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História Hitchhiker - Concentrate


Escrita por: vanessamiguel

Notas do Autor


Finalmente o cap tão esperado! Quero aproveitar pra agradecer os mais de 100 favoritos que conquistamos! Vocês são demais, sério. Eu devia ter postado o cap ontem, mas tive que ir cedo pro hospital com minha mãe e depois passei o dia dormindo. Mais da metade do cap foi escrito hoje porque eu não queria deixar vocês mais um dia na mão.
A música de hoje é Concentrate da Demi Lovato.
Espero que a Regina surpreenda vocês do mesmo modo que surpreendeu a Emma, haha.
Boa leitura!
OBS: Me avisem caso tenha qualquer erro.

Capítulo 13 - Concentrate


Fanfic / Fanfiction Hitchhiker - Concentrate

 

Regina

 

"Garrafas de Merlot, não consigo me levantar

 Você me deixa tão fraca. 

 Seu oceano estava me afogando, braços ao meu redor

 Agora estou indo fundo demais.

 Não estou caindo porque eu quero

 Amor, você continua me empurrando

 Não te amo porque eu preciso,

 Mas é por tudo que você faz comigo.

 

 Seus gemidos são uma música,

 Da noite até a manhã.

 Me diga quando estiver pronta

 Que eu vou pintar seu corpo com meus lábios."

 

Se o final de semana tinha sido repleto de momentos fofos e quentes entre Emma e eu, a segunda feira veio para trazer trabalho acumulado de todos os lados.

Robert passou logo cedo na minha sala, queria os detalhes de tudo, mesmo que eu já tivesse adiantado boa parte do assunto. Tentei ir almoçar com meus amigos no Granny's, mas acabei ficando atolada em uma matéria sobre um assassinato em Augusta. Pedi pra Belle comprar algo para eu comer enquanto revisava tudo e um tempo depois a porta da minha sala se abriu e Emma entrou com uma sacola na mão.

- Emma? - levantei da cadeira e tirei meus óculos. 

- Fiquei sabendo que tinha uma mocinha com fome, vim trazer a comida caseira de dona Mary pra você. - me entregou a sacola com uma vasilha. - Fui almoçar em casa, minha mãe já está sabendo sobre nós e exige que almocemos com eles no domingo.

- Obrigada. - caminhei até ela e descansei meus braços em seus ombros. - Pode dizer pra sua mãe que nós vamos com certeza. 

- Ai, não sei se estou gostando disso. - balançou a cabeça. - Aposto que ela vai querer mostrar fotos e contar minhas peripécias de infância.

- E eu bem quero saber o que você aprontava, Major Swan. - alisei sua farda e dessa vez não fiquei constrangida de tocá-la daquela maneira por cima da roupa. As coisas entre nós estavam esquentando muito, mas eu só não permitia que fôssemos adiante porque queria preparar algo antes.

Emma era o ser mais especial que já cruzou meu caminho. Nunca ninguém se importou tanto comigo dos maiores ao menores detalhes. Eu tinha um plano mais ou menos pronto na cabeça e iria fazê-lo acontecer.

- Enfim, - ignorou a minha fala e me puxou mais pra perto. - eu só vim te trazer a comida, preciso correr de volta pro quartel. - eu fiz um bico desapontado e ela prontamente o beijou. Aquele ato evoluiu e quando dei por mim estava semi sentada na minha mesa, sentindo um tesão absurdo com a maneira como Emma me pegava.

A vontade de me entregar era enorme, mas a de prová-la estava ganhando em todos os aspectos. Eu queria ser dela e queria que Swan fosse minha.

Nossos corpos se afastaram apenas quando Gold bateu na minha porta. Ajeitei minha saia torta e passei a mão pelos cabelos desgrenhados e o homem mais velho enfiou a cabeça para dentro percebendo que tinha atrapalhado algo, mas fingiu não ter percebido nada. Emma passava de branca para roxa e só então eu percebi que meu batom vermelho tinha sido quase todo transferido para ela.

- Eu vou indo, o dever me chama também. - riu sem graça, mexendo as mãos sem saber o que fazer. Eu achava lindo o seu jeito. - Bom trabalho pra vocês.

- Emma, espera. - segurei em seu braço antes que ela tivesse a chance de atravessar a porta. Gold sentou numa das cadeiras da sala e se entreteve com os papéis da minha mesa. - Vem cá. - ri, limpando a obra de arte que fizera em seu rosto e deixando um selinho ao terminar.

Fiquei na porta observando ela ir embora com um sorriso besta no rosto. Gold ficou implicando comigo a tarde toda, mas nem dei bola para o bobo do meu chefe. 

August voltou para Storybrooke na quarta feira para tirar algumas fotos de Ruby. Zelena tinha mantido a promessa para a mais nova de que ela apenas precisaria se ausentar em casos extremamente necessários. Killian parecia ter tido a alma renovada quando chegou para a aula de dança na quinta.

Enquanto nos alongávamos, ele nos contava que por ter ficado muito tarde, August tinha dormido em sua casa.

- Que homem é aquele? - perguntava, mesmo que não fosse obter uma resposta e se abanava. - Dei graças a Deus que a sapatão caminhoneira não está mais morando comigo, vocês sabem, eu amo a minha loirinha machuda, mas já passamos da fase de ouvir um ao outro transar. 

- É, fala isso pra Ruby e Zelena. - impliquei com a morena do meu lado.

- Ai, supera isso Regina. - revirou os olhos verdes. - Quando você e Emma finalmente se livrarem do cinto de castidade Storybrooke toda vai ouvir. - debochou. 

- Vocês não transaram ainda? - falou alto, chamando a atenção de Mary que conversava algo com Katy e eu o fuzilei com o olhar. - Tá amarrado e repreendido em nome de Cássia Eller, Ellen DeGeneres, Fernanda Gentil e companhia.

- Fala baixo, tá maluco? - vociferei entre dentes. 

- O que vocês estão esperando? - voltou a perguntar, sem nem se importar com a presença da mãe de Emma.

- Eu estou pensando em preparar algo especial só pra nós esse final de semana, mas ainda não decidi o que fazer. - franzi a boca. Desde o episódio na Editora eu não parava de pensar no que fazer. 

- Ela é romântica ela. - Ruby cutucou minhas costelas. Revirei os olhos. Eu nunca fora uma romântica declarada, mas sentia a necessidade de ter isso com Swan. Queria mimá-la como a mesma fazia comigo.

- Prepara alguma coisa intimista, sem muitos floreios e acessórios. - a dica veio de Mary fazendo com que eu ficasse corada imediatamente. A mulher mais velha se aproximou de mim com seu sorriso terno. - Emma sempre gostou de coisas singelas e feitas com carinho. Tenho certeza que ela vai amar o que quer seja que esteja planejando.

- Obrigada, Margaret. - agradeci, tentando não levar em conta que ela sabia muito bem o iríamos fazer. Aquela situação era constrangedora demais.

- E pode abusar de uma lingerie bem sexy, ela vai adorar. - Jones estalou a língua e fez uma cara maliciosa. - Preto vai ficar maravilhoso em você, ainda mais com esse seu rabão. - tomei um tapa na bunda.

- Killian! - voltei a corar, olhando com o rabo dos olhos para Mary que ria do meu desconcerto. 

- Você tá com vergonha porque a Mary tá aqui? Ela sabe que filha dela fode, não é nenhum segredo. - gargalhou Ruby e logo os outros três a acompanharam. Queria cavar um buraco no chão e me enterrar, ou talvez matar aquela magrela bocuda. - E ela também sabe que Emma é uma safada, relaxa Regina.

- Pois é, dois anos sem sexo não são dois dias. - a progenitora da loira disse, entrando na brincadeira. - Não sei como ela aguentou... Com certeza não puxou isso de mim ou do David.

- Coragem, tem que ter coragem... - ponderou Katy.

- Regina tem sangue latino meus amores, ela dá conta. - senti a mão de Killian afagando meu ombro em uma expressão que parecia acreditar piamente na minha capacidade.

- Se tiver puxado a irmã e fizer jus a descendência latina, então acho que a patinha vai pedir pra beber água. - caçoou Ruby, falando da minha conduta sexual como se eu não estivesse ali. Não era atoa que tinham se dado tão bem com Zelena, o que me fazia questionar: iria eu, um dia, falar de sexo de maneira tão despreocupada? 

- Ok, será que a gente pode começar a aula logo? - cortei o assunto. Todos assentiram. - Ótimo, e não comentem nada com Emma, quero que seja surpresa.

Não foi a minha melhor aula. Todo aquele papo acabou destruindo o castelinho de segurança que eu tinha, pensei até em deixar pra lá e não preparar nada, mas então a Major me deixou em casa depois do sorvete, se despedindo com um daqueles beijos lascivos e cheios de fogo que só ela sabia me dar e percebi que receio algum ia amornar meu desejo. Eu tinha lido e pesquisado bastante à respeito, agora só tinha que confiar no meu instinto.

Na sexta, saí mais cedo do trabalho e passei no mercado pra comprar os ingredientes do que prepararia para o jantar da noite seguinte. Como ainda era cedo e eu não aguentaria esperar, passei no quartel pra falar com Emma.

Enquanto atravessava o extenso pátio, notei que os soldados me cumprimentavam com um sorriso e um aceno de cabeça. Não foi difícil achar a sala de Emma, mas como não tinha ninguém na ante sala, tive que esperar.

- Posso ajudar? - uma ruiva tingida com o título de Sub Tenente e de nome Ariel na farda se aproximou de mim. 

- Oi, boa tarde. - sorri e ajeitei a bolsa nos ombros, aliviada por não ter que ficar ali plantada. - Eu gostaria de falar com a Major Swan...

- Você tem horário marcado? - a mulher interrompeu minha fala e caminhou até uma mesa que tinha no canto da sala, verificando algo no computador.

- Oh, não... Eu não sabia que precisava marcar horário, eu só preciso de um minuto. - arrumei minha postura diante daquela falta de educação. 

- A Major é bem ocupada, está agora mesmo reunida com o Coronel David, não sei se teria um minuto pra você. - falou calmamente, voltando a se aproximar de mim. Não sei o que estava me irritando mais, sua falta de educação, a "calma" das palavras ou o fato de ter um nariz em pé e ficar me analisando de cima à baixo como se fosse melhor.

- Tenho certeza que se disser que Regina Mills está aqui, ela irá me receber. - encarei-a de volta com o mesmo olhar cínico.

- Desculpe, senhora Mills...

- Senhorita, por favor. - foi a minha vez de cortar sua fala.

- Como eu dizia, SENHORITA Mills, - deu ênfase na palavra, ainda usando um tom de tranquilidade e me fazendo ter vontade de arrastar aquela fuça no asfalto. - a Major Swan está tendo uma reunião com o Coronel, reunião esta que eu não estou autorizada a interromper. - deu de ombros e eu bufei. - Posso marcar um horário pra você na segunda de manhã, tenho certeza que hoje ela não terá tempo pra senhorita...

- Regina? - a voz de David veio de trás de Ariel. O homem tinha acabado de sair da sala de Swan e veio até mim, dando-me um beijo na testa como sempre fazia. Senti o olhar da outra ficar um pouco chocado com a cena. - Veio falar com Emma?

- Vim sim, mas ela não pode me receber. - olhei para a criatura ainda parada ao nosso lado. Seus olhos encontraram o chão quando David a encarou sério. - Parece que ela está ocupada, então acho melhor falar com ela depois do expediente...

- Não, até parece. - se adiantou em dizer. - Estivemos com o dia cheio hoje, realmente, mas Emma com certeza tem alguns minutos pra namorada. - foi a vez do homem alto olhar para aquele projeto de gente. Ele nem mesmo era meu sogro de verdade, mas já o venerava apenas por aquela atitude. - Pode entrar. - apontou pra mim a porta de onde tinha acabado de sair.

- Obrigada. - sorri amavelmente e segurei a maçaneta. - Ah, Mary precisa que eu leve algo no domingo?

- Não, de jeito algum. - negou com a cabeça. - Você é nossa convidada de honra.

- Ok, então. Até domingo. - dei um tchauzinho, recebi um aceno e adentrei a sala de Emma.

A loira estava sentada em sua mesa, seus olhos presos no notebook a sua frente e uma expressão levemente zangada no rosto. Por alguns segundos me esqueci de toda a irritação com Ariel e fiquei admirando seus cabelos presos num rabo de cavalo, a farda que eu tanto gostava... Ela parecia tão concentrada que tive que pigarrear pra ser notada.

- Linda? - abriu um sorriso surpreso pra mim, fechando o notebook em seguida. - Veio me fazer uma visita?

- Vim te fazer um convite. - deixei minha bolsa em uma das cadeiras ali disponíveis. - Mas parece que é mais fácil falar com o presidente do que com você. - ironizei.

- Como assim? - soltou um riso, afastando sua cadeira da mesa e me chamando para sentar em seu colo.

- Sua Sub Tenente. - revirei os olhos. Sentei em seu colo de lado e passei meus braços por seus ombros tendo minha cintura igualmente enlaçada. 

- Ela te tratou mal? 

- Não, quero dizer, ela só não foi muito agradável. - Acariciei sua bochecha. 

- Ariel é bem chatinha. - suspirou. - Ninguém gosta muito dela por aqui.

- Que bom que não sou só eu. - retruquei. Emma ficou me encarando com um risinho nos lábios. - O que foi?

- Nada, é só que você é toda bravinha, marrentinha, esquentadinha... - selou seus lábios nos meus, distribuindo vários selinhos.

- Eu não sou nada disso, Emma. - fechei a cara. - E quando me irrito é porque tenho meus motivos.

- É claro que tem. - colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. - Mas não deixa de ser encantador.

- Boba! - apertei sua bochecha. - Não quero tomar mais do seu tempo, deixa eu fazer meu convite. 

- Pois pode fazer, majestade. - me deu um beijinho. - Do que se trata?

- Do que se trata você só vai saber amanhã. - ri vitoriosa com sua carinha de cachorro que caiu da mudança. - Oito e meia na minha casa. E sem atrasos, Swan. - mordi seu lábio inferior e saí de seu colo pegando minha bolsa na outra cadeira.

- Sério que não vai me falar?

- Não, sua curiosa. - mostrei a língua. - Preciso ir, a gente se vê amanhã, ok? - caminhei de costas até a porta, achando hilária sua cara de frustração. Emma era a segunda pessoa mais curiosa que eu conhecia, perdendo apenas para Roland.

- Ok. 

Não vi Ariel quando saí e agradeci internamente por isso. Passei o resto do dia procurando os objetos necessários que iria precisar para o dia seguinte. Depois de comer um miojo qualquer e tomar um banho, liguei para Zelena para falar com meu ursinho. Minha irmã não viria passar o final de semana comigo por estar com problemas com a nova coleção de inverno da MT e exatamente por isso eu tinha tido a ideia de preparar algo para Emma.

Eu só não sabia que além do trabalhão que teria para decorar tudo, ainda ficaria mais nervosa do que quando apresentei meu TCC na faculdade. Separei uma roupa antes de ir dormir na sexta e logo que acordei fui preparar o recheio dos tacos.

Levei uma mesa de tamanho suficiente para duas pessoas para o meu tão bem cuidado jardim, posicionando-a logo abaixo da árvore enorme que tinha no quintal e torcendo para que não ventasse o suficiente para ficar caindo folhas em cima de nós. Pendurar luzes na árvore foi um desastre e quase caí por diversas vezes, mas no final deu tudo certo.

Quando finalmente achei que ia relaxar, percebi que minha roupa escolhida não combinava muito com a decoração. Tentei seguir o que Killian tinha dito, mas o vestido preto demasiadamente justo e ligeiramente curto parecia exagerado para a visão delicada do jardim. Ainda mais com a cinta liga que eu usava.

Pensei em ligar para Zelena e pedir uma dica do que usar, mas a campainha tocou. Respirei fundo, tentando não me sentir uma tola, e desci para receber Emma.

- Uau! - foi o que ela disse quando abri a porta. Seus olhos examinavam meu corpo da cabeça aos pés. - Onde é que a gente vai? Eu não sabia o que vestir, você não quis me dizer nada, até ignorou minhas mensagens...

- Desculpa, eu estive ocupada. - segurei em sua mão e a puxei para dentro. Ela usava uma calça boyfriend destroyed de lavagem clara com uma camisa sem mangas azul marinho. - E bom, nós não vamos à lugar algum. Preparei um jantar pra nós...

- Que bom que eu não jantei antes de vir. - sorriu, me acompanhando até a cozinha. Peguei a porção de tacos que tinha preparado antes de tomar banho e vi ela lamber os lábios. - Espero que goste de tacos.

- Eu amo! 

- Pode trazer o vinho e as taças, por favor? - apontei com a cabeça para a garrafa e as taças em cima do balcão. Seguimos para a varanda e consequentemente para o quintal. Eu já tinha chego na mesa quando me dei conta de que ela estava parada lá atrás com uma cara surpresa.

- Você fez tudo isso? - se aproximou, observando o local que eu tinha decorado.

- É, você não gostou? - franzi o cenho, receosa com a resposta. - Ficou muito exagerado?

- Não, está lindo. - segurou meu rosto entre as mãos antes que eu tivesse a chance de começar a surtar. - Eu adorei.

- Ufa, eu estava com o coração na mão. - suspirei aliviada. Nossos lábios iniciaram um roçar inocente com sorrisos apaixonados. Passei a língua por seu lábio inferior e recuei quando sua boca se abriu, tentando aprofundar o contato. - Por favor, sente-se. - puxei a cadeira para ela sentar, que demorou alguns segundos antes de fazê-lo.

 

Emma 

 

Eu mal podia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Regina tinha preparado aquele jantar para nós duas, decorando tudo com muito cuidado e delicadeza. Seu jardim, que já era naturalmente maravilhoso, tinha um toque todo tumblr. Algo saído de um filme da Disney, talvez.

Eu tinha ficado muito ansiosa quando vi sua roupa, percebendo que minha vestimenta não combinava em nada com a dela ou com o ambiente. Por outro lado, apesar da atmosfera romântica que nos cercava, nosso papo era animado e divertido como sempre. A escolha do prato também foi interessante, já que nenhuma das duas estava tendo muito sucesso em comer de maneira elegante. 

Depois que finalizei minha terceira taça de vinho, Regina pediu licença para ir buscar a sobremesa. Um petit gateau foi colocado na minha frente e como a grande gulosa que sou, nem percebi que apenas eu comia.

- Não vai comer? - tomei mais um gole de vinho enquanto observava seu prato intocado.

- Não. - respondeu devagar, virando o resto de vinho de sua taça em um gole só.

- Dieta? - arqueei a sobrancelha, vendo ela se levantar a caminhar lentamente na minha direção.

- Sabe, - sentou no meu colo, arrumando a gola da minha camisa. - eu adoro petit gateau, mas não é essa a sobremesa que quero hoje...

- E qual é? - engoli a saliva, já imaginando a resposta.

- Você. - sibilou, colando nossos lábios bem devagar.

Senti um arrepio na nuca, nossas bocas e línguas começaram sua batalha diária. Ver Regina falando daquele jeito fez minha calcinha ficar encharcada, não sei como subimos as escadas, mas quando chegamos ao quarto Regina me prensou contra a porta e enquanto beijava meu pescoço, desceu as mãos para abrir os botões da minha camisa e em seguida da minha calça.

Terminei de ajudá-la a tirar minha roupa e assim que minhas mãos voaram para a barra do vestido preto, ela me impediu. Com uma mão ela abriu o fecho do meu sutiã e com a outra acariciou meu sexo por cima da calcinha branca. 

- Ei, eu estou em desvantagem aqui. - reclamei, tentando novamente tomar posse de seu corpo, mas fui tirada da porta e empurrada para a cama, aonde caí sentada. O que era aquela mulher? De onde tinha saído aquele lado bruto?

- Vou te dar uma colher de chá, Swan. - tremi com seu tom de voz baixo e rouco. Regina tirou o vestido tão lentamente que foi quase uma tortura, as peças pretas demarcavam bem suas curvas, a cinta liga deixava tudo ainda mais sexy. A perna direita pousou beira da cama e a cinta liga junto com a meia foram tiradas quase como em uma dança. 

Eu queria tocá-la, mas ao mesmo tempo a visão daquela mulher se despindo para mim tinha de ser mais bem aproveitada. 

Quando pensei que fosse se livrar do resto, ela fez sinal para que eu me acomodasse no meio da cama e veio por cima de mim, engatinhando. Minha boca foi beijada novamente e sua perna no meio das minhas começou a roçar o tecido da calcinha.

- Shiu, nada disso. - me repreendeu com um tapa na mão quando tentei tirar seu sutiã. 

- Regina, não brinca com fogo ou vai se queimar. - avisei irritada. Eu não estava acostumada a ser dominada. Ela mordeu os lábios provocando-me.

- Pede pra eu parar que eu paro. - deslizou as mãos pelos meus dois seios e os apertou levemente. Me remexi com a sensação gostosa. Levei minhas mãos até sua bunda grande e empinada e apertei com força de modo que ela ofegou excitada.

- Você é quem vai pedir e eu não vou parar. - ameacei de volta e com um sorriso malévolo ela gargalhou, tirando minhas duas mãos de cima de si.

A língua que há poucos estava na minha boca cobriu meu seio direito, chupando devagar circundando meu mamilo entumescido. Cargas elétricas perpassavam pelo meu corpo, meus pêlos estavam arrepiados e não contive um gemido quando sua língua alcançou o esquerdo e deixou uma leve mordida.

Eu evitava me remexer muito, porque isso só aumentava a pressão de sua perna em meu sexo. Não imaginava que quando transássemos, Regina teria toda aquela atitude. Pelo menos 99% das mulheres com quem já transei eram passivas e mesmo quando não eram, eu sempre tive o controle de tudo. É claro que eu adorava ser comida também, mas Regina tinha me pego de surpresa completamente.

Vi a morena erguer o corpo e olhar pra mim. Minha calcinha foi tirada e ainda ajoelhada na cama olhando para meu corpo nu, senti que um brilho de insegurança pairou sobre ela. Mesmo assim, sua mão acariciou minha vagina e um sorriso pairou nos lábios grossos, percebendo o quão molhada eu estava.

Logo ao primeiro contato, sua língua molinha encontrou minha entrada. Fechei os olhos e reprimi um gemido. Apesar de nitidamente perdida e sem experiência ela estava totalmente entregue ao momento, empanhada em me dar prazer. 

Eu precisava mais do que aquilo. Segurei em seus cabelos negros e concentrei a pressão da língua em meu clitóris necessitado de atenção. Seus olhos buscaram os meus, procurando saber se estava se saindo bem. Sorri pra ela.

Dois dedos me penetraram e arqueei o corpo.

- Regina... - gemi, perdendo a conexão de nossos olhos. Pude sentir um sorriso um seus lábios. Uma camada fina de suor se formou na minha testa e agarrei o lençol com a mão livre quando ela aumentou o ritmo dentro de mim, enquanto a outra mantinha-se enrolada nos cabelos curtos. - Isso, isso... - incentivei-a, sentindo todos os músculos do meu corpo se contraírem. 

Gritei e convulsionei quando o orgasmo me atingiu. Aquela era a melhor sensação do mundo. Beijos molhados subiram pela minha barriga e chegaram até a minha boca. Seu corpo se aninhou junto a mim e meu coração foi aos poucos se acalmando. 

Um gritinho agudo ecoou pelo quarto, quando montei sobre ela. Seus olhos tinham o mesmo brilho luxurioso que os meus. Me livrei de suas peças íntimas, encontrei nossos sexos molhados e iniciei um movimento lento e torturante até mesmo para mim. Sua boca entreaberta denunciavam tamanha era a excitação com aquilo.

Aumentei o ritmo um pouco e me abaixei para abocanhar o par de seios maravilhosamente deliciosos que quase gritavam meu nome.

- Hum... - ronronou, enfiando sua mão no meio dos meus fios loiros e acariciando.

Ergui o corpo novamente e parei de me mexer. Um resmungo veio imediatamente e a encarei. Suas mãos pousaram na minha cintura, tentando fazer com que eu me mexesse. 

- Nada disso. - afastei-a.

- Argh. - grunhiu, parecendo uma leoa feroz.

Foi a minha vez de gargalhar. Saí de cima dela e me posicionei entre suas pernas, mordendo a parte interna das coxas, enrolando o máximo e vendo até onde ela aguentaria.

Seu clitóris estava duro e pulsava na minha língua. Os gemidos roucos e baixos estavam me enlouquecendo, sentia minha própria lubrificação escorrer e o cheiro e sabor de Regina serem os melhores que já provara. 

Eu queria levá-la ao limite. Enfiei a ponta do indicador em sua entrada, percebendo o quão ela era apertadinha. Fiquei brincando ali, insinuando uma penetração que eu sabia que ela queria. 

- Emma, não faz isso. - pediu, mexendo os quadris o máximo que podia tentando forçar um contato maior.

- Pede pra eu parar. - ri, vendo uma espécie de desespero tomar conta de seu rosto. Ela não pediu, mas eu ainda queria ouvi-la implorar. - O que você quer, Regina?

- Dentro, Emma. - respondeu com os dentes cerrados. Impaciência era a palavra para ela naquele momento.

- Assim? - perguntei, enfiando o dedo até o fundo. Seu gemido alto foi a minha resposta, mas logo outro muxoxo de reclamação veio quando que tirei o dedo e subi até seu ouvido. - Você quer gozar? - ela assentiu.

Me sentei de indiozinho, com as costas apoiadas na cabeceira da cama.

- Então vem cá, vem. - fiz minha voz mais sexy e em milésimos de segundos senti seu corpo se chocar contra o meu, sentando no meu colo. Enterrei fundo dois dedos nela enquanto o polegar estimulava o clitóris. - Rebola pra mim, gostosa.

Regina cavalgava e gemia freneticamente. Eu sentia que gozaria novamente com ela.

- Fode, fode... - gritou, se curvando sobre mim e mordendo meu ombro enquanto eu aumentava as estocadas o máximo que conseguia. - Ah!

Seu interior pressionou meus dedos e enquanto ela gozava eu atingia o meu segundo orgasmo. Nossos gritos se misturaram e seu corpo começou a relaxar sob o meu, mas continuei fodendo-a forte e rápido.

- Em...Emma. - suas pernas deram a volta na minha cintura. - Porra, eu vou... gozar de novo.

A morena atingiu seu ápice novamente num orgasmo múltiplo e permaneceu grudada em mim, tremendo muito. 

Deitei seu corpo no colchão e arrumei seus cabelos. Como no dia em que dormira comigo, ela se ajeitou colada em mim, mesmo com o calor.

- Tem certeza que você nunca ficou com uma mulher? - perguntei. Eu desenhava formas com as pontas dos dedos em suas costas nuas.

- Tenho, por que? - a voz grave estava mais grave ainda.

- Porque você é maravilhosa. - beijei sua testa. - Fiquei surpresa com a sua atitude, toda poderosa e segura... Nem parecia a minha pandinha tímida. - ri.

- Eu gosto de sexo Emma. - levantou a cabeça pra me olhar nos olhos. - Mas eu estava um pouco nervosa, queria que tudo fosse perfeito do começo ao fim.

- E foi. - sorri e selei nossos lábios num beijo casto. - É a melhor noite da minha vida.

Um beijo apaixonado se iniciou e logo o esforço do orgasmo pesou sobre nossos corpos. Ninguém nunca se importou tanto comigo, com o meu prazer, com a minha integridade, com minha felicidade. Regina pensou em tudo aquilo, esperando me agradar e me satisfazer. Não era só sexo. Ia muito além disso.

 

"Amor, vou fazer tudo que você quiser

Me prenda como se eu fosse sua escrava

Pois quando você termina o que está fazendo comigo

Não consigo nem me concentrar, concentrar

Não consigo nem me concentrar."


Notas Finais


E então? Surpresas com a Regina? O hot foi como esperavam?


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