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História Heróis do Olimpo - A Busca pelo Orbe - Capítulo 16


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


ENTÃO QUER DIZER QUE É SÓ COLOCAR UM SEXOZINHO QUE AS MADAME APARECE NOS COMENTÁRIOS? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK GENTE, EU AMO VOCÊS <3
Amei todos os comentários, dei ótimas risadas e to morrendo até agora KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Eu só queria dizer que eu não to conseguindo escrever desde o começo do ano praticamente e que vai ser complicado ter uma fic pra postar depois dessa, mas se os deuses quiserem eu destravo e consigo terminar as mil ideias que já comecei (todo mundo mandando um awoman, por favor).
*Divirtam-se*

Capítulo 16 - Capítulo 16


Annabeth se virou na cama e levou a mão ao rosto. Então ela se deu conta do braço em torno de sua cintura e se virou de novo, vendo Percy ali e percebendo que a noite não havia sido um sonho. Ele despertou pouco depois e viu que ela o encarava.

- O que foi? – ele murmurou, coçando os olhos e vendo Annabeth permanecer em silêncio. – Annie.

- Não é nada – ela respondeu. – Só estou memorizando.

- Memorizando o que?

- Você – ela disse e viu Percy sorrir envergonhado.

- E você disse que não sabia ser romântica.

- Nós vamos pra guerra hoje – ela evitou os olhos dele. – E não temos garantia nenhuma de que voltaremos.

- Ei, não fala assim – ele a puxou para mais perto e beijou o topo de sua cabeça, sentindo Annabeth o abraçar e entrelaçar suas pernas. – Nós vamos salvar aquela cidade e sobreviveremos pra contar pra todo mundo os nossos feitos fantásticos – ela riu, erguendo o rosto e passando a mão sobre o de Percy.

- É uma fantasia incrível.

Percy abriu a boca para dizer que aquilo não era uma fantasia, de que faria o possível para que se realizasse, mas eles ouviram um barulho na maçaneta e batidas na porta logo em seguida.

- Annabeth? Annabeth, você ta ai? – ela ouviu a voz de Thalia lhe chamando.

- Hã, to sim – ela se sentou. – Você tá sozinha?

- Você quer que eu esteja sozinha? – Annabeth sussurrou um “ela está com alguém”. Percy ficou de pé e pegou sua calça no chão, entregando o lençol para Annabeth e abrindo uma pequena fresta na porta. – Ah, é por isso. Posso usar o banheiro do quarto de vocês, Grover? – Annabeth ouvia a voz de Thalia e tinha certeza de que ela estava prendendo o riso.

- Thalia, você não...

- Darei mais esse tempo aos dois pombinhos – Percy abriu a porta e Annabeth cobriu o rosto, envergonhada. – Não se atrasem, temos uma guerra pra ganhar – ela saiu com suas roupas e encostou a porta. Percy viu Annabeth descobrir o rosto e as bochechas completamente coradas. Ele continuou assim até acordar de seu transe, com Annabeth estalando os dedos a sua frente, já em pé e perguntando o que houve.

- Só estou memorizando – ele respondeu e Annabeth sorriu, dando um pequeno grito quando ele a ergueu do chão.

Annabeth jogou o lençol para o lado e Percy a levou até o pequeno banheiro do quarto, fechando a porta e entrando no chuveiro com ela, se permitindo demorar um pouco mais por lá. Então eles tiveram de sair e ir comer, ou se atrasariam e... Bom, aquela não era uma boa situação para se atrasar. Eles se trocaram e ouviram batidas na porta.

- Já vou – Percy respondeu para Thalia e se virou para a loira. – Só vou trocar de roupa e já te encontro no refeitório.

- Sim, senhor – Annabeth sorriu e o beijou, puxando a mão dele quando Percy começou a se distanciar. – Preciso confessar uma coisa – ele riu, voltando para perto dela. – Foi a primeira vez que fiz isso.

- Isso o que?

- Sexo matinal – ela disse baixinho. – Parece que os boatos sobre ser revigorante para a saúde e o humor são verdadeiros – Percy riu alto e voltou a puxa-la para perto de si.

- Você é tão adorável que eu quero morder você.

- Fique a vontade – Percy revirou os olhos e beijou Annabeth mais uma vez, ouvindo Thalia bater na porta novamente.

- Já vou, já vou – ele respondeu e bufou, acariciando o rosto dela. – Até mais tarde.

Ela acenou e Percy parou com a mão na maçaneta, olhando para trás como se tivesse se lembrado de algo e, ao ver Annabeth ali parada, encarando-o com aqueles olhos cinza adoráveis, ele pensou no quão maravilhoso seria poder ficar naquele quarto para sempre na companhia dela, deixando para os outros o trabalho de salvar o mundo.

- Ah, só pra você saber, também foi minha primeira vez – ele abriu a porta e ambos puderam ver o rosto confuso de Thalia.

- Parece que tiramos a virgindade um do outro então, Cabeça de Alga – ela completou e riu junto dele enquanto Thalia observava aquilo cética.

- Vocês podiam guardar esses comentários pra vocês – ela resmungou e Annabeth riu. Então ela viu que Percy esquecera o casaco e, depois de vestir a blusa, o colocou por cima desta. – Esse casaco... – Thalia começou e viu o sorriso tímido de Annabeth.

- É, é dele. Podemos ir comer? – Thalia riu da tentativa de Annabeth de mudar de assunto e foi atrás dela até o refeitório. Elas encontraram Will e Nico, porém nem sinal de Percy e Grover, o que deixou Annabeth sozinha para ser zoada pelos três.

- Espera ai, os dois? – Nico perguntou, apontando para ela e olhando para Will.

- Eu os peguei quase no flagra ontem – o loiro sorriu e Thalia não se preocupou em segurar o riso.

- E eu os peguei quase no flagra hoje de manhã – ela disse, vendo Annabeth esconder o rosto entre as mãos.

- Parem de falar com se eu não estivesse aqui, ok?

Eles ergueram as mãos e mudaram de assunto, enquanto Annabeth olhava distraída para o refeitório a procura de um par de olhos verdes em específico.

*****************************************************************************

Percy seguiu Grover até o lado de fora e sorriu quando viu Annabeth junto com os amigos. Abraçou-a por trás e beijou seu pescoço, sentindo as mãos dela sobre as suas. Ela olhou para trás sorrindo e então viu as sobrancelhas erguidas e as expressões confusas dos amigos, exceto Will, que sorria de braços cruzados.

- Percy e eu estamos tecnicamente namorando – eles pareceram ainda mais surpresos.

- Tecnicamente? – ele disse baixinho.

- É por isso que está com a blusa dele? – Thalia perguntou.

- Não, ela só tecnicamente a roubou de mim – Percy respondeu e eles ouviram o antigo chefe dele os chamar, dizendo que saíram dali a alguns minutos.  – Annie, espera – ele segurou seu braço.

- Eu ia devolver sua jaqueta, Percy, é só que...

- Não é isso – ele riu e puxou sua mão até que estivessem mais afastados dali. – Queria te dar uma coisa – ele enfiou a mão no bolso.

- Percy, o que é isso? – Annabeth perguntou e abriu a caixinha que ele lhe estendeu, ficando sem palavras ao ver o maravilhoso brinco que havia ali. – Cabeça de Alga...

- Eu pretendia te dar de aniversário – ela o tirou da caixa e olhou para ele. – Mas então eu me lembrei de que não sabia quando era seu aniversário – ela riu e prendeu o brinco na orelha. Era um dragão dourado que enfeitava a parte de cima da orelha, o que ela achou incrível.

- Doze de julho – ela disse, olhando pra cima. – Eu adorei, Percy, obrigada.

- E eu ganho um beijo de recompensa ou não? – ela revirou os olhos e puxou a camisa dele, sentindo suas mãos em sua cintura enquanto a beijava. Então todos os seus medos, todas as inseguranças em relação ao que estava por acontecer desapareceram enquanto ela o sentia por perto. – Agora explica essa parte ai de tecnicamente namorando porque eu não entendi.

- Bem, estamos indo pra uma guerra eminente e é difícil planejar qualquer coisa agora – ela segurou os lados da blusa dele, puxando-o para perto. – Mas se nós voltarmos...

- Então podemos considerar oficial, entendido.

Sorriram um para o outro e se inclinaram para frente. Annabeth abraçou o pescoço de Percy enquanto o beijava e sentiu suas mãos em sua cintura, causando-lhe alguns arrepios. Quando se separaram, viram os amigos os observando de longe, sorrindo também e acenando para que andassem logo. Então, de mãos dadas, foram para o que poderia ser a última luta de suas vidas.

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O caminho até o Olimpo foi um tanto quanto pesado, apenas com o som das respirações dentro do caminhão. Na metade da viagem, Percy conseguiu quebrar esse clima, perguntando a Annabeth se havia conseguido conversar com a prefeita.

- Conseguimos – ela respondeu, vendo todos os rostos se virarem em direção a ela. – Contamos rapidamente sobre o ataque a um dos secretários do gabinete dela e falamos que estávamos à disposição, indo até a batalha. Agora é só esperar pra saber se ele conversou com ela e, por um milagre, ela acreditou.

- Torceremos pra que sim – Percy respondeu e eles ouviram um grito da parte de frente do caminhão, dizendo que já estavam se aproximando do lugar. Annabeth segurou o cabo de sua adaga com um pouco mais de força e viu os amigos checando os coldres das armas ao lado dos corpos.

Era oficial. Ela estava mesmo envolvida em uma guerra.

Desceram do caminhão e ouviram as instruções de Annabeth sobre se separarem.

- E tem mais um coisa – Annabeth disse e viu Grover aparecer com uma caixa. – Vocês não devem, em hipótese alguma, tocar diretamente o Orbe – ela começou a entregar réplicas da bolinha de metal para todos. – Nós já testemunhamos alguém que julgou o poder do Orbe e vimos a pessoa vaporizar bem diante de nossos olhos. Se aparecer uma oportunidade, não hesitem em usar essas esferas.

Ela viu todos assentirem e Zeus apareceu do seu lado, chamando a segunda equipe para ir até a próxima entrada.

- O que fazemos agora? – alguém perguntou atrás de Annabeth e a garota respirou fundo, ligando o rádio transmissor.

- Nós esperamos – ela respondeu e fixou os olhos no horizonte, se perguntando o que iria acontecer nas próximas horas.

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Não demorou nem meia hora pra Annabeth ouvir o rádio apitar e ouvir que caminhões e carros escuros vinham em direção a cidade. Pediu informações dos pequenos grupos que estavam nos portos e observando a prefeitura, mas ambos disseram que nenhum movimento havia sido feito por ali.

Eles conseguiram conter alguns caminhões com armadilhas e forçaram os soldados a descerem deles, lhes permitindo uma visão direta dos inimigos, mas não durou muito, já que eles conseguira desarmar tudo que havia por ali e avançaram mais com os carros.

Meia hora depois, Annabeth já estava praticamente sem esperanças. Muitos dos seus estavam caídos e ela via o exército inimigo apenas aumentar, já que nenhum reforço viera da cidade. Ela viu Percy e Grover lutando juntos, numa sincronia impressionante, mas via que estavam cansados e não vendo um fim daquilo. Ela perdeu Thalia de vista por alguns segundos, mas viu a garota sair detrás de uma outra pessoa que havia acabado de apunhalar. Procurou por Will e Nico e só conseguiu ver vislumbres dos dois, um lutando e o outro enfaixando a mão de um de seus aliados rapidamente. Recebeu informações dos portos e descobriu que barcos vinham em direção a eles e também do grupo responsável por manter civis a salvo, já que eles estavam na faixa de confronto durante os primeiros tiros.

- Annabeth, isso é inútil! – ela ouvia Zeus gritar do outro lado. – Temos que nos proteger agora e voltar para Ótris enquanto há tempo.

- Não! Nós não vamos abandonar a cidade e... – ela ouviu uma espécie de sinal ecoando por todo o lugar e viu todos olhando ao redor, em busca do barulho. Estavam espalhados por toda a entrada e começo da cidade, já que a luta havia começado a virar um combate corpo a corpo, a única coisa que lhes diferenciava era o uniforme que os antigos aliados de Annabeth usavam.

- O que foi isso? – ela ouviu Thalia gritar a seu lado antes de socar o rosto de um garoto que Annabeth não se lembrava de quem era.

Então elas ficaram boquiabertas ao verem um mutirão vindo em sua direção, contendo diferentes tipos de carros e equipamentos. Annabeth sentiu seu estômago revirar com a possibilidade de que houvesse se enganado e Cronos tivesse sido mais rápido, mas quando o terceiro exército começou a atirar nas pessoas ao seu redor, ela soube que seu resgate havia chegado. Viu os carros se dividindo entre as ruas e pessoas saltarem deles, correndo em direção a luta. Ela só acordou de seu devaneio quando ouviu um barulho de soco atrás e si e viu Grover segurando a mão numa expressão de dor enquanto puxava sua mão para uma área protegida.

- Não devia ter jogado minhas luvas fora – ele disse e Annabeth riu, se preparando novamente para atacar, mas viu as pessoas abrirem caminho em sua direção. – Aquela é...

- A prefeita – ela completou, vendo a mulher andar a passos firmes e determinados até ela.

- Qual de vocês dois mandou aquela mensagem? – ela perguntou de supetão, enquanto os dois se entreolhavam.

- Eu mandei – Annabeth respondeu, dando um passo a frente.

- Devo presumir que seja a capitã dessa operação?

- Ela é – Grover interviu antes que Annabeth pudesse responder. – Todos os planos são dela.

- Ótimo – a prefeita respondeu. – Nos diga o que fazer.

Annabeth ainda estava meio atordoada pela presença da prefeita ali. Ela usava trajes de luta e tinha duas armas presas na cintura, prontas para dispararem. Os cabelos negros estavam presos firmemente num rabo e olhos, um pouco mais claros, contrastavam com a pele clara da mulher. Annabeth não lhe daria mais de quarenta anos se tivesse que chutar, mesmo com algumas marcas de expressão em seu rosto (que ela suspeitava virem do trabalho) pudessem lhe entregar. Mas aquilo porco importava, apenas a postura daquela mulher já indicava quem era a chefe daquilo tudo, digna de comandar todas aquelas pessoas. Annabeth tinha quase certeza nunca ter visto o retrato daquela moça, mas de uma forma estranha, ela lhe parecia bem familiar e, pensando nas semelhanças entre si, ficou mais confiante em relação ao que estava a acontecer.

- Precisamos de reforços em todas as entradas e vigilantes nos portos – a prefeita assentiu e tirou um rádio detrás da blusa, dando ordens rapidamente e se virando novamente para os dois.

- Os portos estão sendo vigiados e meus soldados estão divididos – Annabeth assentiu e se virou junto com Grover para sair dali, mas a prefeita os chamou novamente. – Agradecemos muito o que estão fazendo, mas...

- Mas não confiam totalmente em nós – Grover completou, sorrindo. – Não tem problema.

- Poderiam ao menos me dizer seus nomes?

- Eu sou Grover Underwood.

- E eu sou Annabeth Chase – a loira completou, vendo a expressão da prefeita vacilar. – Temos um plano para executar e precisamos que mantenha o exército aqui.

- Que tipo de plano? – ela perguntou e então eles ouviram um estouro a poucos metros dali, virando-se na mesma hora naquela direção.

- Não temos tempo pra explicar – Annabeth disse, vendo um dos carros do exército da prefeita em chamas e tendo terríveis lembranças sobre aquilo. – Consegue mantê-los aqui?

- Faremos o possível – a prefeita respondeu.

- Ótimo. Enquanto estivermos fora, aquele homem estará no comando – Annabeth apontou para Zeus, que lutava ao lado de Percy.

- Zeus? Tem certeza de que quer deixar Zeus no comando? – a prefeita perguntou indignada e Annabeth não se surpreendeu pela má reputação do velho.

- É só até conseguirmos realizar a outra parte no plano, então voltaremos e, com sorte, estaremos vivos e com o Orbe em mãos.

- E como posso confiar em vocês? – a prefeita perguntou, encarando Annabeth firme e diretamente nos olhos. A loira sentiu um choque percorrer sua espinha e se deu conta de que aquela mulher poderia estar em qualquer lugar àquela hora, protegida e segura, mas ela escolhera lutar pela segurança de seu povo e Annabeth pensou nunca ter admirado tanto alguém.

- Annabeth fez os planos, então acho que pode ficar tranquila – Grover respondeu, colocando a mão no ombro da menina. – A mesma Annabeth que fugiu da prisão de Ótris sem que os guardas nem se dessem conta. A mesma que invadiu os sistemas de Zeus em menos de três segundos. A mesma que conseguiu invadir os computadores do estado para descobrir como falar com a senhora. Eu acho que pode confiar na gente – ele apoiou o braço inteiro no ombro dela, olhando para a prefeita com certa superioridade.

- Nesse caso, mandarei quatro de meus melhores agentes com vocês para executar esse plano – Annabeth assentiu e disse para Grover chamar os outros, que estava na hora. – Annabeth, posso mesmo confiar que estão fazendo o certo?

- Acha que pode confiar mais em mim do que em Grover?

- Acho que seu amigo admira muito quem você é, mas não ouvi confirmação nenhuma sobre seus feitos, embora não duvide deles – a prefeita deu um passo à frente, o que fez Annabeth se sentir um pouco intimidada, mas não perdeu a pose de jeito algum. – Só preciso que me dê sua palavra de que irão fazer o certo e o que é melhor para a cidade.

- Não teríamos vindo aqui se não fosse esse o caso. Tem ideia do quanto foi difícil convencer todas essas pessoas sozinha?

- Posso adivinhar.

- Então acredite quando eu digo que não foi por nada – ela viu Thalia acenando ao lado dos outros, escondidos atrás de um carro. – Tenho que ir. Não deixe que eles recuem de jeito nenhum.

- Cobriremos as saídas assim que passarem. Já sabem como vão conseguir passar por toda essa gente sem serem notados?

- É claro que sim – Annabeth deu de ombros e seguiu para onde os amigos estavam, fechando o pequeno círculo que formaram. – Ok, como vamos passar despercebidos por toda essa multidão?

- Do mesmo jeito que passamos quando roubamos o Orbe – Percy disse, sorrindo para ela. – Agindo normalmente.

- E como você quer agir normalmente no meio disso tudo, gênio? – a loira retrucou e ouviu Thalia murmurar “DR agora não, gente”.

- Simples – ele respondeu, apontando para a entrada da cidade. – Um grupo nos acompanha até lá como se estivéssemos lutando normalmente e então fugimos.

- Esse plano é tão irresponsável que eu quero socar você por causa disso, Percy – Annabeth disse, olhando séria, mas então suspirou. – Alguém tem uma ideia melhor?

Quando nenhum deles se manifestou, Annabeth pediu para Will e Nico reunirem algumas pessoas para poderem por seu plano em prática. Depois de trocar olhares com Zeus, os seis ficaram de pé e voltaram a atacar, atirando em seus inimigos e voltando ao combate corpo a corpo, já que tinham de atravessar um mar de pessoas sem serem muito notados. Eles seguiram em frente e em pouco tempo estavam se esgueirando até o outro lado do túnel, vendo a prefeita observa-los e acenar com a cabeça para Annabeth antes da loira lhe dar as costas e mandar todos correrem para algum lugar menos visível.

Ela passou rapidamente as instruções e eles correram até avistarem o que seria o esconderijo de Cronos e, para a alegria e desespero de Annabeth, viram guardas em todas as portas, o que lhes dava certeza de que ela havia acertado mais uma vez.

- Não vamos conseguir entrar sem sermos notados – ela disse, procurando respostas nos rostos dos amigos e dos agentes que a prefeita havia mandado.

- Podemos criar uma distração não muito longe e atrair alguns guardas, então vocês entram – Thalia disse, olhando para Nico. – Nada como um segundo incêndio pra animar as coisas.

- Tudo bem, mas nada muito grande, pode chegar até a cidade – Thalia assentiu e se virou para os outros, decidindo o que fariam rapidamente. Então Percy viu Annabeth ficar em silêncio e perder seus olhos nos próprios sapatos, o que ele sabia indicar que ela estava tendo fluxo de pensamentos e não admirando as botas que Juniper havia lhe emprestado.

- Se não a conhecesse, diria que está pensando num plano B.

- Alguém vai ter que ir primeiro – ela disse para ninguém em específico. – Alguém que consiga desarmar as pessoas que estejam lá dentro enquanto os outros despistam os outros guardas.

- E esse alguém seria... – ele temia a resposta dela, mais do que imaginava.

- Acho que nós dois sabemos quem – ela respondeu. – Thalia, Nico, levem quantos precisarem, mas terão de se assegurar de que darão conta de todos os guardas que forem atrás de vocês.

- Pode deixar – ela respondeu, apontando para Will, Nico e outros dois agentes ali.

- Ótimo. Agora, depois que eu conseguir entrar...

- Espera, você entrar?

- Vocês quatro precisam proteger a porta pela qual passarei, o que quer dizer lidar com todos os guardas restantes – ela o ignorou. – Ou posso servir de isca enquanto entram por outra porta e eu atraio os guardas para outro lado.

- Nada disso – Grover respondeu. – Sei que não vamos conseguir fazer você desistir de ir primeiro, mas iremos logo atrás de você. Sem discussão – ela queria ter forças pra protestar, mas sabia que iria magoar muito mais do que uma pessoa no processo.

- Tudo bem. Podem ir, sejam rápidos e não se esqueçam de esperar caso não saiamos de lá – o time de Thalia assentiu e eles se esquivaram furtivamente até o outro lado da estrada e se esconderem perto da floresta, a mesma floresta que Annabeth sabia haver um abrigo onde eles se alojaram tempos atrás. Antes de saírem, Thalia abraçou Annabeth e eles sussurraram alguma coisa enquanto seguravam as mãos, então eles foram de vez.

- Annie, não – Percy disse antes de Annabeth sair, vendo aos primeiros sinais de fumaça vindos do outro lado.

- Um de nós tem que ir e eu o conheço melhor – ela respondeu sem muito animo na voz. – Ficarei bem, Cabeça de Alga.

- Tem certeza? – ela sorriu, segurando o rosto dele com uma das mãos e o beijando brevemente por alguns segundos, não querendo que aquele momento acabasse.

- É claro que tenho. Eu já não tive certeza alguma vez? – ela ironizou, vendo Percy revirar os olhos.

- Você tem certeza mesmo disso? – Percy perguntou uma última vez. – Parece perigoso.

- Digamos que o lugar onde um assassino sociopata está é um lugar perigoso.

- Annabeth...

- Percy, eu tenho que ir – ela disse e se virou em direção a porta, pronta para correr, mas sentiu a mão dele segurar seu braço e fazer com que se virasse. Percy a beijou uma última vez, temendo não poder ter outra oportunidade daquela. Ele observou rapidamente Annabeth e as palavras seguintes saíram quase num sussurro.

- Eu amo você.

Annabeth o observou estática, a boca entreaberta e os olhos brilhando. Então ela jogou os braços por cima de seu pescoço e o abraçou o mais forte que conseguiu, sentindo-o apertar sua cintura na mesma intensidade.

- Amo você também, Cabeça de Alga – ela sussurrou de volta. – Além do mais, não trate isso como uma despedida. Sei que vai estar logo atrás de mim se eu precisar.

- Pode ter certeza que sim – ela sorriu, trocando um aceno de cabeça com Grover e vendo seis ou sete guardas correrem em direção à fumaça do outro lado, o que lhes liberava três portas, incluindo a maior delas. Não tendo nenhum outro guarda em seu campo de visão, Annabeth correu o mais rápido possível em direção à porta, abrindo-a rapidamente e não ficando surpresa com a cena a sua frente.

Com um pequeno batalhão diante de si, completamente armado e pronto para sair, Annabeth sentiu todas as suas esperanças irem por água a baixo. Ela queria correr dali, mas suas pernas não se moviam, não quando viu Cronos observando-a ao longe e o sorriso que lhe lançava era o mesmo de tantas outras vezes. Então ela teve certeza de duas coisas: Cronos não teria sensibilidade alguma quando fosse mata-la, como não havia tido com seu pai, e ela não se renderia sem lutar. Naqueles três segundos em que não foi completamente percebida, ela pensou que não tinha nada a perder com aquela luta. Pensamentos suicidas como sair atirando para todos os lados passaram por sua cabeça, mas então seus amigos apareceram atrás de si. Os olhos de Percy encontraram os seus e ela se lembrou da promessa que havia feito junto dele horas antes, não querendo arriscar perder a oportunidade de cumpri-la.


Notas Finais


Annie indo pra batalha num salto mesmo porque rainha é rainha, né amores: http://www.polyvore.com/annabeth_15/set?id=203325251
É, EU SOU UM PEQUENO MONSTRINHO, MAS VOCÊS ME AMAM MESMO ASSIM (eu espero).
Até semana que vem, chuchus <3
Beijinhos.
- A


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