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História Hinokami Kagura - Tamayo I Nezuko, o futebol que protege


Escrita por: Vagabundomaster

Notas do Autor


Opa! Como estão hoje? Espero que gostem ;3

Capítulo 16 - Tamayo I Nezuko, o futebol que protege


Tanjiro não tava bem.

– Aqui, pode colocar ele aqui. – a mulher pediu, aquele cara de antes olhando os vários lados, ciente e sempre atento, como um guarda-costas. O que acontecia, no entanto? Depois que a adrenalina esvaeceu-se do corpo de Tanjiro, o extremo cansaço o alcançou com facilidade e crueldade. Suas pernas não se mexiam e sua mente ainda delirava. Quem o carregou por todo caminho até a gigantesca casa da oni foi a própria Nezuko… Ainda sim, Tanjiro havia conseguido mover-se apenas o suficiente para que, em sua mão, ele segurasse a presilha de Kanao. Remetendo os efeitos da carta de seu pai, segurar a presilha o fazia sentir-se forte. Feito como a mulher pediu, Nezuko colocou seu irmão com cuidado no colchão, sua mão acariciando a testa maltratada e as sobrancelhas franzidas em preocupação. – Apenas 19 ml… Isso deve te dar forças o suficiente, Tanjiro. – a mulher falou e, por não conseguir mover muito sua cabeça, Tanjiro não entendeu o que acontecia… Uma seringa encontrou seu braço. Algo foi injetado. Não demorou o sentimento felpudo de algodão aparecer de mãos dadas à queimação do álcool medicinal que ele sentiu tantas vezes durante seu treinamento.

10 segundos, 20 segundos… Um minuto inteiro—!!

No fim de um minuto inteiro, o avermelhado conseguiu trazer a tona sua respiração curativa. O ar entrou com força e espalhou-se revigorantemente por suas células. Gradualmente, ele recuperava suas forças. No fim de 5 minutos onde Nezuko apenas ficou fazendo embaixadinhas com a bola, o homem ficando mais e mais irritado e a moça esperando pacientemente, analisando de perto a recuperação do menino e o uso de uma respiração alienígena para ela, Tanjiro conseguirá sentar-se no colchão onde estava.

– Se sente bem?

Tanjiro –… Sim. Com a atuação de Hinokami Kagura em, talvez, 12 horas de sono, eu consigo voltar ao normal.

– É uma respiração potente… – dado esse comentário, Tanjiro finalmente conseguia entender os cheiros que o cercavam. Suas duas espadas estavam no canto da sala, a caixa de Nezuko não muito longe. A própria Nezuko brincava de bola ali no canto. O oni de cabelos brancos, por sua vez… o olhava mortalmente, mas apenas exalava um odor protetivo, coisa que o avermelhado não achou resposta para. Ele devia sentir um intenso dever de proteger alguém—a mulher, Tanjiro chuta—, por fim, o quarto em si estava repleto de cheiros medicinais, alguns que ele até desconhecia, e olha que ele se familarizou bastante com dados cheiros; os bonecos rotativos são impiedosos...I

Issoficou de lado, porém, quando seus olhos voltoram para a mulher em sua frente… Uma oni… Médica? 

– Bem, ainda não nós apresentamos formalmente. Meu nome é Tamayo, e o dele é Yushiro. – olhando para o cara, Tanjiro fez uma silenciosa reverência… Yushiro nada falou, apenas o encarou daquele jeito mortal. – Hum… Tente se dar bem com ele, por favor.

Tanjiro – Certo… Hã… Eu sou Tanjiro Kamado. Minha irmã ali é Nezuko, ela também é uma oni.

Yushiro – E feia. – sussurrou.

Tanjiro –… Qual o seu problema, em?! Você chamou minha irmã de feia?! – de repente, o avermelhado gritou para o de cabelos brancos. – Ou você é um grande de um palhaço, ou apenas não a viu do jeito certo! Ela é a mais linda de toda nossa vila, pelo amor de Kaguya! – completou, fazendo Tamayo suspirar. Yushiro apenas o ignorou.

Tamayo – Garotos…

Tanjiro – Mas é sério! Ele chamou a minha irmã de feia, ele só pode ser louco!! – gritou, aproximando-se bruscamente da médica…!! De repente, o cheiro neutro de Yushiro mudou: assassino. O primeiro instinto de Tanjiro foi tentar buscar sua Nichirin—! Elas estavam no canto da sala! O frio na espinha de Tanjiro cresceu como um inferno, a mente procurando loucamente algum modo de salvar-se da intenção assassina do oni que vinha por trás de si.

—!! No entanto, com um silvo de ar, todo o braço de Yushiro sumiu, sangue voando ao redor…!! Na parede, a bola de couro que Nezuko fazia embaixadinhas estava cravada fundo no material, esmagando o braço disconcobulado de Yushiro. Os rosnados de Nezuko preencheram a sala, mostrando que ela não estava nada feliz com um oni, do nada, tentando atacar o seu irmão. Enquanto isso, confuso e assustado pelo seu braço cortado, Yushiro afastou-se de Tanjiro na mesma hora. Tamayo observou tudo isso perturbada, Tanjiro apenas observou e cheirou, sua irmã movendo-se velozmente para sua frente… Ela queria protegê-lo, e Yushiro entendeu isso olhando bem nos olhos dela.

Tamayo – Por favor… Não recorram à violência. Isso não trará respostas. – a mulher, com a voz dolorida, pediu. Diante do pedido tão sincero, o cheiro do ar começou a mudar. Não era doce ou pacificador, mas sim triste… refletia o repudio à violência desnecessária com uma carga de dor gigantesca e, de certo modo, tirou o ar de Tanjiro… Desmontando seu ataque. – Yushiro. Se desculpe por isso, agora… Eu não vou tolerar violência sem sentido de alguém tão bom como você, que sempre esteve do meu lado e me entende. – ainda em dor, mas com ciência na voz, a mulher repreendeu o outro oni. Vergonha exalou de Yushiro em um nível profundo demais, Tanjiro notou. A situação estava estranha e ele não encontrou nada para falar… Apenas segurou o ombro de sua irmã, levantando-se do chão.

Tanjiro – Está tudo bem, Nezuko—? – o cheiro do seu próprio sangue confundiu Tanjiro. Enquanto os rosnados da oni paravam, o avermelhado notará que, durante sua queda, ele ainda segurava a presilha de Kanao… E teria esmagado-a, caso tivesse caído normalmente. Inconscientemente, sua mão dobrou, protegendo a presilha… Ainda sim, levemente deslocando seu pulso e rasgando uma cicatriz mal fechada recente, mostrando o motivo das poucas gotas de sangue.

Tamayo – Me perdoe, Tanjiro… As ações de Yushiro não foram de sua própria mente. Ele sempre teve o desejo imenso de me manter segura e, para qualquer um que se aproxima, ele tenta pará-los. Sua reação precipitada de agora acordou isso… e foi pior do que as outras, pois você é um caçador. Novamente, me perdoe…

Yushiro – A mim também… Não vou te atacar mais. – falou, uma reverência a contragosto na direção de Tanjiro. Seus olhos, porém, não deixando de cair em Nezuko. O mero olhar dela o assustou. Sua velocidade era de outro nível, sua força mais ainda. Como um oni que não comia humanos tinha tanta força assim?…

Tamayo – Antes, aqui. – sua voz já não estava tanto em dor quando ela mesma aproximou-se de Tanjiro, fita, gaze almofadada e álcool em suas mãos. – Esse machucado… Deixe-me tratá-lo. – pediu, levemente fazendo as sobrancelhas do avermelhado se curvarem. Um oni pedindo a um humano para cuidar de seu machucado sangrento. E, ainda sim, não exalando nenhum desejo de comer, algo que ele havia visto apenas em sua irmã—ver esse tipo de coisa plantou uma pergunta em sua mente… Há outros onis como Nezuko e Tamayo?

… Como ele dissera antes; ele confiava em Tamayo. Sem relutância, ele estendeu seu pulso para ela e, na mesma hora, o processo médico começou. De canto, Nezuko observou todos os movimentos da médica, suas duas pernas prontas para arrancar tanto a cabeça dela quanto a do de cabelos brancos a hora em que, mesmo que mínimo, eles demonstrassem o desejo de machucar seu irmão. O avermelhado insistiu em encarar Tamayo; em nenhum segundo ela mudou. Havia sangue humano em suas mãos, carne humana no toque de suas unhas… E o desejo de comer nunca nasceu. Estava faltando espaço para dúvidas em sua cabeça… já havia tantas.

Tanjiro – Em nenhum segundo. Em nenhum segundo eu senti o cheiro de vocês dois; o cheiro de fome, eu digo. Cada oni que eu matei cheirava a isso. Mesmo os que comiam corpos humanos em minha frente ainda estavam famintos por mais… Uma fome insaciável. O que torna vocês dois diferentes? – questionou, realmente confuso com isso. Tamayo… Sorriu de canto.

Tamayo – Há… 200 anos atrás, Kibutsuji era o único que podia transformar humanos comuns em onis. Porém, quando eu me tornei uma oni, também descobri que eu tinha a habilidade de controlar meu corpo como eu quisesse… Não foi fácil, mas eu consegui me livrar da maldição. Porém, não consegui reverter meu estado de oni. E não é que eu não precise comer. Eu tenho controle total sobre mim… no entanto, eu ainda bebo uma pequena quantidade de sangue para sobreviver. Já Yushiro precisa de uma quantidade extremamente pequena de sangue… E foi eu que o transformei em um oni.

Tanjiro – Por quê? – entranhado na história do oni, nunca notando resquícios de mentira, o avermelhado ouviu tudo com curiosidade.

Tamayo – Yushiro estava morrendo na época. Eu o dei a escolha… Se torne um oni ou morra. Não deve ser uma escolha fácil. E, por favor, não pense que eu estou tentando aumentar o número dos onis que já existem. Juro que minhas intenções foram outras. – Tanjiro olhou para Yushiro de canto nesse momento, como se buscasse algum tipo de confirmação. Ele apenas soltou um 'tsc' e virou o rosto, aquele odor de arrependimento não sumindo em momento algum.

Tanjiro – Tamayo-san… Há alguma forma de transformar um oni de volta a humano? – logo que ele fez essa pergunta, a face de Nezuko virou repentinamente… Encarando a porta de entrada. Apenas isso. Ninguém notou. Tanjiro, porém, apertava a presilha em sua mão; a ansiosidade pela resposta…

Tamayo –… Sim, há sim.

… O alívio que exalou em seu peito foi uma alquimia gigantesca. Dois anos com sua irmã sofrendo nesse estado, mais toda a preocupação imensa que ele sempre sofreu e, no fim, seu stress próprio. Esse alívio que ele teve… Era uma bênção. Um gigantesco e feliz sorriso nasceu em sua boca, olhos brilhantes de emoção.

Tanjiro – Por favor, me diga então!! – gritou, aproximando-se um pouco. Os instintos de Yushiro bateram na hora, mas o olhar de Nezuko, ameaçador em seu ponto mais alto, o manteve plantando ali mesmo. O próprio olhar que a Tamayo deu depois foi bônus… Junto a um pequeno sorrisinho, marcando vermelho na face da oni médica. Seu sorriso começou a abaixar, porém, ao olhar diretamente para o caçador de onis.

Tamayo – Os médicos têm um código muito simples; “Se há uma doença, então há um jeito de curá-la," todavia, em meu estado atual, seria impossível de reverter a maldição de Kibutsuji—

Tanjiro – Então eu ajudo! Em qualquer coisa eu ajudo! Se for pra tirar Nezuko desse estado, eu vou fazer qualquer coisa! – cortou a médica com veemência, afirmando tudo isso com aquele gigante sorriso na face. A própria Tamayo deu uma leve risadinha de canto… Uma determinação tão pura para salvar sua irmã…

Tamayo – Sua ajuda vai ser o ponto mais importante e difícil de toda a operação. Para fazer o remédio eu vou ter que estudar duas coisas; o sangue de sua irmã, e o sangue de Kibutsuji… Não seria preciso dizer o quão rara e impressionante é a condição de Nezuko. Eu gostaria de saber mais sobre ela mais tarde, se não for incomodar. O importante agora é; a segunda coisa é… Cruel. Para reunir o sangue do Kibutsuji, você necessitará matar onis. Muitos onis… Fortes. Quanto mais gente eles tiverem comido, maior será a chance de conter uma grande quantidade do sangue de Kibutsuji dentro de seus corpos. Eu duvido que você negará isso, certo? A sua determinação mostra o quão apto você está disposto a ir quando depende da vida de sua irmã…

Tanjiro – Não é só por Nezuko… – essa fala chamou a atenção de Tamayo e abriu um sorriso singelo em seus lábios, assim como Tanjiro puxara um amável. Em sua mão enfaixada, seu dedão acariciava com carinho aquela arroxeada presilha. Ele conheceu pessoas extremamente especiais para ele depois de perder tudo, pessoas que mudaram sua vida. Essas pessoas fizeram que seu mundo expandisse-se… Salvar Nezuko era um grande passo, mas apenas um dentre outros. Ainda teria muito pela frente. E ele não fraquejaria. Nunca! Era sua irmã e todas aquelas pessoas especiais em jogo.

Fraquejar não era uma opção!…

Mas, e Nezuko? Como ela estava? Sua mente encontrava-se em outro lugar. Seus olhos focavam-se na parede da porta de entrada com fervor; seus ouvidos prestavam atenção no cada badalar de sino… Cada fibra de couro reverberando no quicar e quicar consecutivo. O cheiro de oni se aproximando era o de menos nisso tudo… Ela estava totalmente focada na bola de futebol.

Seus chutes são incríveis, Nezuko! Você pode muito bem usá-los para proteger seu irmão, não acha?”

A voz de Rengoku…

Adrenalina começou a pulsar através do seu sangue. O tempo começou a seguir o ritmo do bater do seu coração. Sua pele formigava e calafrios enrijeciam o seu corpo todo… O som da bola era simples e Nezuko conseguia prever sua trajetória. Em sua visão, enquanto tudo perdia a cor, Nezuko notou a imagem de Rengoku há vários metros de si… Nas mãos dele, uma bola de futebol.

Rengoku – A hora chegou, Nezuko… Você está preparada?! – gritou lá de longe, o coração de Nezuko batendo cada vez mais rápido. – Eu tenho total confiança em você, garota! Seu irmão pode ser forte, mas não quer dizer que seja imortal. Ele precisa que alguém proteja as suas costas!! Você precisa protegê-lo, Nezuko!! Proteja ele com os seus incríveis chutes… Seja forte por ele e por todos!! – com o grito final de Rengoku, a bola caiu de suas mãos, sua perna indo para trás.

Tanjiro estava indefeso.

O inimigo era extremamente forte…

Ela tinha que dá um dos seus incríveis chutes!! Ela estava pronta, e ela era forte também!

Com o tremer de sua pele, Nezuko pulou. A altura certa, o tempo certo… No mundo escuro, ela ignorou todos… Apenas manteve seus olhos presos na bola de futebol que destruiu a parede em sua frente em letargia, porém precisamente, viajando na direção do seu pé. A imagem de Rengoku ainda estava lá, protegendo o gol!! Ela tinha que chutar pro gol…

Pelo bem e segurança do seu irmão, Nezuko tinha que acertar o gol!

E a colisão do seu pé com a bola jorrou vento pra todos os lados, uma onda de poder inacreditável seguindo! Em maestria, Nezuko chutará a bola de volta pro lugar de onde ela veio… Na direção do gol! O oni que jogou a bola não esperava nada disso—!! Quase sem reação, ela segurou a bola de sininhos com seus seis braços, carne e sangue voando para vários lados enquanto ela era arrastada para trás pela força contida naquele chute.

… E Nezuko?… Enquanto a poeira abaixava, ela mantinha-se centrada. A bola ia voltar… E, sem sombra de dúvidas, ela chutaria de volta pro gol.

Rengoku –… Esse chute foi incrível, Nezuko!! – a voz do Pilar, como um fantasma, gritou na parte de trás do seu ouvido. Mesmo longe, Rengoku ainda estava com ela…

Nezuko ia fazer do jeito que sua imagem paterna, Rengoku, a ensinou…

Nezuko ia proteger o seu irmão!!


 


 


 


 


 

 


 


 


 


 


Notas Finais


Nezuko é o novo Pelé. Nada vai mudar isso

== comentários incentivam o vagabundo a continuar :3 ==


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