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História Hey, Professora - Catradora - O doce veneno do Escorpião


Escrita por: MrsLaviolette

Notas do Autor


Relou, cabaré dom-sub! Blz?
She-gay na área pra abalar as calc...digo, estruturas. KKKK

Agr falando sério, não faço fanservice, mas a ideia de vocês de um hot Scarlet x Catra me torturou (do jeito que eu gosto, inclusive kkkk) e tive me desafiar a desconstruir a imagem de domme implacável da Dama de Etérnia, então... DELICIEM-SE e não me culpem pelas roupas íntimas perdidas.

Little glossário: Tamer ou Brat Tamer (Domador): O praticante ativo que gosta de jogar através da força, de ameaças, de dominar, de domar e subjugar o praticante passivo. O Tamer não deseja uma pessoa submissa, seu desejo é conquistar. Seu prazer está no desafio, no jogo de poder.

Brat (Pirralho): O Bottom que gosta de provocar, de ser a “presa” a ser caçada, desafiar o Top. OBS. Ao contrário de um submisso, um Brat fará o jogo do “Será que você consegue?”, “Conquiste-me se puder”. Irá desafiar o Top para que o dome, seu prazer está em resistir e dificultar, ser disciplinado.

Coleira choker: estilo de coleira para bdsm que é um colar extremamente justo, colado ao pescoço, que dá a sensação de "sufocar" ao se usar.

Spikes: são espigões (pontas de metal ou outro material, geralmente na cor prata), complemento da coleira. Spikes tbm podem ser encontrados em botas, pulseiras, etc. Compõe o vestuário de vários estilos, incluindo o rock (no meio fashion) e no cenário sexual, o bdsm.


Boa leitura! :3

EDIT: Ali embaixo nas notas finais, incluí a tatuagem da Scarlet pra quem quiser ver xD

Capítulo 39 - O doce veneno do Escorpião


 

 

“So come here, Senhora Felina.”

 

A lady mal acabara de proferir a provocação que ao mesmo tempo era um convite à Catra iniciar consigo um pequeno jogo de poder. Um desafio. E elas duas amavam desafios. Debruçara-se sobre o corpo de Scarlet envolto ao corset cor de sangue. Agora eram os olhares que davam início à luta. A dominatrix podia até estar sob seu corpo, mas isso não significava que não estivesse no controle. Ainda. Mirava aquele par de olhos heterocromáticos convencidos de Catra em uma ofensiva feroz contra suas orbes bordô em um fitar direto, quase como o encontro de duas brasas gêmeas. Combate de fogo contra fogo. A morena passara a estreitar os olhos sem tira-los das pupilas cor de vinho da dama que a encarava de volta, inclinou o rosto alguns milímetros à esquerda e moldou um leve sorriso safado nos lábios. Scarlet analisava cada micro gesto seu, se tivesse de se render, Catra teria que lhe roubar o controle como nem mesmo a própria Adora chegara perto uma única vez. E ela não entregaria tão fácil assim. Foram segundos naquela briga de olhares quase infinda onde nenhum dos visores abria mão, além dos esboços de risos imodestos que partiam de ambas as faces; e que acendia uma chama nos ventres das duas mulheres. A jovem Applesauce partiu ofensivamente para cima dela lançando-se mais uma vez em direção aos seus lábios vermelhos, com as duas mãos afoitas em mais uma tentativa de capturar-lhe os braços. Scarlet, velha de guerra, entretanto, já esperava aquele ataque afobado.

 

Você pode ser melhor do que isso, Senhora Felina...  – muito facilmente desvencilhou-se do ataque da garota, segurou-a no pulso esquerdo e com a mão direita impôs o dedo indicador sobre os lábios de Catra, balançando a cabeça negativamente. — Não se ganha uma luta só por atacar primeiro, Applesauce. – falava com uma sobrancelha levantada e os lábios em um bico. Cínica, provocadora, desdenhosa.

Catra deu um suspiro impaciente e sacudiu a cabeça levemente frustrada. Oh, ela teria que lutar muito com a Dama de Etérnia pela recompensa de uma noite com ela. Sentia estar tão perto, mas Scarlet era como uma muralha inimiga intransponível, e ela, um único guerreiro de nível baixo a empunhar uma espada maior do que si própria. Mas tinha vontade, e uma vontade de fogo.

Enquanto devaneava por seu primeiro ataque ter sido cruelmente frustrado, Scarlet já havia imposto sua própria ofensiva aproveitando-se de sua distração, ergueu-se alguns graus à frente e acima da garota pensativa, alisou-lhe o rosto com as laterais dos dedos e segurou em seu pescoço com força mínima.

 

— Não devia deixar sua guarda tão aberta, Catra. – provocou.

A morena sorriu mais ou menos presunçosa guiando-a com o olhar para o braço esquerdo dela envolto pelo seu próprio antebraço. Catra deu um sorrisinho de contra-ataque feito com sucesso. Scarlet sorriu entredentes, estava instigando a Senhora Felina com primor. Devolveu o olhar arrogante com direção ao meio de suas próprias pernas, erguendo a coxa direita e esfregando-a com pressão no meio das de Catra, que acaba tremendo-se por inteira, fecha os olhos e afrouxa a pressão no braço da mulher abaixo de si.

A mão direita que segurava o pescoço da mais nova acaba por deslizar-se lenta e estrategicamente para trás da cintura de Catra por dentro do cós da calça preta. Scarlet não economiza em logo lhe invadir com quatro dedos por dentro da sua roupa íntima, ainda por trás de suas costas. Catra geme enlouquecida com os dedos escorregadios da dama em seus quadris apertados pela napa, e a lady os pulsa com pressão nas nádegas da garota, ainda por dentro do tecido e dá um apertão generoso em sua região glútea. Catra acaba por deixa-la de braço esquerdo livre e desfalece sobre seu corpo, distraída de tanto desejo. Scarlet não parava de sorrir convencida e agora estende seu toque ousado de forma a alargar a abertura da calça até a parte da frente em um passeio gentil pela cintura alheia; passando a mexer com maestria no zíper de abertura da legging preta que a garota ainda vestia.

Catra está quase sem reação de combate e arfa alto ao sentir a mão da mais velha agora a tocar seu sexo embebido em libido, dedilhando-a. Scarlet a olha com a língua por trás dos dentes e oferece um sorrisinho malicioso.

 

— Desistiu de brigar pelo controle, Applesauce?

A garota respira fundo, ofegante e volta a se sentir desafiada. Segura na mão invasora de Scarlet e a força a deslizar ainda mais para seu íntimo encharcado, forçando os dedos alheios a lhe penetrarem. De sua garganta soa um grunhir excitado, ela morde o lábio inferior e fita Scarlet a também arfar com o maxilar entreaberto, parecendo surpresa com sua provocação.

— O que foi? Acha que vou gozar só porque estava me tocando, Senhora? – rebola nos dedos da mulher, arrancando da Dama de Etérnia mais uma expressão surpresa.

— Como você é baixa, Applesauce. – responde com suspiros entremeio à própria fala.

— Você ainda não viu...nada. – Catra retira a mão de Scarlet de dentro das calças abertas e traz até a própria boca, lambendo os dedos de seu próprio sabor.

— Vadia atrevida! – Scarlet levanta provocada e começa a empurra-la vagarosamente com a ponta do dedo no meio de seus lábios em direção ao pé da cama.

 

Catra arqueia a cabeça para trás olhando o lugar onde há minutos sofrera nas mãos dela e sua defesa se desarma mais um nível. Agora a mais jovem se vê novamente abaixo da dominadora. Scarlet simplesmente a devora com o olhar. O olhar de uma predadora. Ergue o corpo instintivamente para cima com os joelhos a cada lado da cintura da garota, olha-a de cima, sobrancelha esquerda levantada e lábios fechados. Havia uma ruga de emoção adversa em seu cenho.

— Tem certeza de que quer mesmo me desafiar, Applesauce? – provoca-a novamente cheia de si e avança sobre seu pescoço sufocando-a com a lateral do antebraço direito, olhando dentro de seus olhos.

Catra podia sentir os pelos do braço dela completamente arrepiados. E também os próprios, além de seu íntimo começar a pulsar fortemente. A estava tirando do sério. Hora de apelar para a pirralha que existia dentro de si.

— Tem certeza de que consegue aguentar minhas provocações, Scarlet, ó Dama de Etérnia? – passou a coxa direita pelo meio das pernas da lady entrementes ela a enforcava. Scarlet olhou de canto de olho para a perna direita dela a roçar no meio das suas, suspirou fundo e pôs ainda mais pressão na asfixia erótica obrigando a garota a pedir por um pouco de ar.

— Applesauce, não me provoooque... – falou entrecortada pelo desejo que a consumia.

— Por que, Senhora? Por acaso vai...me punir, é? – impôs o joelho sobre o íntimo ainda coberto da domme sobre si.

Abriu os lábios lentamente, falando rouca, provocativa. — ...mas eu gosto de punições. – riu cínica juntando os dedos indicadores.

Scarlet suspirava profundo a cada provocação de Catra embaixo de seu corpo. – libertou seu pescoço da pressão sufocante mas logo agarrou por trás de sua nuca, segurando forte nos fios de cabelo causando-a um arquear da cabeça ainda mais para trás. — Mas é uma putinha muito baixa, mesmo.... Queria demonstrar poder, dominância, mas aquela brat tinha o dom de lhe tirar do sério. E ela, como uma boa brat tamer se via completamente na obrigação de lhe dar uma bela de uma lição.

Com a mão livre, enfiou forçosamente o dedo indicador e o do meio nos lábios da garota que sugou-os imediatamente, deixando cair até saliva entre os próprios seios já desnudos. Scarlet lambeu aquela linha de saliva de seus lábios e desceu por seu pescoço passando a língua lentamente, cravou os dentes em toda a extensão da arcada dentária pela jugular da outra; Catra gemeu alto com aquela mordida agora convertendo-se em um delicioso chupão que a domme sequer parecia se preocupar com a marca que certamente deixaria. — AAAHHH... – seu gemido saiu rasgado.

— O que foi, gatinha pervertida? – a lady continuou a descer pelo seu esterno e seios, e brincou com a ponta da língua contornando com a boca os mamilos da garota enquanto ainda a segurava forte pelos cabelos. Catra forçava levantar a cabeça para olha-la mas o puxão em sua nuca se fazia cada vez mais agressivo. Ela passava agora a mexer as pernas de maneira nervosa e Scarlet segurava seu mamilo direito fitando-a com perversidade tremenda, beliscou fino o pequeno grânulo já bastante eriçado.

Catra deixou escapar um pequeno grito do fundo da garganta com aquela dor fina a se fazer presente, logo sentiu a adrenalina a lhe percorrer as sinapses. Dóia? Sim. Porém era uma dor deliciosa. Scarlet apertou ainda mais imitando a pressão de um grampo e puxou-o para a frente longamente. A garota se retorcia na cama à medida que a domme sorria perversa ao vê-la gritando de dor.

— Awn, Applesauce. Gostando da dor? – perguntou ainda puxando seu mamilo. — Isso é para você aprender a prestar atenção no que a Sua Senhora fala! Sua putinha insolente! – continuava a belisca-la.

Catra inspirou o ar profundamente com os olhos fechados, as sobrancelhas curvadas na mínima expressão de aflição física. — V-você sabe que eu adoro a dor, S-senhora... – respondeu malcriadamente, curtindo a pequena advertência de disciplina.

Scarlet sorriu devassa. — É, eu sei sim... você é uma putinha muito da malcriada. – soltou-o.

Catra mordeu o lábio inferior, altamente excitada. — A sua...putinha malcriada!

 

Scarlet pareceu descontrolar-se por um segundo. Catra realmente conseguia tira-la do sério, mas ela levaria aquela disputa por poder até o final, embora sua vontade mais intensa e quase incontrolável fosse logo de beija-la, tê-la por inteiro e ser dela. Respirou profundamente e voltou-se até o peito da garota libertando-a da pressão em seus cabelos, trouxe seu corpo para si ficando novamente de joelhos na cama. Agarrou sua cintura nua e suspendeu-lhe os braços e os próprios acima da cabeça envolvendo-a em um beijo desejoso, carregado de intenções malignas. Catra já não conseguia se manter muito em sua pose pirracenta e provocativa. Ela também queria fazer um amor louco com Scarlet apesar de estar se divertindo com aquela briguinha, mas cede àquele beijo levada pela vontade de poder toca-la. Scarlet, porém, segura seus braços com veemência acima de sua cabeça. Mais um joguinho? Apenas seus corpos e lábios sobre ambos joelhos era o que mantinha o equilíbrio das duas mulheres em cima da cama. Novamente a morena tenta desvencilhar-se da prisão deslizando os pulsos suados pelas mãos fechadas da lady que os segurava. Scarlet abre os olhos colada ao seu rosto vermelho, morde seus lábios dolorosamente puxando-os e causando um certo desequilíbrio.

 

— Se você cair primeiro, Applesauce, vou lhe considerar rendida. - a dama falou com austeridade e cinismo.

Catra balança a cabeça com os lábios grudados aos dela, e novamente apreciando a dor em doses homeopáticas, enfim fala entremeios ao beijo. — Então vou te fazer cair também, Senhora. – força-se para ambos os lados, os dedos se entrelaçam por sobre suas cabeças e joelhos cansados, porém não se rendem.

Scarlet continua a beija-la, lançando-se ainda mais contra seu rosto e passa a lhe sugar a língua dentro da boca, em um golpe extremamente baixo. A mais jovem acaba se desequilibrando, seus joelhos deslizam entre os lençóis. — Aahh, mas você vem comigo sim.... – provoca e aproveita o inclinar de seu corpo, lança-se para a frente tentando impor o seu peso esguio contra o peso do corpo esbelto e sexy de Scarlet. A dança de corpos acaba por fazer com que as duas caiam juntas, uma de frente para a outra, lado a lado na cama. Quase como um espelho. Olhares ávidos se cruzando novamente. Quem atacasse primeiro... Não, quem soubesse que ataque usar...

  A garota após fitar os olhos de sua predadora, desliza-se para a esquerda perto da parede e deita de costas com os braços estirados a cada lado do corpo. Scarlet logo se recompõe, sentada sob os pés a poucos centímetros dela, a olha curiosa de cenho franzido.

 

— Resolveu se render, Applesauce? – provoca.

— Por que? Cansou de ser a que dá as ordens? – Catra devolve olhando-a com certo desdém.

— Não. Só estava testando o tamanho da sua audácia. - num ímpeto está sobre ela novamente e segura forte em seus dois braços estirados encarando-a com a chama de desejo no olhar. — Não me tire do sério... – encaixa o joelho direito entre as pernas dela, beija sua boca e lhe dá um tapa de palma aberta na face esquerda, que faz o rosto de Catra virar para o lado oposto.

A morena torna a virar o rosto para cima a encarar a dominante assumindo o controle novamente. Suas sobrancelhas se curvam levemente para cima e sua face transfigura resignação. Passa a encara-la de baixo com o olhar manso, sorri com ar de submissão e encolhe as pernas travando ainda mais o joelho de Scarlet entre as próprias coxas. A domme a observa atentamente e permanece em sua postura de não lhe permitir qualquer chance de revide. Silêncio absoluto quebrado apenas pelo futuro golpe baixo de Catra Applesauce.

 

— P-pode me beijar de novo, S-senhora...? – fala com a voz rouca, tremida e olhando-a dentro dos olhos cor de vinho. Quase como se pedisse por favor.

Scarlet lhe mira desconfiada, olhos semicerrados e as pupilas contraídas em sinal de alerta. Seus lábios estavam fechados em uma linha reta, ela inclina a cabeça levemente a centímetros da boca de Catra que permanece ali calada apenas como um receptáculo. “NÃO VENCE QUEM SÓ ATACA PRIMEIRO, NÉ APPLESAUCE?” ­– firmou-se no pensamento que acabara de se converter em sua estratégia contra a próxima investida da terrível, sedutora e intransponível Scarlet Laviolette.

A dama de Etérnia analisa meticulosamente o plano que parecia surgir e estava, de alguma forma, implícito no olhar de Catra, que agora se mostrava tão facilmente submissa. O que vai aprontar, hein, Senhora Felina? – abaixou-se lentamente e tratou de fortificar a constrição que fazia em ambos pulsos dela apertando-os ainda mais, levou os lábios até parcos centímetros da boca salivante da morena que parecia lhe implorar algo, com aquele olhar entregue.

Scarlet engole ligeiramente em seco. Parecia estar perdendo a pose, mas como sempre, se muniria até o final embora já estivesse cansada daquela competição quase imparável por domínio. Queria que Catra lhe fizesse enfim ceder o controle, mas jamais entregaria de mão beijada para ela.

     

— Me dê a sua língua. – ordenou imponentemente.

Catra sorri e sem esforço estende a língua para fora, a lady a toma e lambe-a fora de sua boca em um encontro de salivas excitadas. Catra treme-se por inteira com aquele movimento puramente sexy e ousado e a cacheada também, a ponto de começar a afrouxar a pressão em seus pulsos. Scarlet começa a deslizar as palmas das mãos pelos antebraços alheios e agora força-se contra seus lábios entregues, chupando e enroscando-lhe a língua explorando o interior de sua boca com avidez. Aquele beijo de verdade que desejava tão logo iniciaram a disputa por poder. Scarlet sequer percebe, mas pouco a pouco liberta os braços da mais jovem. Envolve seu rosto com as duas mãos em meio aquele beijo desejoso. Por entre o beijo, Catra entreabre o olho esquerdo disfarçadamente e enxerga a fresta por onde poderia começar seu novo contra-ataque maquiavélico.

Espera pacientemente enquanto a dama lhe beija com volúpia quase incontrolável, tocando-lhe o rosto com as mesmas mãos que há minutos atrás precediam uma investida controladora mantendo-a presa pelos pulsos. Catra passa a escorregar o braço esquerdo a subir dissimuladamente em direção aos laços do espartilho vermelho nas costas dela, põe a mão ali silenciosa e já ri internamente com a ilusão de vitória antecipada até perceber que havia uma mão sobre a sua prestes a desfazer um dos laços.

 

— Hã, hã...  – Scarlet para de lhe beijar, sai de cima de si e monta em seu colo, séria. Leva a própria mão direita ao fecho do corset, começa a desfazer os laços um por um, fitando a garota. Catra a olha perplexa com o gesto. — Ué, sem briga dessa vez? – pergunta abismada, de cenho franzido.

— És tão baixa quanto a Dama de Etérnia, Senhora Felina. – sorri e com o braço esquerdo pega uma de suas mãos, trazendo-a aos seios ainda cobertos pelo couro vermelho que logo se faz frouxo com a ajuda da mão de Catra.

Scarlet termina de desencaixa-lo do próprio torso e lentamente deixa-o cair na frente da garota. A luz oscila brevemente trazendo o meio tom de vermelho do próprio quarto a refletir em seus olhos cor de vinho. Catra tem uma das mãos agora por cima dos seios nus da domme e vê-se paralisada com o desnude voluntário de Scarlet, que revela aos seus olhos híbridos uma belíssima tatuagem apenas centímetros abaixo de sua costela direita, estendendo-se um pouco até sua pélvis branca: um escorpião imperador em traço sketch em posição oblíqua a segurar por entre as patas dianteiras o caule de uma flor. Uma violeta.

A morena se vê completamente maravilhada com tal obra de arte na pele humana. Gostava de tatuagens, e era até um plano futuramente fazer uma. Observava detalhadamente os traços do desenho, a perpendicularidade do aracnídeo representado tão bem naquela epiderme branquinha. E aquela estranha flor que ele segurava. Qual seria o significado daquilo? Por que um escorpião e uma flor? Elementos tão...adversos. Antíteses prontas. Perdeu-se como se a única coisa que existisse naquele quarto fossem seus olhos heterocromáticos a mirar o desenho chamativo e misterioso na pele nua de Scarlet. Sentiu mais do que uma vontade imensa de toca-la, era um impulso que ela não conseguiria controlar. Ergueu-se com as pernas dobradas e os joelhos tangentes à cama a míseros centímetros do sonhado toque pele contra pele. Scarlet e sua tatuagem quase mística. Estendeu, sedenta, a mão direita em direção ao desenho perfeito.

Scarlet sorria com o ar de quem estava, finalmente, sendo dominada. E não parecia insatisfeita, muito pelo contrário. ­ Arrancou Catra de sua quase epifania. — Se deseja a beleza, o néctar da flor, deve se arriscar à dor da ferroada, Applesauce. – mordia a ponta do dedo indicador, insinuante, mirando-a à sua frente.

Catra deu um meio sorriso projetando-se faminta sobre suas costelas desenhadas. — Enfrento tudo para ter o que quero, milady. – agarrou sua cintura esfregando o rosto com a língua exposta contra a violeta nas patas do escorpião. Scarlet enfim geme sôfrega com a boca da garota mais nova a lhe tocar a pele nua.

Como ela desejara com Adora, como ela desejou com tantas outras que jamais conseguiram sequer chegar perto de domina-la como Catra Applesauce. Envolveu seus cabelos com ambas as mãos, os afagava carinhosamente ao passo em que Catra beijava, lambia e chupava suas costelas com um apetite monstruoso. Ela lutara bravamente pela beleza da flor, havia enfrentado a ferroada, sentido e vencido a dor e agora; finalmente, podia se deliciar com o néctar Laviolette.

Scarlet recebia as investidas dos lábios da morena a descer cada vez mais pelas patas do escorpião, seguindo o caminho da tatuagem que perpassava sua pélvis indicando exatamente o lugar onde residia a maior recompensa para sua sedenta Senhora Felina.

Catra olhou-a de baixo, mordeu o zíper de sua calça descendo-o e moveu as mãos que abraçavam a cintura alheia em um gesto rápido de retirar-lhe, enfim, a peça que a impedia de tocar todo o restante do corpo da dama. A agora ex-domme arfava com as mãos e dentes habilidosos da ex-submissa comprometida em livra-la de todas as peças de roupa.

Scarlet acabou por puxar seu rosto novamente até si e a beijou livremente, unindo-se os corpos. Alcançou também a calça dela repetindo o gesto de desnuda-la por completo. Não paravam de se olhar, sorrir e devorar-se uma a outra mesmo em olhares em uma conexão natural.

 

— Direitos iguais agora, Scarlet? – Catra perguntava enquanto acabava de expulsar a calça colada por entre os próprios calcanhares. A lady a ajudava puxando o restante do tecido aos seus pés e fazendo de volta com a língua o trajeto por suas pernas.

— Não sou uma má perdedora, Applesauce. - disse olhando-a enquanto subia com a língua pelas suas coxas.

Catra avançou sobre a mulher em um impulso sádico, puxou-a por uma mecha cacheada que insistia em estar à frente de seu rosto. — É Senhora Felina de agora em diante, me entendeu? -  falou enérgica e desferiu um tapa leve em sua face esquerda.

— Como desejar... – Scarlet virou o rosto novamente, passou a mão pelo lado marcado. — Como deseja que eu fique, Senhora Felina? – perguntou com a voz mansa.

 

Catra suspirou por um segundo, tensa e perdida. Ela tinha dominado Scarlet, a domme intocável. E agora?

Scarlet mirou-a de olhar baixo, percebendo certo nervosismo da que agora mandava em si. Catra tinha o espírito dominador dentro dela, mas lhe faltava experiência e um pouco de tato que para a Dama de Etérnia, havia de sobra. A mulher resolveu dar-lhe um pequeno empurrãozinho. Sabia que ela iria impressiona-la tão logo se soltasse mais. Engatinhou de quatro pela cama enquanto a morena mordia a ponta do dedão, pensativa.

— S-senhora...Felina? – balbuciou gaguejante para lhe transparecer ainda mais sob seu domínio.

Catra olhou-a fixamente, séria. — Pois não?

— Poderia eu... – incitou com o olhar a nécessaire ali ao lado, sempre pronta. Recheada de brinquedinhos.

 

A garota a mirou com cenho franzido e acabou deixando Scarlet guiar-lhe a mão direita até o interior da pequena bolsa. Remexeu com a mão guiada pela dela até a ponta de seus dedos tocar em alguns objetos de texturas conhecidas. Eles pareciam maquiavelicamente organizados de modo a serem retirados em uma perfeita ordem para uso. O primeiro que lhe tocou as falanges era pontiagudo em várias repetições em seu contorno. Tinha formato circular e um anel de metal, ao lado havia algo a lembrar uma corrente. O segundo, conforme Scarlet lhe deslizava a mão por entre o compartimento acolchoado era liso e um pouco escorregadio, com formato fálico. Catra estremeceu-se e sorriu malévola ao tocar e perceber do que se tratava. Por fim, o terceiro era mais ou menos áspero e parecia estar enrolado em várias camadas. Era longo e havia algo maciço na extremidade. Parecia um pomo. Catra sorria largamente conforme descobria do que se tratavam aqueles brinquedinhos. Um chicote, uma coleira choker  preta com spikes e sua guia, além de um strap-on. Scarlet a olhava passando a língua pelos lábios e seu olhar estava diferente. Ela parecia querer muito que a garota usasse todos aqueles objetos nela, com ela.

 

ORA ORA, SCARLET, A SUBMISSA, QUER SE DIVERTIR, NÉ? pensou maldosamente.  

 

Respirou fundo e retirou os três itens da nécessaire. Pôs a coleira e o chicote longo ao seu lado direito, e ao esquerdo, o dildo vermelho-vinho. Scarlet a olhava de frente e apoiou-se sobre os joelhos, pedindo-lhe licença com o olhar. Sentou em seu colo com as pernas ligeiramente entreabertas. A garota logo lhe beijou com paixão e uma pressão fora de série em seus lábios. Manejou uma das mãos à direita, catando a coleira e a guia.

— Vire de costas. – mandou com a voz firme. A mulher mais velha girou o corpo até virar-se completamente de costas para sua senhora Felina. Catra segurou sua nuca, lambeu-lhe a jugular enquanto envolvia seu pescoço na coleira com spikes e logo encaixou a guia, dando um puxão de aviso de quem estava mandando agora. Scarlet arqueou a cabeça para trás naquela puxada, inclinou de leve o rosto para beija-la. Catra apenas pincelou sensualmente sobre seus lábios úmidos.

— Quem é a cadelinha submissa agora, Scarlet? Hein? – falava entredentes e virou-lhe o rosto, dando outro tapa na face direita agora. Levantou-se da cama puxando-a pela guia, Scarlet engatinhava sobre os lençóis até notar para onde sua Senhora a levaria. Olhava-a curiosamente, o olhar de Catra lhe ordenava ao pé da cama.

 

— Vingativa, hein, Senhora Felina? – sussurrou, provocadora.

— Ajoelha. – Catra agarrou-lhe os cabelos cacheados e pressionou-a até ela se abaixar, repetindo o que ela fizera consigo.

 

Scarlet, de joelhos, lhe acompanhava com o olhar. Catra respirava fundo, não queria decepcionar a Madame Laviolette com sua parca experiência, — apesar do talento natural —, que ela lhe concedera por reconhecimento. Procurou ajeitar-se um pouco longe da visão da mulher enquanto, ainda que meio estabanada, encaixava as tiras de fecho da cinta do strap-on e enfim, pegava aquele longo açoite preto.

Caminhou lentamente de volta à ela, vendo-a ainda na posição imposta, de joelhos ao pé da cama. Sentia-se em chamas. Abaixou-se sobre um dos joelhos, encaixou forçosamente os dedos por entre os fios cacheados e respirou quente, ciciosa, dentro da orelha alheia. — Palavra de segurança, Scarlet? – pôs ainda mais pressão na puxada nos cabelos encaracolados.

Scarlet engoliu em seco, arfava e suspirava, quase no limite da própria libido descontrolada pela garota. — Applesauce. – respondeu-lhe calmamente como provocação direta.

A morena chegou a sentir uma onda elétrica lhe atravessar todo o corpo, principalmente entre as pernas. Entreabriu os lábios e os umedeceu, largando os fios cacheados de Scarlet de uma vez. — Quer contar junto comigo, Putinha de Etérnia? – perguntou, devassa.

— Se é uma ordem da minha Senhora Felina... - deu de ombros um pouco desdenhosa e não pôde deixar de expressar uma covinha de riso ao ouvir aquele apelido degradante que acabara de receber.

— É, é uma ordem sim. – a invadiu. — Muito bem, let’s get started... (Vamos começar...) - ordenou e concentrou-se para manter a mão firme no acessório.

 

Catra desdobrou a longa tira do chicote em suas mãos e mirava ansiosa o dorso de Scarlet. A sua pele branca, alva quase como um floco de neve. Intocada. Sua silhueta de costas, tão bela. Suas curvas perfeitamente delineadas pelo universo. Os cabelos agora castanho-avermelhados enrolados com alguns cachinhos maiores a cair-lhe sobre os ombros. Observava a sua postura lembrando-se de que era exatamente como ela estivera há pouco tempo atrás. Não sabia se seria capaz de reproduzir com tamanha maestria, sensualidade, domínio e cuidado que a Dama de Etérnia quando fizera consigo. Passou a devanear com o instrumento em mãos. Insegura. Começou a suar frio, parecia que uma crise de ansiedade estava a caminho.

 

Não se contenha, Senhora Felina. – Scarlet sussurrou sôfrega, puxando-a de volta do transe. Seu olhar bordô não estava imponente, e sim, subjugado. Ela só faltava pedir por favor.  

Catra escutou aquelas palavras que lhe trouxeram de volta quase que imediatamente. Respirou aliviada, retesando a mão direita com a longa tira em direção às costas branquinhas da dama. — Um! Ouvi dizer que você gosta de dor, Dama de Etérnia? – atacou-lhe o dorso com a primeira estalada. Scarlet contraiu a coluna e exprimiu um gemido que Catra não soube decifrar se era de desconforto ou prazer. Ou os dois.

— Dois! Gosta, né? Ou será que eu devia te chamar de...Putinha de Etérnia? Olha pra mim!! – estalou sobre seu dorso mais uma vez. – Scarlet virou-se no momento exato da lapada, gemeu com os lábios entreabertos e os olhos ligeiramente apertados. Parecia querer ainda mais.

— Quem é a vadia sadomasoquista agora? Putinha de Etérnia. ­– tornou a repetir e segurou em seus cabelos com a mão livre e passou a longa tira pelo pescoço da mulher, que tremeu sob os joelhos no chão. Catra lembrou-se da coleira e puxou-a sem muita pressão, apenas de modo que a guia ficasse em sua mão esquerda para controle.

— Três! – Quem diria, a grande dominatrix Scarlet, de joelhos... QUERIA QUE A ADORA PUDESSE VER ISSO AQUI. O QUÊ? PARA DE PENSAR MERDA, CATRA. CONCENTRA AQUI, SUA SAPATÃO ATRAPALHADA. – puxou na guia da coleira enquanto açoitava-lhe as costas novamente.

Catra já preparava a quarta investida e seu movimento acaba de ser impedido pelos lábios vermelhos e o rosto pálido em conjunto com aqueles olhos de vinho a fitarem dentro dos seus visores heterocromáticos. Ela engoliu em seco sem nada fazer, parecia estar se antecipando até mesmo ao que a própria Scarlet faria a seguir.

 

— Applesauce! – disse tremendo-se por inteira com os olhos vidrados nos dela.

Catra segurou a ferramenta no ar como se fosse baixa-la em câmera lenta, curvou as sobrancelhas e mirou Scarlet naquela posição entregue a pedir-lhe para parar bem quando ela começava a se divertir com ela. Abriu os lábios vagarosamente, gesticulando-os e quase fechando-os em seguida em uma linha reta. Respirou fundo, olhando-a de cima com superioridade aparente. — Fui muito forte? – perguntou preocupada e ligeiramente frustrada.

A cacheada assentiu com a cabeça em negação.

— Não é isso... eu... – respirou fundo, virou-se completamente e pôs as mãos sobre o colo, ainda de joelhos, só que agora de frente para ela. — Não quero testar limites com você, eu...quero você, Catra... – falou deliberadamente.

A garota sentiu todos os pelos do corpo eriçarem com aquela frase. No fundo, ela até queria testar uns limitezinhos com Scarlet, mas a Dama de Etérnia, agora sua putinha de Etérnia, queria muito mais do que uma mera cena. Queria fazer amor com ela.

 

Catra jogou o chicote pelo chão imediatamente e caiu de joelhos em cima do colo da própria Scarlet, segurou sua face com as duas mãos, olhou-a com fogo no olhar. 

 

— Eu também…quero você.

Exigiu-lhe passagem com a língua em sua boca. Ambas arfavam com os lábios entrelaçados, e as línguas bailando devassas dentro das bocas. Os rostos se inclinavam simetricamente para os lados opostos, seguindo o movimento de ambos corpos a se esfregar e unir-se ainda mais. Os braços de Catra agora desciam novamente a explorar o belo par de seios arredondados e volumosos da dama em contato direto com a sua pele. Os sexos também estavam se tocando, ainda que timidamente. Criando a chama cujo pavio estava prestes a acender e explodir tudo em um futuro gozo inimaginável.

A morena de olhos duais arfou ao sentir a libido viscosa da dominatrix dominada entrar em contato com suas coxas. Catra mal se segurava, mas ainda estava em seu papel que a fizera vencer o jogo contra Scarlet e falou firmemente, embora sua voz já estivesse trêmula, carregada de tesão pela mulher. — Pra cama. Já! – ordenou.

Scarlet deslizou as costas não muito agredidas a subir pelo lençol que caía rente ao chão, e foi erguendo-se com Catra no meio de suas pernas a beijar-lhe as coxas abertas, as virilhas e enfim seu íntimo transbordante. A cacheada brincou de fechar pernas e Catra segurou-as com as duas mãos em um pouco de força medida, abrindo-as ainda mais. Scarlet sorria ao ver sua pequena aprendiz surpreende-la a cada novo movimento.

Os lábios da mais jovem circundavam sua intimidade alagada como se estivesse desfrutando do mais puro néctar, o verdadeiro alimento dos deuses: a ambrosia. Seu corpo retesava-se cada vez mais para trás e a morena encontrou-lhe o clitóris acrescido, pulsante. Tomou-o com a ponta da língua e escorregou, cínica, o dedo do meio à sua entrada. Pôde escutar Scarlet gemer alto e tampar a boca logo em seguida. Olhou-a por debaixo de sua pélvis retirando apenas o rosto e mantendo agora dois dedos fiéis a trabalharem em seu interior, indo e voltando com certa rapidez e intensidade.

 

— Deita. – falou novamente e sem parar de penetra-la, se pôs sobre seu corpo com suas costelas tocando as costelas tatuadas dela exatamente em cima da violeta.

Catra a estocava com dois dedos, sentindo-os ficarem cada vez mais encharcados e escorregadios dentro da mulher. Forçava também o próprio corpo naquele avançar e recuar contra o corpo da outra, Scarlet cravou-lhe as unhas de ambas mãos em suas costas, arranhando mesmo em cima daquelas feridas recém-feitas e cuidadas. Catra apertou os olhos e cerrou os lábios em um urro alto.

 

— PUTA QUE PARIU!! – gemeu.

— Eu a machuquei, Senhora Felina? - a domme perguntou com pouco de preocupação, mas amando aquele quase rosnado.

 

 Catra assentiu negativamente com a cabeça e continuou a meter-lhe forte com os dedos, pondo-se totalmente colada à seu corpo já bastante suado. Scarlet podia sentir o dildo fazer-lhe cócegas por entre as virilhas, tratando de deixa-la ainda mais louca. Ergueu a cabeça, arfando desesperadamente.

— Senhora Felina, por favor.... – passara a mexer descaradamente no pau encaixado entre o baixo ventre da garota.

Catra percebeu de imediato a sua insinuação.

— Claro que sim, a putinha de Etérnia quer meu pau, né? – retirou os dedos, roçando-lhe na entrada. Scarlet gemia enlouquecida na expectativa dela dentro de si. Catra provocou-lhe por minutos só esfregando a cabecinha em sua entrada. — Vai ter.... mas primeiro... – puxou-a pela guia, ajoelhou-se e Scarlet encostou o rosto no dildo, olhando-a de cima. Catra alisou seu rosto por alguns segundos e segurou seus cabelos cacheados afastando-os do rosto para que não a atrapalhassem em sua ação.

— É todo seu. Minha putinha de Etérnia... – falou manhosamente e estremeceu-se ao ver Scarlet com a boca direto em seu strap-on começando de baixo, da base, dando-lhe um banho de língua até a cabeça. — AAAHH...CARALHO... – gemeu como se estivesse ela própria a sentir aquele ataque oral. Passou a empurrar sua cabeça com mais avidez observando a mulher engoli-lo por inteiro, deixando-o envolto pela própria saliva. Scarlet brincou de lhe passar uma mão boba por sua virilha escorrida de libido.

— EPA... QUEM MANDOU ME TOCAR? HUNF. – retirou-a do dildo e lançou-a na cama.

— Assim está bom, Senhora Felina? – perguntou, já abrindo as pernas, numa atitude extremamente devassa.

­— Assim está ótimo... – encaixou-se entre suas pernas afastadas, invadindo seu interior vagarosamente, roçando a ponta do dildo. — Quer o pau da sua Senhora Felina, quer? – olhou-a devassa e forçou o antebraço contra o pescoço dela. Catra podia sentir sua glote fechando com a pressão que fizera.

A mulher só podia balançar a cabeça em um gesto positivo.

— Muito bem. – começou a penetra-la sentindo-a apertar o strap-on conforme invadia seu íntimo mais do que ensopado. — Pois tome. É todo seu. – falava entredentes e passara a iniciar os movimentos de ir e voltar.

 

Seu corpo investia e contraía-se contra o de Scarlet em cima daquela cama. Ambas estavam em uma sintonia incrível. Catra remexia-se dentro dela e a cacheada lhe devolvia a sintonia corporal segurando em seus ombros enquanto a morena a comia deliciosamente bem. Um arrepio conjunto e Scarlet acabara de apertar-se entre as pernas dela, suas sobrancelhas se curvaram longamente e ela mordeu o lábio inferior com força, arranhando fortemente o torso da que lhe fodia. Não precisou pôr em palavras. Estava gozando naquela hora. Catra sentiu o líquido a escorrer por suas pernas e quase chegou ao próprio ápice também, colando-se totalmente ao corpo dela. Os seios lutavam uns contra os outros naquela foda lasciva e a cacheada achegou-se ao ouvido de sua senhora rente à sua pele suada, suspirando-lhe ao pé do ouvido, não parecia nem um pouco cansada.

 

— Senhora Felina, eu posso...agrada-la ainda mais?

A verdade é que Catra já se encontrava um pouco cansada de movimentar-se praticamente sozinha, e aquela sugestão pós-gozo lhe deixara curiosa. Respondeu-a também ao pé do ouvido. — O que você quer fazer, putinha de Etérnia?

Scarlet mordeu-lhe o lóbulo da orelha esquerda. — Permita-me mostrar um de meus talentos únicos. Gemeu forte ao retirar-se do membro de sua Senhora. — Pode se deitar? – perguntou, insinuante enquanto ajeitava o próprio corpo e postura típica.

— Mas que vagabunda suja. – Catra suspirou ao descobrir sua intenção.

 

Trocou de posição imediatamente e deitou-se, ficando por baixo e quase teve uma síncope ao ver e praticamente sentir Scarlet sentar-se profunda e lentamente em seu membro. Não demorou muito para que a cacheada começasse a rebolar em seu pau e a gemer enlouquecidamente à procura de seu segundo orgasmo. Catra tinha de mostrar serviço e logo envolveu seus quadris, com as mãos agarradas às suas nádegas ajudando-a na movimentação que ficava cada vez mais intensa e rápida. Scarlet pelo visto também gostava de sentar em mulher bonita. Talvez até mais do que ela.

Seus olhares também se fodiam mutuamente. A ex-domme dançava em seu colo como se seguisse os passos de uma sinfonia única de sexo, e a cada subida, descia com mais vontade e encaixava-se profundamente. Catra já sentia o próprio ápice se aproximar, balançou a cabeça para ambos os lados e soltou os quadris da mulher, gesticulando sofregamente com as mãos para que Scarlet se aproximasse de seu torso. Com a ordem obedecida, agora a morena alcançou-lhe os seios como se aquilo fosse o estímulo que faltava para seu gozo chegar. Apertava os seios volumosos e Scarlet em um movimento inesperado, inclinou-se mesmo ainda sentada em seu colo numa flexibilidade incrível a ficar próxima de seu rosto. Olhava-a entregar a expressão de prazer máximo que lhe invadia o ventre prestes a explodir.

 

— Me permita gozar consigo, Senhora Felina...? - perguntou de forma submissiva. Ativara o botão de destruição de Catra Applesauce.

— S-sim...PORRA! – gritou alto, compartilhando do tremor corporal e o transbordo pelo meio das pernas.

— Cansada, Senhora? – Scarlet provocou novamente, ainda grudada em seu corpo por meio do strap-on.

Catra ofegava, mas balançou a cabeça em negativa. — Nem um pouco. E você?

Recebera o mesmo gesto de negação. — Ótimo, então deixe eu te mostrar como a sua Senhora gosta mais. – ajudou-a se retirar do membro já gozado por duas vezes. — De quatro, Putinha de Etérnia. – deu a ordem.

— Selvagem! – a mulher virou-se na posição ordenada. Catra puxou-a novamente pela guia da coleira trazendo-a para si, procurando sua entrada ainda aberta e pulsante. — Gosto assim.... – deu um beijo molhado e demorado na região, Scarlet tremelicou sobre os joelhos e mãos apoiadas na cama e sentiu aos poucos sem muita licença a garota a penetrar-lhe novamente.

— Comigo de novo, Scarlet. – Catra dizia a puxa-la pela corrente prateada enquanto movimentava-se dentro de si, e a outra mão sobre o próprio quadril ajudava a manter-se no equilíbrio e na densidade pretendidas. Repetiu a sequência de vai-e-vem com força e rapidez que seu corpo mais esguio ainda lhe permitia, e a cacheada a ajudava rebolando e indo até o final do membro enterrado na própria intimidade, que não se diferia mais de uma cachoeira.

­Virou-se de esguelha para olhar a garota a soca-la com vontade e devassidão na busca de um terceiro gozo. Seu corpo começava a vibrar novamente e ela tremelicou sobre a cama, contraindo-se mais uma vez no pau de sua Senhora Felina. — Senhora Felina... t-tenho permissão para...gozar novamente? – perguntou segurando-se ao máximo. Não intencionava desobedece-la.

Parecia que ouvir e sentir que estava prestes a fazer a outra gozar novamente trazia ao corpo da mais jovem o incentivo perfeito para que ela também alcançasse seu ápice novamente. Empurrou-se mais uma vez contra o íntimo apertado de Scarlet, puxou-a novamente pela guia da coleira ficando totalmente colada à seu dorso. Scarlet ergueu o corpo trêmulo sem desgrudar-se totalmente, repousando o quadril sobre os joelhos da garota e com as costas contra o peito de Catra, tornando ainda mais profunda aquela inserção em seu sexo. A morena arfava conjuntamente com ela, buscando o último resquício de força para continuar o ato. A mulher deslizou a mão por suas costas, segurando-se em sua coluna.

— Sim. Juntas...sim! – Catra forçou-se uma última vez profunda dentro dela e compartilhou a descarga elétrica de dopamina no cérebro e por toda sua estrutura, fazendo-se junto com Scarlet um corpo único a dividir mais um orgasmo.

Jogou-se desfalecida na cama, meio tonta, com a mulher ainda por cima de si. O peso de Scarlet residia sobre sua pele molhada de suor e dos outros fluidos corporais. Ela a acariciava os cabelos por trás da nuca e Catra beijava seu pescoço e passeava as mãos pelos seus seios calmamente. — Parabéns, Putinha de Etérnia, você me cansou... – sorria abertamente, cansada e satisfeita.

Scarlet cuidadosamente desprendeu-se de seu membro após relaxar os músculos pélvicos devidamente. Deitou-se ao seu lado, olhando-a fixamente. — Acabamos por aqui, Senhora Felina? – mordia o dedo indicador, ainda com expressão safada, embora também exausta.

Catra arqueou o rosto para olha-la nos olhos. Ainda ofegava com a respiração pesada. — Não sei, acabamos...? – devolveu, franzindo o cenho, séria.

A cacheada tateou até a bolsa de itens, procurando a cigarrilha. Acendeu-a e deu um trago profundo, olhando para o teto. Em seguida, ofereceu o alongador à Catra.

 

— Obrigada... – fumava olhando ao derredor.

— O que pensa, Senhora Felina? – Scarlet lhe perguntou, observando-a mirar um ponto fixo em direção à parede à frente da cama.

 

EU...DOMINEI A SCARLET, CARALHOOOO! PUTA QUE PARIU!! E-EU DOMINEI A DOMINATRIX!! CARALHO, SOU FODA, MERMÃO. CHUPA, SENHORA GRAYSKULL, HAHAHA!! E....AGORA?

 

— Nada demais. – respondeu.

— Humm... Catra? - a mais velha tornou a tirar-lhe da distração.

— Sim...?

Scarlet passou a sentar-se, recostou à cama. — Agora que estamos aqui, finalmente...há algo que gostaria de lhe falar... — Em primeiro lugar, eu a machuquei?

Catra a interrompeu. — Não mesmo... – completou para tranquiliza-la.

— Parfait! - sorriu aliviada. — Gostaria então de falar sobre a proposta que lhe fiz em Etérnia há dias atrás... - comentou com pouco de receio e extremamente séria.

Catra levantou a sobrancelha, coçando o queixo. — De trabalhar pra você?

— Não é somente trabalhar, Applesauce. – rebateu. - Scarlet respirou fundo, recuperando-se. — Eu gostaria que você... – deu uma pausa para tragar e em seguida a entregou a cigarrilha novamente. — ... assumisse Etérnia. - finalizou e observou atentamente a reação da garota.

Catra arregalou os dois olhos híbridos. — MAS O QUE...? – recostou-se à cabeceira também, olhando-a fixamente.

A lady passou a consertar as mechas cacheadas desgrenhadas pelo sexo selvagem, colocando-as atrás das orelhas e recompondo o corte channel sidecut a lhe cobrir um lado do rosto. — Já faz um bom tempo que estou à procura de uma substituta digna para meu clube. – sorria enquanto falava sem parar de olha-la.

— Tá, Scarlet, mas não viaja... eu não...

— Você sim, Catra Applesauce, Senhora Felina. – enfatizou. — Não há outra mais qualificada do que você para o cargo. – recebia a cigarrilha de volta para o último trago.

— Por que...eu? Não tem a Adora...? – a morena  titubeou, gesticulou com os dedos em total surpresa.

Scarlet soltou uma risada meio alta e sarcástica que ecoou pelo quarto. — A Adora? Ahn... gosto muito dela sim. A Sua...Senhora Grayskull, ahm... – claramente debochava.

Catra arqueava o cenho, curiosa na reação da mulher. — Então por que não a Adora, Scarlet? – rebateu, desconfiada.

— Catra, mon chéri... (minha querida...) – Scarlet tocou em seu queixo com o velho ar dominante, porém respeitosa em excesso. — Nem mesmo a Adora passou no teste... – finalizou o tabaco, jogando-o num cinzeiro que ficava ali no canto.

 

TESTE?

 

— Raios de teste é esse...peraí...? – meneou a cabeça de leve, com os lábios entreabertos, parecendo entender do que se tratava as falas da mulher. — Então o teste era... – fez uma breve pausa para compreender por completo a dedução. — ...dominar você?

Scarlet assentiu positivamente com a cabeça, sobrancelha levantada. — A Adora nunca chegou sequer perto de tirar a minha roupa. – riu com deboche novamente.

— OPA! Então eu sou a primeira...?

— E única, Senhora Felina. – a lady a irrompeu novamente para exaltar-lhe o ego.

— Beleza, eu... acho que tô...honrada? – falou cheia de si, mas totalmente balançada em suas estruturas com a constatação..

— Sim. Você pode se considerar honrada, Senhora Felina. Compreendo plenamente que não queira estar dentro dos negócios. – puxou delicadamente sua mão e a pôs sobre seu esterno ainda desnuda, olhou em seus olhos fixamente. — ...apenas peço que...pense com carinho na proposta. Não precisa ser para agora, imediatamente. Todavia, me faria muito feliz que Etérnia estivesse sob o comando da poderosa Senhora Felina que vejo à minha frente. – piscou com um sorriso aberto e de reconhecimento nos lábios.

 

Catra passou a imaginar milhões de coisas naquela mesma hora. Se chegasse a considerar a proposta de Scarlet, gerir Etérnia significaria que ela teria de se mudar para First Ones. Ela só se mudaria para First Ones sob uma condição, e que agora, não era uma prioridade em sua vida. Por vários motivos óbvios. Outra coisa que lhe embaraçava os pensamentos: ela teria de trabalhar como dominatrix em Etérnia? E o primordial, aspecto mais importante e sem o qual aquela proposta não chegaria nem perto de se tornar realidade: Como ela faria para comprar o clube? Não tinha um tostão furado no bolso. Sua namorada é que era rica. A dona do dinheiro. E sobre essa especulação, Catra já tinha o pensamento completamente engessado.

O fato de Scarlet e Adora serem amigas poderia até vir a facilitar que o clube chegasse às suas mãos, mas isso praticamente implicaria em ela ter de aceitar uma negociação entre elas. E depender do dinheiro da Senhora Grayskull estava fora de cogitação.

Catra punha as mãos na cabeça, com uma maré de pensamentos a lhe importunar. Scarlet tocara em seu ombro, assustando-a.

 

— Está tudo bem, Catra? – seu tom era preocupado e ansioso.

­ — Sim... – balançou a cabeça positivamente. — Só...estava pensando nas coisas que me disse.

Oui, a seu tempo. – Scarlet respirou fundo. — Não precisa se desgastar com isso agora. Ainda tenho algum tempo à frente de Etérnia. E você tem a sua vida e a Adora... – olhou para os lados em meio ao discurso.

— Não...eu não disse que não aceitaria, é que... argh... Que horas são mesmo? - desconversou.

— 23:13. – a lady olhava no próprio celular.

— AGORA EU ME FODI. – pôs a mão na testa.

— Ei, o que aconteceu? – Scarlet perguntou, preocupada.

— Vim de moto-taxi, e agora uma hora dessas... Putz, ainda tenho aula amanhã, CU! – bufou.

Scarlet acabou por rir daquele xingamento inusitado. — A Senhora Felina me daria a honra de um passeio em meu carro, então? -arqueou o cenho e esboçou um sorriso convidativo até demais.

— Que jeito, né? Mas...não quero incomodar... – Catra deu de ombros, virando o rosto em constrangimento.

— Não é incômodo algum. Muito pelo contrário. – respondeu prontamente com um sorriso e aquele mesmo gesto cavalheiro de solicita-la pela mão para que se levantasse da cama.

 

......

 

 

Catra aceitara a carona de Scarlet e olhava agora da porta do lado de fora de Whispering Woods o carro da Dama de Etérnia. Um belíssimo Nissan March vermelho. Movimentou os lábios em sinal de surpresa, chegou até a inclinar o rosto para observa-lo mais detalhadamente.

 

— Applesauce? Vamos. – Scarlet chegou por trás de si, respirando sensualmente em seu pescoço. Ela não perdia a oportunidade de esbanjar o charme francês capaz de derrubar qualquer uma.

 

Mesmo no carro com trajeto de volta à Fright Zone, Catra não parava de pensar na beleza do veículo. A imagem de mulher poderosa e sexy que ele passava. Se ser dona de Etérnia lhe desse condições de um dia ter um carro como aquele, ela aceitaria sem pestanejar o cargo que lhe fora proposto.

Poucos minutos até seu apartamento. Scarlet mantinha-se compenetrada na direção, calada. Catra também aderira ao regime de silêncio. Pensava agora se havia decepcionado a mulher, e se Scarlet só queria se ver livre dela o mais rápido possível.

 

— É por aqui, não é? – a dama lhe perguntou, arrancando-a do devaneio.

— Oi? Sim... entre na primeira esquina e vire à direita. – terminava de dar as direções.

Após Scarlet manobrar à direção indicada, Catra avistou seu apartamento, respirou fundo desprendendo-se do cinto de segurança e olhou para Scarlet a manter o olhar apenas ao volante e a rua à frente.

 

— Scarlet? – perguntou com o rosto direcionado ao dela.

— Pois não?  - a cacheada olhou-a pelo canto do olho e leu seu próximo gesto com atenção, ligeiramente apreensiva.

Inclinou-se até seu rosto, buscando uma proximidade perigosa. — V-vamos nos ver....de novo? – perguntou de cenho arqueado.

Scarlet passou a língua por entre os lábios, umedecendo-os. — Applesauce...Senhora Felina... – tomou-lhe os lábios em um último selo e desprendeu-se lentamente. Catra ainda de olhos fechados sentia-a se distanciar de seu rosto em chamas. — Não procure o que sabe que não quer. Vá ficar com a sua...Adora. Nós tivemos uma noite memorável, e é apenas isso, okay? – falou em um tom absurdamente sério.

A morena balançou a cabeça em um sim assertivo e abriu a porta do carro pelo lado do passageiro, deixando o carro de Scarlet com um aceno de despedida desajeitado. A lady a esperou até desaparecer de suas vistas completamente ao entrar no apê.

Catra entrara a passos curtos e apressados. Jogou-se no sofá, passou o dedo pelos lábios com uma mão e em seguida ajeitou os cabelos atrás da nuca. — Puta merda... – sentia o coração bater descompassado.   

 

......

_______________________________________________________________

 

Scarlet acariciava os lábios enquanto mirava um quadro na parede do quarto do hotel em que se hospedara. Thaymor não era chique como os hotéis à que ela era acostumada, mas servia bem à sua finalidade de ficar por apenas duas noites em Etheria. Mirava o reflexo de seu olhar na taça do líquido que carregava a mesma coloração de seus olhos e suspirou. — Don’t you dare, Laviolette. (Não ouse, Laviolette.) – falou para si própria e levou a taça de vinho aos lábios.

 


Notas Finais


Segue a fonte das pesquisas do glossário acima: Fonte: https://dombarbudo.com/guia/o-que-e-bdsm/didatico-040-tamer-ou-brat-tamer/

P.S Tattoo da Scarlet: https://festivalteen.com.br/wp-content/uploads/2018/11/1.jpg


Bem, espero que tenham curtido. Minha mente só faltou sair fumaça pelas orelhas HAHA :3
Mas eu tô feliz, acho que cumpri bem o auto-desafio xD

Intéh :3


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