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História High School Sucks - Não se Empolga, Não


Escrita por: GbMr2 e GbMr

Capítulo 10 - Não se Empolga, Não


Fanfic / Fanfiction High School Sucks - Não se Empolga, Não

— Gente olha aquele vestido! — Os olhos de Stella brilharam ao ver a vitrine da Dolce & Gabbana.

— Stella, qual é! Você já comprou sete vestidos hoje. — Aisha suspirou.

— E a loja é do seu pai! — Riven disse como se fosse óbvio.

— Escute, se ela quiser ela compra a loja inteira! — Musa provocou.

— Você só responde quando eu falo, é? — Ele provocou, e ela rangeu os dentes.

— Não é isso! É… esse vestido! Eu quem desenhei esse vestido! — Lágrimas surgiram no rosto de Stella. — Eles produziram… ah!

— Isso é incrível Stella! Eu não sabia que você desenhava tão bem assim! — Tecna a elogiou.

— Obrigada roxinha! — Ela limpou as lágrimas de alegria.

Bloom sorriu levemente, feliz pela amiga, mas ainda pensava sobre Andy. Como que ele pôde fazer isso com ela? Ele a traiu mesmo?

— Bloom! — Stella estalou os dedos em sua frente.

Ela se arrepiou e sacudiu a cabeça. — Oi!

Stella recordou de mais cedo e mordeu o lábio. — Talvez seja melhor nós irmos encontrar Flora e Helia. Já tá na hora. — Ela pegou a mão da ruiva.

— Que hora o quê! — Nex riu e pegou o celular. — Ih, tá na hora mesmo. São nove e quarenta e cinco.

— NOVE E QUARETENA E CINCO?! — A turma exclamou.

— Puta merda! — Brandon passou a mão no rosto.

— Estamos ferrados! Muito ferrados! — Nabu pareceu empalidecer.

— É tão ruim assim? — Tecna questionou. Os veteranos olharam para ela.

— Ruim?! Querida, uma vez a polícia foi chamada porque um casal demorou uns dez minutos para voltar! — Aisha exclamou.

— E todo mundo respeita a regra, até porque Manchester não é muito segura para se andar durante a noite. — Timmy ajeitou os óculos estilo aviador.

— Temos que ir agora mesmo! Que horas é o próximo ônibus? — Bloom piscou, assustada.

Musa imitou um choro. — Nove e quarenta e cinco.

— Então vamos? O que estamos esperando?! — Nabu perguntou e saiu correndo.

O bando de adolescentes correu atrás.

— Alguém conseguiu falar com a Flora? Ou com o Helia? — Aisha disse entre ofegadas.

— Eles não atendem! — Stella passou a mão na cabeça. — Ah céus, e se algo acontecer com eles?!

Brandon, que segurava todas as quinze sacolas de Stella, franziu a testa, um pouco bravo. — O que será que acontece se eu tropeçar com essas sacolas todas? — Ele murmurou.

— Olhem eles lá! — Riven apontou para o restaurante The Allotment Vegan Eatery. Os dois riam enquanto se deliciavam de aspargos ao molho de limão.

— Que nojo! — Stella fez careta.

— Vamos logo! Não temos tempo! — Tecna correu na frente. — Flora! Oh Flora!

— Helia! — Nex gritou.

Os dois olharam na direção dos amigos, na calçada Flora franziu a testa e piscou. Não conseguia entender exatamente o que estavam falando, viu Riven fazer um sinal de indicador de horas e Aisha fazer um "T" com os braços.

— Puta merda… Helia! Precisamos ir! — Flora largou o petisco e Helia piscou.

— Por quê?

— Temos quinze minutos pra chegar na escola. — Ela engoliu em seco.

Em menos de dois minutos, Helia e Flora se juntaram ao grupo.

— Vamos! Precisamos pegar o ônibus antes que seja tarde! — Timmy exclamou.

Todos correram para o ponto de ônibus, onde um ônibus estava parado. Parecia lotado, mas não tardaram em subir.

Estava muito apertado, e as várias sacolas de Stella não ajudavam.

— Por que você não carrega uma bolsa reciclável?! Você tá matando várias tartarugas! — Flora reclamou.

— Ah, Flora! Não vem com esse papo veggie pra cima de mim não. — Stella revirou os olhos. — Não tá vendo que algumas são de papelão?

— Só três, Stella. Três!

— Gente, err… o ônibus tá cheio demais para termos essa discussão agora, ok? — Musa deu uma risada nervosa ao estar meio que sendo esmagada entre as nádegas de uma senhora.

Chegaram em Manchester Hall com dois minutos de antecedência. Todos estavam ofegantes. Muitos apoiaram as mãos nos joelhos antes de entrar na escola.

— Vamos entrando! — Saladin exigiu. Os adolescentes entraram correndo.

Atravessaram o pátio e encontraram Griselda no hall das escadas.

— Hm… Atrasados três minutos. — Griselda abaixou os óculos.

— Espera, o quê?! — Aisha piscou.

— Isso mesmo que você ouviu. — Griselda anotou algo em sua prancheta. — Estão de castigo.

Bloom riu. — Você só pode estar de sacanagem, né?

A inspetora estreitou os olhos e se aproximou da ruiva. — O que foi que você disse, Senhorita Peters?

Bloom arregalou os olhos e engoliu em seco.

— O que ela quis dizer, é que não é justo! — Musa manteve-se firme. — Nós passamos por Saladin antes das dez! Só atravessamos o pátio!

— Isso não é desculpa. A declaração de saída é clara quando diz que devem estar nos dormitórios às dez horas. Se vocês sabiam do horário, deveriam ter se prevenido. — O sotaque de Griselda pareceu mais forte.

— Ou, calma aí! Você nem vai falar com Saladin sobre… — Riven parou de fala quando Griselda o fuzilou com o olhar.

Você?! — Ela estava furiosa. — É senhora! Se-nho-ra! Estão de castigo!

Stella rangeu os dentes.

— E o que você quer que a gente faça, Gris? — Brandon suspirou.

Ela olhou para o moreno, tentando decifrar o carisma ou o sarcasmo em sua voz. — Limpem o salão de festas. Teve uma festa hoje, e isso vai deixar uma bagunça.

— Festa? — Nex arqueou a sobrancelha.

— Sim, Senhor Gibbins. Aniversário de um membro da equipe, que não é do interesse de vocês. Agora vão para seus dormitórios antes que o toque de recolher seja decretado!

O grupo de adolescentes subiu as escadas com as caras um tanto raivosas.

— Não é justo! Nós chegamos a tempo! — Aisha chutou o chão.

— É a Griselda. Ela é uma cuzona mesmo. — Nabu murmurou.

— Brandon, deixa as sacolas com a gente. — Tecna pôs a mão no ombro do amigo. — Não quero irritar mais Griselda do que ela já está irritada.

Brandon suspirou e pôs as sacolas de Stella no chão. — Ok. Bem, até amanhã meninas. — Ele beijou os lábios de Stella. Flora e Helia trocaram um selinho e o restante se despediu.

— O que foi essa bitoca com o Helia? — Musa arqueou a sobrancelha, olhando para ela.

— Ah… — Flora corou e deu uma risadinha. — Bem… ele me pediu em… namoro.

Tecna arregalou os olhos. — E você aceitou?!

— Sim!

— Flora! Eu fico feliz por você! — Musa a abraçou.

Stella estreitou os olhos. — Mas vocês só conversaram uma vez, não?

Flora piscou. — Mas nós nos observamos há meses…

Aisha sorriu. — Ah, pode ser uma boa forma de começar a conhecer alguém.

— Namorando? — Tecna arqueou a sobrancelha. — A melhor forma de conhecer alguém é namorando? Flora, você é minha amiga e não vou julgar, mas eu não iria assim tão rápido.

— Mas ele é um amor…

— Bem, você quem sabe. — Musa deu de ombros e abraçou seus ombros. — Fico feliz que esteja feliz, Flor.

— Bem… eu vou dormir. — Tecna esticou os braços.

— Eu também. — Musa sorriu. — Sabe como é, segundo andar. — Tecna riu e assentiu com a cabeça.

— Nos vemos amanhã! Boa noite meninas! — Stella sorriu, mas fez uma careta quando suportou as sacolas que antes estavam com elas. Viram Tecna e Musa sumir no corredor para o segundo andar dos quartos.

— Bem, melhor dormir e… — Aisha parou quando ouviu um soluço. — Bloom?!

A ruiva se virou, tentando esconder o rosto. Todas largaram as sacolas no chão imediatamente e correram até ela. — O que houve?! — Flora questinou.

— Eu… — Ela fungou.

— Olha… que tal nós tomarmos um banho e depois vocês duas nos encontram em nosso dormitório? — Stella sugeriu. — Aí nós desempacotamos minhas roupas e a Bloom conta o que aconteceu. Ok?

Flora e Aisha trocaram olhares. — Ok, tudo bem.

Bloom secou as lágrimas rapidamente e ajudou Stella a levar as sacolas para o quarto. Tomaram um banho, a ruiva demorando um pouco mais.

Se encarou no espelho, vendo as vestes que usava: seu pijama hoje era composto por uma regata branca com vários cactos e calças da mesma estampa. Os cabelos ruivos estavam presos em um coque bagunçado, sua franja atrapalhando a visão de sua testa.

Será que ela merecia isso? Ela cerrou os punhos. Quando será que Andy começou a traí-la com sua prima Roxy? Desde o Natal, onde todos estavam juntos? O dia de Ação de Graças? Quando?

Ela lavou o rosto e respirou fundo. A cólica agora voltara a ameaçar seu útero. Ela se contorceu levemente, mas não soube dizer se era de dor ou de tristeza.

A ruiva precisava se esforçar. Hoje fora um grande dia para suas amigas: Flora agora estava namorando, mesmo que venha contra algumas morais da sociedade, e o design de Stella agora estava nas lojas. Isso era demais para elas, hoje havia sido um dia e tanto.

Não podia transformar tudo isso apenas nela.

A jovem ergueu a cabeça e respirou fundo. Pôs seu cardigã de brim marrom escuro, quase preto, e respirou fundo. Precisava ir, mostrar que estava tudo bem. Andy não podia a afetar tanto.

Podia?

Bloom saiu do banheiro e passou a caminhar até o quarto. Transara com Valtor e Sky para esquecê-lo. Achou que os atos estavam funcionando, até encarar a verdade. Ele nunca quisera ligar para ela, falar com ela, ouvir a voz dela. Ela se sentia uma idiota. Uma tremenda idiota.

De repente, o sumiço de Andy e Roxy em sua festa de dezesseis anos fez sentido. A troca de olhares, os abraços extensos. Nunca foi apenas amizade.

Ela sacudiu a cabeça e decidiu afastar esses pensamentos. Abriu a porta do quarto.

Stella, Flora e Aisha estavam sentadas em sua cama. Stella mostrava as peças de roupa, tirando das sacolas, e Flora reclamava sobre sua falta de sustentabilidade.

— Stella, sua pegada ecológica está destruindo o planeta! Olha isso! Quinze sacolas, vinte novas roupas… Você não precisa disso!

— É claro que eu preciso, Flora! — Stella protestou. — Eu não jogo lixo na rua nem sacolas no mar, não sou eu quem está destruindo o meio ambiente.

Flora passou a mão no rosto com tanta veemência que Bloom temeu que sua pele fosse esticar. — Stella… quando você compra sacolas, impulsiona as lojas a produzirem mais, a poluírem mais e–

— A loja do meu pai não é assim!

— Meninas! — Aisha quase gritou. — Primeiro, vamos falar baixo porque não queremos que Griselda nos encontre aqui. Segundo… — Aisha apontou para Bloom com um movimento na cabeça. As expressões de Flora e Stella suavizaram ao ver a amiga.

— Bloom… senta aqui. — Flora abriu espaço entre ela e Aisha. A ruiva deu um sorriso mínimo e sentou-se de pernas cruzadas entre as duas, mordendo o lábio para reprimir uma pontada.

— Olha… — Aisha olhou para Stella, como se tentasse decidir se era ou não uma boa escolha dizer o que estava prestes a falar. — Stella nos contou o que aconteceu. Nós sentimos muito. — Ela acariciou o ombro da ruiva.

— Eu… agradeço vocês. — A voz dela saiu chorosa. — Eu só… quero esquecer esse babaca…

— Você demorou no banheiro. — Flora virou de costas, em direção ao frigobar. Tirou de lá um pote de Dreyers sabor chocolate e uma colher. — Pegamos isso na cozinha. — Ela entregou para Bloom.

Ela piscou, atordoada. — Ei, não quero que se metam em confusão por minha causa! — A jovem disparou.

— Relaxa, ruiva. — Aisha deu tapinhas em seu ombro. — O Chefe Sfoglia nem sequer vai perceber. — Ela sorriu.

— Aproveita, amore. Você precisa. — Disse Stella, os olhos cor de mel encarando-a com preocupação.

— Obrigada. — Bloom olhou para o pote. — Mas não quero fazer esse dia sobre mim. — Ela ergueu a cabeça. — Quero que nós comamos juntas, porque o dia de todas nós merece.

Aisha piscou, sorrindo. — Você é demais.

E Bloom abriu a o sorvete, as quatro dividindo a mesma colher.

— Eu achei que meus pais me diriam que lançariam um desing meu. — Stella fez beicinho, observando um vestido Cartier.

— Talvez estejam esperando você comentar sobre ter visto. — Aisha deu de ombros.

— Ou ligar para eles. — Flora sugeriu.

— Bem… talvez eu faça isso amanhã. — Ela deu de ombros.

— Flora então está namorando. Tsc tsc tsc. — Aisha balançou a cabeça. — Duas de seis.

Bloom franziu a testa. — Duas de seis o quê?

— Que têm namorado. — Aisha tentou não fazê-la lembrar de Andy. — Stella, agora Flora.

A ruiva assentiu com a cabeça e olhou para o pote.

— Merda, Aisha! — Stella repreendeu.

— Desculpe!

— Não foi culpa dela. Ela não fez absolutamente nada. — Bloom bufou. — Ela é responsável pelas falas dela, não por minha interpretação.

— Uau… que profundo. — Flora murmurou.

— Aprendi num livro do Mark Ronson. — Ela deu de ombros.

— Você também lê?! — Flora sorriu. — Do que você gosta?

. . . 

Stella recebeu uma ligação bem cedo pela manhã.

Sua companheira de quarto e ela acordaram com o clássico som marimba de seu telefone. A loira sentou-se na cama, livrando-se de seus tapa olhos.

— Alô?

— Stella, querida! Como vai? — Ouviu uma voz feminina responder em italiano.

— Mamãe! — Ela sorriu.

— Sim. Estou indo para Londres hoje e… bem, gostaria de passar em Manchester para almoçar com você. Precisamos… conversar.

Stella já imaginava o tema da conversa: achamos seu caderno de desenhos e queremos que você se torne oficialmente nossa estilista; ou você já vai fazer dezoito anos, e já começar nos negócios de família seria incrível.

De todas as duas maneiras, Stella ficaria feliz e se mantinha ansiosa. — Claro, mamãe! Onde?

— Você escolhe o restaurante e me avisa, pode ser?

— Que tal escolhermos juntas?!

A empolgação de Stella era tanta que ela não percebera o tom tristonho da mãe.

— Claro, querida. Bem, te vejo mais tarde.

E a ligação se encerrou.

— Sua mãe? — Bloom perguntou, sentada na cama.

— Sim! Ela quer almoçar comigo! — Stella estava tão radiante quanto raios de sol. — Deve ser uma boa notícia! Papai e ela devem me encontrar hoje e devem me elogiar!

Bloom sorriu por Stella. — Fico feliz por você.

Elas conversaram sobre algumas coisas enquanto arrumavam o quarto para a inspeção semanal de Griselda. Bloom sentou-se na cama já arrumada e encarou o pequeno caderno de capa de couro.

— Você ainda não leu? — Stella sentou-se ao lado dela.

— Não. — Bloom suspirou. — Vou levar pro café comigo. Não vou abrir sem as meninas.

Stella sorriu. — Bem, então vamos trocar de roupa. Preciso levar umas coisas pra lavanderia.

A ruiva tirou seu pijama e pôs shorts jeans, uma camiseta azul e um casaco xadrez verde escuro e azul marinho. Também pôs All Stars nos pés, algo que ela sempre considerou confortável.

— Você tá tão lindinha! — Stella sorriu, ajeitando o vestido laranja que usava. — Deixa eu fazer uma trança no seu cabelo?! Você vai ficar parecendo a Anna!

— Anna… do Frozen?

— Sim!

— Mas ela tem duas tranças.

— A gente faz uma mistura com a Elsa.

Bloom deu e ombros. A loira não tardou em fazer uma bela trança na ruiva, que caía sobre os ombros.

— Vamos. E lembre-se de esconder bem isso daí. — Stella apontou para o caderno com os olhos.

Bloom assentiu e o guardou no bolso interno de seu casaco. As duas saíram carregando cestos de roupa suja, no mesmo instante que Griselda passou por elas.

A inspetora ajeitou os óculos com satisfação ao ver as duas levando roupas sujas para a lavanderia. O olhar dela dizia que Bloom e Stella já haviam ganhado pontos com ela.

Desceram as escadas e foram até a lavandeira, duas portas antes do fim do corredor do lado esquerdo.

— Como você está? — Stella perguntou enquanto colocava as roupas numa máquina.

— Como assim? — Bloom piscou.

Stella levantou o olhar para ela, e ela entendeu o que a loira queria dizer. Como ela está em relação à revelação que teve na noite anterior.

— Não sei se quero pensar sobre isso. — Ela observou o movimento circular da lavadora.

— Tudo bem. Não vou forçar. — Ela lavou as mãos. — Vamos logo pro refeitório. Tô morrendo de fome.

. . .

— Bloom! Stella! — Musa sorriu, vendo as duas se aproximarem. — E aí?

Bloom pôs sua bandeja com salsichas e cogumelos salteados na mesa. Ela sentou-se e começou a se "deliciar".

— Vamos ler o caderninho da Diaspro juntas. — Stella anunciou. As meninas pararam de comer, encarando a loira.

— Okay… — Aisha deixou suas torradas de lado. — Informação demais.

— E o que estamos esperando? — Musa arqueou a sobrancelha. — Vamos logo!

— Também precisaremos devolvê-lo depois, antes que ela per…

Tecna se interrompeu quando viu o grupo completo das Nebulosas entrando no refeitório. Pela cara da líder, parecia que algo seríssimo acontecera, pois seus olhos âmbar ardiam de raiva.

— Quem fez isso vai pagar caro! — Chimera tentou acalmar a loira. As meninas sentaram em uma mesa não muito afastada das Winx.

— Vai ter a própria vida arruinada. — Krystal rosnou.

— Acha que poderia ser a Flora? — Ouviram Mitzi dizer. As Winx se entreolharam.

— Puta merda… — Aisha murmurou.

— Não. — Diaspro bufou. — Aquela garota não fazia nem ideia de como era o meu quarto.

Musa escondeu o rosto entre as mãos e suspirou de alívio. — Ótimo, zero suspeitas.

— Não vamos comemorar. — Tecna sussurrou. — Pôr isso na mesa, aqui, se tornou arriscado. É melhor nos isolarmos na biblioteca.

— Que merda é essa? A biblioteca virou nosso quartel general? — Reclamou Stella. Ela não obteve respostas. — Espera, virou?!

— Não é uma má ideia. — Flora sorriu.

— Além do mais, podemos fingir estudar ao invés de ficar por aí se escondendo com medo de sermos pegas. — Aisha sorriu.

— Ou de fato estudar. — Tecna corrigiu.

As Winx continuaram tagarelando. Stella contou sobre o almoço com sua mãe e como estava empolgada com isso.

— Mas se você for almoçar… O caderninho… — Aisha tentou falar.

— Ih, eu não ligo pra isso não. Prefiro que me falem depois o que rolou do que ficar com o cu sentado lendo um livro de historinhas.

— Ou bafões. — Flora murmurou.

— Bom dia, bom dia! — Ouviram a voz de Riven. Musa revirou os olhos imediatamente e passou a mão no rosto, como se não fosse possível o que estava acontecendo.

— Bom dia, namorada. — Helia sorriu para Flora e selou seus lábios.

— Namo o quê?! — Krystal rosnou, da mesa das Nebulosas. Ela estava prestes a levantar quando Diaspro pôs a mão em seu braço, a forçando ficar sentada.

— Teremos outras formas de confronto, Linphea. — A loira observou Bloom atentamente, reparando que estava mais calada que o normal. Ela estreitou os olhos e, por um momento, seu desespero pareceu cessar. — Muito mais bem elaborados que esse. Aguarde.

— Bom dia gatinhas! Princesa… — Brandon cumprimentou as meninas e selou os lábios quentes de Stella.

— E então, meninas, como estão? — Sky sentou-se ao lado de Bloom. Ele percebeu que ela não levantou o olhar e cutucou sua perna com o joelho. — Cenoura?

— Oi. — Ela murmurou.

— Err… aconteceu alguma co–

— Vocês! — Ouviram o carregado sotaque de Griselda. — Não achem que esqueci do castigo de vocês!

A turma suspirou.

— Que castigo? — Sky franziu a testa.

— Muito engraçado, Sr. Sutherland. — Griselda meio que rosnou. — Espero vocês às quatro na frente do salão de festas!

E saiu.

— Do que ela tá falando? — O loiro arqueou a sobrancelha, sem entender.

— Injustiça. — Stella bufou. — Não vou pôr minhas mãozinhas lindas num balde de cloro.

— Griselda nos castigou por chegarmos com dois minutos de atraso no prédio dos dormitórios. — Riven rosnou.

— E agora nós vamos limpar uma festa de professores. — Flora revirou os olhos.

— Gente, veja pelo lado bom! São professores, eles não devem fazer tanta bagunça, certo? — A magenta sorriu.

— Faz sentido. — Helia relaxou na cadeira.

. . .

As Winx, com exceção de Stella, se reuniram na Biblioteca. Uma chuva fina caía do lado de fora. Elas sentaram-se no mesmo lugar do dia anterior.

— Vocês são um grupo de estudo, é? — Srta. Barbatea, a bibliotecária, questinou, olhando a mesa onde o grupo de meninas estava sentada.

— Err…

— Sim! — Aisha disse rapidamente, antes que Musa pudesse complicar as coisas.

Barbatea parecia prestes a puxar mais assunto, mas as meninas fingiram não notar. Ela bufou e voltou a ler seu romance.

— Acho que Flora deveria fazer as honras. — Tecna sorriu.

— Não, foi Bloom quem encontrou o diário.

— Não, Flora. — Bloom interviu. — Pode abrir. Você aturou elas por tempo demais.

A porto-riquenha respirou fundo e abriu o caderno. Seus olhos se arregalaram à medida que lia a primeira página.

— O que está escrito?! — Musa ansiou.

— Ela… caralho… — Flora riu e passou para outra. Tecna leu, Aisha leu, Bloom leu e Musa idem.

 02 \ 21 

Sky é realmente incrível... Me fez um maravilhoso oral na sala de Wizgiz. Será que ele é alguma espécie de deus do sexo ou algo assim? Preciso perguntar onde ele aprendeu a fazer desse jeito...

As meninas riram, com exceção de Bloom. Ela sabia o quão bom era o oral dele, e não via graça nisso. Chegou a sentir algo estranho no peito, algo como… tristeza? Não. Desejo?

A palavra era ciúme.

— Bem… hm… — Flora limpou a garganta ao perceber a reação inesperada de Bloom. — Próximo!

 03 \ 03 


Céus, essa experiência com LSD me deixou louca. Muito melhor que a branquinha do papai. Parecia que eu estava no paraíso sem ter morrido.
E como não podia faltar, um cara do terceiro ano, um tanto bonitinho, me chupo tão bem hoje… o único porém é que não era Sky fazendo isso, porque se fosse eu estaria desmaiando de desidratação, e não aqui, escrevendo.

. . .

Elas saíram da biblioteca no sinal do almoço. Enquanto todos iam para o refeitório, elas subiram as escadarias para deixar o diário de Diaspro de volta em seu devido lugar.

— Feito. Vamos meninas! — Flora empurrou duas que estavam na frente dela.

Discutiram sobre o que viram durante o almoço. Ao terminarem, viram o sol invadindo as janelas e decidiram se deliciar dele no pátio.

— Temos que manter isso entre a gente. — Disse Tecna. — Se alguém souber e contar pra elas…

— Seria o fim de nossas vidas. — Aisha e Bloom disseram juntas.

— E agora temos informações suficientes para chantagea-la de volta. — Musa sorriu.

— Gente! Olha! A Stella! — Flora sorriu e apontou para a porta do colégio. A loira vinha mas… não estava radiante como esperaram que estivesse. Na verdade, parecia estar prestes a chorar.

— Stella… — Aisha se levantou e ela começou a chorar. Ela abraçou a italiana e as meninas se puseram de pé, a fim de consolá-la.

— O que houve? — Perguntou Musa.

— Meus pais… — Ela soluçou. — Meus pais se separaram.


Notas Finais


Muito obrigada por sua audiência, por sua paciência e por ser essa pessoa maravilhosa!

Beijos, GbMr ~


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