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História High School Sucks - Destruição de Uma Família


Escrita por: GbMr2 e GbMr

Capítulo 11 - Destruição de Uma Família


Fanfic / Fanfiction High School Sucks - Destruição de Uma Família

Stella estava feliz demais para se abalar. Nem mesmo reclamou de pegar um ônibus lotado, ou de sua unha ter quebrado enquanto ajeitava a bainha do vestido.

Sua mãe, Luna, a esperava na Samsi, para almoçarem sushi.

Como dar errado? Stella amava sushi.

— Mãe! — Stella a abraçou. Luna sorriu e a afastou gentilmente.

— Como vai, querida? — Ela sorriu para a filha, acariciando seu rosto.

— Eu estou bem! Eu… eu mal podia esperar pra te ver! — Os olhos da loira brilhavam. Luna mordeu o lábio e desviou o olhar.

— É… é melhor você sentar.

A jovem piscou um pouco com aquela reação. O que ela queria dizer? Sentou de frente a ela e pegaram o cardápio.

Depois de algumas folheadas, fizeram o pedido. Stella aguardava ansiosamente pelas palavras da mãe.

Luna pigarreou. — Hm… Stella, bem, eu preciso te contar uma coisa. — Os olhos azuis safira de Luna expressavam algo mais próximo da dor do que da empolgação. Stella murchou quando sua mãe pegou sua mão, sinal de que as coisas não estavam bem.

— Mamãe… — A voz de Stella soou ligeiramente trêmula. — O que há de errado?

Luna respirou fundo. — Vamos comer primeiro, ok? E aí aprofundamos esse assunto.

Stella cerrou os punhos por baixo da mesa, mas não discutiu. Luna sabia que se contasse antes de comer, ficaria triste e nada comeria, então para o bem da saúde de sua filha, o melhor era esperar.

— Como vai a escola? — Luna tentou animá-la. — Entrou gente nova?

Sua filha assentiu com a cabeça. — Sim. Fiz boas amizades. — Ela não pareceu tão contente.

— Hm… — Luna franziu os lábios. — E aquele garoto? O Bruce?

— Brandon. — Stella corrigiu. Ela deu um pequeno sorrisinho, e Luna logo sentiu ter acertado em cheio na pergunta. — Nós… estamos namorando agora.

— Espera aí, você está namorando?! — A mãe arregalou os olhos, numa falsa cara de brava, que fez Stella rir. — Me conte isso direito!

— Ah mãe… nós saímos há tempo, e ele me pediu recentemente. — Stella deu de ombros. — Não é nada graaande assim.

— Você vai contar pro seu pai, não vai?

— Calma! O papai é um homem ocupado.

Luna franziu o lábio, mas antes que Stella pudesse questionar o gesto, o garçom as serviu. Stella começou a se deliciar de seu yakisoba enquanto Luna comia primeiro os makimonos.

Almoço finalizado e conta paga, Stella e sua mãe saíram do restaurante.

— Por que você tá aqui na Inglaterra mesmo? — Stella franziu a testa, caminhando pelo Vimto Park com ela.

— Hm… eu estou me mudando, querida. — Ela mordeu o lábio. — Abri uma loja de grife própria.

Stella piscou. — Mas… a grife do papai… O que tá havendo, mãe?

Luna suspirou e olhou para o céu, as nuvens começando a descobrir o sol. — Stella, seu pai e eu… nós não estamos nos dando bem há tempo.

Stella parou de andar. Engoliu pesadamente em seco. — O-o que isso quer dizer?

Luna respirou fundo.

— Mamãe, qual o verdadeiro motivo de você vir para Inglaterra? — A loira começou a ficar vermelha. Não sabia se era de raiva ou de tristeza, ou os dois. — Você… você…

— Stella, seu pai e eu nos divorciamos.

Por um momento, não se ouviu nada além dos ventos e do farfalhar das árvores. Stella manteve-se em seu lugar, como se houvesse congelado, as palavras tentando fazer sentido em sua mente.

— D-divorciados? — Ela repetiu com dificuldade.

— Bem… sim. — Ela respirou fundo e olhou para a filha. — Stella, olha, entenda que nós fizemos de tudo, até terapia de casal. Mas… nós simplesmente não podíamos. Eu… eu sinto muito, querida. Eu sei como você amava nos ver juntos.

Stella não disse nada. Luna a abraçou, acariciando suas mechas loiras, mas ela parecia uma estátua. Não conseguia processar o que tinha acabado de ouvir.

— E-então… você não é mais uma Gabbana? — Stella conseguiu dizer.

Luna respirou fundo. — Não, querida. Não sou. Oficialmente, assinaremos os papéis diante do juiz em outubro. — Ela observou a filha. — Mas seu pai já tem interesse em outro alguém.

Stella rangeu os dentes. — Interesse? Em outro alguém?! Como ele pôde…

— Stella, eu sei que você está triste e–

— Triste?! Ele em algum momento pensou em você?! Em mim?! Cadê o papai? Por que ele não veio me contar junto com você?!

Luna suspirou. — Stella, ele achou melhor assim, nós–

— Eu vou atrás dele.

— Stella, não!

— Eu vou, mamãe. — A loira encarou sua geradora com sangue nos olhos. — Eu vou, de um jeito ou de outro.

— Você não pode! A escola, Stella! Você prometeu…

— Não! Eu caguei pra escola, mãe, você sabe disso! Não sei o porquê de tentar me manter naquela masmorra sendo que já falei mil vezes que não adiantaria de nada! Eu… — Stella cerrou os punhos com força. — Eu vou embora.

— Stella!

— Tchau, mãe.

A loira não esperou por Luna. Correu até o ponto de ônibus, onde um que passava próximo da Manchester Hall pegava os últimos passageiros. Stella entrou no ônibus sem olhar para trás, lágrimas caindo por seus olhos.

. . . 

Aisha, Flora e Musa estavam sentadas na cama junto com Stella. Bloom e Tecna, sentadas no chão. A loira havia contado o que ocorrera, e chorava sem ter amanhã.

— Eu… eu sinto muito, Stella. — Aisha afagou suas costas. — Eu… eu não sei como é essa sensação.

— É péssima. — Musa suspirou. — Eu não tenho minha mãe aqui pra me aconselhar, mas sei como é triste pra mim ver meu pai sem o amor dele.

Flora olhou para ela, com um olhar do tipo "O que isso tem a ver?"

— Eu vou pra Milão! — Stella fungou e olhou para cima. — Eu preciso conversar com meu pai.

— Mas… Stella… a escola… — Tecna franziu os lábios.

— Brandon… — Bloom tentou lembrar.

— Eu não vou conseguir focar em nenhum dos dois se continuar assim. — Stella soluçou. — Eu preciso olhar na cara do meu pai e ouvir ele dizer que encontrou outro amor.

As meninas não falaram nada. Aisha respirou fundo. — Bem… já que não podemos mudar sua mente, te damos cobertura.

— Vai avisar a Faragonda, certo? — Tecna olhou para ela. Ela não respondeu. — Stella…

— Ela nunca entenderia.

— Você deveria conversar com Avalon antes. — Flora sugeriu.

— Que Avalon o quê! Foda-se terapia. Eu não preciso de ninguém dizendo o que eu preciso fazer! Eu tenho dezoito anos!

— Stella…

A loira bufou e se levantou, saindo do quarto, batendo a porta com força.

— Isso… vai ser difícil. — Aisha concluiu. — Nunca a vi assim.

Bloom suspirou e olhou para a hora. — São três e cinquenta. Temos um castigo pra cumprir.

. . . 

— Sky, você nem tinha que tá aqui! — Timmy exclamou.

— Stella não está. Não vai cair minha mão se eu ajudar. — O loiro deu de ombros.

Já haviam começado os trabalhos. O salão estava extremamente bagunçado. Cadeiras reviradas – algumas até quebradas, algumas poças de algo gosmento que preferiram não saber do que se tratava, copos sujos, comida pelo chão…

— Tecna, você estava muito errada. — Musa rosnou. — Professores tornam isso muito pior.

— Tá. — A magenta revirou os olhos. — Confesso que eu errei.

— Ok, vamos fazer uma divisão. — Aisha declarou. — Nex e Nabu, me ajudem a limpar as janelas.

— Ok! — Os dois disseram em uníssono.

— Flora e Helia, vocês lavam os copos. E nada de pegação. — A brasileira fez os dois corarem. — Brandon, Tecna e Timmy, vocês podem cuidar de desfazer essa decoração… Hm… horrível.

— Pode deixar, chefinha. — Brandon tentou soar brincalhão mas na verdade estava preocupado com Stella.

— Musa e Riven…

— Ah não! Todos menos ele! — Musa apontou para o menino, que riu.

— Que gracinha. — Ele sorriu para ela. Ela revirou os olhos.

Aisha fez uma expressão séria. — Musa e Riven, vocês limpam a pista de dança e cuidam dos fios desencapados ali no canto.

— Vou processar essa escola. — Musa disse entre dentes.

— E Bloom e Sky… — Aisha olhou para eles. — Podem limpar o chão. — Ela olhou para uma das poças de vômito, fazendo careta. — Vai precisar de bastante carinho pra tirar isso daí.

Sky fez um som gutural, mas Bloom não protestou.

— Ao trabalho, já–

— Espera! — Riven levantou as mãos. — Não acha que tá faltando alguma coisa?

Aisha franziu a testa. — Tipo…?

— Música. — Musa olhou para ele.

— Exatamente! — Riven sorriu para ela. Pela primeira vez, ela não reclamou ou fez cara feia. Na verdade, fez algo ainda mais impressionante: ela sorriu.

— Tá. Coloque o som na caixa DJ! — Nabu gritou.

Nex sorriu e foi para o palco, desviando das gosmas no piso. Foi até o equipamento presente num mezanino e pôs uma versão remixada de "Born To Be Yours", do Imagine Dragons.

— Mão na massa pessoal! — Aisha ergueu a vassoura e desceu da mesa.

— Então um idiota como você curte música… — Musa murmurou ao lado de Riven, enquanto catava copos descartáveis do chão.

— É. — Ele olhou de relance para ela. — E você canta.

Ela piscou. — Hã…

— Eu sei que você canta. Te assisto na sala de música algumas vezes. E você toca piano muito bem.

Musa sentiu as bochechas queimarem. — Você me ouve tocar?! E NÃO FALA NADA?!

Ela bateu forte em seu braço. Ele fez um "Ai!", mas estava morrendo de rir enquanto ela o enchia de tapas, o acusando de espionagem.

— Até o final do semestre, eles ainda vão namorar. — Sky murmurou para Bloom, mas o olhar dela estava distante. — Ei… tá tudo bem?

— É só esse lance com a Stella. — Ela esfregava uma algiba de vômito com um pano. Ela não parecia nem se importar com o cheiro.

— Não é. Hoje, antes de sabermos sobre os pais dela, você já estava assim. O que é? — Ele olhou para o rosto tristonho dela. Tocou-o delicadamente, o que a fez recuar, assustada.

— Sky! — Ela repreendeu baixinho.

— Bloom, algo aconteceu… você tá brava comigo?

Ela piscou um pouco. — O quê? Não!

— Então o que é?

Ela suspirou. — Você é curioso demais. — Ela rosnou e jogou o pano sujo para o lado. — Eu… ontem eu descobri que meu ex-namorado me traía com minha prima.

Sky não disse nada. Parecia estar processando a informação.

— Desde que cheguei aqui, eu tentei falar com ele, ligava todos os dias e nada. Aí Tecna me ofereceu o celular e ele atendeu, e não parecia nem um pouco com saudade.

— E… você descobriu.

— Sim. — Ela suspirou.

— Você tava namorando com ele quando nós… hm…

— Não. — Ela desviou o olhar. — Talvez eu estivesse pensando nele, mas isso não importa agora. — Ela voltou a limpar o chão.

— Desculpe te forçar a falar.

— Você parece ser um curioso nato. — Ela respirou fundo. — Como foi o jantar com seus pais?

A expressão dele mudou. Bloom não soube bem dizer o que ele expressava. — Eu… bem, jantar com meus pais nunca é só um jantar. — Ele observou o balde cheio de bolhas. — Sempre tem algum tipo de interesse no meio.

Bloom observou o loiro atentamente.

— Eles queriam conversar sobre… bem, eu herdar a chefia da nossa dinastia. — Ele fez uma careta.

— Dinastia? Tipo um clã?

— É. É complicado. Vocês nos Estados Unidos provavelmente não tem essas coisas, né?

— Não temos mesmo.

— Bem, meu pai faz parte do grupo do HSBC, mas ele não é o CEO, mas isso não importa porque graças ao meu tataravô temos uma herança para cinco gerações e um clã pra liderar. — Ele resmungou.

— Clã pra liderar. — Bloom riu da forma com que ele disse isso.

Ele sorriu. Ver o sorriso de sua amiga daquela forma já era suficiente diante de tudo o que estava acontecendo. 


Notas Finais


Um capítulo um pouco mais curto que os anteriores…

Muito obrigada por sua audiência, por sua paciência e por ser essa pessoa maravilhosa!

Beijos, GbMr ~


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