História Hi. - Preparativos.

Alguns meses depois

- Dean!

O loiro resmunga e continua dormindo.

- Dean, acorde, temos muitas coisas para organizar. Dean!

Castiel sacode o Winchester, mas quando percebe que o mesmo não dá bola nenhuma para o horário de acordar, desiste e parte para o banheiro.

Durante o tempo que passou, muitas coisas aconteceram. Por exemplo, Amara desapareceu da vida de Dean e Cas, e agora eles já nem lembram quem ela é. Castiel estava a todo vapor na escola – como sempre com as melhores notas e participou de vários projetos de pesquisas que levaram prêmios estaduais. Vez ou outra faziam grupos de estudos e Dean descobriu que adorava física quântica básica – ou talvez só gostava quando conseguia acertar uma questão. Castiel reencontrou seu amigo John – o garoto misterioso do parque – e eles estavam em um estágio do que já podemos chamar de ‘’amizade’’. Com o sucesso da escola, a diretora e professores propuseram aos alunos como forma de retribuição, a prometida viagem em Julho para a Inglaterra, mas especificadamente a fria e romântica Londres. Todo o colégio estava vibrando com a viagem, apesar de o ensino médio ir para Londres e o fundamental para Seattle, era ainda mais especial para quem ia se formar nesse ano, ou seja, pode-se imaginar a felicidade de Gabriel e Cas.

Castiel estava no banho concentrado em lavar os cabelos enquanto ouvia alguma banda aleatória tocar em seu celular, sente um arrepio ao ser beijado na nuca.

- Todos os dias você me dá a oportunidade de te amar um pouco mais, mesmo que eu ache que isso não seja possível.

- Bom dia.

Castiel sorri e vira para o namorado e o beija rapidamente.

- E que bom dia.

Porém logo são interrompidos ao escutarem desesperadas batidas na porta do quarto e Castiel revira os olhos, pega a toalha e recebe um olhar de cachorrinho triste de Dean.

- Vou ver o que ele quer.

Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura e passa as mãos nos cabelos negros e molhados. Ao abrir a porta, Gabe, Sam, Lucifer e Balthazar pularem em cima dele e sua toalha cair na mesma hora e para a surpresa de todos vários gritinhos e risadas escandalosas preenchem o lugar.

Castiel POV

- Filhos da...

- Agora eu sei porque o Dean diz te amar tanto.

- Não é só o coração do Cas que é grande, olhem só...

Eu estava tão puto e com vergonha que em menos de um segundo peguei a toalha do piso e bastante nervoso, tentei colocar onde estava antes.

- Posso saber por que diabos estão rindo e porque estão aqui?

Depois de muitos minutos zoando e rindo de mim, Dean apareceu no quarto já vestido e se juntou à zona que estava aqui. Por incrível que pareça, ele adorou a cena que perdeu.

- Como vocês estavam ocupados demais fazendo coisinhas pervertidas no banheiro – Lucifer pigarreia e sorri – Queremos avisar além da despedida que teremos antes de irmos passar uma semana em Londres... Vamos rufar os tambores...

Eles começam a bater palmas em sincronia e reviro os olhos.

- As passagens e passaportes já estão no correio!

- Finalmente!

- Agora dá um jeito de sair do quarto e me deixar vestir?

- Calma, cinderela.

- Lá vem o diferentão, não comemora, tem que ser rabugento.

- Anjo, irei descer com os garotos, te vejo mais tarde. Vou mandá-los embora em 3,2...

Instantaneamente todos saem correndo e Dean me beija na boca, mas logo desce batendo a porta.

- Idiotas.

~

Horas mais tarde, estavam todos reunidos no mesmo pub onde tudo começou e onde vários momentos cruciais se desenvolveram. É óbvio que lhe faltavam mais seis cansativos meses antes de se formarem, mas era impossível evitar a saudade adiantada que batia em cada coração presente ao redor da mesa. O grupo de amigos: Charlie, a Meg, Balth, Adam, Lucifer, Crowley, Gabriel, Sam e Miguel. Os primeiros e únicos verdadeiros amigos de Castiel Novak. Ah, Dean além de amigo, era namorado, e segurava a mão de Cas firmemente como se qualquer pessoa ou assopro levasse-o embora para sempre. Dean tinha uma mania que Cas adorava: ele fazia carinho com seu próprio dedo no dedo de Cas. Era como uma forma tão íntima de carinho que podia ser muitas vezes melhor do que um simples beijo.

- Estou tão ansiosa para estourar meu cartão de crédito.

- Quero muitas fotos nos pontos turísticos.

- Precisamos de muitos casacos, deve estar bastante frio nessa época do ano!

- Dizem que ele tem a melhor cerveja de todas.

- Claro que não, Lúcifer!

Enquanto os amigos discutiam e riam comendo aperitivos e bebendo, Dean estava em silêncio e apenas se dispunha a rir das zombarias ao redor da mesa. Por outro lado, Castiel estava com a cabeça deitada na mesa e observava o namorado sorrir. O achava o melhor ser humano do mundo e quando o assunto era ele, o Novak ficava totalmente sem reação, perdia a fala, e só consigo admirar. Finalmente podia se dizer sortudo. Era o melhor ano, infelizmente o último.

 - Pessoal vou dar uma saída e já volto. - Disse Sam se levantando da mesa e caminhando em direção da saída.

- Aonde você vai? - Perguntou Gabe.

 Sam apenas o ignorou fingindo não ter ouvido.

Percebi que ultimamente Sam anda estranho com Gabe, por ele ser seu "quase namorado" esse tipo de comportamento é bem estranho ainda mais no aniversário do Gabe.

                                                             Dean POV

 - E ENTÃO GABE O QUE VAI SER HOJE? FESTA? - Pergunta Charlie.

- O que diabos tem hoje? - Miguel e eu falamos em couro.

- É O ANIVERSÁRIO DELE HOJE, GENTE!

- FELIZ ANIVERSÁRIO! - Grita Lúcifer jogando confetes em cima da mesa.

- Dá pra parar de pensar no seu crush e responder o que vamos fazer hoje para comemorar que você está ficando velho? - Diz Cas e faz com que todos comecem a rir de Gabe.

- Vocês são loucos. - Responde Gabe revirando os olhos. – Ficar velho não é nada demais.

                                                                   ~

Após meia hora fora do pub, Sam finalmente volta, e acaba surpreendendo todos ao chegar com flores azuis em sua mão. De repente ele para na frente da mesa e começar a dizer as palavras mais doces que alguém poderia dizer:

- Por onde eu posso começar? Eu sinto tantas coisas por você que às vezes eu faço uma confusão na minha cabeça, mas apesar de toda essa confusão posso dizer que tudo faz parte da autenticidade da nossa relação. Começamos com a amizade, depois veio o amor e agora o que eu posso fazer? O amor é um precipício, a gente se jogar nele e torce para que o chão nunca chegue. Apesar de eu sempre querer apressar as coisas, dessa vez não foi assim, eu não sabia do que eu realmente sentia até o nosso primeiro beijo, e quando você resolveu ficar com raiva de mim e finalmente tudo se resolveu na praia o que eu posso dizer sobre aquele dia é que: Você fez um curativo nas minhas feridas antigas. Eu não sei se o vento pode ser o destino ou em quanto tempo ele demora agir, mas de uma coisa eu sei: Quando o amor é soprado em sua direção, não adianta se esquivar ou desviar, você vai acabar de encontro com ele.

Ao terminar de falar segura a mão de Gabriel e o levanta e todos em volta ficam em silêncio por um minuto e depois começam a bater palmas, Gabriel o abraça e o beija em seguida sussurra em seu ouvido.

- E-Eu t-te amo e odeio me perder em palavras e não saber descrever o que eu sinto.

- Não precisa dizer nada. – Sussurrou como se falasse alto, iriam tirar o melhor momento de sua vida.

Entre declarações de amor, copos levantados como sinal de benção para o novo casal, a noite se desenrola com chuva e música boa.

Em certo momento do final da noite, Dean e Cas correm para dentro do impala depois de despedirem de seus amigos e desejarem-lhe uma boa viagem que aconteceria daqui algumas horas. Entram molhados e felizes – como crianças na chuva – e se beijam por alguns instantes. Encostam-se cada um em um banco do carro e suspiram olhando para o teto e depois se encaram.

- Eu não ia ter coragem de falar com você no primeiro dia, simplesmente saiu, sabe?

Dean observa curiosamente o namorado.

- Por que não falaria?

- Você é todo meio ‘’bad boy’’. Meio que somos opostos.

- Bad boy, Castiel Novak?

O loiro sorri e morde os lábios fazendo o namorado revirar os olhos.

- Vai se foder.
- Me obrigue.

Castiel segura os pulsos do outro, subindo em cima dele no banco e o jogando mais para trás. Sorriu safado.

- Não devia ter me pedido isso.