Olá, meu melhor amigo sem vida.
Já faz um tempo, né?
Bem, depois de hoje eu passei a entender melhor minha irmã.
Confuso? Bem, depois que descobrimos que ela estava em começo de depressão, houve o acompanhamento e etc, e depois de um tempo minha mãe disse que ela só estava procurando estar mal.
Admito com certa vergonha que acabei concordando na hora, mas eu não observei uma coisa: ela só deu argumentos materiais, observando apenas as condições físicas e financeiras, sem sequer fazer alusão ao emocional ou a qualquer tipo de negatividade.
Agora, por que eu a entendo melhor agora, né?
Lembra da festa que eu saí chorando?
Aconteceu a mesma coisa essa semana toda. Um monte de aleatórios enchendo a casa e ficando o dia todo, só que desta vez eu não arrisquei e fiquei no quarto.
O grande problema é que bem no Natal parecia que esse bando de desocupado não tinha casa, e como eu não saí do quarto, fiquei quase vinte horas sem comer. Passei mal, quase vomitei o petisco que belisquei de noite (que valeu pra mim pelas três refeições).
Hoje de manhã, quando mainha estava enchendo o meu saco falando sobre o churrasco e banho de piscina sem entender que aquilo não era uma moral e sim mera chatice, eu finalmente falei que só passei fome porque estava do mesmo jeito do dia da festa e não consegui me acalmar rápido.
O que ela fez? Deu alguma palavra de conforto, preocupação ou compreensão?
Não!
Me repreendeu!
Como Um Cachorro!
É por isso que eu a entendo melhor.
Porque eu percebi que já ter sido pobre fez a nossa querida mãe achar que o psicológico e emocional é irrelevante.
Vai tomar no cu.
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