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História Hey, Hands Up! - Capítulo 4


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos 53 favoritos e a todos que comentam!!! :D
Também gostaríamos de agradecer por todos que favoritaram "Hey, Thief", pois chegamos aos 700 favoritos!!!
Sério, vocês são demais!

Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
nos sigam no Twitter: @giseledute | @isidoroka ;)

Boa leitura :D

Capítulo 4 - Capítulo 4


Haneul precisava de roupas novas, isso era um fato. Porém Mark não estava com tempo para isso e mesmo Bambam se oferecendo para comprá-las, ele não aceitou, pois achava que isso era uma obrigação dele. Mas, como a divindade é muito boa para os que pedem, Mark teve uma tarde de folga quando a loja de conveniência teve que passar por uma dedetização.

O vestido branco, com flores rosas nas bordas e com lacinhos vermelhos na cintura, era o favorito de todas as roupas que a menina havia experimentado, porém o pai suou frio só de ver o preço. Como uma peça daquelas poderia custar aquilo tudo?

Appa, appa, eu quero esse!

– Filhinha, vamos olhar outros. – O moreno puxou um vestido todo rosa, com um laço da mesma cor na cintura. – Que tal esse?

– Não! Eu quero o que me faz parecer uma princesa!

Mark respirou fundo e ficou com o cabide na mão, segurando o vestido. Talvez, se ele andasse com a menina pela loja, ela veria algo mais barato que chamasse sua atenção. Na verdade, ele torcia por isso, pois não tinha condições de pagar aquele tanto de dinheiro por somente uma peça.

Haneul voltou a olhar as araras de roupas, de vez em quando, puxado alguma peça e adicionando a pilha que o pai carregava. Aquela garota o levaria a falência! Dois empregos não eram o suficiente e mesmo o dinheiro extra que às vezes ele tirava de uma forma que ele não se orgulhava, não bancariam todo aquele desejo consumista da sua filha.

– Olá, o senhor deseja uma sacola? – Uma vendedora se aproximou e o moreno desviou rapidamente a atenção da filha, que estava na sua frente. – O senhor já tem o cartão da nossa loja?

Mark olhou para frente e Haneul estava olhando uma blusa. Ele voltou a atenção para a mulher de cabelo tingido de ruivo, pegando a sacola e jogando as roupas dentro dela e retribuindo com um sorriso.

– Eu já tenho o cartão. – mentiu, mas ninguém podia julgá-lo. – Obrigado.

– O senhor sabe que o nosso cartão não possui anuidade e que a primeira parcela de qualquer compra pode ser paga até três meses depois e que para antigos clientes, como o senhor, temos promoções imperdíveis e descontos exclusivos...

– Sim, sim… – Mark concordou, não prestando atenção em nada que a vendedora o falava. O moreno olhou para frente a sua filha não estava mais olhando a blusa. – Haneul?

Mark olhou para todos os lados e nem sinal de Haneul. Seu coração começou a palpitar, sentia as palmas das mãos molhadas de suor. Ele continuou gritando o nome da criança e então começou a desbravar os corredores de roupa com a vendedora em seu encalço pedindo para que ele se acalmasse enquanto acionava a central através de um walkie talkie.

– Você que fique calma! Eu preciso achar a minha filha!

Mark sentiu o celular vibrar no bolso e apesar da preocupação, retirou o aparelho do bolso e destravou a tela. Era uma mensagem de Yugyeom.

 

Mark Hyung & seus dois bebês

 

Gyeommie

Mark

Está tudo bem?

 

Mark se pegou pensando que o rapaz só podia se sensitivo, com desespero ele teclou a resposta.

Twojobs Mark

Não!

Eu perdi Haneul no shopping!

Estou desesperado!

Ela não está em lugar nenhum!

 

O moreno voltou a correr a loja junto de outros funcionários, mas Haneul não estava lá. Isso significava que ela havia deixado o local, o que deixou o jovem pai ainda mais aflito. E se alguém tivesse pego a sua pequenina? E se ela estivesse machucada?

 

KunpimookBambam

Mark! Como assim?!

Eu estou indo para ai!

 

Gyeommie

Hyung, me escuta!

Haneul está bem.

Quem sabe ela não ficou com fome

e foi para a praça de alimentação?

Hyung, vá para a praça de alimentação.

 

Mark encarou a tela do celular e enrugou a testa. Não custava nada tentar, não é? O pessoal da loja já estava avisado e se ela aparecesse, eles cuidariam dela enquanto ele estava olhando nos outros locais do shopping. Tudo o que queria era sua Haneul de volta.

Divindade, por favor que nada de mal aconteça a minha menina.

 

***

 

Jackson estava exausto de olhar aquele bando de papéis e não chegar a nenhuma conclusão. A ida na polícia não havia o ajudado em quase nada e só tinha o colocado com mais dúvidas.

O chinês, cansado de tudo, havia chamado Jinyoung para almoçar fora, mas este ainda estava trabalhando no restaurante até Seokjin voltasse das férias no Havaí. Resignado, resolveu passear no shopping da região e quem sabe assistir algum filme para passar o tempo.

O filme foi uma droga e ele se viu lamentando por ter ido assistir. Ainda mais irritado, resolveu ir para a praça de alimentação. Quem sabe de estômago cheio ele não se sentiria melhor? O loiro se viu com saudades da comida de Jin. Nada do que ele comesse ali faria jus a cozinha do amigo, mas era o que tinha para hoje.

Jackson estava na fila aguardando sua vez, quando sentiu alguma coisa bater levemente em suas pernas. No susto o homem deu um passo para trás, só então enxergando uma menininha sentada, como se houvesse esbarrado em algo e agora ele sabia que esse algo era sua perna.

– Opa! Cuidado aí, mocinha. – Ele ajudou a menina se colocar de pé e passou a mão pelo vestido azul que a mesma usava para limpá-lo e desamassar. O detetive sempre teve um fraco por crianças e aquela em especial era extremamente bonita, porém seus olhos estavam molhados de lágrimas e ela parecia perdida. O homem então olhou de um lado para o outro buscando um responsável pela criança, mas ninguém parecia procurar por ela. – O que foi, hm? Você está sozinha? Venha cá… 

Jackson segurou a mão pequenina e a levou até uma das mesas, a sentando no tampo e correndo os polegares pelas bochechas fartas da criança, a livrando das lágrimas.

– Qual o seu nome?

– Ha-Haneul…

– Que nome bonito. Haneul, eu sou Jackson. Conta pra mim, com quem você veio até aqui, hm?

– Com meu pai… Você viu meu pai? Papai…

E então ela recomeçou a chorar, para desespero do chinês, que afagou os cabelos lisos e escuros da menina com carinho.

– Não chora, céuzinho. Nós vamos procurar seu pai, tudo bem? Você sabe o nome dele? – Jackson sorriu ao ver a menina fazer uma cara como se estivesse se perguntando: “O que? O nome dele não é “papai”? – Vamos procurar o segurança primeiro. Seu pai deve estar doido atrás de uma menina tão bonita quanto você.

E foi o que ele fez. Após perguntar se podia, Jackson pegou a menina no colo e começou a caminhar com ela em busca de um segurança. Assim que avistou um deles, ele escutou um grito atrás de si.

Jackson se virou e viu um homem correndo em sua direção. A menina se mexeu em seu colo correspondendo aos gritos, acenando alegremente para o homem que a retirava dos braços do chinês, como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo inteiro e bem, para Mark era exatamente o que Haneul significava.

– Por que você saiu sozinha, meu amor? Você sabe que não pode! Eu estava louco de preocupação!

– Eu fiquei com fome, papai…

– Isso explica o porquê de eu encontrá-la na praça de alimentação… – comentou Jackson.

Mark olhou para o loiro, como se o notasse pela primeira vez. Piscou os olhos algumas vezes e passou uma das mãos pelo rosto da garota, como se garantisse que estava tudo bem com ela.

– Foi o que aconteceu, Haneul? Ele encontrou você?

O moreno sacudia a criança no seu colo, para acalmá-la, mas o chinês notou que ele parecia o nervoso da situação. Então, não se preocupou muito nele questionar a criança, afinal não se poderia confiar em qualquer um assim, não é?

– Sim, appa. Ele estava me ajudando a te achar…

A expressão de Mark se suavizou e ele respirou aliviado. Seu celular vibrava loucamente no seu bolso, mas ele se viu fitando o sorriso do loiro.

– Obrigado. – O moreno falou, tentando retribuir o sorriso. – Ela simplesmente sumiu da minha frente…

– Não foi nada… Ela é uma menina muito simpática. – disse, fazendo uma expressão divertida para a garota, que deu algumas risadinhas em resposta. – Eu estava prestes a levá-la até o segurança.

– Hum… ela não costuma ir com estranhos. – Mark afirmou, levantando uma das sobrancelhas.

– Talvez ela tenha visto que o Jackson-oppa é cem por cento confiável. – O loiro colocou a mão debaixo do queixo, em uma pose e Mark apertou os lábios, para não rir. – Estou sempre a disposição para ajudar os fracos e oprimidos!

Appa, appa. Ele foi legal comigo igual o Yugyeom-oppa. – A pequena bateu os pés, acertando o tronco do pai. – Ele será meu novo amigo!

– Mas você faz um amigo novo toda vez que saímos. – Mark colocou Haneul no chão, pois ela demonstrava não querer ficar no colo do pai. – Não solta a minha mão, Haneul.

A menina deu alguns pulinhos, sem sair do lugar e capturou a mão do chinês, com os seus pequenos dedos.

Oppa, vem comer com a gente!

Jackson se surpreendeu com a reação espontânea da garota ao mesmo tempo que sorriu para o ato. Era por isso que ele gostava de crianças: elas falavam o que queriam e expressavam as suas vontades sem nenhuma vergonha. Mark balançou a cabeça para a filha, mas por brincadeira do que para repreender. Ultimamente Haneul estava fazendo muitos amigos e estava difícil para ele acompanhar aquele pique.

O moreno levantou os olhos e percebeu que o chinês parecia encantado com a sua pequena, o que o fez suspirar de forma exageradamente alta, chamando atenção do loiro. Um pouco sem graça, ele desviou o olhar.

– Quer comer conosco? – Mark perguntou, olhando de relance para o loiro. – Jackson, certo? Haneul ia ficar muito feliz e… eu posso te agradecer...

– Acho que é uma boa ideia. – falou, sorrindo para a garota. – Eu ia comer mesmo, de qualquer maneira.

Os dois homens, sendo puxados pela garota, foram em direção às mesas e se sentaram em uma vazia. O horário não era propício para almoço e por isso o local não estava muito cheio.

– O que vocês vão querer para comer? – perguntou Jackson, fazendo menção de levantar. – Eu pego…

– Eu quero hambúrguer com batata frita e Coca-Cola! – informou a garota, batendo as mão na mesa, em uma melodia que só ela conhecia. – E muito, muito ketchup.

– Ela vai querer frango. – Mark sorriu para o chinês, que retribuiu o gesto. – E eu também.

– Okay, uma porção de frango para a doce Haneul e outra para… – O loiro parou um momento, remexendo a bochecha. – Eu não perguntei o seu nome.

– Mark. Mark Tuan. 

– Ah… Então frango para Haneul e para Mark. Eu… já volto. – disse, para logo após se levantar e ir em direção a uma fila.

Appa, eu gostei muito dele. – A menina ainda batia na mesa, ao lado do pai. – Ele é muito, muito legal.

– É filha? E por que ele é tão legal assim?

– Porque eu consigo sentir que ele é legal, igual ao Yugyeom-oppa. Eles serão sempre meus amigos!

Mark se viu sorrindo e olhou para frente, percebendo que já estava na vez do loiro de fazer os pedidos. Distraído, notou seu celular vibrar no bolso e se lembrou que seus amigos deveriam estar preocupados.

 

Mark Hyung & seus dois bebês

 

KunpimookBambam

Mark? Achou Haneul?

Mark?

Responda!

Cadê você?

 

Gyeommie

Calma, Bam.

Deve estar tudo bem.

Haneul está segura.

 

KunpimookBambam

Ai, você é muito otimista!

Yug, ele não responde T_T

 

Gyeommie

Está tudo bem.

 

KunpimookBambam

Eu estou indo para o shopping.

Mark pode estar precisando de

ajuda.

 

Gyeommie

Espera mais um pouco…

 

KunpimookBambam

Não. Tô indo agora.

 

Gyeommie

Ok. Te encontro lá.

 

Twojobs Mark

Achei ela!

Desculpe demorar a responder.

KunpimookBambam

Graças a Divindade!

Eu já estou chegando aí!

 

Gyeommie

Eu falei que estava tudo bem

com a Haneul :)

Bam, eu tô te vendo.

 

KunpimookBambam

Onde?

 

– Aqui! – proferiu o mais novo, rapidamente apertando as laterais do corpo de Bambam, a fim de assustá-lo. O moreno deixou uma gostosa gargalhada quase infantil escapar ao ver o amigo pular com o susto e quase derrubar o celular das mãos.

Ha, ha, Muito engraçado, Yug. – respondeu agora de frente ao maknae gigante. O loiro guardou o celular no bolso assim que leu a mensagem de Mark explicando onde exatamente estava com Haneul. – Vamos, eles estão na praça de alimentação.

– Bom que eu compro alguma coisa para te alimentar.

– Hein?

– Como agradecimento… Pelo emprego.

– Não precisa disso. – O loiro encarou o chão, enquanto seguia até a escada rolante do shopping. – Não foi nada demais.

– Ah, me deixa te agradecer propriamente… Se não for hoje, quem sabe um outro dia?

– Somente nós dois?

– Sim, por que não?

Bambam encarou o outro, que mesmo estando no mesmo degrau que ele na escada rolante, era mais de um palmo mais alto do que ele. O rosto do moreno exibia um grande sorriso e o nariz estava levemente enrugado. O loiro ponderou por um momento, não sabendo o que responder. Yugyeom o estava chamando para um encontro ou somente tentava ser simpático? Era difícil dizer.

– Hum… Então tá. Podemos marcar um dia…

– Ótimo!

Os dois logo chegaram na praça de alimentação do local e de longe identificaram a cabeça de Mark sentado em uma cadeira. A passos largos se aproximaram e Bambam, assim que viu a menina, a puxou para um abraço, mesmo as mãos dela estando sujas.

– Haneul, que susto você nos deu! Você não pode fazer uma coisa dessas com o seu pai e nem comigo!

– Desculpa, oppa. – A menina tinha um olhar arrependido e Bambam ficou feliz por ela estar bem. – Jackson-oppa me ajudou a encontrar o papai.

O mais novo se sentou ao lado da criança e olhou para o chinês, que já estava cumprimentando Yugyeom animadamente. Bambam o analisou por alguns segundos e decidiu que gostava dele. Jackson logo direcionou os olhos para frente e se apresentou para o outro desconhecido.

– Mark, você está deixando Haneul comer batata frita e tomar refrigerante? – Bambam logo estranhou aquele fato, pois Mark tentava manter uma dieta restrita para com a filha.

– Vamos dizer que já tem algumas pessoas caindo na lábia da minha filha. – O moreno encarou Jackson, que lhe olhou enquanto levantava os braços, em um sinal de rendição. –  Só desculpo porque cuidou da minha menina…

– Eu fiquei com ela menos de dez minutos, cara. – Jackson colocou um pedaço de frango na boca, para logo depois continuar. – Não foi nada demais...

– Jackson-oppa, você tem namorada? – perguntou a garota, enfiando uma batata em uma vasilha com ketchup. – Ou namorado? Papai diz que o importante é amar…

– Seu pai é um homem muito inteligente, Haneul. – Jackson bebeu um gole da sua Coca e logo depois passou a língua no canto dos lábios enquanto encarava Mark. – Não, eu não tenho namorada e nem namorado.

– Ah! Então você pode namorar o Bambam-oppa! Papai sempre diz que ele tá sozinho.

– Haneul! – Mark quis que um buraco abrisse no chão para ele se jogar. Bambam engasgara com alguma coisa e Yugyeom parecia pensativo por um momento. – Filha, não se fala essas coisas.

– Estou aberto a negócios. – Jackson piscou um dos olhos para o loiro mais novo, que novamente se viu engasgando. – Mas acho que você é muito novo para mim, não é?

– Talvez… – murmurou Yugyeom, Mark o encarou e o moreno voltou a olhar o tampão da mesa. – Será?

– Haneul, não é assim que as coisas acontecem, minha filha. – A criança pareceu ficar triste por um momento, mas logo balançou a cabeça em afirmação. – É uma coisa natural…

– Mas eles ainda podem namorar?

– Hum… Sim. Se for o que eles quiserem, mas não podemos forçá-los nada, meu amor. – afirmou o pai.

– Eu não quero! – Bambam se viu capaz de falar pela primeira vez, com as bochechas completamente avermelhadas.

Outch! – Jackson colocou uma das mãos no peito, acima do coração. – Assim você parte o meu coração. Não responda assim tão rápido. Pode se arrepender depois, Bambam. – provocou o chinês, mordendo sugestivamente uma batata frita, provocando um acesso de risos em Mark.

Talvez fosse a adrenalina se esvaindo do corpo do moreno ou talvez fosse porque o loiro era verdadeiramente engraçado, mas o jovem pai achava o jeito do detetive extremamente divertido, como se ele precisasse sorrir perto dele, como se fosse uma obrigação. E uma obrigação contínua, pois cada vez que o Jackson soltava uma piada ou fazia uma gracinha, Mark se via com os maiores dos sorrisos.

– Espera, então você é babá e cuida de cães? Esses são tipo, os melhores empregos do mundo? – perguntou o chinês, balançando a cabeça em surpresa. – Quem dera meu emprego fosse assim tão cercado de amor...

– E você? No que trabalha? – perguntou Yugyeom para o chinês. O moreno mais novo ainda estava analisando a situação, mas tinha que puxar os assuntos que lhe interessava para seus planos irem cada vez mais rápido.

– Ah… Eu sou detetive particular.

– Tipo aqueles caras que são contratados para seguir maridos infiéis? – Bambam questionou ainda de boca cheia, tamanho sua curiosidade. Haneul riu da cena, enchendo a própria boca de batatas fritas.

– Sim, exatamente… Porém não é tão legal quantos nos filmes…

– Eu sempre me perguntei o que a polícia pensa sobre detetives particulares. – comentou Yugyeom. – Eles não acham que o seu trabalho pode atrapalhar o deles?

– Que? Claro que não! Meu melhor amigo é um policial. – O chinês aproveitou para pegar um pedaço do frango de Mark, que estava distraído do outro lado da mesa. – E eu também conheço um bando de outros policiais.

– Ah, eu também conheço policiais. – afirmou Bambam, que se inclinou sobre o assento e com um pedaço de guardanapo limpou o canto da boca de Haneul. – Eu cuido da cadela de um deles e o outro é parceiro dele.

– Qual o nome deles? – Jackson perguntou displicentemente, mas no fundo estava curioso. –  Talvez eu conheça.

– Choi Youngjae e Im Jaebum.

– Ah, grande Choi! Conheço sim. – Jackson sorriu e Mark percebeu que não conseguia parar de encarar e rir. – Espera… Jaebum? Então o nome dele é esse…

– Nossa! Eu conheço o Jaebum-hyung. – Yugyeom notou que estava ficando bom naquele jogo de improvisação. – Ele é muito legal.

– Espera, temos muitos conhecidos em comum… – O chinês falou, divertidamente. – Que coincidência.

– Seoul é bastante pequena. – comentou Mark, limpando as mãos da filha com um guardanapo.

– Para mim parece destino! Como se todos nós estivéssemos ligados de alguma maneira! – brandou Bambam com uma convicção que fez toda a mesa encará-lo com um olhar que mesclava confusão e admiração.

Yugyeom foi o primeiro a desviar os olhos, passando a se concentrar em sua bebida como se fosse a coisa mais interessante do mundo inteiro. Bambam era uma pessoa tão boa e gentil e a divindade não conseguia decifrá-lo e nem entender porque ele não tinha uma ligação com ninguém naquele grande livro. Parecia tão injusto!

Jackson comentou algo que fez a todos na mesa rirem. Mark não foi exceção. O moreno mais velho notou como o chinês fechava os olhos quando soltava uma gargalhada e como ele estava fazendo sua filha sorrir. Talvez Bambam tivesse razão, talvez fosse obra do destino eles se encontrarem assim, do nada. O pai notou que Yugyeom o encarava, em uma análise profunda e instintivamente, ele se sentiu envergonhado. O garoto era sensitivo, ele tinha total certeza disso e vê-lo fitando profundamente, o fazia ter medo que talvez o mais novo estivesse lendo os seus pensamentos e o julgando por bobamente estar imaginando a boca de Jackson sobre a sua. Não ajudou nada quando Yugyeom desviou o olhar sorrindo do nada e voltando a bebericar o refrigerante.

– Pessoal, a conversa está ótima, mas essa mocinha aqui precisa de roupas novas. – comentou Mark, suspirando. – Tenho que ir às compras.

– Deixa eu acompanhar, Mark! Já estou aqui mesmo… – Bambam comentou, recebendo algumas palmas alegres de Haneul que simplesmente adorava a companhia do jovem.

– Eu também não tenho nada pra fazer… – Yugyeom também se ofereceu.

– Por favor, não me deixem de fora! Meus dois únicos amigos estão fora em lua de mel e meu outro único amigo está trabalhando!

Own, mas tadinho dele, gente. – Bambam comentou fazendo uma expressão fofa. – Vamos adotá-lo?

Vamooos! – A pequena menina gritou, se jogando para cima do colo de Jackson que aceitou o abraço de bom grado.

– Gostei da ideia. – comentou Mark, sorrindo de lado. – Acho que todos nós podemos ir às compras, né?

E foram. Os quatro homens acompanhando um linda garotinha, que a cada arara encontrava algo novo e colorido para vestir. Para a tristeza de Mark, Haneul não esqueceu do vestido que custava os dois olhos da cara e insistiu veementemente pelo pedaço de pano costurado que o moreno tinha certeza que não caberia nela em menos de um ano. Antes de pagar pelas compras, Tuan se viu encarando tristemente a etiqueta branca, com o preço da peça. Infelizmente, naquele mês, ele ficaria com as finanças apertadas.

Jackson não conseguia acreditar que terminara o dia com uma criança no seu colo e cercado de novas pessoas. Felizmente, se sentia mil vezes melhor de como se sentia quando resolveu ir ao shopping.

O chinês não conseguiu evitar de admirar a beleza de Mark Tuan. “Deveria ser proibido ser bonito desse jeito.” O loiro teve certeza que se o outro não estivesse acompanhado de uma criança, ele já teria mandado um: “E aí? Vamos?” Mas, de alguma maneira, Haneul estava o impedindo de ser tão direto e o detetive percebeu que talvez ele estivesse com vergonha.

No fim do passeio, todos resolveram trocar contato e se adicionarem em redes sociais. Bambam e Yugyeom acabaram indo embora primeiro e Mark ficou para trás, ainda digitando no celular de Jackson seu número.

– Podemos marcar alguma coisa… Um dias desses. – Jackson não acreditava que tinha perdido o jeito para paquera. – Você e eu… – Pela divindade! Ele estava mesmo muito mal.

– Eu adoraria. – respondeu o moreno, com um sorriso tímido.

– Claro que você pode levar Haneul.

– Não acho uma boa ideia… Tenho outras coisas em mente. – Mark piscou um dos olhos, enquanto devolvia o celular para o loiro. – Tchau, tchau.

Jackson ficou encarando Mark indo embora, seguido da pequena garota, que lhe acenava animadamente. O chinês fechou a boca – ele nem havia notado que estava aberta – e olhou para o aparelho, notando o novo nome que lá ocupava: Haneul's dad. Sorriu para si mesmo, balançando a cabeça em descrença.

Realmente, aquele havia sido um dia surpreendente.


Notas Finais


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Por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Até amanhã ;*


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