História Hey Lover! (short fic - Byun Baekhyun) - Um começo.

Baekhyun arregalou os olhos ao sentir o corpo da mais baixa vindo de encontro ao seu. Aquilo era um....abraço?

— Muito, muito obrigada! – a menina dizia animada e era possível notar seus olhos brilhando. Baekhyun estranhou aquilo, claro. Mas por um lado achou interessante a reação da outra e a única coisa que pedira ao universo era que o que ele acabara de fazer não fosse um erro.

Mas oras, Baekhyun não tinha culpa se a garota nova cantava tão bem. O loiro ficou encatado, de uma forma que raramente acontecia e, no calor do momento, se oferecer para a ensinar a tocar guitarra parecia a melhor opção. Mas Byun sabia que aquilo não passava de uma desculpa para a ouvir cantar novamente.

Já a garota, se questionava e aproveitava para imaginar como aquilo seria. Baekhyun era muito bom comparado a ela e ter ele como "professor" parecia, ao mesmo tempo, uma boa e má ideia. Talvez as ficantes de Byun se irritariam, mas a menina nunca foi alguém que se importasse tanto assim com a opinião alheia, e outra que não devia nada a exatamente ninguém. Então, pensando num geral, aquilo tinha tudo para ocorrer e dar certo, e s/n faria de tudo para que realmente desse. Estava disposta a aprender e obedecer Byun Baekhyun nesse quesito, então isso já era mais que o suficiente para que suas aulas com o loiro ocorressem bem.

— Quer? – Baekhyun ofereceu o cigarro em direção a menina que o pegou na mão dando uma tragada.

Baekhyun olhou aquilo arqueando as sobrancelhas, não pensou que a garota fumasse, mas aquele fato seria mais um que ele adicionaria em sua lista sobre a menina.

Sentados em um dos bancos no fundo daquela escola, Byun Baekhyun e s/n conversavam sobre como fariam agora. A mais nova havia o contado que já chegara a ir no clube de música da escola, mas que nada lá a agradava. Aos poucos Baekhyun formava uma opinião sobre a novata e, por incrível que parecesse para ele, ele gostava do que ela estava se mostrando ser, talvez a tivesse julgado mal. Assim como o loiro, a garota também formava um pensamento concreto sobre Byun Baekhyun. A personalidade parecia mesmo ser como a maioria dizia, e aquilo não era ruim, muito pelo contrário, Baekhyun parecia divertido, aparentemente foram eles que começaram com o pé esquerdo. Mas s/n também já sabia sobre a fama que Baekhyun carregava, isso porque passou duas aulas ouvindo os lamentos da ruiva sentada em sua frente reclamando de Byun. E olha, foi difícil para ela controlar a risada no momento. Ou Baekhyun realmente era incrível na cama e as dava falsas esperanças ou as alunas daquela escola que eram emocionadas demais. Mas s/n até que entendia, por um lado.

Até que voltassem para sala, Baekhyun e a garota permaneceram ali sentados enquanto conversavam e dividiam um cigarro. Foi um curto tempo de conversa, mas além de falarem sobre Baekhyun a ensinar a tocar guitarra, acharam necessário que ambos soubessem um do outro, nem que fosse o básico. No fim, s/n descobriu que Byun morava sozinho em um apartamento no centro e que se encontrariam lá para que ele a ajudasse, e a informação que Baekhyun julgou mais importante vinda de s/n, foi que a garota viera da América, bem que ele havia estranhado os traços ocidentais. A única coisa que o restava saber era o motivo daquilo. O porque dela ter largado a vida que tinha para vir morar naquele pequeno fim de mundo. Mas isso, para s/n, era assunto pra outra hora.

Os alunos daquela turma estranharam ver Baekhyun e a novata entrando juntos na sala de aula, e olha que não haviam trocado uma palavra sequer, mas se tratando do lugar, somente aquilo já parecia o necessário para que rumores e encaradas começassem a surgir.

Mas Baekhyun sempre mantivera a mesma postura de sempre, afinal, não se importava nem um pouco, e sabia que a novato também não.

Ao chegar em casa naquele dia, Byun deixou qualquer assunto fora de sua cabeça, isso porque achou que ter pensado na garota em todo o caminho de volta pra casa já havia sido demais e agora precisava esvaziar a cabeça. E realmente, Byun Baekhyun era o tipo de pessoa que odiava pensar de mais.

Já com a menina fora diferente, estava animada e ansiosa. Isso porque finalmente Baekhyun aceitara seu pedido, mesmo se perguntando se aquilo não fosse somente um truque do loiro, ela gostava da ideia. A realidade era que, isso para s/n, seria sua maneira de se redimir pelo tempo perdido.

A garota deixou o porta retrato com uma foto dela junto do próprio pai em cima da mesa novamente e se retirou para ir tomar seu tão esperado banho. Estava feliz, não era momento para chorar agora.

O dia seguinte foi como qualquer outro pela manhã, a única coisa de diferente na rotina de Baekhyun, foi o fato dele ter organizado apressadamente sua casa. Geralmente não se importava com isso, mas achou que agora fosse necessário. Já s/n, avisou a mãe antes da mesma sair para trabalhar pela manhã que iria passar a tarde fora, recebendo uma aprovação e um pedido de cuidado como resposta.

Baekhyun morava num local como a garota pensava, ele realmente parecia não ter muito dinheiro, mas isso nunca foi problema quando se tratavam dos outros para a garota. Então, com o sorriso fraco no rosto, ela bateu na porta de número 44, e diferente do que sua mente esperava encontrar, Baekhyun estava a sua frente, sem camisa. E foi inevitável não reparar nas tatuagens em seu peito e no lado direito das costelas.

Mas, quando a consciência voltou, a mais nova abaixou rapidamente a cabeça.

— Ai meu deus me desculpa! – O loiro pediu constrangido, havia esquecido que era ela que estaria ali e não terminou de se vestir antes de abrir a porta.


                           Baekhyun point of view 

Merda! Eu havia mesmo esquecido? Obviamente aquilo não foi de propósito, eu estava longe de querer ter alguma outra intenção, mas eu confesso que vê-la corada e me analisando por inteiro foi interessante, mas querendo ou não, eu estava "errado" ali. 

— Tudo bem. Sério, eu que cheguei cedo demais. – Ela estava no horário.

— Me desculpa mesmo, eu juro que não costumo receber os outros assim. Mas entra, eu só preciso por uma camiseta.

— Ok, mas relaxa. – a menor disse me olhando diretamente nos olhos.

Ela adentrou meu apartamento e foi logo se sentar no sofá como eu havia dito, minha guitarra e os outros aparelhos também estavam ali, aquilo daria certo.

— Consegue arrumar?

— Uhum. – ela respondeu tirando a guitarra da capa e ligando os fios. Ela me parecia focada.

Olhei para a garota pelo canto dos olhos a vendo sentada ali, com a guitarra em mãos focada somente naquilo e sorri. Involuntariamente. E mesmo que não falássemos, nos dois compartilhavamos do mesmo sentimento. Sentimento de que aquilo era um começo da nossa relação.