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História Hi. - Tarde demais.


Escrita por: AgurstDaddyy e iknowatson

Notas do Autor


Olá manas! Então o capítulo era pra ter sido postado ontem mas o word é do diabo e excluiu todo o capítulo, e então minha parceira teve que reescrever a parte dela toda de novo :(
Sia - Breathe me
All I Want - Kodaline
Bon Jovi - Wanted Dead Or Alive
Lynyrd skynyrd - Simple man

Postamos o capítulo e saímos correndo!

Capítulo 32 - Tarde demais.


Fanfic / Fanfiction Hi. - Tarde demais.

Anteriormente em "Hi"

Castiel POV

Ando pela rua pouco movimentada de Londres, já são quase dez horas e eu não consigo pensar em mais nada apenas naquelas malditas palavras, porque Dean faria uma coisa dessas comigo? Logo aqui, logo onde era para ser algo perfeito, mas tudo que eu vejo é desastre atrás de desastre. Meus olhos se enchem de lágrimas, mas não é pelas palavras daquela mulher e sim por ter batido em Dean.

Sabe eu achava que dessa vez duraria, que ninguém sairia ferido, machucado ou magoado, que seria estável, limpo, cheio de amor e quem sabe se com mais algum tempo se tornasse o amor mais lindo que eu já tivesse cativado. Que dessa vez não houvesse decepções, corações partidos e almas dilaceradas. Que seria diferente, que pudesse ser tudo aquilo que eu sempre quis, que eu sempre sonhei e ainda não tivesse conseguido ter. Como diria minha avó “A vida maltrata quem sente demais", e todos os dias eu penso: eu poderia sentir menos, mas tudo me machuca, me maltrata, me dói. Às vezes eu acho que eu nasci para ser assim dramático e sozinho. Hoje ele me fez lembrar os motivos de eu ter barreiras no coração.

 

~

Dean procurava desesperadamente por seu namorado pelas frias ruas londrinas. Ele entrou em ruas onde sequer sabia onde daria, mas isso não importava, pois ele já sabia que seu relacionamento estava por um fio e apenas queria encontrar Cas e explicar tudo.

 

Castiel POV

 

Após uma longa caminhada em linha reta, encontrei um pub que não estava lotado. Eu só queria um lugar tranquilo para beber e esquecer o que havia acontecido já que eu não poderia voltar para o hotel assim, com os olhos vermelhos. Admito que chorei, mas no meu lugar o que você faria? Se visse a pessoa que você ama mentir para você para encontrar uma mulher que você sequer conhece? Não sou muito de beber, mas hoje me parece certo, e entre essas e as outras – nada agradáveis ideias ilícitas que eu poderia praticar – prefiro apenas beber.

Entrei no pub e me sentei em frente ao bar, o clima estava agradável e tocando algum rock clássico que Dean iria adorar. Eu não consigo para de pensar nele.

- Tem momentos que a única coisa a se fazer é seguir em frente.  - Disse um homem loiro, alto, dos olhos azuis.

- Desculpe? - Como diabos ele sabe disso?

- Quer beber alguma coisa? - sorriu.

- Um whisky, por favor.

Depois de tomar meu quarto copo de whisky sinto meu telefone vibrar em meu bolso e ao pegá-lo vejo na tela uma foto de Dean dormindo no meu ombro dentro do avião horas atrás, não preciso dizer que aquilo foi mais que o suficiente para me fazer começar a sentir uma vontade imensa de chorar, respirei fundo e atendi o telefone.

- O-Oi.

- Cas onde você está? - Sua voz estava rouca.

- O q-que você quer?

- Conversar com você, esclarecer as coisas. Onde você está?

- Eu não quero te ver, eu não quero ouvir você, por favor me deixe em paz Dean.

- Você não está pensando em terminar, está?

- Dean...

- Cas, por favor, me deixe explicar, eu nunca te trairia se é o que está pensando. Eu encontrei com a Amara justamente para explicar que nós precisávamos parar de nos falar, nos encontrar e que apesar de eu gostar dela não era do mesmo jeito que ela gostava de mim e que eu queria encerrar tudo que estava incompleto na minha vida.

- Isso explica o motivo de você ter saído correndo para atender ao telefone? E porque não me contou? - Eu estava tremendo e com mais vontade de chorar ainda.

- Cas, a questão não é essa.

- A questão não é essa Dean? Então qual é questão?

- Eu apenas amo você e é de verdade. Eu não te deixaria por ela e nem por nenhuma outra mulher ou homem no mundo. Eu não me vejo sem você, você quer realmente acabar com isso? Com a nossa história?

- Eu não te quero mais, não gosto e nunca gostei do que tivemos. - Foi a mentira mais ridícula e absurda da minha vida.

- Cas, por favor, não fale uma coisas dessas, sei que esse sentimento foi e sempre será recíproco.

- Adeus Dean.

- Então vá em frente diga adeus, mas quero que saiba que eu vou continuar te amando em silêncio.

 Apenas desliguei o telefone.

Estava mexendo no meu celular enquanto tomava meu quinto copo de whisky, foi quando encontrei um nome familiar. Brian Fitzgerald. Apenas disquei seu número e torci para que ele atendesse.

- Olá Cas, está tudo bem?

- Eu preciso te ver.

- Eu tinha um pressentimento que isso ia acontecer eventualmente.

 

~

 

Depois daquela ligação Dean não queria saber de mais nada, apenas o porque de seu namorado lhe falar esse tipo de coisa afinal eles não poderiam ter passado por tudo aquilo para no final ser tudo uma mentira. Estava preocupado com seu namorado, pois sabia que quando queria ele queria ser bem neurótico e dramático conseguia facilmente, mas apesar disso não o culpava por tratá-lo daquela maneira. Dean resolve contar o que se passava para seus amigos, afinal ele precisava de ajuda para encontrar Cas, e quando o encontrasse iria lhe implorar para que voltasse. Nunca amou alguém como amou Castiel.

- Dean Winchester, você é idiota ou o que?

- Você magoou o Cas!

- Idiota!

- Vamos resolver isso.

Após a sessão de broncas e alguns tapas que recebeu dos amigos, desceram até a recepção e começaram a marcar de sair para encontrar Cas, pouco lhe importava para Dean se eram quase três da manhã, ele só queria poder conversar com o namorado e fazer as pazes. Após combinarem o ponto de encontro escutam um barulho na porta e todos olham ao mesmo tempo.

- Cas?

Castiel estava totalmente fora de si, provavelmente deve ter bebido uns dez ou mais copos de bebida alcoólica. Não parecia com o adorável Novak que todos conheceram um dia. Sem pensar muito Dean corre até o namorado que está quase desmaiado no ombro de um homem.

- Castiel está tudo bem? O que aconteceu?

- Ele bebeu muito, tentei impedir, mas ele disse que esse era o único jeito de fazer esquecer alguém que ele amou, não quis me dizer quem era. - Respondeu o jovem que segurava Castiel.

- E você quem é? - Disse Dean com um olhar de ciúmes e ódio.

- Apenas um amigo, mas já me vou. - Sorriu.

Dean pega Castiel nos braços e o leva até o quarto, o moreno adormeceu no caminho.

- Cas! – Gabe preocupado dá alguns tapinhas no rosto do irmão e não há efeito algum. – Você acha que... Ele pode ter bebido e ingerido substâncias ilícitas... Drogas?

- Não, Cas nunca faria isso! Vou apenas deixá-lo dormir e irei cuidar dele. Qualquer coisa eu ligo para o quarto de vocês.

Ao chegarem ao quarto, Dean coloca Castiel na cama e deposita um beijo nos lábios do moreno.

- Pelo que eu entendi, acho que não vamos nos beijar tão cedo.

~

Após algumas horas dormindo ao lado do namorado, Castiel acorda com muita dor de cabeça e no corpo. A luminosidade das luzes que ultrapassam a gigantesca janela de vidro fere seus olhos azuis e ele se remexe sentando na cama. Ao ver Dean, uma enxurrada de acontecimentos surge em sua mente e seu coração acelera. Ele traiu minha confiança, mentiu para mim e está do meu lado dormindo como se nada tivesse acontecido? Ele se levanta rapidamente e acaba ficando cada vez mais tonto e grogue fazendo com que o Winchester acorde rapidamente.

- Cas...

- Não fale o meu nome e não fale comigo.

O moreno tenta se levantar, porém sente vontade de vomitar e quando o namorado percebe trata logo de ajudá-lo ir ao banheiro.

- Eu não preciso da sua ajuda e nunca precisei. Me solta, Dean!

- Quando você estiver bem pode me desmerecer o quanto quiser, mas enquanto isso relaxe.

Castiel suspira e se senta ao lado do sanitário, mas não consegue se sentir confortável com o loiro olhando-o então encara apenas o chão e finge que ele não existe. Era melhor assim.

Passados alguns minutos em silêncio e Dean colocando Castiel para tomar banho enquanto se arrumava para ir a um pequeno estabelecimento que ficava aberto 24 horas, o Novak senta na cama após se vestir e sussurra quase inaudível.

- Eu quero alguém que chegue e não tenha medo do que pode encontrar, alguém que não corra na primeira oportunidade. E eu pensei que esse alguém fosse você…

Antes de pegar a chave do carro alugado que estava disponível para alunos que preferissem autonomia durante a viagem, Dean para e olha para o namorado ao ouvir o que disse anteriormente. Ele não estava chorando, mas estava sério e completamente indefeso – como nunca havia visto antes. Em sua mente passou-se um flashback de tudo que passaram juntos. O primeiro dia de aula. O jogo de basquete. Dean apanhando do tio idiota de Cas. A primeira vez e o primeiro beijo. Os sorrisos do seu anjo. Ele conseguiu quebrar o namorado em pedaços que talvez nunca mais pudessem ser recuperados.

- Era legal ser importante pra alguém.                                                    

Dean faz o caminho de volta até a cama e com o olhar culpado observa o namorado – ou seria ex?

­- Cas, por favor...

- Por favor? Por favor, Dean? Você traiu tudo que eu sentia por você e isso não está ok. Quantas vezes você fez isso? Quantas vezes você me deixou pensando que você estava dormindo enquanto estava com ela?

- Eu vou comprar minha própria comida.

Cas pega as chaves do carro da mão do loiro e anda dando passadas largas pra fora do quarto de hotel. Dean suspira, pede aos céus que tudo fique bem mesmo sabendo que as coisas parecem piorar a cada palavra que sai de sua boca e sai correndo atrás do namorado que ainda estava com efeitos da bebedeira recente.

- Cas, você não está em um bom estado para sair dirigindo! Cas!

Com a gritaria algumas pessoas que chegavam à recepção se assustam e Sam que estava saindo do quarto para verificar o que acontecia acaba por deixar Gabe na cama sozinho enquanto corre atrás dos dois.

Chegando ao carro Dean puxa as chaves da mão de Cas enquanto ofega como um porco cansado correndo do abate.

- Eu dirijo, sente no banco e fique quieto.

Apesar da fúria, Castiel se senta e antes de sair os dois se surpreendem com Sam entrando no carro pela porta traseira.

- Vim para checar se tudo vai ficar bem e eu estava sem sono. – Deu de ombros, mas estava preocupado com toda a situação.

O caminho era de cerca de quinze minutos para chegar ao estabelecimento. Dean colocou uma música no rádio do carro e Cas parecia uma criança teimosa ao seu lado.

- Recomeçar é um ótimo jeito de acreditar de novo. Confie em mim, Cas.

Castiel ri com sarcasmo.

- Confiar? Recomeçar?

- Sim, Cas...

- Como se nada tivesse acontecido? Você está escutando que ele disse, Samuel?

- Você me chamou pelo nome e não pelo apelido? – Sam parecia chocado no banco traseiro.

- Tudo o que eu fiz foi por você e você acha que depois disso tudo eu te perdoaria? Eu prefiro te esquecer, dói menos do que tentar me manter perto de você.

Doeu em Sam, Dean e até mesmo no sombrio Castiel.

Dean sai pra comprar algumas coisas sem tentar pensar no que Cas disse enquanto Sam tenta conversar com o moreno no carro como se algo pudesse esclarecer as coisas mesmo sabendo que as tentativas seriam falhas todas as vezes.

 

Dean POV

 

Tudo o que eu fiz foi por você e você acha que depois disso tudo eu te perdoaria? Eu prefiro te esquecer, dói menos do que tentar me manter perto de você. Doeu mais do que qualquer soco que eu já levei na vida, doeu mais do que perder qualquer pessoa que já perdi até hoje. Mantenho em pensamento que ele está apenas furioso e bêbado, é normal. Muitas vezes falei coisas que não devia e que eram todas falsas. Não quero me abalar. Vou até o carro lentamente para tentar colocar as coisas no lugar em minha cabeça. Abro o porta-malas para colocar as compras, observo o movimento de carros na rua e ouço um pouco da conversa que estão tendo no carro.

- Todos nós, simplesmente queremos significar algo para alguém e você é mais do que um significado pro meu irmão, Cas, você é o mundo inteiro dele.

Cas não diz nada apenas fica sem expressão e isso já não me choca mais. Entro no carro e Sam volta a encostar a cabeça no banco do carro insatisfeito e magoado.

- Está tudo bem, Sammy. Obrigado.

A viagem de volta leva mais tempo do que esperado, pois está amanhecendo e o trânsito está caótico. Resolvo pegar uma estrada mais vazia, porém perigosa. Isso não me assusta e continuo.

Sam estava cochilando e Cas observava a paisagem – sem casas, prédios e movimentação – pela janela e parecia cansado, provavelmente quase dormindo novamente. Após alguns minutos não percebo que um caminhão em alta velocidade está atrás de nós e um cervo aparece correndo até a pista surgindo do matagal. Tento desviar, porém é tarde demais. Todos no carro assustam imediatamente com o som estridente que o pneu do carro faz e perco o controle do volante. Castiel estava sem cinto, me desespero para colocá-lo quando vejo o penhasco inesperado na nossa frente. Eu não acredito em Deus, mas sabia que Castiel acreditava então rezei por ele e Sam. Não consigo colocar o cinto. É apenas tarde demais. A batida do caminhão na traseira do carro faz com que eu perca a noção do que realmente está acontecendo rapidamente enquanto caímos penhasco abaixo. Há sangue, estilhaços e já não consigo enxergar mais nada.

 

 


Notas Finais


Queremos agradecer a todos que gastam um pouquinho do tempo para acompanhar nossa primeira obra destiel, queremos agradecer aos favoritos (gritamos muito todas as vezes que alguém dá fav), queremos mais ainda agradecer aqueles que estão sempre comentando e compartilhando seus sentimentos em relação a ''Hi''. Ela não existiria sem o apoio de vocês, então, obrigada! Vocês são maravilhosos <3
Comente aí o que achou do capítulo e até a próxima!

Para contato no twitter: @iknowatson e @Ikingcrowley


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