História Hey there, Hermione! - Fremione - Epílogo

POV - Hermione -

Já tem um mês que não tenho noticias de Fred. Ele simplesmente desapareceu! A guerra acabou, o bem venceu e Lorde Voldemort está morto. E junto com ele, talvez meu Fred! Eu já não conseguia mais parar de chorar, desde que Harry e Ron voltaram de Hogwarts depois da batalha... Sem Fred! Eu chorava desde então. Passava meus dias no quarto, ouvindo a música de Fred e lendo o bilhete que ele me deixou quando foi salvar os meninos.

“Amada Hermione,

Sei que quando acordar e ver esse bilhete, ficará completamente desesperada atrás de mim, mas não se preocupe, eu estou bem!

Harry e Ron foram capturados (duraram três meses, então você ganhou) e eu fui junto com Dobby e Draco salvá-los (depois de explico sobre o lance do Draco Malfoy).

Eu prometo que vou voltar são e salvo para casa, para os seus braços e para o nosso filho, afinal, temos muito o que viver! A vida só está começando!

Eu te amo, com todas as minhas forças e por você sou capaz de tudo!

Do seu eterno, Freddoca!”

Hey there Hermione (Olá Hermione)

You be good and don’t you miss me (Seja boa e não sinta minha falta)

Just a little time and we’ll be free from this war (Só um tempo e estaremos livres desta guerra)

And I’ll be with George on Weasley’s Wizarding Wheezes (E eu estarei com George na Gemialidades Weasley)

You know it’s all because of you (Você sabe que tudo isto é por sua causa)

We can do whatever we want to (Nós podemos fazer o que quisermos)

Hey there Hermione, here’s to you (Hey Hermione, aqui está para você)

This one’s for you (Essa é pra você)

Porque ele não estava aqui comigo agora?

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – eu gritei, sentindo uma terrível pontada no ventre.

– Hermione! – Harry, Ron e Molly apareceram na porta, me olhando de olhos arregalados.

– Pontada. Muito. Forte. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – mais uma e outra e mais outra e tudo o que eu conseguia fazer era gritar! Tinha alguma coisa errada! Era o Anthony? – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

– Rony, chame o doutor Kady, diga-lhe que Hermione entrou em trabalho de parto. Harry, por favor querido, traga-me toalhas limpas e um balde com água morna, sim? – os dois continuaram parados e eu gritei novamente. – AGORA! – Molly gritou mais alto que eu e os meninos saíram correndo. Não entendi porque Molly não usou magia para conjurar essas coisas... Gritei novamente, a dor era muito forte! Talvez ela só quisesse afastar os garotos...

{...}

A dor parecia me cortar ao meio, eu não sabia a quanto tempo estava ali e eu gritava, saltitando entre a consciência e a inconsciência, segurando-me para não desmaiar de dor, chorando e fazendo força quando me mandavam empurrar, e respirando quando me mandavam respirar. Será que eu morreria? Morreria sem ver meu Anthony, sem saber do meu Fred?

– AAAAAAAAAAAAAAA, FRED! CADÊ O FRED? EU QUERO O FRED! – eu gritava, delirando enquanto esmagava a mão de Harry.

– Está tudo bem, Mi – o Harry dizia e eu balançava a cabeça, suada, com dor, apertando mais e mais a mão dele.

– Vamos lá, Hermione! – o doutor Kady disse e eu fechei os olhos – Só preciso que dê mais um empurrãozinho e o Anthony sai! Quando eu falar 3... 1 – Fred eu te amo! – 2 – perdão, filho! Eu te amo! – 3!

Fiz mais força do que já tinha feito em toda a minha vida e logo um choro se fez ouvir pelo quarto, forte! Eu chorava e não mais apertava a mão de Harry, que conseguiu relaxar a musculatura do braço e acariciou minha testa. Eu estava viva. Não tinha morrido, como achei que morreria. Suspirei aliviada, enquanto ainda chorava. Enfim, meus olhos se abriram, mas então, desconfiei que tinha morrido sim.

Parecia que tudo ao meu redor estava em slow motion. Molly com as mãos na boca, chorando. Harry com os olhos iluminados e um grande sorriso nos lábios. Rony parado na porta, batendo palmas e chorando de felicidade. O doutor Kady com Anthony chorão no colo, enrolando-o num cobertorzinho, depois de conjurar um feitiço que lhe cortou o cordão umbilical e limpou-o. E Fred! Fred estava ali. Parado, sujo, olhando encantado para o pequeno Anthony que não mais chorava. E então, ele olhou para mim.

– Olá meu amor! – ele disse, com aquele sorriso perfeito nos lábios.

– Fred?

– Sim, sou eu! – ele se aproximou da cama, tomando o lugar de Harry e se ajoelhou ao meu lado, segurando minha mão.

– Vo-você está vivo? O-ou eu morri? – eu disse baixinho e ouvi um soluço de Molly.

– Estamos vivos, meu amor! – ele riu e beijou minha testa.

– Onde você estava? Porque não voltou com os meninos? Porque ficou tanto tempo longe?

– Eu estava na floresta, me cuidando – ele suspirou e olhou para todos no quarto para em seguida, olhar para mim. No fundo, ainda se ouvia a música de Fred, se repetindo e se repetindo e se repetindo. Molly segurava Anthony, que dormia em seu colo. – Eu fui atingido durante a guerra, no exato momento em que ia aparatar para cá. Fui fraco e ia fugir, mas estávamos ganhando e achei que não precisariam de mim então, decidi voltar e ficar com você. Fui pego de surpresa e me distrai, indo parar em uma floresta no Brasil! Não me pergunte porque, não sei explicar! E quando cai na mata úmida da floresta, estava estrunchado. É muito difícil tentar se curar quando não se tem forças nem para erguer a varinha. Levei muito tempo para conseguir, aos poucos, me curar e então, quando consegui, fui aparatando de poucas em poucas distâncias, para não exigir muito do meu corpo recém reformado – ele ergueu a camisa e uma leve cicatriz na costela indicava o local onde se abriu. – Eu gostaria de ter chego antes, mas pelo menos o vi nascer e estou aqui agora, meu amor! Graças a você! Pensar em você e no nosso filho me deu forças para voltar!

– Eu te amo tanto, Fred! - eu chorava demais e estendo a mão para ele, o homem da minha vida, que ainda tinha no dedo a aliança que nos uniria para sempre!

– Eu te amo mais, Hermione! - ele sorriu e segurou minha mão, apertando-a devagar.

Sorrimos e Molly surgiu atrás de nós, entregando-me Anthony e enxotando todos os outros do quarto, deixando Fred e eu a sós com nosso filho. Nosso pequeno Anthony Hugo Granger Weasley! E o início da nossa vida juntos. O início do nosso Para Sempre!

Hey there Hermione (Olá Hermione)

Don’t you worry about the distance (Não se preocupe com a distância)

I’m right there if you get lonely (Eu estou bem aí se você se sentir sozinha)

Give this song another listen (Ouça está canção novamente)

Close your eyes... (Feche os seus olhos...)

{...}

– Hermione? - Fred chamou e eu emiti um som qualquer, avisando-o que estava na sacada, observando o sol se pôr. - Achei você! - ele riu e me abraçou por trás, beijando meu pescoço e me arrepiando.

– Estou aproveitando minha ultima tarde de paz antes da volta de Anthony - me virei para ele, que ria. - Ele está a cada dia mais parecido com o pai!

– Isso é maravilhoso! - Fred me apertou nele, beijando meus lábios - Mi?

– Sim? - ergui uma sobrancelha, olhando-o.

– Não acha que está na hora de tentarmos ter mais um? - sorri ao olhá-lo. Sim, eu já pensava nisso há algum tempo - Afinal, Anthony já está com 12 anos!

– Bom, podemos tentar... - sussurrei, provocando-o com minhas unhas se arrastando por suas costas, por dentro da camisa.

– Sério? - seu olhar se iluminou e eu não pude deixar de rir.

– Eu já menti para você, Friederich Weasley?

– Nunquinha!

Ele riu e me pegou no colo, levando-me para o quarto e deitando-me na grande cama que tínhamos desde que nos mudamos para essa casa, logo depois do nosso casamento, há 10 anos atrás.

Fred nunca deixou de me amar, de cuidar de mim ou de me tratar como uma princesa durante todos esses anos e todos os dias, eu o ouvia cantar para mim, a minha música. E não poderíamos ser mais feliz!!!

Someday He-Who-Must-Not-Be-Named will die and we’ll be fine (Um dia Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado vai morrer e nós ficaremos bem)

We’ll have it good (Nós vamos ter tudo de bom)

We’ll have the life we knew we would (Nós vamos ter a vida que sabíamos que teríamos)

My word is law! (Minha palavra é lei!)

**FIM**