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História Hi. - Um dia sem Dean Winchester.


Escrita por: AgurstDaddyy e iknowatson

Notas do Autor


Olá amores desculpe a demora, mais tarde tem capítulo novo... Fiquem de olho.
Boa leitura a todos <3

Capítulo 13 - Um dia sem Dean Winchester.


Fanfic / Fanfiction Hi. - Um dia sem Dean Winchester.

 

Castiel POV

 

Acordei com Gabe batendo em minha porta, abri os olhos e vi o sol invadir meu quarto pela janela. Nunca gostei do sol - não pense literalmente, já que a gente nem teria vida - de qualquer forma, nunca gostei de verão, minha estação preferida é o inverno. Sabe, eu gosto mesmo é de ficar em casa debaixo dos cobertores e assistindo um bom filme ao invés de sair por aí em festas e tudo mais. Geralmente é isso que as pessoas fazem no verão, vão nessas festas. Definitivamente eu não gosto de festas.

Depois de um bom tempo observando a paisagem e sem motivo algum comecei a pensar em Dean, na verdade nunca havia nenhum motivo para eu pensar nele. Eu só penso. Isso nem me incomoda mais, na verdade a única coisa que me incomoda é ter que ficar longe dele.

Depois de ter tomado banho, fui tomar café. Desci até a cozinha e vi meus pais e Gabe sentados na mesa comendo pequenos pãezinhos e panquecas. Mamãe havia feito waffles e brownie, logo me juntei a eles em uma cadeira ao lado de Gabe. Estavam todos em silêncio. Bom, não é nada atrativo viajar quando o motivo é alguém doente – alguém tão especial. O que eu mais queria naquele momento era ir para o colégio e encontrar meus amigos. Encontrar Dean. Mas, claro que minha mente se dividia entre ele e a minha avó. Eu estava ficando sem fome, apesar de gostar muito de waffles, eu não estava no clima para nada.

 

Estrada para Lawrence - 9h33min A.M

 

Meus fones estavam no máximo, eu estava com a cabeça encostada no vidro do carro e observava aquela bela paisagem como sempre. Eu podia ver uma leve neblina cobrindo a cidade lentamente e vários pastos verdes. Isso me fez lembrar ontem à tarde com Dean e os motivos pelos quais ele não me beijou, eu sei que ele me deu um selinho, mas... Selinho não é beijo e ponto final. 

Meu Deus, não dá pra acreditar que eu estou realmente me sentindo atraído por ele, o pior é quando eu paro pra pensar e chego à conclusão que gosto do meu melhor amigo. Se Gabe souber disso minha vida vai virar um inferno. O que meus pais irão pensar? Será que eles vão saber lidar com isso? Eles tem um filho gay. Antes de me preocupar com isso eu preciso saber se eu realmente gosto de Dean e preciso pensar direito nisso. Preciso saber se ele sente o mesmo por mim. Talvez eu seja gay só por ele, já que eu nunca senti nenhuma atração por nenhum outro homem. Ainda estou confuso quanto a isso.

Assim que chegamos à casa da vovó, me disponibilizei rapidamente para ajudar meu pai levar as malas para dentro. Eu não queria ver a situação em que minha avó se encontrava. Não estava preparado. Mesmo assim, meus pais e Gabe entraram em seu quarto silenciosamente porque ela estava dormindo. A porta ficou um pouco aberta e uma pontada em meu coração surgiu assim que vi a sua pele extremamente branca e seus poucos cabelos grisalhos em sua face. Ela estava mal. Apesar de ter quase 80 anos, ela tinha uma mente extremamente aberta e era mais jovem – mentalmente – do que qualquer adolescente de 16 anos de idade. Saí de lá antes que me chamassem. Coloquei as malas no quarto de hóspedes que eu ia ficar e me retirei.

Fui até a varanda e relembrei que a casa da minha avó era perto da entrada de um bosque. Lembro de quando eu tinha cerca de cinco anos e morria de medo de ir naquele bosque - já que meu avô me contava diversas lendas sobre “criaturas sobrenaturais que viviam lá". Ele até me mostrava uma cicatriz que havia em seu peito, o que me fazia ter mais medo ainda de ir lá. 

Ao lado da casa da minha avó havia apenas uma casa: a dos Campbell. Eles tinham um filho que se chamava Mark que era um super amigo nosso. O que será que aconteceu com ele? Talvez mais tarde eu procure saber.

 

 3h40min P.M 

 

Dean POV

 

 

Cheguei em casa, joguei minha mochila em um canto qualquer e passei correndo para o meu quarto; em seguida deitei em minha cama e fechei meus olhos. Eu me sentia mais exausto do que o normal. E tudo que eu via era Cas. Não faz nem um dia que ele foi para Lawrence e eu já sinto que meu mundo está todo errado sem ele por perto. Eu sentia saudade de tudo. Saudade do perfume dele, dos lábios dele... Se Cas não voltar logo juro que perco minha sanidade. E o nosso quase beijo de despedida? Deixou-me mais ansioso e nervoso ainda com ele longe de mim. 

Levanto-me e vou em direção ao banheiro. Preparo um banho quente, com a tentativa de tirar Cas da minha cabeça. Mesmo sabendo que nada o tira. 

Eu nunca aproveito nada. Eu estou sempre esperando o que quer que seja a próxima coisa vir. Sempre esperando por algo que me complete. Eu achava que Lisa me preenchia, mas hoje percebo que foi um erro de percepção. Eu acho que todo mundo já cometeu esse erro antes e que somos todos assim. Vivemos correndo contra o tempo e nunca paramos pra aproveitar o momento. Estamos muito ocupados tentando apressar as coisas ao invés de continuar fazendo a coisa certa. Viver. Foi isso que fiz durante toda minha vida. Namorei a primeira menina que beijei e apressei as coisas. Julguei mal desde o começo. Agora estava tudo diferente. Com Castiel foi diferente. Não apressamos nada, simplesmente aconteceu. Eu sei que isso soa clichê, mas é a verdade. Eu me considero um pouco romântico. Eu gostava de surpreender a Lisa e todas essas coisas. As relações humanas sempre me pareceram estranhas e agora mais ainda. Quer dizer, você passa um tempo com uma pessoa – que você julga e até chama de amor da sua vida – você come com ela, conversa com ela, até dorme com ela e vive a amando, indo a lugares – e, um dia, tudo simplesmente acaba e você percebe quanto tempo você perdeu. Quanta coisa.

Entro na banheira e coloco para tocar ‘’Stairway to Heaven’’ – a mesma que tocava em meu carro horas antes – e com os olhos fechados eu tento não pensar em Cas. Foi quase como esperar um dez em física sabendo que não estudou e errou tudo - foi um fracasso. Depois de um tempo pensando no rosto dele, no beijo dele, no sorriso dele eu paro e penso.

Cas está longe e só Deus sabe quando volta, por que não mandar uma mensagem pra ele?

Saí da banheira correndo, visto meu pijama e sem perder tempo o envio uma mensagem, apenas um oi, não quero parecer desesperado. Duas horas se passaram e nada de Cas responder minha mensagem. Agora sim eu posso dizer que estava desesperado. Fui forte e não mandei mais nada, apenas me deitei na cama – eu não sentia vontade de fazer nada – e com muito esforço peguei no sono. Como era de se esperar sonhei com Cas.

 

Sam POV

 

 

Desde que os Novak foram para Lawrence, Dean e eu não fazemos nada a não ser ficar em casa, tipo, eu sou muito próximo ao Gabe e sempre estamos juntos, seja fazendo as tarefas de casa ou indo estudar na biblioteca. Desde o que aconteceu no pandemonium, Gabe e eu ficamos muito próximos, então assumo que viagem deles me deixou muito entediado. Eu poderia sair com o resto do grupo, mas eles só querem saber de beber e eu sempre sou o sóbrio do grupo e que tem que cuidar de todos para que eles não façam merda, e eu não curto nem um pouco isso.

Mal vi Dean hoje, como sempre ele nunca me conta o que está acontecendo, mas creio que e pelo mesmo motivo, Dean começou a ficar muito próximo do Cas desde que a Lisa beijou o Cas – não quero ficar lembrando isso – bom às vezes eu até penso que tem mais sentimentos envolvidos entre os dois, mas sempre que eu falo algo para Dean, ele vem todo estressadinho pra cima de mim dizendo o que seria óbvio.

“Eu não sou gay” ou “ se repetir isso eu quebro sua cara".

Ele não leva isso na brincadeira, o que me faz crer que tem mais coisa entre eles, se eu estiver certo – o que sempre acontece – imagino que essa viagem vai fazer com que Dean fique trancado no seu quarto, bebendo cerveja, tomando quatro banhos por dia, e escutando suas músicas. E eu só vou ficar de olho.

 

 

Lawrence - 5h45min P.M

 

Castiel POV

 

 

Acordei no quarto de hóspedes me sentindo tonto. Fui até o banheiro e lavei meu rosto em seguida. Observei-me por cerca de três minutos e joguei o curativo no lixo, em seguida, fui até a varanda. Aquele lugar era o meu preferido da casa, dei falta do meu telefone e logo sacudi os bolsos do meu casaco procurando-o após meu mini ataque cardíaco por não ter achado de primeira.

Desbloqueei a tela e vi uma mensagem de Dean. Meu coração quase saiu pela boca e eu soltei um sorriso de felicidade. Sem perder tempo eu o respondi justificando minha demora.

"Oi, Dean me desculpe, demorei porque acabei pegando no sono e acordei só agora... Como você está?"

Escutei minha mãe me chamar e logo fui até ela. Ao chegar lá vi Mark junto a outro cara. Mark era o meu vizinho. Aquele a quem citei anteriormente e que iria o procurar. Ainda bem que nem precisei. Sem pensar duas vezes os cumprimentei e os chamei para ir à varanda para conversarmos. Sentamos todos em uma mesa que havia ali mesmo e como sou muito curioso não pude deixar de perguntar que era o homem que o acompanhava.

- Oi, Mark, tudo bem? – Nos abraçamos por muito tempo e assim que nos soltamos perguntei – E quem é o seu amigo? - Perguntei coçando a nuca e sorrindo educadamente.

- Que grosseria da minha parte... Então, Castiel, esse é Samandriel ele é o meu namorado. - Disse enquanto sorria para o mesmo – que era lindo afinal de contas – e o mesmo entrelaçava suas mãos.

Eu não estava acreditando no que eu havia escutado. Mark é gay? Meu deus, essa é a última coisa que eu ia imaginar no mundo. Os pais de Mark são extremamente religiosos, acho que eles não aceitaram isso. A única coisa que se passava na minha cabeça era: Como foi que ele contou para os pais dele?

Depois de muito tempo de conversa, eu continuava me questionando como aquilo era possível.

Talvez eu consiga jogar algumas indiretas pra ele, isso pode me ajudar na hora de conversar com os meus pais. Quer dizer, se for o caso um dia.

- B-Bom, como você contou para seus pais que... . - Fui interrompido por Mark.

- Que eu era gay?... Cas, eu tive que esconder deles por um bom tempo, eles acabaram descobrindo por outras pessoas, esse foi meu erro esconder, mas apesar deles serem religiosos eles me apoiaram e disseram "mesmo você sendo gay, você ainda é nosso filho e nós te amamos". 

- Sério? Isso é... Fantástico.

- Os nossos pais nos deram muito suporte, nós nos surpreendemos no final. – Samandriel completou.

Conversamos mais um pouco sobre o mesmo assunto e minha mãe trouxa cookies de chocolate e chá quente para as visitas. Ela sorriu para os dois e voltou para dentro. Minha avó permanecia dormindo por causa dos efeitos colaterais dos seus fortes medicamentos.

- Amor, preciso ir pegar umas coisas pra minha mãe, eu havia esquecido. Volto logo. Eu te amo. – Samandriel diz e deposita um beijo na testa de Mark que sorri e concorda em silêncio. Eles realmente se amavam. Dava pra ver pelo olhar.

Passou-se alguns segundos em que ambos permanecemos em silêncio, mas logo foi quebrado.

- Castiel?

- Oi? – Acordei dos meus devaneios.

- Sinto muito pela sua avó. Eu sempre a ajudava com as compras pesadas todas as terças e regava suas plantas. Adoro discutir plantas medicinais com ela. – Ele sorriu olhando pra baixo e colocando a mão em meu ombro como forma de suporte emocional. Agradeci.

- Ela é a pessoa mais forte do mundo pra mim. Estamos rezando para que tudo fique bem.

Calamos-nos e ficamos observando o sol se pôr.

- Hey, percebi que estava mais curioso que os curiosos habituais sobre meu namoro. Acho que desconfio o motivo.

 - Q-Que? Não sei do que está falando.

Quase pude sentir minhas bochechas corarem.

- Castiel, eu só percebi que o amava quando passei a conviver com ele diariamente. Ele era simpático, mas era muito mente fechada. Eu abri a minha mente nos últimos anos. – Ele sorri.

- Mesmo sua família sendo tão religiosa? Não teve medo? Digo, muitas famílias rejeitam ou até expulsam seus filhos de casa.

- Tive. Tivemos. Esse era o motivo para esconder por quase dois anos. –Abri a boca em surpresa e ele deu uma gargalhada e se arrumou no assento. – Foi difícil, mas valeu à pena. Sempre vale se for amor de verdade. E pelo jeito, você está mais do que apaixonado por alguém.

  

 

 

 

 

  


Notas Finais


E aí o que acharam desse capítulo? Não esqueçam de comentar se curtirem o capítulo, os comentários são extremamente importantes para nós. <3
Beijos e até mais tarde.


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