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História Hey, Fica Mais Um Pouco - Me Bate


Escrita por: Doc_Jauregui

Notas do Autor


SURPRESA! Não, hoje não é dia de atualização, mas eu tava aqui de bobeira e escrevi um capitulo foda, achei que vcs iam gostar! Se divirtam, ah é pra quem já me disse que a Lauren tinha que ter dado uns tapas na Dinah, acho que vcs vão gostar do que vem por ai.... calei minha boca, boa leitura galera!!
Feeling used but I'm still missing you and I can't see the end of this, just wanna feel your kiss against my lips

Capítulo 45 - Me Bate


    Meu restante de semana foi até bom, tive treino com as lideres, momentos fofos com a boba da minha namorada, alguns outros momentos com meus irmãos, nem tantos assim, já que Cris agora é só atenções pra Selena e sim estou com ciúmes, me julguem a vontade vou sempre ter ciúmes do meu maninho. Houve também no dia de ontem, sexta no caso, uma fisioterapia da Dinah que eu a ajudei, não conversamos, mas ela sabia que eu estar ali, era uma fala muda de que uma hora as coisas seriam boas novamente entre nos duas, ela apenas tinha de ter paciência comigo. Comentei de Cris está só atenções para Selena, mas seria minha caçula que hoje sairia com seu seja lá qualquer coisa dela, comigo dando cobertura ao pseudo casal, tínhamos combinado isso a uns dias atrás e eu cumpriria, mas daria umas boas ameaçadas naquele frango, afinal se ele tinha tido a brilhante idéia de querer namorar minha irmã, teria de conviver com nosso gênio ciumento e protetor. Por causa disso combinei de encontrar Camila em alguns minutos juntamente com Sofia, iríamos a um parque e ter um dia bem fora de rotina, Sofi poderia brincar com outras crianças e eu poderia aproveitar alguns bons momentos ao lado da minha cubana que a cada dia se tornava mais importante pra mim. Ela tinha me dito que iria preparar nosso lanche da tarde e me pediu que levasse uma coberta para cobrir o chão, era nosso encontro oficial, piquenique no parque. Parei o carro e desci acompanhada de minha irmã, caminhamos até o garoto que tinha as mãos nos bolsos e parecia meio nervoso, bom eu também ficaria se tentasse algo com minha irmã, ele ta ariscando a vida e não digo isso no sentido figurado, não me custava nada jogar ele do píer e deixar que se afogasse, seria até engraçado de uma forma maligna de se pensar.

    --- Onde está sua irmã? – perguntei a ele assim que vi sua ousadia de beijar minha caçula na minha frente, voltei a cogitar seriamente em jogar ele do píer depois desse movimento – Taylor comentou que iria toda sua família, então onde ela esta?

    --- No barco com meus pais, se quiser podemos ir até lá, assim vc fala com eles. – assenti e ele parecia desconfortável por eu ter concordado – Antes da gente ir lá, olha Lauren gosto da sua irmã, de verdade e não quero mal pra ela, sei que é bem ciumenta, Taylor já me contou umas boas historias suas, sabe se eu não gostasse mesmo dela, já teria dado no pé a um bom tempo, mas gosto de verdade.

    --- Shawn isso é... – minha irmã tava toda boba com a fala do garoto e assumo que ele foi bem com suas palavras, mas eu ainda ia verificar se teria mesmo sua família nesse passeio, nem fudendo que vou deixar minha maninha sozinha com ele nesse barco.

    --- Que bom que sabe aonde está pisando Mendes. – comecei a caminhar e eles vieram andando logo ao meu lado – São eles? – indiquei com a cabeça um casal com uma garota de uns doze anos no celular por perto, ele assentiu e fomos até eles.

    Foi uma conversa rápida e sutil. Eu fiz questão de permanecer ali um pouco com eles antes de deixar minha irmã com a família do possível namorado em não muito tempo, pensar nisso me tirou uma careta, mas bastou um olhar pra minha caçula e ver ela sorrindo com aquelas pessoas, até ficando envergonhada quando o garoto a beijou na bochecha, me fez acreditar que a melhor coisa que eu como irmã mais velha naquele momento devia fazer era deixa ela viver esse sentimento. Dentro do carro, o caminho foi feito tranquilo, eu ouvi algumas musicas e até tive de atender Camz querendo saber se eu demoraria, falei com ela bem rápido, aproveitando o sinal fechado e não muito tempo depois de ter nos falado por ligação parei o carro em frente a sua casa, tive de ir até lá falar com seus pais antes de sairmos, mas foi apena uma conversa breve e logo estávamos indo nos três para o carro. Dentro do carro durante uma conversa, Sofia se demonstrou meio tristinha, não perguntei nada a Camila ate estarmos fora do carro e já sentadas onde faríamos o piquenique, ela me disse que a menor de sua família andava meio chateada por não ter tantas atividades quanto antes, Sofia era acostumada a mil atividades após a aula e agora tinha apenas duas durante toda a semana, ela sentia falta principalmente das aulas de dança. Por sempre se mudarem muito ela acabava se acostumando depois de um tempo, mas tinha essa fase que ela ficava meio chateada com tudo. Muito por não estar na sua plena felicidade de uma criança de 8 anos Sofi veio até nos não muito tempo depois de termos chegados alegando fome, mas tava bem na cara que não era isso, ela parecia desanimada demais até mesmo pra brincar com as outras crianças que corriam pelo parque, tentei por algumas vezes conversar com a garota, porem só recebias respostas curtas e sem muita vontade de continuar falando.

    --- Sabe Sofi, minha irmã ta num passei de barco bem legal agora. – ela me olhou, mas logo abaixou a cabeça e só assentiu com a cabeça – Não posso a parecer em casa até ela me ligar e como vc não quer brincar com aquelas crianças eu tava aqui pensando em ir num lugar bem legal que eu conheço e que ia quando mais nova com meus pais.

    --- Que lugar Lern? – ótimo, tinha conseguido o interesse dela, seria o primeiro passo pra deixar aquela menina que tinha me ganhado, com um sorriso lindo no rosto até o fim daquela tarde e de quebra passaria mais tempo com a Camz.

    --- Vc já viu aquele filme que tem um menino sobre umas pedras e uma baleia pula sobre ele? – ela assentiu e eu vi de canto de olho Camila sorrir por me ver tentando animar sua irmã – Pois bem, tem um lugar a um tempinho daqui que faz esse lance de pular sobre uma pessoa, ou coisa parecida, tem uns anos que fui lá, mas tem baleias bem legais por lá.

    --- Podíamos ir lá, vc não acha isso Sofi? Seria bem legal né. – a menor voltou a assenti só que agora tinha um tímido sorriso no rosto – Se não me engano lá tem golfinhos não é Lo? – assenti e ai sim veio um sorriso bonito naquele rosto fofo – Podemos ver com o papa de irmos lá?!

    --- Claro que não, a idéia foi mim eu vou com vcs lá e se toparem podemos ir agora. – olhei no meu celular e busquei pelos horários do parque – Terá uma exibição em uma hora, chegamos lá antes disso, então o que me dizem? – me levantei e esperei que elas fizessem o mesmo, Sofia ficou de pé e olhou seria pra Camila.

    --- Vamos Kaki, por favor. – ela ficou de joelhos na frente da irmã com as mãos unidas implorando – Eu prometo que obedeço vcs duas e nem digo por papai que ficaram se beijando o tempo todo como ele disse que ia querer saber. - olhei alarmada pra Camz.

    --- Nosso papa pediu que fizesse isso? – ela assentiu – Ok, temos um acordo, não diga nada ao papa, mas se ele perguntar e vc tiver de mentir não faça, diga pra ele perguntar a mim. – Camz começou arrumar as coisas e Sofia fazia questão de ajudar pra ser mais rápido.

    --- Andem mais rápido quero ver as baleias. – ela ia caminhando animada na nossa frente e sempre parava nos olhando fingindo brava, mas sorria, tava hilário – Namorem depois, temos baleias para ver suas chatas. – comecei a rir e Camila me acompanhou.

    --- Ela vai ficar animada o resto da semana. – Camz me disse após eu ter destravado o carro pra menor entrar, ganhei um beijo calmo e longo – Obrigada, vc não tinha que ta fazendo nada disso, mas no entanto ta aqui se importando e fazendo algo que anime minha irmã.

    --- Claro que tenho que me importar. – segurei seu rosto e lhe dei um selinho – Gosto da sua irmã e quero ela bem, assim como quero vc bem, e ela não estando bem vc não fica, e eu já queria ter dado essa idéia de irmos lá antes, apenas não tinha surgido a oportunidade, agora teve e eu convidei. – Sofia nos chamou e nos rimos, dei um beijo na testa da Camz – Já vamos Sofi, senhorita apressadinha.

    O caminho ate o Seaworld foi feito em uns quarenta muitos comigo sofrendo um verdadeiro interrogatório sobre o que era encontrado lá e o que nos poderíamos ir visitar, Sofia pulava enquanto caminhava e parecia querer se jogar dentro dos tanques e nadar com os animais, claro que nos tubarões ela ficou meio assustada, mas logo passou e ela ate mostrou língua pra um deles arrancando algumas risadas nossas e de uma pessoas que estavam por perto, assim se seguiu meu domingo com as irmãs Cabello num parque com animais aquáticos que a cada nova aparição fazia a menor ficar ainda mais encantada com o passeio. Meus dias foram passando desde o passeio, uma semana e meia pra ser bem específica, nesses dias as coisas sem mantiveram tranquilas e sem muita preocupação pra mim, tínhamos conseguido uma nova líder por lugar da Perrie, Kylie Jenner do segundo ano, minha única chateação era o diretor surtando no meu ouvido e no da treinadora por faltar um mês para o estadual e ainda não termos Dinah na equipe novamente, os médicos já tinha liberado ela pra treinamentos físicos sem muito esforço e com moderação, então enquanto treinávamos a nova coreografia ela apenas corria entorno da quadra. Nesse meio tempo meus pais e os da Camz tinha saído em um jantar os quatro, tanto Camila quanto eu só ficamos sabendo do acontecido após dois dias desse encontro casual, não que devesse me preocupar com o que meus pais tinham dito, mas me preocupava do mesmo jeito, assim como Camz estava com os seus, só que tanto os meus quanto os delas resolveram não nos contar nada do que foi dito nesse bendito jantar. Após o treino de hoje, quinta, fiquei um pouco mais a pedido da treinadora pra uma reunião informal com o diretor e alguns investidores do colégio, definindo como seria feita a viagem para Orlando, onde seriamos hospedadas e todas as burocracias que tinha de ser esclarecida com uma boa antecedência para que nada desse errado, nessa reunião também me entregaram o modelo de dois uniformes que poderia conversa com a equipe e tomarmos juntas essa decisão.

    --- Juízo na caminho para casa e tenha uma boa noite, amanha resolvemos os uniformes com as meninas. – com um abraço rápido na treinadora me despedi e caminhei até meu carro, tínhamos estacionado em lugares diferente por isso segui sozinha.

    --- Vc parece feliz. – eu já tinha a porta do carro aberta quando ouvi a voz da Dinah – A equipe te adora sabia? Um amor encubado é bem verdade, mas elas gostam de vc. – pensei em entrar no carro e não ouvir aquilo, mas olhando pra ela, senti que devia ficar – Como não gostar né?! Vc podia simplesmente deixar a gente se ferrar e perder vergonhosamente todos os campeonatos, mas não, Lauren Jauregui é alguém que sempre estende a mão para vc quando já se imagina que não tem saída, sempre está lá pra ajudar não importa quem seja. – fechei a porta do carro me irritando com seu tom.

    --- Devo encarar isso como uma fala de deboche? – ela negou com a cabeça e isso me deixou meio sem resposta – Então pode me explicar o que é tudo isso aqui Dinah? Porque estava aqui me esperando? – ela pegou a mochila que tinha nas costas, tirou algo de lá de dentro, caminhou até mim me mostrando e querendo me entregar seu uniforme das lideres.

    --- Não faço parte da equipe. – com a nossa proximidade notei que ela chorava – Vc faz Lauren, elas querem vc e eu as entendo por pensarem assim. – quando me recusei a pegar o uniforme ela o jogou no capô do carro – Sempre cheia de idéias, mantendo elas focadas nos treinos, vc vai estar pra todas elas caso cada uma delas precise, vc vai saber ser a amiga e a capitã que elas merecem, não essa droga aqui. – sua voz carregava dor.

    --- Para com isso ok?! Não tem porque sair falando isso de vc mesma, sabe que não é verdade. – segurei suas mãos a mantendo olhando pra mim – Vc é uma boa capitã, elas adoram sair e ter todas aqueles momentos divertidos ao seu lado, não comigo, eu sou mais uma treinadora que da equipe, não tem porque estar assim e nos duas sabemos disso.

    --- Até comigo vc consegue ser gentil. – se soltou de minhas mãos ameaçou se afastar, mas não o fez – Logo eu, que merecia ate que vc me batesse, alias se quiser fica a vontade – dessa vez ela se afastou um pouco, mas se eu tentasse ainda alcançaria ela com minha mãos – Vamos lá Lauren, me bate, eu mereço isso, sei que mereço, fiz baterem em vc, agora vamos lá, desconta, ME BATE LAUREN! – ela rosnava e cuspia aquelas palavras.

    --- Dinah! – caminhei até ela e segurei em seus ombros, mas ela não me olhou, ficou de cabeça baixa ali na minha frente soluçando em meio ao seu choro que parecia ser um tapa na minha cara – O que ta acontecendo com vc? Para de dizer essas coisas e ser tão malvada com vc mesma, sabe que não vou fazer isso, tenta se acalmar e vamos conversar direito Dinah. – ela chorava muito quando se jogou em cima de mim para um abraço todo sem jeito e eu notei o cheiro de bebida forte  – Andou bebendo Jane? – ela assentiu se afastando de mim.

    --- Mais uma prova que sou um lixo. – ela soluçava, chorava mais do que falava – Eu preciso do álcool pra admitir que sou uma droga que nunca vai ser boa o bastante em nada, que nunca vai orgulhar os pais. – Dinah me olhou e seu olhar parecia diferente agora – Desde que a gente se afastou tudo ficou tão ruim pra mim Laur, mas quer saber, antes também era, os meus próprios pais nunca foram me ver, iam ver vc, é vc Lauren quem eles querem como filha, todos os pais querem no fim das contas, a aluna perfeita, a filha amada, a amiga dedicada, todos querem vc pra eles, TODOS. – não estávamos muito distantes uma da outra por isso apenas senti quando ela me empurrou – Eu tinha tudo que eles queriam, eu tinha vc, tinha de todos os jeitos e joguei tudo no lixo por saber que isso nunca seria suficiente, eu nunca seria vc, eu nunca seria o que os meus pais queriam, eu nunca seria o que todos esperavam de mim, porque nunca esperaram nada de mim, mas sim esperavam de vc e apenas de vc.

    --- Não diga besteiras Dinah, seus pais te amam, sempre ficaram do seu lado te apoiando, torcendo por vc, cuidando de tudo pra que sempre tivesse o melhor e fosse o melhor, vc é um exemplo pro seus irmãos, então não diga coisas idiotas DJ. – diferente do que eu pensei ao falar aquelas palavras, ela riu, não, ela gargalhou quando terminei, seu olhar que antes carregava dor e certo sofrimento, agora tinha magoa e raiva como novo tempero.

    --- É isso que pensa? – assenti me controlando pra não surtar com aquele bêbada – Essa não é nem de perto a verdade Jauregui, meus pais no jantar de ontem fizeram questão de dizer que agora sim as lideres estavam num bom caminho, que nos teríamos uma boa chance no nacional, quem sabe até ganhar ele outra vez. – ela pegou e jogou o seu uniforme em cima de mim – ELE NUNCA DISSE ISSO ANTES, QUANDO EU ERA A CAPITÃ. – antes que pudesse pensar no que dizer ela me prendeu no carro segurando meu pescoço com o antebraço esquerdo mantendo assim nossos corpos colados um no outro – Eu odeio vc Lauren, eu odeio sempre darem todos os créditos a vez, eu odeio que digam o quanto vc é incrível, ODEIO VC.

    Sabe quando o tempo para, vc ver tudo em câmera lenta e ainda assim vc não consegue evitar o que vem a seguir? Pois bem, vou dizer exatamente o que aconteceu depois dela ter gritado que me odeia, sem me dar tempo pra pensar ou mesmo dizer qualquer coisa gritando com ela por não estar mais com saco pra ela, Dinah me deu um forçado e desconfortável longo selinho, quando pensei em reagir e a empurrar o seu segundo ato não esperado por mim aconteceu, com o braço que me prendia mais força foi feita, ela não sou me segurava ali agora, mas me machucada de verdade e com sua outra mão o ato final. Ela fez o que me pediu que eu fizesse com ela minutos atrás, com sua mão livre e fechada em punho um soco me atingiu. Que seja pelo acontecido ou pelo fato de ser Dinah ali, minhas pernas não me mantiveram de pé, o que me segurava na altura de seus olhos eram seu outro braço que já me deixava sufocada pela pressão feita na minha garganta. Eu sentia minha cabeça latejar, meu olho arder por ter o que eu com quase certeza digo ser sangue caindo sobre ele e quando ela me soltou cai, apenas rente ao carro no chão, me sentando ali. Chorei, sem mais entender quem era aquela garota, sem mais conseguir conter toda a decepção que sentia, sem mais acreditar que tudo ficaria bem entre nos duas, porque não ficaria. Antes de me deixar ali, no chão, com o rosto em sangue e minha alma machucada, ela se afastou e quando voltou tinha uma garrafa em mãos, eu só soube que se tratava de vodka quando ela virou todo o liquido sobre a minha cabeça enquanto gritava qualquer coisa que eu já nem mesmo me dava o trabalho de tentar entender, pensar na ardência que sentia com o álcool contra o corte que devia ter na cabeça parecia me desviar do foco dela e quando notou isso, ela não gostou nenhum pouco, fazendo questão de mostra isso enquanto chutava algumas vezes minha perna antes machucada.

    Por mais um tempo fiquei ali, encostada no carro, chorando e com medo que ela voltasse para continuar a sessão de chutes na minha perna que doía como se o dia da lesão tivesse voltado, mas eu sabia que a dor emocional a multiplicava, sabia também que eu tinha sido idiota por pensar que um dia tudo isso se resolveria entre nos duas e que seriamos boas amigas como sempre, ao menos para mim, tínhamos sido. Meu caminho para casa foi desviado algumas vezes, mas não queria nem que meus pais ou mesmo Camila me visse com a blusa cheia de sangue e fedendo a álcool, eles poderiam querer fazer algo e essa não era uma boa opção, tinha aprendido isso com a Demi e foi com esse pensamento, que consegui acertar com ela de ir até sua casa, ela não estava lá sozinha, tinha Nial e Louis com ela, os três surtaram quando me viram e duas vezes mais quando escutaram o motivo de estar assim. Eles cuidaram de mim e até sugeriram que eu dormisse na casa de Demi, não aceitei e foi pra casa, meus pais não iriam estranhar que eu dormisse fora de casa, mas Camila podia pensar qualquer coisa e eu teria de contar a verdade, essa não é uma opção ao menos não por agora com minha cabeça doendo tanto. Em casa ninguém perguntou nada e eu pude apenas ir ao meu quarto terminar de chorar tudo aquilo que eu ainda não tivesse chorado. Tive de lidar com uma namorada preocupada pouco antes de dormir, mas desconversei e disse que nos veríamos amanha, precisava dormir por estar com dor de cabeça e talvez até febre, ela entendeu dizendo estar preocupada, mas me deixou no meu canto. No dia seguinte encarei o espelho usando o uniforme do colégio e o belo corte sobre minha sobrancelha assim como o leve roxo que o envolvia, não cobri com a maquiagem e nem pensei muito no que iria dizer quando me perguntassem. No café com meus pais, fui claramente intimada a responder sobre esse corte, não menti sobre o que houve nem a autoria, já tinha acobertado ela demais, não faria mais isso, nem nada que fosse ajudá-la. Cheguei ao colégio com os olhares caindo sobre mim e diferente do que pensei que faria, não abaixei a cabeça, tava cansada de encara o chão daquele colégio, queria me derrubar? Ótimo, batam com mais força da próxima vez.

    --- Essa é sua dor de cabeça? – Camila se sentou ao meu lado na sala de reunião das lideres e me segurou pelos ombros para olhar pra ela - Que droga que aconteceu ontem? Quem fez isso com vc, Lo? – antes que eu respondesse ela, Dinah entrou com sua cara de ressaca e quando me viu parecia assustada, se ela soubesse a raiva que cresceu quando ela fez isso, não o teria feito.

    --- Chegaram todas?! – perguntei apenas pra ter a atenção delas pra mim – Pois bem, depois de uma conversa saudável entre mim e Dinah, que nos rendeu ate uns bons drinks de vodka que ainda estão impregnados no meu cabelo, decidi por minha escolha, claro que com o apoio e incentivo da outra capitã sair da equipe. – alguns comentário começaram a sair, mas dei um grito e elas se calaram – Acabou pra mim garotas. – olhei pras minhas amigas, Camila, Taylor e ate as novatas que eu comecei a gostar - Foi ate especial esses momentos com vcs, mesmo que pela maior parte do tempo muitas tenham detestado minha presença aqui, sei que nesses últimos dias isso mudou. – dessa vez olhei Dinah, ver que ela chorava sobre a mesa me fez ter mais coragem pra continuar aquela conversa – Mas uma coisa não mudou e eu não vou ficar aqui pra colecionar cicatrizes por uma de vcs não saber lidar com isso. – parei bem perto dela e nos duas chorávamos – Enquanto eram todos eles me empurrando, me dizendo coisas nojentas, me desrespeitando, ate me mesmo batendo, eu podia aceitar, eu podia conviver com isso, mas a partir do instante que vc, minha melhor amiga, minha irmã, me bateu, tudo perdeu a cor, a graça se perdeu. – tirei o cordão que sempre usava de dentro da minha blusa deixando que ela visse, um objeto que ela tinha me dado, nos duas tínhamos muito carinho por aquele pequeno colar – Quando me deu isso, tínhamos uns dez anos, vc tinha comprado ele numa viagem que havia feito nas férias, me disse que ele significava importância e que enquanto eu usasse saberia que eu era importante pra vc, mesmo com nossas brigas eu nem mesmo pensei em tirar ele, porque pra mim enquanto eu usasse, vc também continuaria sendo importante pra mim.

    --- Lauren por favor... – ela disse enquanto eu tentava tirava aquele cordão do meu pescoço, quando desisti de abrir o seu fecho, olhei no fundo dos olhos dela e o arrebentei, sem pensar duas vezes, mais do que um simples objeto quebrado, aquela era uma prova a nos duas que tinha acabado de uma vez por todas tudo o que um dia tivemos – Laur, eu...

    --- Fica vc na equipe. – eu caminhava pra sair da sala quando ouvi Ally falando, olhei pra ela que como as outras choravam – Se Dinah fez mesmo isso e por ela não ter negado até agora, ela deve ter feito mesmo, ela sai da equipe, são as regras e mesmo que não fossem queremos vc aqui. – de um jeito idiota, pensei na conversa antes dela ter me batido, era justamente esse seu medo e como um ultimo presente a ela, por nossa historia neguei com a cabeça.

    --- Poderiam me dar mil motivos pra que eu ficasse na equipe, mas eu também posso dar pra sair. – deixei meus pensamentos irem a momentos felizes dentro daquela sala – Eu vive muita coisa aqui, no ginásio e nas viagens, coisas que não vou esquecer, mas que também não quero ter de viver outra vez, não tenho esse sentimento nem essa vontade dentro de mim. – olhei pra Dinah que soluçava jogada numa cadeira no meio da sala – Eu amo vc e mesmo que vc ache que tudo que faço é pra de um jeito tirar a atenção que devia ser sua, eu sei que em algum momento foi recíproco. – olhei pra Mani e pra Ally – Mantenham ela na equipe, cuidem dela e mais que isso cuidem de si mesmas, sejam fortes para competições e vençam, vcs são capazes sem mim, não sou grande coisa assim, nunca fui. – num ato impensado, fui até Dinah e deixei um beijo sobre sua cabeça – Apenas volte a ser quem um dia já foi, esqueça todo o resto e será tudo que elas precisam, como amiga e capitã. – olhei uma outra vez as meninas e sai da sala.

    Não sabia o que dizer ou que pensar depois daquilo, eu sai do colégio mesmo sabendo que devia esperar minha irmã para irmos pra casa, talvez também devesse esperar por  Camila e deixar que seus abraços cobrissem o rombo que sentia ser aberto em meu peito, mas também não esperei por ela ou por qualquer um que pudesse vir atrás de mim. Meu carro nunca correu tanto em uma auto estrada, eu sai de Miami, sem muito pensar, apenas peguei o caminho e o segui, talvez fosse meu jeito de fugir de tudo isso, eu queria gritar sem ser ouvida, queria chorar sem ser consolada, queria qualquer coisa que me levasse pra longe de toda aquela sensação que parecia me sugar pra um lugar sem luz, sem ar. Depois de uma hora parada num posto e de comer um boa quantidade de bacon, decidi voltar para casa, estava a uma hora e meia de casa, uma viagem não só de pensamentos, mas de distancia também. Acabei mudando de idéia e não fui para minha casa, passei na casa de uma namorada preocupada e histérica quando me viu bater em sua porta de vidro da sacada, ela estava ao celular com alguém, que eu descobri depois ser minha mãe, todos estavam atrás de mim e tudo que eu queria era que esquecessem um pouco que eu existia. Comigo em seu colo ela ligou pra minha família e disse que estava ali com ela, não quis falar com eles ou mesmo que aparecessem ali, eu apenas queria uma boa dose de Camila me acalmando e cuidando de mim. Eu não pensei muito quando aceitei jantar e dormir ali, mas pensar muito pra mim ultimamente nunca era algo bom, por isso agradeci quando Camz respondeu por mim que eu ficaria quando minha mãe ligou após começar a escurecer, tomei um banho e vesti um pijama da minha namorada que parecia ver um fantasma sempre que olhava pra mim, quando a contestei sobre aqueles olhares ela me disse estar preocupada comigo, com meus sentimento e também com meu corpo, que tinha me visto mancar e que sabia que minha testa doía por eu fazer algumas caretas as vezes. Com todo o cuidado e carinho ela cuidou de mim, indo buscar gelo pra minha perna e passando alguma pomada cicatrizante na minha testa, nessa noite eu não dormir, a olhava em meus braços e o medo de ter alguém machucando ela daquele jeito me fez querer nunca mais sair daquele quarto com aquele anjo que dormia tranquilamente em meus braços, como se eles fossem seguros.


Notas Finais


então ne.... sei lá, acho que to escrevendo isso sem pensar muito mais vamos lá, sei que nem todo mundo lê isso, mas quem ler vai saber que eu entendo muito bem a dor do álcool correndo sobre uma ferida aberta por um soco de alguém que vc ama, nem tudo que esta escrito nessa fanfic é inventado, nem tudo é apenas fruto da minha imaginação, apesar de querer muito que seja.. boa noite!
I hate you, I love you i hate that I want you you want her, you need her and I'll never be her


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