História Hibrid Experiment - Dor, somente isso

Hoseok

-O que...?- estava atômico. Meu próprio pai?

-Sinto muito, cara...- Namjoon falou colocando a mão no meu ombro. Eu me levantei nervoso e fui para o quintal nos fundos da casa.

-Como ele pôde fazer isso com o próprio filho!?- murmurei irritado enquanto andava de um lado para o outro.- Se fez isso com o Suga poderia muito bem ter feito isso comigo também. Qual o problema de um pai que faz isso? O que mais ele esconde de mim!? Eu devo ter uma irmã que ele transformou em lagartixa ou algo parecido!

Provavelmente puto é oque está me definindo agora, estou quase matando um, talvez seja uma pequena empatia entre irmãos de muito tempo atrás, ou algo parecido, mas aquele velho idiota não vai mais fazer mal ao Suga, o coitado já deve ter passado umas poucas e boas na vida e eu não vou deixar mais ninguém machucar ele. Nem que eu tenha que realmente matar quem fez tanto mal a ele, ou matar qualquer um que me irrite.

E é oque eu vou fazer.

(~)

S/n

Já fazia dez minutos que Hoseok estava lá fora, minha preocupação só aumentava, qual seria sua reação com o próprio pai usando seu irmão como uma simples experiência, algo que pode ser descartado.

-Não acham que ele está demorando demais?- perguntou Jimin, ele parecia estar meio aflito.

-Eu vou ver o que está acontecendo.- falei me levantando do sofá e andei até o quintal.- Hobi?- chamei-o olhando ao redor, mas não tinham ninguém lá. Comecei a ficar desesperada.

Onde ele está? O que está fazendo? Será que vai fazer o que eu estou pensando!?

Voltei correndo para dentro, os meninos que ainda estavam aqui se assustaram comigo.

-O que aconteceu?- perguntou Namjoon, tentando parecer calmo.

-Ele não está lá, acho que vai...

-Matar o pai dele.- todos responderam em uníssono com os olhos arregalados. Precisávamos impedi-lo antes que fizesse alguma burrada.

Todos saímos correndo de casa, Hoseok não devia estar muito longe, já que o carro ainda estava estacionado na frente de casa. Corremos por alguns quarteirões até que o achamos, mas não foi a tempo.

-HOBI, NÃO!

(~)

Suga

-Abra a porta.

-Sim, senhor.

Ouvi algumas vozes ao longe, tentei abrir meus olhos, mas eles ainda estavam muito pesados das várias horas de sono, e meu corpo estava muito molenga para me levantar. Mas isso está mesmo estranho porque eu realmente não consigo me mexer!

A porta da cela abriu e senti que estavam tirando minhas algemas e me tirando do chão. Estava fazendo muita força para abrir os olhos, estávamos nos movimentando. Mas para onde?

Consegui abrir uma pequena fresta nos olhos, tinha um homem muito feio e sério me carregando, tinha alguém atrás dele, mas eu não consegui ver antes de meus olhos se fecharem denovo.

-Coloque-o ai e vá embora.- a outra pessoa falou e o homem me colocou em algum lugar muito duro e gelado, além de colocarem alguma coisa nos meus pulsos e pernas. Me deixando mais parado que antes.

Eu não estava completamente sozinho, conseguia sentir a presença de outra pessoa na sala, e essa pessoa estava me olhando, devia ser um homem pelo timbre da voz que ouvi antes. Mas o que ele queria comigo? Outra daquelas experiências não...

Me forcei ainda mais e consegui abrir os olhos, não muito, mas o suficiente para conseguir enxerga-lo. 

Mas por que ele parecia tanto com o bochechudo? Só que muito mais velho, barbudo e feio.

-Q-quem...- murmurei com um fio de voz,minha garganta está raspando muito, o que aconteceu comigo?

-Finalmente acordou, gatinho.- ele sorria cínico. Acho que já o vi antes...

-Acho que exagerei na dose - continuou- você dormiu feito uma pedra, mas já que você acordou podemos brincar um pouquinho.

O homem desabotoou o cinto e começou a abaixar as calças, eu arregalei os olhos, o que ele vai fazer? Quem é ele? Eu fiz alguma coisa de errado?

-N-não... por... favor...- meu corpo estava muito fraco para se mexer, e mesmo que conseguisse, as cordas que me deixam preso a aquela mesa não me voltariam tão fácil.

-Relaxe, só vai doer... muito.- ele riu enquanto se aproximava de mim com uma faca.

Só me lembro de uma última coisa antes de apagar. Uma última palavra no meio daquela dor que se alastrava por todo meu corpo, que me rasgava a cada segundo.

Pai...