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História High School Sucks - Pôr à Prova


Escrita por: GbMr2 e GbMr

Notas do Autor


Sim, essa na foto é a Musa, ela tem cabelos curtos na minha fic.

Capítulo 20 - Pôr à Prova


Fanfic / Fanfiction High School Sucks - Pôr à Prova

Musa não suportava mais ouvir a voz de Nebula explicando sobre a Revolução Gloriosa.

Ela queria pôr fones acústicos, para ouvir apenas a música em seus ouvidos e nada mais.

Com sorte, podia contar com Riven após a aula para pôr organização em seus pensamentos.

Riven… quem diria que o menino que mais a irritava se tornaria alguém por quem se sentisse atraída? Tentava pensar nas possibilidades que via de vê-lo, só para mandá-lo ir à merda e ver sua risada. Observou o caderno, as anotações pela metade, pois parara de escrever quando Nebula virou-se para falar da importância de um tal príncipe histórico.

— Alguém poderia me dizer quem foi Guilherme de Orange? — A professora pediu. Seus curtos cabelos pretos voavam todas as vezes que as lapelas do ar condicionado se moviam em sua direção.

A turma ficou em silêncio. Musa olhou de relance para Tecna, que apesar de saber de tudo, sempre se mantinha de boca fechada. Ela teve à vista os piercings prateados discretos da garota magenta, que brilhavam em sua orelha no ângulo em que estava. Desse jeito, Tecna lembrava Musa de uma garota punk chic, com o cabelo colorido e piercing nas auréolas, mas com o terninho feminino escolar. 

— Senhorita Watanabe? — Nebula a chamou. Musa piscou um pouco.

— Hm… sim?

— Quem foi Guilherme de Orange? — Sua voz ficou mais firme. Nebula deus alguns passos até a carteira da jovem. Seus olhos escuros pairaram sobre ela, o talleur preto e branco a dando um ar autoritário. — E então?

— Hm… — Musa desviou o olhar da professora de História Nacional e olhou para o quadro no fundo. — Ele era um príncipe… holandês? E que… bem…

— Vamos, Watanabe. Você não é uma inglesa de verdade? — Ela arqueou a sobrancelha.

Sim, ela era. Só porque seus pais eram japoneses, isso não a fazia menos inglesa. Ela nasceu em Londres, e cresceu lá. Atualmente, praticamente mora no internato por causa da volta de seu pai a Tóquio, mas isso não importava. O que importava era que ela era uma inglesa de nome e sobrenome, e queria provar aquilo na aula de Nebula.

— Ele foi o precursor da Guerra dos Oito Anos. — Musa se esforçou. — Sua luta inspirou patriotas… e… hm… governou a Inglaterra por um tempo durante esse período louco. Também era conhecido como… Taciturno.

Nebula esboçou um sorriso orgulhoso. — Céus, você está mesmo melhorando em História Nacional. — Ela olhou a japonesa de cima a baixo. — Espero que em História Geral esteja nesse rumo. Ansio por ver suas notas. — E a professora voltou a andar pela sala. — Após a segunda Guerra Civil do período da Revolução Inglesa–

— Mas não estamos falando sobre Revolução Gloriosa? — Uma menina loira, Galatea, companheira de quarto de Musa, questionou.

— Se estivesse prestando atenção… — A voz de Nebula exalava alerta e repúdio. — Você teria percebido que a Revolução Gloriosa está dentro da Revolução Inglesa, Senhorita Melody.

A menina ficou da cor de tomates maduros e se encolheu na carteira. Nebula continuou sua explicação, mas a mente de Musa já estava em outro lugar.

Observava seu caderno atentamente. Ela abriu numa página onde havia um poema, a música que escrevia sobre sua mãe:

Quando o Sol se põe em sua terra

A cor do continente some

Assim quando você se pôs no céu

Sumiu a cor de meu nome

Sinto sua falta todos os dias

Não faz sentido chamar-me Musa sem você

Meu peito é um mar aberto

Onde mil e uma toneladas de sujeira

Entrassem para se ajeitar e trazer poeira

Me sufocando, me deixando sem respirar…

Musa ainda precisava de mais. Precisava revisar os versos, precisava compôr as rimas, pontuar perfeitamente. Talvez não conseguisse terminá-la para o dia do aniversário de sua mãe.

Não. Ela ia. 

Ela ia terminar aquela canção.

.   .   .

Aisha caminhava pelos corredores quando o sinal do intervalo soou. Seu passe livre para o banheiro ainda estava na mão. Ela mordeu o lábio, apreensiva, e correu para a sala para entregá-lo ao professor.

Mas parou no meio do caminho. Guardá-lo não seria algo ruim.

— Aisha? — Ouviu uma voz familiar. Se virou e viu Nex, fechando um armário no corredor. — E aí?

As bochechas de Aisha queimaram. Ela deu um sorriso bobo. — Estou bem. E você?

Nex deu um sorriso charmoso. — Melhor agora.

— Aisha! — Outra voz. Aisha cerrou os punhos com força e viu Nabu, atrás dela.

— Nabu… — Ela engoliu em seco. Ok. Os dois caras por quem ela tinha interesse estavam ali, agora, olhando para ela.

Seu coração disparou, sua cabeça à mil por hora. O que ia fazer?

— Então, o que faz por aqui? — Nabu fez uma careta, olhando para Nex. — Não sabia que você andava com péssimas influências.

— Cara, vai te catar. — Nex rosnou.

— O que você tá olhando, hein?!

— Meninos! — Aisha disse, um pouco alto.

— Ah, então quer dizer que onde meus olhos estão olhando agora dizem respeito a você?

— Quando estão olhando para a garota de outro, sim!

Garota de outro? Nossa, você é muito possessivo.

Algumas pessoas pararam o que faziam em seus armários. Conversas cessaram, observando os três.

— Meninos! — Aisha conseguiu a atenção deles. — Parem de agir como crianças! — Ela pisou com o pé e saiu em direção ao seu armário.

— Nossa, isso foi intenso. — Tecna murmurou. A magenta possuía o armário ao lado da brasileira, e fazia a troca de material para a próxima aula.

— Nem me fale. — Aisha respirou fundo, a testa grudada na lataria do armário escolar. — Eu tô ficando doidinha só de pensar nos dois.

— Duas pessoas que começam com a letra N e que fazem seu coração bater mais forte. — Tecna mordeu o lábio. Aisha suspirou.

— Exatamente. — Ela voltou a mexer em suas coisas. — Como é a sensação de nunca se apaixonar por ninguém?

Tecna desviou o olhar. — Meio triste, talvez. Falar dessa forma parece que ficamos solitárias. — Ela observou a movimentação no corredor, começando a diluir. — Timmy e eu… bem, ele é um cara muito legal.

— Tá sentindo algo diferente?

— Não. Mas eu sinto que ele está. — Ela abaixou o olhar. — Ele é meu melhor amigo, sabe?

— Ah, puxa, obrigada!

— Amigo, homem. — Ela revirou os olhos. — E… sinto que ele sente alguma coisa por mim, e eu não quero estragar nossa amizade.

— Por que você não fala com ele?

As bochechas de Tecna coraram. — Ele… e se ele não sentir nada? Se achar que estou sendo egocêntrica demais por pensar dessa forma?

— Nossa, vocês noruegueses são sempre assim? — Aisha arqueou a sobrancelha.

— Bem… nó-nós…

— Sabe como nós cumprimentamos lá no Brasil? — Aisha olhou para a magenta. — Damos um beijo em cada bochecha. Em alguns lugares, três; outros, um. Mas sempre nos cumprimentamos de forma calorosa. — Ela analisou-a. — Talvez ele esteja sendo carinhoso com você, como um amigo de verdade deve ser.

Os olhos esverdeados dela se arregalaram. — Isso… uau! Isso faz muito sentido!

Aisha sorriu. — Bem, fico feliz em ajudá-la.

— Obrigada. — Tecna fechou o armário, segurando um caderno ecológico em tom pastel. — Como será que a Bloom está?

— Bom… aparentemente, melhor. — Aisha deu de ombros. — Dra. Ofelia disse que ela saía hoje de manhã. Talvez ela já tenha ido pro quarto, ou algo assim.

.   .   .

Bloom acordou com duas coisas: a primeira foi o sol iluminando o quarto, algo que ela não esperava que acontecesse em Manchester. A segunda, foi uma voz masculina estranhamente familiar.

Como assim minha filha foi atingida?! Como vocês querem que eu confie na segurança dela assim?!

"Ah meu Deus!" Bloom tentou olhar para seu corpo. Estava coberta com um lençol fino de linho. Sobre seu peito estava o pequeno chaveiro laranja de cenoura. Ela o pegou e o segurou na mão direita, no exato momento em que as cortinas se abriram para ver seu pai furioso.

Oritel parecia muito bem. Os cabelos castanhos com quase nenhuma mecha grisalha brilharam com o reflexo do sol. A pele alva com o bronzeado da Califórnia. Ele usava uma camisa vermelha com uns óculos escuros Rayban pendurados e uma calça jeans, completamente informal, mas seus olhos castanhos pareciam cansados da viagem.

— Bloom! — Um sorriso tomou conta do rosto dele.

Merda. Bloom com certeza não pensava nisso. Pensava que seu pai seria a última pessoa a ver durante muito tempo. Por que ele estava ali? O que será que ele queria dessa vez? Talvez tivesse vindo para falar com Saladin sobre o arquivo que ela não lhe mostrou.

Ela engoliu em seco e tentou sentar, esquecendo completamente do machucado na cabeça, e gemeu quando sua cabeça zumbiu com o movimento.

— Senhorita Peters, não se esforce. — Ofélia fez a maca se inclinar. Pegou um copo com água e dois comprimidos. — Beba isso. Vai te fazer sentir melhor.

Bloom pegou e tomou os dois comprimidos. Um ela pôde perceber que era cetoprofeno, o outro já seria uma boa pergunta. Sentiu a água descer por sua garganta e aí percebeu o quão seca ela estava.

O que seu pai fazia ali? O que ele queria?

No fundo de seu coração, sentia que ele poderia ter sabido da notícia e estava preocupado com ela. Isso era o que ela desejava, pelo menos. Caso fosse isso, pediria para Diaspro tentar matá-la mais vezes, só para poder ver o rosto de seu pai.

Não sabia se ficava brava, ou se ficava feliz. Ofelia interrompeu seus pensamentos quando dispôs uma bandeja no seu colo. Não eram bacon e ovos, seu prato predileto, e sim torradas secas com uma xícara de chocolate quente.

— Sem cafeína e gordura por enquanto. — Ofelia notou o olhar dela. — Faz interações não muito legais com os remédios que você está tomando.

Bloom assentiu levemente. — Quando eu devo sair daqui?

— Assim que você acabar e depois de eu examinar você, preencho sua ficha de alta.

Ofelia olhou para Oritel, que a olhou de volta.

— Vou deixar… Hm… Vocês conversarem. — Ofelia se afastou, sumindo nas cortinas brancas da enfermaria.

— Bloom. — Oritel a cumprimentou, ainda parado no mesmo lugar.

— Pai. — Ela o olhou e depois encarou o prato. Perdera completamente a fome.

— Como está se sentindo? — Ele se aproximou, sentando-se no espaço vago da maca. Ele tocou seu rosto, pondo sua franja teimosa atrás da orelha.

— Eu… Hm… — Bloom queria gritar com ele. Dizer que ele era um escroto interesseiro e que pouco se importava se ela estava bem ou não, que não havia sido ele que a deu um chaveiro fofo da sorte, nem que a ajudou a chegar até ali, seja lá como ela teria chegado. — Eu estou bem. Eu acho.

— Fico feliz. — Ele deu um sorriso triste e pegou sua mão. — Sinto muito a sua falta em casa.

— Então por que me mandou pra longe? — Ela não conseguiu segurar.

Oritel piscou, surpreso. Ele respirou fundo. — Achei que você estava desanimada em Los Angeles.

Bloom refletiu sobre sua vida no momento. Talvez no primeiro dia que viera para Manchester Hall, ela teria ficado aliviada se algum apresentador de TV surgisse do piso e dissesse que era apenas uma pegadinha, que ela ainda estava matriculada na Hollywood Arts e que continuava vivendo em Los Angeles. Mas hoje, depois de fazer novas amizades e de ter se acostumado com o clima e com tudo o que aconteceu entre ela, Andy e Sky, ela com certeza preferia ficar ali.

— Não justifica. — Ela se forçou a comer um pedaço de torrada.

— Bloom, você… você mudou tanto em apenas dois meses aqui. — Ele pegou sua mão. — Está tão…

— Distante? — Ela franziu a testa, ignorando a dor.

— Madura. — Ele corrigiu. — Você… por que você está assim?

— Assim como? Com uma faixa na testa?!

— Ignorante desse jeito!

— Porque você não liga, pai! — Bloom jogou a torrada no prato. — Você não se importa comigo. Nunca me perguntou se eu gostaria de vir pra cá, se eu gosto de falar sobre cinema, ou se sequer tenho algo pra falar sobre eu estar longe de casa!

— É claro que eu ligo! Eu pago uma escola cara em outro continente, faço todos os seus caprichos e você ainda tem essa coragem de ser mal agradecida?!

Bloom tinha lágrimas nos olhos. Jamais tinha pensado em ter uma conversa com seu pai ou sua mãe desse tipo. Ela pegou o chaveiro de cenoura que Sky a deu, e o observou por um tempo.

Será que no final de tudo, quem estava sendo egoísta era ela? De fato, ela tinha tudo o que poderia desejar… mas será que pedir mais presença de seus pais era demais? Cobrar isso deles era demais?

— Eu vou deixar você comer. — Oritel já havia perdido a ternura na voz. — Preciso falar com Saladin.

E ele sumiu entre as cortinas.

Bloom finalmente deixou as lágrimas caírem, silenciosamente. Não queria preocupar Ofelia com o som de seus prantos. Colocou a bandeja de café da manhã de lado e se encolheu, o máximo que sua cabeça pôde inclinar, escondendo o rosto entre as pernas, segurando firme a cenoura desbotada, ansiando que seu pai saísse logo dali.

.    .    .

Diaspro mexia no celular enquanto esperava pacientemente por Mitzi sair do quarto 101.

— Pronto. Pacote plantado. Vamos voltar logo pra aula.

— Espero que essa ruiva maldita sinta um pouco o gosto do que vem pra ela. — Os olhos de Diaspro expuseram puro ódio.

— Acho que deveria começar expondo as amigas dela. — Mitzi ajeitou os óculos. — Seria ótimo.

— Mitzi!

— O quê?! Eu disse algo errado?

— Não! É perfeito! — A loira sorriu. — Ela vai pensar duas vezes antes de se achar a dona do pedaço.

— Ela vai tentar fazer algo contra a novata. — Stormy rosnou, observando Diaspro descer as escadas junto com Mitzi.

— Sim. Vamos arrumar um jeito de ela sentir o que está por vir. — Icy observou as unhas pintadas de azul. — Vamos, meninas. Temos uma reunião na biblioteca pra fazer.

.   .   .

Aisha andava apressadamente pelos corredores, querendo chegar o quanto antes na biblioteca. Já estava um pouco atrasada, havia perdido a hora em seu treino da tarde. Até esquecera de passar na enfermaria para conferir Bloom, que ia fazer se tivesse um tempo.

Ok, ela não estava treinando de verdade, ou, se preferir, pode-se dizer que treinava a boca, na verdade. Passara a tarde aos beijos com Nex, que havia pedido para ela na hora do almoço.

Ela estava confusa sobre seus sentimentos. Sabia que não havia nada de errado em ficar com duas pessoas ao mesmo tempo, mas Nex e Nabu se odiavam. E ela sentia que ambos gostavam dela de verdade, e ela não suportaria partir o coração de nenhum deles.

Ela chegou na biblioteca. Barbatea lançou-a um olhar… preocupado, talvez? A atmosfera do lugar estava estranha, como se uma nuvem de granizo pairava sobre eles, prestes a precipitar-se e destruir tudo com grandes blocos de gelo tamanho família.

Ao ver a mesa onde ela e suas amigas se encontravam regularmente, viu as Winx, com excessão de Bloom, e três figuras inéditas: uma garota de cabelos brancos que chegavam a ser prateados, vestida com o uniforme da escola e o cabelo lustroso solto até chegar quase nas coxas; uma de cabelos castanhos claros, vestida com uma pantalona roxa e regata; a última tinha os cabelos curtos e suas roupas góticas e nem um pouco ortodoxas, compostas por um top cor de vinho com um tule preto, saia bem acima da coxa e meias calças finas, também de tule. As três estavam de costas quando Aisha chegou.

— Agora está completo. — Musa olhou para a brasileira.

— Completo? — Icy se virou e viu Aisha. — Falta a ruiva.

— Bloom não vem hoje. — Flora pôs as mãos sobre a mesa. — Vamos começar.

— Espera, o que está havendo? — Aisha piscou, como se tivesse perdido um capítulo bem importante do que acontecera ali.

Foi então que Stella se pôs de pé, olhando para Aisha e depois pousando os olhos na aparente líder das três meninas — As Trix. — A loira olhou para a amiga. — Elas querem nos ajudar a acabar com as chantagens das Nebulosas.


Notas Finais


Tentarei postar o próximo episódio assim que possível.

Muito obrigada por sua audiência, por sua paciência e por ser essa pessoa maravilhosa!!!

Beijos, GbMr ~


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