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História História totalmente desatualizada (ela está sendo refeita) - A lenda da lua minguante KOUFUKU


Escrita por: ShowManeiro

Capítulo 26 - A lenda da lua minguante KOUFUKU


Fanfic / Fanfiction História totalmente desatualizada (ela está sendo refeita) - A lenda da lua minguante KOUFUKU

Capítulo 26 – A lenda da lua minguante KOUFUKU

   Finalmente Taiga aceitou o pedido para cantar junto com Tomoya. Isso fez Youhei e Kotomi ficarem com uma duvida na cabeça. “Aceitar o que?”. Então eles explicaram que Tomoya havia convidado ela para cantar junto com ele e agora ela aceitou. Tomoya ficou feliz e decidiu ajuda-las a compor e como cantar. Ele explicou que para quem estava no inicio, era mesmo compor uma música que mostrava o que estava sentido naquele momento da vida. Elas não entenderam e ele explicou de novo, de novo e de novo até elas finalmente entenderem. Após isso, Tomoya pegou uma música qualquer e deu para elas cantarem. Primeiro ele cantou de dois jeitos. A primeira era triste e a segunda era alegre, sendo que ela a mesma música. Elas entenderam como era expressar os sentimentos na música, independente da letra. E “UAU” como Tomoya era incrível. Youhei sabia que ele não estava tocando com os verdadeiros sentimentos, mas era próximo disso. Para a felicidade deles as garotas conseguiram entender, mas a teoria era uma coisa, na pratica era bem mais difícil. Tomoya cobrou delas até tarde da noite, aquela altura as duas já estavam roucas de tanto cantarem. Ele as liberou para ir para casa e tentar compor as suas próprias músicas.

                                                                               ♥

   Tomoya estava indo visitar a Mei de madrugada. Ele sentia que ela estava precisando dele e ele não conseguia tirar isso da sua cabeça. Na verdade, desde que eles se conheceram, ele não conseguia tirar da sua cabeça. Finalmente os dois estavam se aproximando cada vez mais e isso fez aos poucos o seu laço com ela aumentar. Parecia que uma corda estava presa a ele e a outra parte estava na Mei.

   Tomoya estava chegando e percebeu de longe que ela estava na ponte olhando para o lago. Aos poucos ele foi se aproximando e começou a ouvi-la cantar. Mei estava dançando feito uma bailarina, mas era tão triste que dava aperto no coração. Ela conseguia manter o ritmo da dança e continuava a cantar sem nenhuma dificuldade. O jeito que ela dançava era simplesmente lindo, ainda mais que ela estava usando algum tipo de roupa branca que fazia Tomoya pensar que era ela uma cisne solitária.

   Mei parou de dançar e cantar, sua respiração estava ofegante graças ao esforço da dança. Seu olhar havia focado no horizonte e por algum motivo, ela começou a chorar. Suas pernas começaram a tremer e ela caiu no chão, enquanto chorava desesperadamente.

   Em passos silenciosos, Tomoya chegou por trás dela e a abraçou. Seus braços estavam em volta dela. As lagrimas estavam caindo na sua roupa e ela segurava fortemente os seus braços.

   - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Gritava ela de um jeito desesperada.

   Tomoya a abraçou mais forte e começou a chorar junto a ela.

   - Eu estou aqui! Estou aqui, Mei!

   Ela olhou para ele e o abraçou, fazendo os dois caírem no chão.

   - Por quê? Porque as pessoas me olham como se eu fosse um monstro? – Ela começou a soluçar, enquanto chorava. – Isso dói tanto... Eu não pedi para ser assim...

   As palavras que ela estava falando era como se fosse uma facada no coração. Tomoya sabia como ela estava se sentindo e isso era simplesmente horrível. Aquele olhar de medo e de desgosto das pessoas olhando para você era terrível. Por muitos anos as pessoas fizeram isso com ele, mas ele sempre teve seu amigo Youhei para ajudar. Mei não tinha ninguém antes dele, e estava sofrendo há anos, desdá morte de seus pais. Como ela estava conseguindo se manter em pé ainda? Era muito triste saber que existem pessoas no mundo que só sabem julgar. A única vontade era de sumir do mundo, mas era impossível fazer isso.

   - Não importa o que eles façam, eu sempre estarei aqui com você. – Disse Tomoya, fazendo Mei deitar sobre seu peito.

   Ela olhou para ele e dava para perceber em seus olhos a vontade de morrer.

   - V-Você promete? Promete sempre estar aqui comigo?

   Depois de muito tempo, Tomoya voltaria a prometer. Não que ele não gostasse de prometer certas coisas, mas isso era um peso para ele. Tomoya não conseguia vê-la chorar e se pudesse carregaria montanhas só para vê-la sorrir.

   - Você tem a minha palavra. – Ele se levantou e a beijou na testa. – Sempre que você quiser, pode me ligar que imediatamente irei visita-la. – Ele mostrou um sorriso sincero. – Como por exemplo. - Ele começou a alisar cabelo dela. – Se você estiver tendo dificuldade em fazer pudim, então você me liga que irei correr até aqui somente para ajudar você.

   Tomoya conseguiu fazer o que ele queria. Mei sorriu e isso o fez ficar alegre. “Por favor, continue sorrindo!” implorava ele em seus pensamentos.

   - Rsrsrs. – Mei secou as lagrimas do rosto. – Como você consegue fazer essas coisas?

   Tomoya não entendeu e ficou com um olhar de paisagem.

   - Consegue fazer o que?

   - Você sempre consegue me fazer rir mesmo quando estou triste. – Ela o abraçou mais forte. – Obrigada por nunca desistir de mim. Por insistir desde o inicio quando nos conhecemos e fiz você passar frio naquela noite de inverno. – Ela chorou novamente. – D-Desculpe por não se a pessoa mais carinhosa do mundo.

   Carinhosa? Mei sempre foi carinhosa, só o que jeito dela era diferente das outras pessoas. Ela sempre se manteve calada antes deles se conhecer, mas aos poucos ela foi se soltando e agora eles estavam mais próximos. Pessoas solitárias tem dificuldade em socializar por ter medo de se machucar. Isso fez ela se isolar, mas não era impossível conversar com ela como as outras pessoas pensavam. Ela simplesmente precisava de uma pessoa de confiança, uma pessoa em quem confiar, e isso com certeza era o medo dela. Confiar em uma pessoa que não conhece. Até para nós mesmo isso é difícil, imagina isso para a Mei que sempre sofreu nesse mundo de solidão.

   - Para mim, aquele era seu jeito de ser carinhosa.

   - Por que você acha isso? – Perguntou ela.

   Tomoya se levantou e ajudou-a levantar.

   - Por que você sempre foi você mesma. – Ele arrumou o cabelo dela que estava todo bagunçado. – Aquele era seu jeito de ser carinhosa só pelo simples fato de ter me deixado cantar junto com você naquela noite.

   Ela deu um sorriso discreto.

   - Você gostou quando cantamos juntos?

   Tomoya se mostrou cheio de energia e motivado.

   - É CLARO! – Ele começou a pular apontando para a lua. – Você foi mais fantástica que aquela lua.

   Pela primeira vez ela sentiu algo por dentro, algo que jamais sentiu. O que era aquilo que ela sentiu? Mei não sabia o que era esse sentimento que estava sentindo por dentro. Suas bochechas ficaram rosadas e ela mostrou pela primeira vez um sorriso de alegria.

   - Se eu pedisse... Para cantarmos mais uma vez... Você aceitaria cantar comigo? – Perguntou ela, com uma enorme timidez.

   Tomoya ficou surpreso. Sem palavras para ser mais correto. Mei pedindo para eles cantarem juntos mais uma vez? Isso mesmo que ele ouviu? Ter outra oportunidade de cantar com ela? Logo ela que nunca cantou com ninguém antes, a não ser ele. E isso estava se repetindo. Mas onde eles poderiam cantar? “AH! No show é claro, mas será que ela aceita? Claro que ela vai aceitar. Tomoya, fala pra ela! Vai PORRA!” pensava ele em uma discussão sem fim contra seu interior.

   Meio sem jeito ele fez um pedido.

   - Que cantar no show comigo?

   Mei juntou as duas mãos olhando para baixo, pareceu estar pensativa ou com vergonha, talvez os dois. Segundos depois ela levantou o rosto.

   - Sim!

   Quando ela o respondeu, seus olhos brilharam de um jeito tão atraente que ele achou que ela fosse uma fada, anjo ou algo do tipo. Ele nunca havia visto o olhar dela daquele jeito, era completamente o oposto daquele olhar frio que normalmente olha.

   Tomoya sorriu enquanto puxava a mão dela.

   - Sabe o melhor jeito de afastar as coisas ruins?

   - Não.

   - Então dance comigo!

   Os dois começaram a dançar lentamente, igual dos casamentos. Seu olhar estava focado no dela, constantemente eles sorriam um para o outro. Aquilo era simplesmente perfeito. Algo magico e inexplicável. Eles estavam conectados um ao outro. Pareciam dois amantes apaixonados dançando sobre o luar. Seus movimentos eram lentos, mas elegantes. Perfeitos e atraentes. O que eles estavam sentido era magico e verdadeiro. Pela primeira vez Mei se sentiu segura, algo que não acontecia há anos. Ela só sentiu isso quando ainda era uma criança quando dançava toda alegre com seu pai. Mas o que ela estava sentindo com Tomoya era até mesmo mais forte. Parecia que eles estavam em um espaço infinito, somente os dois dançando. Não estava tocando uma música naquele lugar, mas seus cérebros reproduziram uma trilha sonora tão calma, tão lindo, tão perfeito que eles dançaram durante uma hora sem parar.

   Quando finalmente pararam de dançar, Tomoya pegou a mão dela e apontou para a lua minguante que estava no céu.

   - Reza a lenda da lua minguante de Koufuku que quando encontramos a verdadeira felicidade, vemos pequenas bolas de luz amarela no céu.

   No passado, ele havia ouvido essa lenda “Koufuku” por uma colega de classe. Ela gostava de ler cartas, lendas e saber sobre o destino. Um dia ele perguntou o que ela queira e então ela disse “Queria poder ver as bolas de luz chamada Koufuka como na lenda”. Youhei ria dela por acreditar em coisas bobas, mas isso por algum motivo interessou Tomoya.  E anos depois quando o namoro dele com a Nagisa estavam no auge, tudo que ele fazia com ela ou com as outras pessoas era sorrir e rir como uma pessoa que encontrou a felicidade. Então aconteceu. Em uma noite fria de inverno, seu pai por algum motivo começou a discutir com ele na rua. Foi horrível, ele queria bater nele e até mesmo o mata-lo, mas Nagisa apareceu e o abraçou. Os dois começaram a chorar e ela disse “Por favor, não chore. Você é a pessoa mais importante para mim” à raiva que ele estava do seu pai havia sumido por completo. Algo inexplicável havia acontecido. As luzes apareceram no céu.

   - Quando uma pessoa encontra o paraíso na terra, quer dizer que essa pessoa encontrou a verdadeira felicidade. Algumas pessoas que viram essas luzes, disseram que foi por causa do amor entre duas pessoas. Amigos ou namorados. - Completou Tomoya.

      Mei olhou fixamente para o céu negro tentando procurar essas luzes, infelizmente ela não os achou.

      - Você acha que um dia irei vê-las? – Perguntou ela, olhando para Tomoya.

      Seu olhar pareceu triste por se lembrar do passado, quando viu somente uma vez na vida. Mas mesmo assim Tomoya sorriu como se aquilo nunca tivesse passado pela sua cabeça.

      - Bom... – Ele parou por um segundo antes de continuar. – O que a palavra felicidade significa para você?

   Mei abaixou a cabeça. Pensou nas poucas vezes que se sentiu feliz. As únicas foram quando era criança. Seu pai, seu irmão gêmeo e sua mãe em cima da mesa. Eles estavam sorrindo enquanto conversavam. Seu pai dizia para ela “A felicidade está nas pequenas coisas. Dinheiro na verdade não serve para nada. O que importa são as pessoas que a façam sorrir quando está triste”. Realmente ter uma pessoa com quem contar era importante.

   Depois de pensar bastante ela virou para Tomoya e o viu olhando para ela com o sorriso que somente ele sabia fazer. Doce e atraente.

   - Eu acho que... – Parou por um segundo e prosseguiu. – A felicidade está nas pequenas coisas.

   Tomoya riu.

   - Isso mesmo! A felicidade é algo tão puro e simples que qualquer pessoa pode tê-la.

   - Até mesmo as pessoas mais solitárias?

   - Sim.  – Tomoya colocou a mão na cabeça dela e se abaixou até a altura da Mei. – Você é um exemplo disso.

   - Um exemplo?

   - Oe? Você não acha?

   - Não...

   Tomoya voltou para a postura normal.

   - Como você era no inicio do ano?

   - Como eu era? Pra que você quer saber?

   - Só me responde. Como você era?

   Mei pensou e se viu no bar do Yoshimura. Ela estava no quarto chorando enquanto lamentava a morte de Akira.

   - Solitária e sem amigos... – Disse finalmente.

   - E como você é agora? – Fez mais uma pergunta.

   Isso foi fácil para ela responder. Mei estava feliz com Tomoya. Ele havia feito rir várias vezes e a consolou quando precisava.

   - Feliz por ter um amigo como você...

   Ele levantou a sobrancelha.

   - Você tem mais pessoas que gostam muito de você!

   Como assim mais pessoas? Para ela, somente ele foi seu amigo desde então. Mas o que ele queria dizer com mais pessoas?

   - Acho que não.

   Tomoya levantou um dedo.  

   - Você tem a Taiga. Uma baixinha nervosa que é quase igual a você.  – Levantou o segundo dedo. – A Kotomi que por algum motivo adorou você, assim como eu. – Levantou o terceiro dedo. – O Youhei que é um idiota por completo. E... – Por ultimo, ele levantou o quarto dedo. – Eu!

   Mei voltou a chorar.

   - Mas... Eu disse para a Taiga e Kotomi ficarem longe de mim.

   - Elas não vão conseguir ficar longe de você. Sabe por quê?

   - Por quê?

   - Porque quando uma pessoa faz uma amizade verdadeira como vocês três fizeram, nem a morte poderá separa-las pelo simples fato de cada uma gostar da outra. Até acho que quando eu estiver ocupado com alguma coisa, a Taiga vai querer bater nas pessoas que estiverem fazendo mal a você. E você também irá fazer isso, como eu e Youhei sempre fazemos.

   - Igual naquele dia na briga da escola que mesmo vocês estando em desvantagem, você o protegeu?

   - Isso mesmo! – Tomoya olhou para o céu. – A minha amizade com ele é verdadeira. Quando eu chorei, ele me ajudou. Quando eu entrava em brigas, mesmo sabendo que eu estava errado, ele entrava e me defendia. Isso é uma laço que nunca se poderá se cortado.

   - S-Será que posso me abrir com elas? Quero dizer... Será que elas iram me entender, mesmo sendo assim desse jeito?

   Tomoya observou a Mei se olhar no reflexo da água que a lua estava fazendo.

   - As outras pessoas julgaram você a primeira vista, mas o que elas fizeram?

   Mei continuou se olhando no reflexo da água.

   - Elas queriam ser minhas amigas...

   Tomoya correu pela ponte e pulou sobre a água.

   - Então lute para isso acontecer!

   A água fria que subiu graças ao pulo de Tomoya, atingiu-a. Ela sorriu e fez o mesmo. Não importava se ela estava com vestido, ela simplesmente pulou. Os dois ficaram rindo enquanto tremiam de frio.

                                                              ♥

   Yoshimura estava limpando o bar quando escutou um barulho no lago. Parecia que alguém havia pulado. Ele se direcionou a entrada do bar e abriu a porta. Desceu os degraus de madeira e viu de longe Tomoya e Mei jogando água um no outro. Mei estava feliz, ela estava sorrindo. Então seus olhos encheram de lagrimas.

   - Você conseguiu fazer algo que nem eu pude fazer... – As lagrimas começaram a percorrer seu rosto. – Eu sabia que você era a pessoa certa para fazer isso... Obrigado por fazê-la sorrir!

 

 

 

 

   



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