam – respondeu o general.

 

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(uma semana depois)

 

- “Guerra contra os dragões continua num impasse” – lia Ryna na folha do jornal – “após Clonmel o exército dos dragões não atacou nenhuma outra cidade, mas o exército imperial não consegue repeli-los, mais de mil homens morreram no primeiro confronto, agora eles seguem se encarando em pequenas batalhas”

 

O reino todo já sabia o que acontecia no oeste, e acompanhavam aflitos as notícias que saíam.

A imprensa divulgava as notícias conforme iam acontecendo, mas para evitar pânico e caos muita coisa era censurada, até o momento as notícias diziam que os dois lados estavam empatados.

 

- Sua família é de lá não é? Já falou com eles? – perguntou Darch preocupado.

- Sim, estão todos bem – respondeu Emílio – mas o rei do oeste está controlando a situação e não deu ordem para evacuar.

- Não se preocupe, o imperador irá resolver isso – disse Ryna tentando tranquiliza-lo – o exército do lorde Galtran é o mais forte do reino.

- Não posso confiar num monarca que fica escondido atrás das muralhas da capital – disse Emílio com um tom meio sombrio.

 

Ryna sentiu-se um pouco mal por isso, mas ela compreendia os sentimentos deles, com sua terra natal ameaçada era natural cobrar atitudes daqueles que tem a responsabilidade, por isso mesmo que ela não queria ser uma monarca inerte e incapaz.

 

- No sudoeste e noroeste a situação tá tensa do mesmo jeito – dizia Emadora – se os dragões passarem qual região vão atacar em seguida? Ou vão direto para a capital?

- Vaectorfinay não vai fazer isso, se eles quisessem a destruição completa teriam escolhido a Kalfyra – dizia Jinshu – se fosse ela atacando o oeste já teria sido dizimado, e ela estaria agora voando para a capital.

- É mesmo, você vem de lá da terra dos dragões – dizia Varatane – você acha que temos chances?

- Quando Vaectorfinay alcançar seu objetivo ele vai parar e voltar para casa, mas até lá ninguém vai conseguir pará-lo – explicava Jinshu – o problema será descobrir o que ele realmente quer.

- Estamos trabalhando dobrado pra produzir armas e equipamentos – comentou Karias – pelo menos esse trabalho extra vai contar como nota.

- Eu soube que todos os magos de combate do reino estão indo para lá – comentou Reina – o professor Koren disse que já derrotou um dragão antes.

- Provavelmente era um Drake, são inferiores aos dragões reais – respondeu Jinshu – bom, não se pode subestima-los de qualquer jeito.

- Afinal quantos tipos de dragões existem? – perguntou Darch.

- O dragão que está atacando o oeste é a classe mais alta, um dragão ancião – explicou ele – atualmente só existem 8 deles, mas cada um é uma força incontestável da raça draconiana.

 

Abaixo deles vinham os dragões reais, que eram os mais fortes da raça e menos numerosos, antes disso vinham os drakes que não eram muito diferentes, Jinshu explicou que a diferença entre um Drake e um dragão real seria como a diferença entre um aluno da academia e um professor formado.

 

- Nossa, são fortes mesmos – disse Darch surpreso – então a diferença entre um dragão real e um dragão ancião é como a diferença entre um mago e um arquimago não é?

- É muito maior que isso, um dragão ancião é mais forte que os arquidemônios – respondeu Jinshu – esse que ataca o oeste poderia conquistar todo este reino sozinho.

- Se é assim por que eles não dominam o mundo? – perguntou Emadora interessada.

- É difícil dizer, mas eu acredito que eles NÃO QUEREM fazer isso – respondeu ele – talvez seja um código de ética, ou eles consideram isso trabalhoso demais, o fato é que os anciões não estão interessados nisso.

- Mas agora estão nos atacando, espero que possamos lidar com isso mesmo – dizia Ryna.

 

Nesse momento todos eles sentiram o chamado magico ressoar em suas mentes, sem perder tempo eles seguiram para o salão de reuniões onde os outros alunos se reuniam, apenas os alunos do 5º ano estavam presentes, e logo depois veio Ardof e Brenda.

 

- Obrigado por virem, eu serei breve sobre isso – disse Ardof – temos um novo problema, uma guerra começou no sul.

- No sul!? O que houve!? – perguntou um aluno mais próximo.

- Não sabemos os detalhes, mas o fato é que hoje de manhã um exército vindo do sul invadiu nossas terras, as defesas locais estão com problemas para conte-los – explicava Ardof – por isso precisamos ajuda-los.

- Hei Ryna, que inimigos temos no sul? – perguntou Darch discretamente.

- No sul ficam vários reinos humanos, parece que nosso reino invadiu e tomou um recentemente – respondeu ela – essa invasão é completamente estranha!

 

Ardof pediu silêncio e explicou um pouco mais, parecia que o reino que tinha sido anexado declarou independência e está atacando, por isso as forças do sul foram pegas de surpresa, sem gente suficiente eles precisavam de reforços dos magos.

 

- Está dizendo que seremos enviados pro sul? – perguntou outro aluno – vamos lutar na guerra?

- De forma alguma, vocês não vão para a linha de frente – respondeu Ardof diretamente – vocês vão auxiliar o exército, a função de vocês é proteger as cidades indefesas.

 

A ideia de lutar numa guerra agradava alguns, já outros ficavam receosos em ir para a batalha, no final todos tinham opiniões divididas sobre isso.

 

- Alunos da academia arcana, eu sei que muitos de vocês têm medo – dizia Ardof – mas essa é uma das razões de existirmos, os magos são aqueles que fazem a diferença, são aqueles que podem mudar o mundo.

- Naturalmente essa é uma situação imprevista – dizia Brenda – aqueles que não quiserem ir não precisam, isso não vai afetar seus estudos aqui, simplesmente não podemos obriga-los a arriscar a vida.

- Eu tenho família no sul, eu vou lutar! – disse uma aluna mais exaltada.

- Eu também, posso não saber lutar mas vou ajudar como puder – disse outro.

 

A comoção foi geral, aqueles que tinham família no sul foram apoiados por seus amigos, logo todos estavam se voluntariando, Ardof sorriu ao ver isso mas também hesitava em manda-los para uma guerra, mesmo que a função deles fosse apoio, ele lembrava que já esteve em guerras antes e ninguém merecia passar por aquilo.

 

- Então chegou a hora – dizia Darch – vamos ver do que somos capazes.

 

Do outro lado da sala Kuzoha observava Ryna e Darch, se a previsão de sua mãe estivesse certa este dois morreriam na guerra, mas se era possível mudar o destino ela gostaria de ver isso, por isso também juntou-se as forças de defesa.

 

 

Continua.

 


Notas Finais


Na capa temos o adorável filho da Varatane e Darch (uheuehueheuheuehu) e na pagina do face eu postei uma imagem da Kuzoha, deem uma conferida.
.
Os dragões atacaram no oeste, e como se não fosse o bastante uma revolta começou no sul, acharam que não ia ter mais ação na fic? Se enganaram!!


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