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História História totalmente desatualizada (ela está sendo refeita) - Capítulo 23 - Tentativa de suicídio


Escrita por: ShowManeiro

Capítulo 23 - Capítulo 23 - Tentativa de suicídio


Fanfic / Fanfiction História totalmente desatualizada (ela está sendo refeita) - Capítulo 23 - Tentativa de suicídio

Capítulo 23 – Tentativa de Suicído

 

   Mei havia faltado às aulas naquela semana que Tomoya e Youhei foram suspensos por causa da briga que eles arrumaram com alguns delinquentes. Os seus pensamentos ficaram um poucos confusos e ela aproveitou que Tomoya não iria para o colégio e passaria aquela semana trancada em casa. Mei queria cortar os laços com todo mundo, então ela começou com a Taiga e a Kotomi, mesmo ela tendo um laço bem fraco, mas ela ficou um pouco mal com o fato que ela as tratou. As duas queriam ser suas amigas e ela simplesmente disse não. Infelizmente a Mei tinha medo de fazer amizades, ela acreditava que todas as pessoas que fizessem amizade com ela iria sofrer. Seus familiares haviam sido mortos quando era criança, e como não bastasse a vida fez outra surpresa quando ela já estava se recuperando da grande perda. A vida tirou a sua melhor amiga, a única amiga que ela havia feito nessa nova vida que ela estava vivendo, uma vida de dor e sofrimento. Por isso ela sempre se afastou de tudo e de todos, até mesmo o Yoshimura que estava cuidando dela não era uma pessoa que ela achava ser importante. A única pessoa que estava sendo “importante” para ela naquele momento era o Tomoya, mas ela também queria cortar os laços que possivelmente iriam se fortalecer no futuro e ela tinha medo que o mesmo que aconteceu com a Akira acontecesse com ele. Do Tomoya ser “amaldiçoado” com sua amizade.

   Segunda-feira havia chegado e a Mei estava na sua casinha perto do lago pensando se iria ou não para escola. Por algum motivo os seus pensamentos estavam voltando com força, obrigando ela a lembrar as mortes das pessoas que algum dia foram importante para ela. Aquilo estava torturando ela e para piorar, a vontade de acabar com aquilo estava sendo muito grande.

   Após algumas horas tentando lutar contra os seus pensamentos suicidas, ela foi vencida. Mei foi até seu armário e abriu a terceira gaveta. Lá ela guardava algumas roupas velhas e em uma delas havia a sua tão desejada “amiga” que para ela sempre a ajudava. Com a roupa nas mãos ela a desdobrou e pegou a sua gilette, tirando o papel que a cobria. A sensação de estar com a gilette na mão era de medo e ao mesmo tempo de alivio. Ela começou a se cortar logo após a morte da sua família, mas havia parado de se cortar graças ao pedido da Akira. E novamente ela voltou a se cortar após a morte dela. Sempre quando ela se olhava no espelho ela se olhava com nojo e raiva. Aquelas marcas estavam cobrindo seu corpo aos poucos, cada corte a deixava com mais desprezo do seu próprio corpo. Será que algum dia alguém iria amar ela mesmo tendo aquelas cicatrizes? Para ela aquilo era impossível. Nenhum garoto iria gostar de uma garota magra e cheia de cicatrizes como ela.

   Mei se sentou na cama e começou a se cortar. Um, dois, três cortes a fazendo sentir um alivio por dentro. Os cortes já não doíam mais, graças as suas inúmeras vezes que se mutilou. Após um tempo, todo o seu braço direito estava coberto de cortes que ela havia feito em si mesma e estavam pingando sangue em sua cama. As gotas de sangue manchavam o lençol que cobria a cama. Ela via as gotas de sangue caindo e imediatamente veio em sua mente o rosto de Tomoya dizendo “Não faça isso”.

   - Saia da minha cabeçaaaa! – Gritava ela com as mãos no rosto.

   Ela começou a se sentir cada vez mais impulsiva e pegou as bebidas alcoólicas que ela havia pegado escondido no bar e também os comprimidos que ela comprou há alguns meses quando ela estava preparando seu suicídio.

   - Vamos Mei... Você consegue! – Falava ela consigo mesmo tentando ganhar coragem. – Ela pegou a garrafa e começou a beber a bebida alcoólica. O gosto estava horrível, parecia que estava rasgando a sua garganta do tanto que queimava quando ela engolia. – Agora só falta os comprimidos. – Disse ela pegando os mais de 10 comprimidos diferentes. Ela os abriu e depois jogou em sua cama. Pegou o primeiro comprimido e colocou na boca. Bebeu mais alguns goles e engoliu. Aos poucos ela ficava cada vez mais bêbada e começava a perceber que sua visão estava ficando cada vez mais embasada. Ela pegou mais um comprimido e fez a mesma coisa de antes, engolindo com bebida alcoólica. Após ter feito isso, ela desmaiou em sua cama.

   Mei acordou com a roupa do corpo coberto de sangue e sua cabeça estava doendo bastante graças às inúmeras vezes que ela bebeu a bebida alcoólica. Lentamente ela foi levantando o rosto e olhou para a janela. Estava escuro que para ela foi uma surpresa, já que ela tomou os comprimidos de manhã. Mei virou o rosto olhando para o relógio que estava na parede. Sem conseguir enxergar os números, ela se levantou bem devagar e foi até o relógio. Eram 20h e ela percebeu que havia dormido 12 horas. Provavelmente os comprimidos que ela tomou era para dormir ou algo do tipo, já que ela dormiu durante 12 horas seguidas. Mei olhou o estado da cama e viu ela cheio de sangue, olhou para seu braço e viu o sangue que já havia secado em torno dele. Olhando em volta ela tentou procurar a garrafa que por algum motivo não estava em cima da cama, somente os comprimidos.

- C-Cadê essa... Maldita garrafa? – Disse ela fazendo uma pausa durante a fala. – Sua garganta e sua cabeça estavam doendo bastante fazendo que cada palavra doesse bastante quando falasse.

   Seu olhar se direcionou para a cama e ela percebeu que a garrafa havia quebrado ao lado da cama. Havia vários cacos de vidros e um pouco da luz que tinha no quarto refletia sobre a bebida que estava derramada no chão. Ela sentiu frustrada visto que sua tentativa de suicídio havia falhado. Ela finalmente havia encontrado algo que levasse ela ter aquela coragem e quando ela finalmente conseguiu, falhou.

   No dia seguinte, Mei passaria a beber bastante água para tentar de algum jeito diminuir a ressaca. Ela bebia copos e mais copos de água a cada 1 hora.

   Por algum motivo, começou a chover de madruga e a Mei resolveria ir de manhã ao mercado comprar a sua tão desejada Pocky[1]. Para a sua infelicidade as roupas que ela havia colocado para secar no dia anterior, foram completamente molhadas graças à chuva que ocorreu de madrugada. Mei foi até seu armário procurar uma roupa seca que tivesse manga comprida, mas todas as roupas desse tipo foram molhadas pela chuva. Sem o quer fazer Mei resolveu ir assim mesmo. Com um visual completamente branco.

 

   Passando pela rua, as pessoas começaram a olhar para as marcas em seu braço. Ela já havia limpado todo o sangue, mas as marcas ainda estavam ali.

   - Ela está cheio de marcas. Por isso ela sempre veste roupas de mangas compridas. – Disse uma pessoa ao vê-la passar com um guarda chuva.

   - Aposto que ela só quer atenção.

   - Concordo. Isso não é de deus e sim do demônio.

   - Devíamos ficar longe dela.

   Uma mãe tampou os olhos dos seus filhos.

   - Não vejam queridos. Isso é uma aberração.

   A cada critica feita a ela, começaria a andar cada vez mais rápida até chegar ao mercado. As pessoas ficaram espantadas com as marcas no braço. Eles realmente acreditavam que ela fosse um demônio. Pareciam que eles estavam ameaçando de morte.

   Quando finalmente chegou ao mercado. Ela foi até o corredor onde vende os biscoitos que ela normalmente compra. Pocky, batatas fritas, snacks entre outros alimentos instantâneos.  Colocou os biscoitos no carrinho de compras e levou até o caixa.

   - A senhorita vai querer mais alguma coisa? – Perguntou a atendente do caixa que fixou os olhos no braço da Mei.

   - Sim... – Disse ela pegando as compras e indo embora do mercado.

   Ao sair, ela olhou para o mercado e lembrou que era o mesmo mercado que ela havia ido com Tomoya. Fazendo-a lembrar daquele assalto e Tomoya salvando eles.

   - Será que você iria me defender dessas pessoas? – Sussurrou.

   Parecia que qualquer lugar que ela fosse ou pensasse, ela estaria lembrando do Tomoya. A sua vontade de terminar logo os laços com ele estavam aumentando. Mei sabia muito bem o que poderia acontecer se caso aquilo continuasse e ela não queria isso.

   Novamente as pessoas começaram a julgar pela sua aparência. A cada ofensa, ela respirava fundo e olhava somente para frente, ignorando as pessoas ao seu redor.

   Chegando em casa um pouco molhada graças à chuva. Trocou de roupa, pegou seu notebook que estava em cima do armário e se deitou na cama com as compras que ela havia feito. Abriu a embalagem de Pocky e colocou um palito de chocolate na boca enquanto esperava o notebook ligar.

   Mei olhava as suas antigas conversas. As ultimas foram há meses atrás com uma discussão que tinha haver com a morte da sua melhor amiga Akira. Eles a culparam pela morte dela. Falaram que ela havia sido a culpada. Uma das mensagens tinha sido “A culpa é toda sua!”. Sempre quando ela lia aquela parte, ficava cada vez pior com vontade de acabar com sua vida.

   - Por quê? Por que a culpa é sempre minha? Por que eu tenho que ser assim? – Dizia ela varias vezes tentando encontrar uma resposta.

   Após alguns minutos ela tinha relido a conversa toda, fazendo relembrar da despedida entre entres no cemitério que a Akira foi enterrado. Uma das amigas tinha batido na cara da Mei enquanto todos choravam.

   - Por que você não estava lá quando ela precisava? Vocês não eram melhores amigas? Você deveria saber sobre a doença dela. Por que você não soube a tempo? Por quê? – Lembrava ela sobre a ultima discussão entre eles.

   Aos poucos as lagrimas foram caindo do seu rosto enquanto ela desligava o notebook. Ela o derrubou para poder abraçar seu travesseiro. A vontade de se cortar havia voltado e como antes ela pegou a gilette. Tirando a roupa e ficando completamente nua, ela se olhou no espelho e viu as marcas no seu braço. Também haviam marcas antigas que ela tinha feito quando se mutilava. Se virou de costas e viu a marca que a deixava extremamente triste. A marca que um dos assassinos que mataram sua família fizeram com ela antes dela fugir. Ele havia pegado um cicote e batido nas suas costas com bastante força.

   - Desculpa.... Desculpa por não ter sido forte... – Disse tentando de algum jeito se desculpar.

   Mei passaria as próximas horas chorando enquanto mutilava as coxas da perna.



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