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História História 20 - ESCOLHA - Capítulo 2 - MOTIVO


Escrita por: Tsurugaakira

Notas do Autor


Olá, Minna-san! o/

Cheguei com mais um capítulo! =D

Espero que gostem e só para lembrar, os #avisos estão nas #notas #finais!

Enjoy, Minna-san! o/

Capítulo 2 - Capítulo 2 - MOTIVO


Já fazia algum tempo desde que as coisas haviam mudado. Em especial, que ele havia mudado. E aquilo, por algum motivo, a deixava apreensiva.


Desde o caso da traição de Aizen, Hinamori se via triste e ironicamente preocupada com o homem que a usara e a fizera ir contra o próprio amigo de infância.


Hinamori não sabia o que era, mas mesmo que ele já tenha admitido em voz alta apenas tê-la usado, a garota não conseguia apenas abandonar o homem que por tanto tempo adorou. Talvez por perceber (mesmo que inconscientemente) a solidão dele ou talvez apenas por perceber a própria solidão e o vazio criado após saber não ter mais o principal motivo para a fazia se esforçar.


Era difícil, mas sob a justificativa do primeiro motivo, a adoração, a tenente escondia o motivo real, a solidão.


Ainda assim, mesmo com uma visível fixação pelo antigo capitão mesmo após tão terrível traição, a jovem tenente ainda conseguia um pouco de tranquilidade de vez enquanto. Isto é, quando um antigo amigo ia visitá-la ainda que por pouco tempo para distraí-la brevemente, geralmente contando sobre idas ao mundo humano ou mesmo observando o pôr-do-sol juntos.


Logicamente, o clima entre Hitsugaya e Hinamori não havia ficado tão amigável e relaxado logo após a prisão de Aizen, mas de tempos em tempos, o grisalho sempre procurava pela amiga tenente para saber sobre ela. E com o tempo, conforme as idas e vindas do capitão, o clima se tornava mais ameno e parecido com o que possuíam anteriormente.


Entretanto, algo parecia haver mudado para o rapaz e Hinamori, talvez, houvesse sido a única a perceber o quão drástica parecia ter sido tal alteração.


Após a última visita ao mundo humano, o grisalho não aparentava mais a tranquilidade que sempre apresentou. Por algum motivo, parecia estar mais distante e inquieto, como se algo o incomodasse. Além disso, após a volta, diferente das outras conversas que os dois shinigamis sempre tinham, a seguinte ao último retorno do capitão não passou de poucas palavras aleatórias e sem nenhum detalhe. Nada de visitas à velhinhas ou lutas com hollows. Nada foi realmente relatado.


A falta de informação colocava a garota em dúvida se o caso se devia unicamente pelo fato de realmente não haver mais nenhuma velhinha conhecida no mundo humano, ou pelo fato de talvez ter acontecido algo que o grisalho não quisesse comentar.


Entretanto, se fosse esse realmente o caso, a jovem se colocaria ainda mais em dúvida sobre o que poderia ter tanto impacto no jovem capitão.


Hitsugaya não era do tipo que falava muito, mas também não era do tipo que mantinha segredos próprios. E nos principais pontos a serem reparados pela shinigami, estava a mudança no comportamento no trabalho e os regulares desaparecimentos do rapaz.


Depois do retorno, frequentemente o jovem de cabelos grisalhos tirava folgas, embora nunca relatasse o paradeiro durante tal período. Além disto, uma reunião de capitães foi feita para reorganizar as divisões que ficariam responsáveis por proteger cada distrito de Rukongai e, pela primeira vez, o jovem capitão havia feito questão de pedir uma região em especial para cuidar, mas que ironicamente, já havia responsável por ela.


Ainda assim, ele não desistiu e exigiu que tal região fosse passada para ele mesmo não dando qualquer motivo substancial para que a troca fosse feita. E sem contar o fato óbvio de que, com a nova posse, o trabalho para ele apenas dobraria.


Ao que parecia à todos, aquele era um pedido sem qualquer fundamento ou motivo favorável. Algo quase que como um capricho, o que causava ainda mais curiosidade aos demais e, é claro, à própria Hinamori.


No, o rapaz insistiu ferrenhamente até que o pedido fosse realizado, embora o adversário, o capitão da 11° divisão, não oferecer qualquer resistência sobre o pedido (já que ele mesmo não possuía qualquer interesse, seja na função ou na região).


Ainda que o mistério sobre o pedido do capitão pela região tenha continuado,  em contrapartida, com o tempo, os desaparecimentos repentinos do grisalho cessaram. A inquietação e o pensamento longe, todavia, logo se somaram a um último e estranho comportamento: Hitsugaya se recusava a ir para o mundo humano mesmo que em missão, salvo em casos de extrema necessidade (embora esses nunca chegaram a realmente acontecer até então).


Kyouraku era o atual comandante e, é claro, sabia ser inflexível quando necessário para realizar o próprio trabalho. Contudo, aceitou a vontade do mais novo sem questionar.


Hitsugaya trabalhava mais do que deveria, era eficiente e dificilmente possuía vontade própria quando se tratava uma ordem direta. Embora curioso, então, preferiu não exigir um motivo plausível para transferir a ordem para outro shinigami, pois, em realidade, o mundo estava em paz, não necessitando  especificamente da presença de um capitão no mundo humano. Além disso, Ichigo e os amigos ainda estavam lá, juntamente também com Isshin, Yoruichii e Urahara.


Com isso ainda, o grisalho parou de tirar folgas. Apenas trabalhava incansavelmente, interrompendo-se apenas algumas raras vezes para gritar com a tenente, Matsumoto, por estar matando trabalho. E assim, mais uma vez, a jovem tenente da 5° divisão passava pela 10° divisão na esperança de conseguir conversar, mesmo que um pouco, com o antigo amigo.


Ao entrar na sala, entretanto, deparou-se com um olhar quase que decepcionado ao vê-la passar pela porta.


O jovem de cabelos grisalhos cortados em um corte moderno e meio bagunçado parecia estar esperando de pé enquanto encostado na própria mesa com um olhar um tanto distante, isto é, até um brilho decepcionado cruzar o olhar verde-mar.


- Algum problema, Shirou-chan? - Questionou a tenente.


Ele cruzou os braços e bufou suavemente.


- É Hitsugaya-taichou, Hinamori. Quantas vezes terei que repetir isso? - Devolveu a voz rouca mostrando sinais de cansaço e repreensão. - Nenhum problema. Por que a pergunta?


A garota o analisou mais uma vez. Os braços cruzados pareciam uma barreira invisível contra diálogos.


- Pareceu decepcionado quando entrei. Estava esperando alguém? - Sugeriu ela ao reparar no fato do rapaz estar em pé de frente para a porta, diferindo-se do normal quando geralmente estaria sentado atrás da mesa.


- Não. - Mentiu. - E o que está fazendo aqui?


A tenente estranhou. Sabia que ele mentia.


- Estava passando por perto e decidi fazer uma visita. - Contou ela. - Onde está a Matsumoto-fukutaichou?


- Numa missão no mundo humano. A missão iniciou ontem. - Explicou ele.


- Entendi… Ela gosta bastante de lá, né? - Comentou a garota sorridente.


- Algo como isso. É mais fácil fugir do trabalho quando eu não estou por perto. Além disso, ela vive gastando o salário comprando um bando de roupas e outras besteiras lá. - Contou ele.


Hinamori sorriu sem graça. Aquilo realmente parecia algo que a tenente do amigo faria. Depois de uma pequena pausa, reiniciou a conversa.


- Ouvi um boato que os novos recrutas chegam hoje. Talvez algum seja enviado para te ajudar enquanto ela estiver fora. - Sugeriu a garota, logo observando uma curiosa expressão no rosto do amigo.


Hitsugaya desviou o olhar momentaneamente enquanto respondia.


- Talvez, mas é apenas uma recruta. Não há mais para esse semestre. - Corrigiu ele.


A jovem não entendeu muito bem, mas, de alguma forma, talvez esse fosse o motivo do grisalho parecer tal inquieto. E Hitsugaya realmente estava esperando por alguém. Contudo, o motivo da espera se via agora, de frente para o atual comandante da Gotei 13.


A verdade era que, mais cedo, Kyouraku havia chamado o jovem capitão para o informar que receberia um novo recruta para ajudá-lo enquanto a tenente ficaria no mundo humano, em uma missão por prazo indeterminado.


De início, o grisalho imediatamente recusou energicamente. No entanto, como argumento para que o rapaz talvez aceitasse, o comandante mostrou-o os documentos acadêmicos da nova recruta como distração para que pudesse encontrar qualquer abertura para poder continuar a discussão com o rapaz. Porém, inesperadamente, não foi preciso. Um instante após olhar para o documento, o grisalho se calou. Após mais alguns breves instantes, finalmente aceitou a proposta, mas com a condição de que perguntasse ao recruta se também era da vontade dela ir para a 10° divisão.


Kyouraku, curioso, aceitou a condição.


Agora, enquanto na sala, o astuto homem observava a bela morena com um longo rabo de cavalo negro a encará-lo tão curiosa quanto ele.


- Ainda estou esperando sua resposta, Ojou-chan. - Alertou o moreno.


Ela, por sua vez, estreitou o olhar.


- Pelo que fiquei sabendo, não podemos escolher para onde vamos. Apenas aceitamos o que nos é ordenado. - Disse ela. - Por que está me perguntando isso, comandante? - Questionou.


Se tivesse que pensar em algo sobre a feição da garota, ele certamente parecia identificar um resquício qualquer de indignação. A questão era: por que ela estaria indignada?


- Entenda. O capitão da divisão é um pouco… Difícil. O rapaz é jovem, mas parece ter algum tipo de senso de auto suficiência. Trabalha demais e não gosta de receber ajuda na maioria dos casos.  Ele aceitou a proposta de receber alguém para ajudá-lo desde que isso também fosse de sua vontade. E, por isso, te pergunto novamente: tem alguma objeção quanto a ir para a 10° divisão? - Repetiu mais uma vez.


A garota pareceu apenas bufar.


- Não. - Respondeu após um breve momento de reflexão.


- Ótimo, Shiba-san! Ótimo! - Levantou-se o mais velho. - A levarei até a sua nova divisão. Já viu ou ouviu falar sobre seu novo capitão enquanto na academia? - Perguntou ele ao acompanhá-la.


A garota pareceu praguejar algo quando foi informada sobre a condição e, havia ainda, algo nela que deixava-o curioso. Agora, embora caminhasse a frente a garota, de soslaio a observava minuciosamente.


A jovem tinha um olhar forte e determinado e, embora agora ela tentasse mostrar respeito, a postura usada era um pouco mais relaxada que o normal de um recruta que acabava de sair da academia. A ficha ainda possuía algumas advertência por discutir com professores e alunos, mas ao que o comandante pode ler, nenhum dos nomes merecia real respeito por mérito próprio. Uma característica que já o havia feito se interessar pela jovem e, por fim, havia o fato de Hitsugaya tê-la reconhecido. E ele sabia disso.


Kyouraku não era nenhum idiota. Hitsugaya, assim que viu os documentos da garota a aceitou, mas não houve tempo real para que algo fosse lido. A reconheceu pela fotografia no registro e isso atiçou a curiosidade do superior.


Pesquisando mais um pouco sobre a nova recruta, Kyouraku também descobriu que antes de ser adotada, a garota vivia em um dos distritos sob a proteção do grisalho. Um fato interessante demais para ser considerado apenas coincidência do destino pelo homem.


Agora, cuidadoso, observava a garota enquanto esperava pela resposta.


- Nada demais. Trabalhador e poderoso, assim como quase todos os capitães. Possui uma zampakutou do elemento gelo, a mais poderosa entre elas. - Respondeu.


- Entendo. - Disse ele. - Então não sabia que ele também tem fama de ser mulherengo? Deveria se cuidar, mocinha. Muitas garotas já caíram na lábia dele. Aqueles olhos gélidos parece conseguir derreter muitos corações por aqui. - Mentiu ela.


Quase que imediatamente, ouviu um riso abafado rapidamente se tornar uma gargalhada alta. Ao se virar, o moreno deu de cara com a garota a rir a todos pulmões como se a tivesse contado a mais engraçada piada existente, o que de fato, poderia ser tratado como uma se comparada a imagem real do capitão.


O fato de estar próximos à porta de Hitsugaya apenas deixou-os ainda mais em evidência, chamando a atenção de quem passava por ali. Contudo, Kyouraku não estava realmente preocupado, havia conseguido a resposta que queria.


- Ora, mocinha, como pode estar rindo? É um aviso sério! O garoto é um perfeito Dom Juan! Um galanteador de primeira! - Continuou ele, impedindo que a jovem retomasse o fôlego. Conforme a imagem de um Hitsugaya baixinho e galante vinha à mente, a garota involuntariamente ria-se pela falta de coerência na imagem mental.


E graças ao som desnecessariamente alto, não só a atenção dos shinigamis era chamada como também a do próprio capitão na sala.


Incomodado pelo barulho, Hitsugaya abrira q porta na tentativa de entender o motivo da algazarra frente à própria sala, encontrando além de vários olhares curiosos, um comandante a debochar dele e uma garota a gargalhar como em um circo.


- Kyouraku-soutaichou! - Exclamou o grisalho com intenso mau humor. - Que diabos está fazendo?


O moreno olhou surpreso pela aparição do rapaz.


- Ora, é bom vê-lo, Hitsugaya-taichou! - Cumprimentou-o satisfeito.


- O que é todo esse circo na minha divisão? - Questionou ele.


Ironicamente, a pergunta pareceu ser esperada visto que o moreno sorriu de forma maliciosa.


- Apenas lhe trazendo algo que esperava, Hitsugaya-taichou. Sua conhecida ajudante está aqui. - Mostrou-a ao indicar s posição dela.


O mais novo, até então irado, olhou para o alvo mencionado. Tentando controlar a respiração e retomar o fôlego, a garota de olhos negros quase lacrimejantes e bochechas avermelhadas pelo riso, o olhou analisando-o e sorriu.


- A conhece, não é? - Sugeriu o homem.


O rapaz olhou surpreso e confuso para o superior, estranhando a pergunta.


- Do quê está falando? - Devolveu ele.


- Contei uma pequena mentira sobre você e ela riu. O que quer dizer que já se conhecem… Embora agora não sei mais se foi bem uma mentira. - Sugeriu o comandante a encará-lo.


- O que foi que disse para ela? - Questionou ele, desconfiado.


A garota já recuperada, por fim, bufou.


- Meus planos não saíram exatamente como eu queria, mas já foi mesmo. - Comentou ela a caminhar até o grisalho e o dar um forte peteleco na testa. - Te peguei.


O capitão grisalho levou a mão ao lugar em reação a leve dor que surgira. O comandante, por outro lado, se viu ainda mais interessado no assunto.


- O que pensa está fazendo? - Perguntou Hinamori finalmente saindo da sala.


Hitsugaya apenas levantou a mão em sinal para que a amiga parasse.


- Deixe-a, Hinamori. Eu já sabia que ela faria isso, embora não esperasse tanta força. - Reclamou.


A morena, no entanto, cruzou os braços e o olhou com repreensão.


- Pensei ter dito para não me procurar. Se doeu é porque quebrou sua promessa, Toushirou. - Advertiu ela.


- Acabou parando em um lugar perigoso, Kurosaki. O que queria? Veio para cá com poderes suficientes para ser um chamariz. - Argumentou ele.


- Não me pareceu muito convincente. - Disse ela a encará-lo.


O grisalho rangeu os dentes, lembrando-se da antiga conversa que tiveram.


- Aquele era um distrito perigoso, Karin. Apenas queria ter certeza de onde estava para caso precisasse. - Argumentou ele, logo observando os olhares curiosos, incluindo o do próprio comandante e da amiga tenente. - Apenas venha para minha sala. Conversamos lá. Graças ao comandante, estamos chamando atenção desnecessária.


- E, é claro, a conversa nos inclui. Certo, Hitsugaya-taichou? - Disse o moreno.


- Certamente. - Concordou ele entre dentes.


Já dentro da sala e a portas fechadas, o grisalho bufou. O dia se tornara uma bagunça e o olhar do comandante o irritava.


- Bem, já que já estamos todos aqui, por que não explica por que chamou a mocinha por Kurosaki? - Questionou o moreno interessado na história.


Antes que Hitsugaya se pronunciasse, a própria o fez.


- Porque é o meu sobrenome. Ou melhor, era quando estava viva. - Contou.


- Quando estava viva… - Comentou o homem esperando por mais explicações.


- A conheci quando era uma criança no mundo humano. É uma das irmãs do Kurosaki e uma das filha do Shiba-taichou. - Contou.


- Ora, mas não fui notificado sobre sua vinda para cá. Seu irmão já nos ajudou inúmeras vezes. Pod- A garota o olhou de forma tão repressora e indignada quanto para Hitsugaya momentos atrás.


- É claro que não! Não foi, nem deveria. Pedi para que ninguém me procurasse e era assim que deveria ter sido. Não quero nem nunca quis a ajuda de ninguém. - Disse ela a encarar o comandante e logo após, Hitsugaya.


- E não teve. Tenha a certeza. - Disse o rapaz.


- Não foi o que me pareceu, Toushirou! Estava me vigiando na época em que cheguei em Rukongai. - Reclamou ela.


- Era uma alma com poder. A travessia parece ter bloqueado boa parte de seu poder, mas ainda apresentava a suficiente para ser um alvo. Eu sabia onde estava, logo era lógico proteger a área. Não se engane. Todos os ataques que acontecem neste mundo, acontecem por não sabermos onde estão os alvos. Eu sabia onde você estava, então deveria proteger você e as pessoas da região. - Explicou categoricamente.  - Mas foi só o que fiz. Não tenho qualquer envolvimento com seu desenvolvimento na academia ou sua entrada como shinigami. Não faria isso. - Declarou o grisalho, seriamente. - E você sabe disso.


A morena bufou e olhou para o comandante.


- Tem certeza que não sabia nada sobre mim? - Inquiriu ela, desconfiada.


O homem pensou se deveria divertir-se mais com a pergunta tentando fingir indignação por ser direcionada a si ou se matava a curiosidade pelo motivo dela.


- Realmente não sabia nada. Posso afirmar. Mas admito que o fato do nosso jovem capitão ter exigido a custódia justamente da área em que vivia em Rukongai me intrigou, porém vejo agora que ele tinha seus motivos. Uma jovem e bela dama é sempre um forte motivo. - Sugeriu o homem, malicioso.


Hitsugaya, entretanto, fuzilava-o com o olhar.


- Me parece bem visível que é o verdadeiro Dom Juan por aqui. - Declarou ela, deixando o grisalho desconfiado das palavras do comandante sobre si. - Por que me aceitou aqui, então? Se leu meus registros, sabe que tenho problemas com disciplina. Em geral, não gosto de regras seletivas. Sabe disso, não é? - Perguntou ela.


O homem, com uma feição de desdém, deu de ombros.


- Tinha boas notas e um bom nível de poder… Além disso, não vi nenhum nome em seu relatório que não pudesse ser questionado. Pode não parecer, mas estou vivo há tempo suficiente para conhecer os nomes que não devem ser esquecido. Seja positivamente ou negativamente. - Disse o homem. - Bem, creio que já sei o que deveria saber. Gostaria muito de ficar mais e ouvir as histórias do nosso jovem galanteador, mas, infelizmente, tenho mais coisas para fazer como comandante.


- De que diabos ele está falando? - Questionou o capitão grisalho visivelmente irritado.


Com a saída do superior, sobraram apenas Hitsugaya, Karin e Hinamori. A última, que até agora permanecera calada, pensava no que acontecera e sentia-se um tanto deslocada no momento.


- Então, você é amiga do Shirou-chan também? - Perguntou a tenente com um sorriso comercial.


- É Hitsugaya-taichou, Hinamori. - Corrigiu mais uma vez o rapaz.


Karin pareceu um pouco perdida, mas logo respondeu ao detectar que “Shirou-chan” seria algum tipo de apelido para Hitsugaya.


- Ah, sim. Sou sim. - Confirmou ela. - Quando viva, era Kurosaki Karin, mas aqui me tornei Shiba. Se é que pode se dizer isso, já que era o verdadeiro nome do velho. Bem, me chame como preferir. E você é? - Perguntou ela estendendo a mão.


Foi a vez da tenente ficar confusa. Mulheres, geralmente, não se cumprimentavam com apertos de mão.


- Ah… Hinamori. Hinamori Momo. Sou a tenente da 5° divisão e amiga de infância do Shir, digo, capitão Hitsugaya. - Apresentou-se ela, aceitando o aperto de mão.


- Tenente? Sério? Não parece ser muito mais velha que eu. Digo, a Rangiku-san não parece velha também, mas ainda assim ela parece mais… madura, acho? Ah, não é uma ofensa. Bem, não sei se me entendeu. - Disse ela com um sorriso desconcertado. Já não sabia se tinha ou não ofendido a garota.


- Não, tudo bem. Entendi sim. - Riu levemente a outra. - Na verdade, sou um pouco mais velha que o Sh-Hitsugaya-taichou.


A garota pareceu se surpreender.


- Ah, entendi. Foi mal, é que ainda não me acostumei com o fato das pessoas aqui terem muito mais anos de vida do que aparentam. Na verdade, nem sequer consigo acreditar muito que aquele velho irresponsável tenha mais de 200 anos. - Disse descrente e enfadada.


- Velho irresponsável…? - Repetiu a garota confusa.


- Ela está falando do pai dela. - Adiantou-se o grisalho.


A garota pareceu se surpreender e logo após riu levemente. Era uma descrição um tanto inadequada para um capitão.


- Entendi… - Riu ela levemente, novamente. - Bem, acho que já está na hora de eu voltar para a minha divisão. Foi um prazer te conhecer, Shiba-san! - Despediu-se a tenente.


- O prazer foi meu, Hinamori-fukutaichou. - Respondeu Karin.


- Até mais, Shirou-chan! - Disse a garota de coque, sorridente antes de desaparecer na porta.


- É Hitsugaya-taichou, Hinamori. - Disse o rapaz para si.


Após a porta se fechar, a morena com o longo rabo de cavalo negro o olhou analisando-o.


- Ela parece gostar bastante de você. - Sugeriu Karin, curiosa.


- Bem, sou o único amigo que ela tem desde os tempos de Rukongai e vice-versa.  - Contou. - Ela só não entendeu ainda que não sou mais criança e que já sou um capitão. - Reclamou encostado novamente na mesa.


- Isso serve para mim também, não é? O “Hitsugaya-taichou”. - Certificou-se ela.


O grisalho pensou um pouco.


- É necessário por questões de protocolo. Se conseguir diferenciar as ocasiões em que precisa ou não usá-los, não faz diferença. A Hinamori nunca me chama de capitão, mesmo nas reuniões e isso é um problema quando na frente de outros subordinados. - Contou ele.


- Hmm… Entendi. Então, se houver mais alguém por perto, devo te chamar de capitão. - Repetiu ela para si. - E você, como pretende me chamar? Devo lembrar que não quero ser relacionada ao meu irmão.


O capitão pensou um pouco. Pelo costume, automaticamente vinha o antigo nome da garota. Ou era Kurosaki ou era Karin.


- Se não quer ser chamada por Kurosaki frente à outros, que seja apenas Shiba. Mas já adianto que esse nome pode te causar problemas. Os Shiba eram uma das grandes nobres e as outras famílias ainda têm algum tipo de ressentimento por terem quebrados as regras. - Comentou.


A morena deu de ombros e sorriu conformada.


- Uma família normal não poderia ser a minha. Já estou acostumada com esse tipo de coisa. Pode confirmar nos meus registros. - Disse ela.


- Parece que tem bastante coisa para me contar, mas por ora, seja bem-vinda à Gotei 13 e a 10° divisão, Karin. Serei seu capitão a partir de hoje. - Cumprimentou Hitsugaya.


A garota deu um sorriso de canto, satisfeita.


- Obrigada, Toushirou. Eu disse que viria, não disse? Cuide bem de mim a partir de agora, embora eu não possa prometer que sua vida como capitão continue tranquila a partir de agora. Ainda assim, é bom te ver de novo. - Respondeu a morena com um enorme sorriso nos lábios.


Novamente, o pôr-do-sol iluminava o rosto da jovem, mas desta vez não haveria partida alguma. Apenas a chegada de uma nova e, ao mesmo tempo, antiga companheira.


Contudo, a garota traria com ela muito mais que histórias e problemas, embora o resultado final não seria mais do que uma longa dor de cabeça para o rapaz que a aceitava sob a proteção dele.


Notas Finais


Olha eu aqui! \o/

Só para lembrá-los, eu escrevo unicamente pelo celular e, desta vez, infelizmente, não tive como ir para o pc para colocar os devidos espaços de paragrafos e tudo mais. Ok?

Sobre minhas outras fics, como já decem ter reparado, algumas estão um pouco atrasadas nas postagens. Com a viagem, meu trabalho acumulou de novo e ainda fiquei doente pela troca de clima. Para quem não sabe, sou asmatica, o que também pode ser descrito como um termometro humano. Se o clima for virar subitamente, eu saberei antes - ficando doente sem causa aparente. Se eu mudar de clima, o mesmo acontece.

Para resumir, estou atualizando as fics que já tinham capítulos probtos e só precisavam ser revisadas, para só então escrever os capítulos novos das outras. Ok?

As próximas a serem atualizadas devem ser #MISSAO, seguida de #ANJO E #REFLEXO.

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje! =D

Até o próximo! o/

Kissus s2


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