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História Hi Cat - Capítulo 1


Escrita por: Rafadler

Notas do Autor


Hello, caro leitor ou leitora. Finalmente criei coragem para revisar essa fanfic. Então se forem leitores novos, saibam que nem todos os capítulo terão uma escrita parecida, já que faz uns anos que escrevi essa história. E para os leitores antigos, aconselho ler novamente, pois algumas coisas iram mudar.

É isso e tenha uma excelente leitura S2

Capítulo 1 - Capítulo 1


  O tempo estava mais seco naquela manhã. O calor costumeiro estava um pouco mais infernal naquele dia. Porém, isso não algo para ficar surpreendida, afinal, estamos falando da minha cidade Rio de Janeiro. A encantadora devido ao seu carisma e querida pela sua cultura..

  Hoje não era seria um dia muito diferente. Acordei-me relutante devido ter virado a madrugada assistindo algo bobo nos sites de séries e filmes pagos. A água gelada do banheiro era algo que certamente não queria enfrentar, mas era necessária. Sentir o líquido gélido escorrer por meu corpo, fazendo meus músculos  atrofiarem fez-me despertar. Tentei ser o mais breve possível já que o banheiro era o cômodo da casa que menos me agradava.

  Desci as longas escadas de mármore branca, um pouco frias para meu gosto. Entretanto eu não tive tempo para reclamar daquilo, pois um cheiro para lá de delicioso penetrou minhas narinas fazendo com que um sorriso fosse arrancado com facilidade. A mesa posta para o café da manhã estava recheada dos mais derivados alimentos. Dos meus preferidos como as panquecas de mirtilo, aos menos convidativos, como abacates e ameixas.

  Uma das quatro cadeiras estava ocupada por um homem de 40 e poucos anos, cabelos castanhos e um rosto bonito para sua idade. Ele lia algo em seu smartfone, o que - Acredito eu - Deveria ser algum jornal.

  Sentei-me ao seu lado, tentando com muita vontade ignorar a jovem mulher ao seu lado, tomando um de seus caros iogurtes 0 açucares. Algo um pouco impossível, já que ela era a única pessoa da face da terra que tinha energias logo de manhã. Seus olhos azuis inspecionavam cada canto de nossa casa com uma animação... inquietante.

- Bom dia, papis! - Aperto sua mão logo após tomar meu lugar para informa-lo que estou ali presente. Ele ficava bastante distraído quando estava lendo algo de seu agrado.

- Bom dia, meu amor! - Segurou minha pequena mão e levou aos lábios, depositando um beijo paterno sob ela. 

  Logo após isso ela foi soltada para que pudesse pegar a caneca de café amarela, retornando seus olhos esverdeados as notícias.

- Bom dia, Kare. - A voz fina e jovial saiu um pouco mais arrastada e melosa que o normal, trazendo até um certo tom de nojo ao meu nome.

  Na tentativa de responder a altura, coloquei um sorriso mais sínico em meu rosto arredondado e a encarei da outra ponta da mesa.

 - Bom dia, Carlinha moreninha. - Tentei não transparecer o meu desagrado ao vê-la sentada em nossa mesa por respeito ao meu pai. 

  Estávamos tendo discussões muito feias devido ao seu gosto repentino por mulheres de vinte e poucos ano com uma postura clara de interesseira.

- Como está? - Me questionou colocando um pouco de sua granola light em seu iogurte. 

- Bem, pelo menos até descer as escadas e ver... -  Dei uma breve olhada ao meu pai, sabendo que ele se esforçava para fingir que não estava prestando atenção em cada palavra que saia de nossas bocas. Pronto para repreender alguém caso necessário. - Que certas coisas indesejadas sempre estão entre nós.

  A mulher formou um perfeito "o" em sua boca carnuda devido ao preenchimento labial que meu pai bancou, levando uma de suas mãos até seu decote um tanto que vulgar para aquela hora do dia.

- Amor, você vai deixar ela falar assim comigo? - Perguntou com uma falsa mágoa na voz.

  Um suspiro pesado saiu dele, sendo obrigado a largar seu jornal e inclinar a cabeça para trás já sabendo onde tudo aquilo levaria.

- Kare Ray, quantas vezes terei que pedir para que você pare de trata-la assim?

  Vi a mulher apertar as mãos dele como agradecimento por apoia-la, fazendo com que tudo aquilo me causasse um certo enjoo.

- Eu estava apenas me referido ao abacate e a ameixa. - Comentei com um sorriso inofensivo no rosto. - Mas é como dizem, cada um com sua interpretação. 

  Não poderia sair sem comer nada, então apenas peguei uma banana para que me desse sustância e sai da casa, ajustando o uniforme escolar da escola particular que frequentava.

  Não demorou muito para que o Uber que chamei assim que sai do condômino chegasse e me levasse até lá. Não estava muito afim de passar de ficar presa com meu pai e a mulher dele no carro, sozinhos por alguns minutos que seriam insuportáveis. 

    Fui deixada no portão principal da escola, vendo alguns grupos já formados sentados embaixo de algumas arvores da entrada. Arrisco dizer que metade daqueles alunos só estão esperando a hora do sinal tocar para irem embora e matar a aula em algum shopping ou praia.

  Passei a mão pelos meus cabelos e adentrei em minha sala vendo duas pessoas sentadas nas cadeiras do fundo conversando algo engraçado, já que não paravam de rir. 

- Bom dia, meus fãs! - Brinquei ao me aproximar deles, atraindo a atenção dos dois que reviravam os olhos, achando graça da minha animação.

  Clara e Mateus eram amigos de infância e logo após me conhecerem por acaso no meu primeiro dia de aula no colégio, me adotaram, para que um trio poderoso fosse formado.

- Posso saber onde estão esse seus fãs? - Questionou Clara, cortando meu barato. Como sempre.

- Está aqui! - Matheus levantou os braços animado e me abraçou pela cintura.

  Seus cabelos castanhos estavam para trás de uma forma um pouco bagunçada com um pouco de gel para sustenta-los.

- Bom dia, meu amorzinho. - Belisquei a maçã de seu rosto.

  Clara cruzou os braços, chamando minha atenção ao pigarrear. 

- Só para lembrar que esse rapaz aí na verdade é o meu amor, Kare! - Ela o tirou de mim com o canto da boca levantado. - Meu namorado! desencosta ou vou ficar com ciúmes.

  Além de amigos, os dois decidiram que também podem ser amantes e confidentes a alguns meses.

  Ele a fez se levantar para que pudesse se sentar e a colocar em seu colo, apenas para cheirar o perfume dela. O que a fez gargalhar devido as cocegas.

  Eu poderia sentir facilmente que estava sobrando ali. Porém, só de vê-los felizes um com o outro, já era o suficiente.

  Só Deus e eu sabemos a dor de cabeça que foi quando Clara percebeu que estava amando seu melhor amigo.

  Por mais que estivessem ficando a alguns meses, ainda não tinham assumido oficialmente o namoro.

- Finalmente assumiram foi? - Perguntei pegando a banana em minha bolsa, mordendo-a em seguida.

- Depois de muita discussão chegamos a um acordo. - Matheus comentou pegando um dos cachos loiros da menina, enrolando em seu dedo.

    Por mais que Clara o amasse, havia colocado na cabeça que aquilo acabaria com a amizade dos dois. 

  Poderia bater palmas para a persistência dele, pois o tempo que ele levou para tirar aquela ideia da cabeça da menina e a conquista-se por completo foi demorado. E eu sabia que minha amiga odiava quando ele comentava sobre esse esforço todo.

   3 meses de pura dor de cabeça e concelhos amorosos.

- Imagino como foi essa discussão! -  Falo dando um sorriso malicioso, levando um tapa de cada um em meu braço. - Ai, o que é isso!? agressão? Complô?

  Então tudo estava bem de novo e os problemas em casa foram esquecidos.

...

  Senti que as aulas haviam se passado mais rápido que de costume.

  E odiei isso.

  Era o meu último dia estudando ali. Minhas últimas lembranças com os meus melhores amigos.

  Queira que esse dia fosse eterno, pois a falta que sentirei da presença deles e da forma como me faziam esquecer de todos os meus tormentos... trariam muita falta.

  Tanta falta que não imaginava como poderia carrega-la.

  Eles levaram-me para casa, querendo passar cada segundo possível comigo.

  Gravando em seus celulares cada conversa fora e andar meu.

  Agora me perguntava se teria mesmo que ir embora.

...

  O único barulho na enorme casa era o das nossas risadas e passadas. Correndo escada acima até a porta branca de meu quarto, que foi escancarada por Matheus. Jogando-se em minha cama e se enrolando em meus lençóis, sentido meu cheiro.

- Você precisa mesmo ir? 

  Ao contrário dele, Clara era um pouco mais fechada.

  Ela estava parada na porta de braços cruzados e com olhos pesados.

  Talvez sentido o peso do momento que fingia que nunca aconteceria.

  Seus olhos estavam colados em minhas malas. Os vi ficar marejados. Algo que nunca havia visto em todos os tempos de nossa amizade.

- Você sabe que eu preciso! - Sussurrei com o mesmo fardo.

   A puxei para um abraço apertado e verdadeiro. Tentando memorizar tudo o que ela era e o que significava para mim.

  Entrei naquela escola no segundo ano do ensino fundamental e agora já estamos no médio. Isso estava sendo difícil, tão difícil para mim, quanto para ela.

- Eu te amo tanto, tanto Kare! - Ela sussurrou em meu ouvido com a voz embargada.

- E eu amo tanto e tanto você, Clarinha! Escuta... - A afastei para que pudesse ter toda a sua atenção.

  Como ela era mais fechada e tímida. Sempre era provocada pelas algumas pessoas da nossa escola, porquê elas sabiam que a Clara nunca revidava. Mas agora não estaria mais lá para protege-la, e por mais que ela tivesse o Matheus, ele não estaria sempre com ela. Principalmente no banheiro feminino. 

- Nunca deixe que as pessoas te humilhem novamente! - Passei meu polegar por sua maçã do rosto, limpando suas lágrimas. -  Nunca deixe sua mãe ficar ditando o que você precisa comer, vestir, ou os tipos de amigos e namorados que você precisa ter... ela não pode mais te controlar.

   Ela assentiu com um suspiro pesado.

  Sentia Matheus nos observando por baixo das cobertas e virei-me para ele com as mãos na cintura e a cabeça inclinada. 

  Ele negou com a cabeça e escondeu o rosto.

- Não e não. Não vou sair daqui até ter memorizado melhor todo o seu cheiro fedorento.

  Puxei Clara para que nos juntássemos a ele na cama.

 - Então trate de me dar um hidratante melhor, já que é ele que uso antes de dormir.

  Ele usou seus enormes braços para nos puxar e deitar em seu peito, nos cobrindo e protegendo com eles logo em seguida.

  Casa.

  Aquilo era casa para mim.

...

  O caminho até o aeroporto foi agitado. Matheus e meu pai faziam um dueto estridente com a música "Save Your tears" e gravava tudo para postar posteriormente em seu Tik Tok. Carla e eu apenas fazíamos a coreografia no banco de trás, não arriscando estragar a música mais que já estava e Caio - Meu irmão mais velho que recentemente havia conseguido um papel em uma novela- grava tudo em seus stories, tentando não mostrar o quão emocionado estava com a minha partida.

  Ao chegarmos no portão de desembarque, o clima ficou denso.

  A hora menos desejada havia chegado.

- Sabe, vou sentir sua falta. - Caio comentou colocando as mãos no bolso, tentando engolir o choro.

  Ele não era tão bom ator quando estava em minha frente.

- É só ir me visitar que a saudade passa, besta - Soquei seu braço sentido meu coração apertar.

- Não garanto nada, finalmente terei a vida de irmão único que tanto desejei ter. - Ele brincou.

  No entanto, o silêncio prevaleceu logo em seguida, deixando apenas as emoções transparecer.

  Deixei com que seus braços forte me agarrassem em um abraço apertado.

  O último.

- Se cuide... por favor! - Suplicou.

   Ele beijou minha testa, libertando-me para que pudesse abraçar meu pai.

- Cuidado! - Ele me alertou apertando ainda mais em seu abraço paternal. - Se algum menino for com gracinha... já sabe...

-  Dar um chute bem no meio, eu sei pai. - Respondi o agradando com a resposta esperta.

   Por mais que não desejasse, teria que falar com a mulher esguia, portadora de uma bolsa da Gucci, que chegará a pouco tempo em seu próprio conversível vermelho, dado de presente de natal do meu pai.

- Finalmente se livrou de mim, cobra. - Vociferei sem me importar com o homem carrancudo dessa vez.

- Infelizmente... - Ela comentou colocando a mão sobre boca, fingindo tristeza.-  vou poder ficar em paz finalmente!  - E então sussurrou a última parte para que apenas eu ouvisse.

   Me aproximei, colocando minhas duas mãos na cintura.

- Posso está longe, mas ainda vou transforma sua vida em um inferno.

- Você é o diabo em um corpo de anjo, gracinha. - Apertou minha bochecha e então se afastou, agarrando o braço de meu pai.

  Havia combinado de não ter despedidas entre eu e meus amigos. E isso foi respeitado.

   Meu voou foi chamado fazendo com que chiados de decepções saíssem da boca de todos.

  Então parti, com um pé a frente e outro atrás.

  E por mais que estivesse com vontade de me virar para observa-los pela última vez, não queira ter essa memória deles.

   Era agora ou nunca! 

  Um novo capítulo da minha vida estava para começar e infelizmente se iniciou com uma  sensação de abandono, deixando-me angustiada. 

  Não queria ter que deixa-lo. 

  Aquilo queimava dentro do meu peito. 

  Depois de intermináveis horas e um voou barulhento com um bebê de colo chorando o caminho inteiro ao lado da minha poltrona. Finalmente havia chegado em meu destino final e um sonho que parecia distante. 

  Los Angeles tinha um clima um pouco diferente do Rio, mas nem tanto.

  Após pegar minhas malas e as colocar em um carrinho, deixando ele tão pesado que quase não conseguia empurrar. Vi uma mulher da mesma idade que meu pai com curtos cabelos castanhos. Sua saia preta estava perfeitamente encaixada no seu corpo e a sua blusa social a deixava séria, mas o sorriso que só ela sabia fazer, quebrava toda a seriedade. Lembro quando ela sorria assim para mim toda fez que eu e o papai brigávamos.

  Minha mãe segurava uma placa escrita "Kare Docinho Ray" escrita com hidrocor rosa.

- Minha filha, que saudade! - Praticamente gritou com entusiasmo com seu português arrastado

   Seu abraço com certeza mostrou toda a sua saudade, já que fez cantos do meu corpo que eu achava que não seria possível, estalarem.

  Aquilo me deixou desconfortável, pois fazia um pouco mais de 8 anos que não tinha um contato assim com ela. Nem mesmo conversava com ela direito, apenas em meu aniversário.

- Pois é Jessy. - Me afastei um pouco sem jeito.

  Ao ver o meu constrangimento, ela decidiu mudar o foco para um homem alto e um pouco mais velho que ela ao seu lado.

  Nem tive tempo de nota-lo já que a mascara, o óculos e o boné cobria toda as suas feições.

- Esse é o senhor Norman Reedus... um dos meus chefes. - O apresentou fazendo com que o mesmo tirasse a máscara por um breve momento.

- Senhor um cacete, pode me chamar de Norman ou de Normani. - Estendeu a mão para me cumprimentar. Aceitei de bom grado.

- Pode me chamar de Kare ou de diabinha como alguns me chamam. - Brinquei com o último apelido para descontrair um pouco. 

  Percebi que minha mãe havia ficado um pouco tensa depois do nosso desajeitado abraço.

- Estou curioso para saber o porque desse apelido.

- Eu também estou ansiosa para botar em pratica o meu apelido. - Brinquei com um sorriso travesso.

  Jessy me olhou com seus olhos arregalados.

- Nem se atreva, Ray! - Repreendeu-me.

  Cruzei os braços um pouco emburrada com a atitude dela, mesmo sabendo que foi necessária.

  Norman apenas observou a cena rindo da atitude da minha mãe.

- Deixa de ser chata Jessy, você não me falou que sua filha é das minhas. - Ele passou o braço pelos meus ombro casualmente rindo como se tivesse achado a sua parceira ideal.

- Opa, arranjei um cúmplice? - Perguntei animada

- Pode apostar que sim!

  Então saímos rapidamente dali quando algumas pessoas já estavam notando quem era o homem grande ao meu lado e começando a ficarem agitadas.

  Estamos em Los Angeles. Achei que era normal para os habitantes daqui ver uma celebridade na rua.

...

  Passei o caminho inteiro conversando com o homem e acabei vendo que uma possível amizade estava para surgir entre nós. Não me importei muito por minha mãe está grudada no celular desde o minuto que entramos nesse carro. 

  Reedus disse que era uma ligação de trabalho. 

  Ela falava alguém chamado Chandler Biggs... ou é Rigg. Algo do gênero.

  Fui informada que teríamos que passar na casa de minha mãe apenas para deixar minhas malas, pois eles teriam que retornar ao trabalho e não queriam me deixar sozinha, já que é meu primeiro dia em um país diferente.

  Eu tinha uma noção que seria mais ou menos assim já que Jessy é uma produtora de uma série famosa, então praticamente morava nos sets de gravações.

  Estava em Los Angeles e já iria visitar um set de gravação.

  Surreal.

...

  Fomos parados na guarita para nos identificarmos e logo fomos liberados. 

  Os corredores eram cheios de gente e amontoados de portas com identificações escritas nelas.

  Meu joelho já estava começando a reclamar com o tanto que precisei andar e também com o peso do carrinho fez no aeroporto.

  Ele estava me matando.

- Estamos perto do que é que seja para onde estamos indo? - Questionei parando e me obrigando a me apoiar em uma parede e passar a mão pelo joelho.

  Minha mãe bateu a mão na testa, esquecendo completamente desse detalhe.

- Droga, Kare! Esqueci completamente do seu joelho, me desculpe. - Lamentou caminhando até mim e tocando meu queixo. - Está doendo muito?

  Me encolhi involuntariamente, fazendo com que ela desse um sorriso sem graça e se afastasse um pouco.

- Só um pouco.

  Norman olhou para o seu relógio no pulso e então bateu as mãos na calça atraindo nossa atenção. 

  Ele ergueu as sobrancelhas e virou de costas agachando-se um pouco.

- Certo, suba em minhas costas. Pouparei você de andar até lá.

  Isso não estava acontecendo.

  Quantos anos ele achava que eu tinha?

- Não pode está falando sério! - Comentei com as sobrancelhas arqueadas.

  Ele assentiu.

- Estou sim. Vamos logo porquê estamos um pouco atrasados e ainda falta um pouco de chão para andarmos.

  Tudo bem. Estava apenas fazendo isso porquê não conseguiria andar um pouco mais.

  Subi em suas costas e isso foi o pior erro da minha vida.

  Ele saiu em disparada fazendo com que meu olhos quase saltassem para fora e um grito fino preenchesse o extenso corredor e atraindo a atenção de todos.

  Vi minha mãe de relance negar com a cabeça e começar a correr atrás da gente nos ultrapassando e depois de um tempo virar a direita, abrindo uma porta.

  Não consegui ler a placa pois o Reedus entrou lá em disparada, assustando as pessoas lá dentro e jogando-me no sofá cinza, caindo por cima de mim em seguida.

  Precisei de um minuto para me recuperar do medo que tive de cair enquanto corria nas costas daquele homem

- Está me esmagando. - Esbravejei sentindo meu corpo afundar ainda mais no objeto.

- Ah para, eu não sou gordo... - ele comentou se levantando e colocando as mãos na cintura. - É apenas um leve excesso de gostosura.

  Sentei-me colocando as mãos sobre os joelhos e fitando o chão, ainda me recuperando.

- Tanto faz. - Comentei entre uma pequena risada.

   Quando levantei meu rosto para ajeitar meu cabelo. Vi diversos rostos me observando com curiosidade e graça.

  Antes que minha mãe pudesse pronunciar algo. O Reedus tomou as rédeas da situação e me apresentou para todos, já conhecidos por mim.

- Gente essa é Kare, filha da Jessy  e minha mais nova cúmplice... - Todos soltaram um "Ah", como se já soubessem quem eu era a muito tempo. Deixando-me um pouco confusa. -  Kah, esses são Andrew meu antigo cúmplice, Steven, Lauren, Melissa, Danai, Graysson, irmão da Rapunzel ali, cujo o nome não pode ser nomeado. - Sussurrou a última parte para mim apontado para o menino que estava sentado no sofá em minha frente de braços cruzados, me observando de uma forma engraçada.

  Os seus longos cabelos castanhos iam até os ombros, tampando um pouco do seu rosto fino. A franja que tinha para o lado direito estava bloqueando um pouco os seus olhos azuis cobalto. Tão fortes e marcantes que me deixava um pouco na defensiva. Aqueles olhos criavam um destaque maior em sua pele pálida e sardenta.

- Oi. - Era tudo que conseguia falar, entretanto era o suficiente para eles.

  Todos me cumprimentaram com muito entusiasmo. Parece que Jessy falava muito com eles sobre mim.

  Engraçado.

  Conversava tanto sobre mim com eles, porém nem falava comigo direito. 

  Me sentindo um pouco deslocada quando todos voltaram a conversar como quando estavam antes de invadirmos a sala. Peguei meu celular e decidi contar tudo o que estava acontecendo para a Clara e o Matheus. Eles não me responderam de imediato então guardei o aparelho em meu bolso e apoiei meu queixo em minha mão. Observando todos.

  Algo que particularmente gostava de fazer.

  E pelo visto o irmão da Rapunzel também, pois o mesmo sentou ao meu lado e ficou me encarnado sem nem piscar.

  Comecei a me questionar se tinha algo de errado com meu rosto.

- Pois não? - Perguntei ironicamente.

- Você é bonita! - Vociferou como se não fosse nada demais.

   Tive que conter a risada quando ele se aproximou um pouco mais e tentou tocar em meu cabelo, maravilhado com ele.

- Obrigada, mas... - Tirei a mão dele de perto e cruzei as pernas. - Sou velha demais para você, pequeno.

  Escutei o menininho ruivo suspirar como se estivesse de coração partido.

- Nossa cara, até dessa garota você leva um fora. 

  Uma voz grossa soou de alguém em minha frente.

   Riggs. Aprendi o sobrenome dele, foi quem soltou o comentário sem tirar os olhos da tela do celular.

  Semicerrei meus olhos o fitando de queixo erguido.

- O que quer dizer com o "Dessa garota"?

  Então finalmente seus olhos estavam cravado nos meus.

  Eram mais intensos do que imaginei.

- Sem querer ofender. Você é bonitinha, mas, garotas melhores já deram em cima do meu irmão. 

  Tentei não pensar na parte de ter garotas da minha idade dando em cima de um menino que aparentava ter 10 anos de idade.

  É isso que a fama faz com as pessoas.

  Me inclinei um pouco para a frente tentado não esbravejar de raiva na frente de todas aquelas pessoas.

- Ainda bem que não dou a mínima para o seu gosto por mulheres, gatinho. - Esbravejei séria. Retornando minha concentração ao meu celular novamente.

  Escutei uma risada anasalada vindo da parte dele.

- Quanta marra gata!

  Neguei com a cabeça devolvendo a mesma risada.

- Ainda não viu nada, baby.

  Então minha mãe começou a chamar todos quando uma sirene soou. Porém, com muita infelicidade, o Riggs não estava entre elas.


Notas Finais


REVISADO.


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