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História Home - Madrugada de sereno


Escrita por: Queenthevampire

Notas do Autor


Estamos com uma capa nova e ai o que acharam ?

O capítulo está pré-revisado, boa leitura.

Capítulo 11 - Madrugada de sereno


Danafor, sete dias após a primeira apresentação:

Era maravilhoso a forma de liberdade proporcionada pela companhia, a música alta no bar enquanto Gelda e Derrierre se divertiram com uma dança chamava a atenção dos poucos clientes que se recusavam ir embora.

— Porquê não vai se divertir com elas? — Meu pai carregava um barril de cada lado do ombro, o nosso estoque de cerveja estava limitado.

— Não, estou feliz em olhá-las. — Terminei de secar a última caneca de cerveja e olhei para Merlin que no momento carregava consigo um pequeno livro, algo fora do comum. Discretamente me aproximei e me inclinei para lê-lo, outras das muitas vantagens de ter sido criada na Dandelion, enquanto grande parte do povo não sabia ler ou escrever todos os membros da companhia eram fluentes em ambos.

— Elizabeth, sabe que espiar não é algo que uma senhorita faria. — Sussurrou.

— Me desculpe é que eu não costumo vê-la com livros pelo bar. — A risada anasalada de Merlin me deu a certeza de que ela possuía outras intenções.

— Digamos que eu preciso me ocupar enquanto o rei não desperta. — Merlin jogou os fios medianos para trás enquanto passava por mim.

— E de que rei estaria falando? — Perguntei movida pela curiosidade.

— Nenhum em particular querida, a vida é um tabuleiro de xadrez e quando mais rápido você se posicionar e compreender o seu lugar melhor, sem esquecer aqueles que possuem as melhores jogadas e por fim alcançam seus objetivos com o tão famoso xeque-mate. — Merlin me olhou mais uma vez antes de fechar o livro. — Estou cansada, irei me recolher mais cedo.

— Tudo bem, eu vou terminar de arrumar as mesas e irei também. — Observei minha amiga se recolher com um semblante entristecido, eu tinha plena certeza de que algo havia aborrecido, porém, eu não me atreveria a questioná-la, ao invés disso terminei minhas tarefas e sentei em uma das cadeiras para assistir a Gelda e Derriere dançando em círculos ao vê-las sorrir tive a certeza de que exageraram na bebida.

— Vamos querida chega por hoje. — A voz de Monspiet agarrado a uma enorme caneca vazia e seus olhos fechados me fizeram sorrir, minha família é realmente maravilhosa.

— Sabe que detesto quando me diz o que fazer, eu não preciso de supervisão! — Derriere esbravejou.

— Eu não fiz nada, apenas vamos para a cama. — Sussurrou ao bocejar.

— Não! E se está tão cansado vá sozinho. — Minha amiga estava visivelmente estressada, o álcool desperta o pior em nós, preferi me manter atenta a pequena apresentação e então me dei conta de algo que até então eu matinha guardado em algum lugar, Gelda nunca usou outra cor que não fosse preta e hoje trajava um lindo e decotado vestido púrpura. — Vou para a cama. — Monspiet anunciou ao se levanta.

— NÃO SE ATREVA IR SEM MIM! — Derriere esbravejou antes de olhar para Gelda e sorrir, iria embora acertar as contas com Monspiet antes que a confusão estourasse por aqui mesmo. Observei com um sorriso divertido o bar ficar cada vez mais vazio, Gelda recolheu o leque do mesmo tom do vestido antes de se aproximar.

— Está sem sono Elizabeth? — Sussurrou.

— Um pouco...

— Bom posso contar-lhe uma história daquelas bem românticas que tanto gosta — Sorriu e ofereci um copo de cerveja de maçã ao qual a mesma aceitou.

— Dessa vez eu gostaria de ouvir o porquê de suas vestes sempre serem pretas. Você me contou na fogueira parte de sua vida, mas não explicou o motivo do seu luto. — Gelda bebeu a caneca de cerveja inteira antes de se sentar no balcão, a porta da frente foi aberta por meu pai que apenas usou a manga da camisa para enxugar o suor da testa.

— Os desgraçados dos entregadores acabaram de descarregar doze barris na frente da nossa casa, Monspiet começou a estocá-los e vim buscar o resto desses daqui. Posso contar com vocês para fechar a doce gula? — Perguntou, ele estava cansado.

— Claro pai, eu e a Gelda damos conta do local.

— Ok, não demorem muito a fechar, não quero vê-las reclamando pelo alvorecer. — Ele se despediu com um sorriso e eu voltei a questioná-la com um olhar.

— Se você não quiser me dizer tudo bem... — Sussurrei manhosa.

— Sua curiosidade é um perigo, além de uma dádiva. — Suspirou. — Penso que me acostumei ao luto, é muito mais fácil absorvê-lo do que encarar a verdade. — Os olhos claros apreciaram a caneca enquanto os dedos da mão esquerda passearam pela borda. Não me atrevi a interrompê-la em seu momento de silêncio e depois de sorver o líquido da caneca por completo ela pareceu relaxar. — Visitei Edinburgh um tempo antes de ser destruída, nunca contei isso para ninguém, meu pai havia enlouquecido e matado alguns membros da família julgando que fora traído, ouvi ele chamar por mim durante algumas vezes e sei que a culpa de tal loucura foi minha, talvez se eu não tivesse fugido tudo teria ocorrido melhor.

— Não se culpe Gelda, você mesmo confessou na fogueira que estaria morta se tivesse se ficado. Por favor, você fez a escolha certa para preservar a sua vida. — Tentei aconselhá-la.

— Pena que todas as minhas escolhas não valeram a pena — Minha amiga levou a mão ao ventre e o alisou duas vezes antes de balançar a cabeça como se tomasse consciência do que havia feito e tentasse esconder. — Mas, não podemos viver de passado não é mesmo? — Concordei — Ela conferiu a caneca mais uma vez antes de bufar entediada. — Chega de histórias por hoje, você ouviu Escanor, ele quer nos tirar da cama no primeiro raio de sol então é melhor começarmos a fechar as janelas. — Ouvindo um barulho agitado em volta da taverna e nos preocupamos, pareciam com vários passos e, ao mesmo tempo, o som poderia pertencer a um animal da floresta próxima.

— Porra finalmente chegamos, acho que o Ruin deve estar bem ruim mesmo — Gargalhou.

— Jude faça um favor a nós dois e até o fim dessa missão mantenha-se calado.

— Não fique de mau humor Golgiuszinho, só porque a Friesia não quis casar com você, garanto que aqui dentro há uma meretriz que aceite. — A ironia disfarçada de consolo era risível. — Além disso, eu ouvi dizer que há mulheres belíssimas nesse bar! — A mesma voz ao longe berrou. — Espero que não sejam tão caras.

— E de que adianta, você é um duro e precisamos de realeza e virgens se quisermos nos dar bem. Ouvi dizer que o bando dos demônios está pagando o peso em ouro para quem levar sangue real e um saco igualmente cheio para as virgens. — A conversa de cunho duvidoso me deixou apreensiva.

— Jude seu tolo, você pensa que encontraremos virgens ou sangue real aqui? Não me faça rir. — Gargalhou.

— Ora Golgius... não seja tão descrente e outra, quem disse que apenas elas servem, se forem as mulheres que vi se apresentar na cidade, darão excelentes dançarinas e você melhor do que ninguém sabe que o bordel paga a mais por mulheres com experiência em palco. — Eles não pareciam preocupados com o fato de que sua conversa poderia ser ouvida.

— Então se é assim o que estamos esperando vamos logo, ao que parece ainda há gente lá dentro e se fomos discretos conseguiremos nos divertir também. — Observei Gelda deixar o copo em cima do bar antes de me olhar severamente.

— Elizabeth rápido tranque as portas e vá para detrás do balcão — o sussurro de Gelda me deixou apreensiva, me esgueirei pelo bar e me apressei em trancar primeiro a porta dos fundos, seguida pela entrada, minha amiga trancou cada uma das janelas com a maior delicadeza possível como se, na verdade, não tivesse visto nada nem ninguém, porém, o barulho do cabo de um punhal batendo de leve na janela a despertou.

— Adoraríamos uma bebida e quem sabe uma companhia para a noite. — Pior do que a voz asquerosa, era o semblante impregnado com a falta de pudor Gelda respirou fundo antes de segurar o tecido do vestido púrpura e olhar na direção dos homens que a afrontavam.

— Já estamos fechados e essa é uma taverna de família se procuram por meretrizes vieram só lugar errado. — Os homens se entreolharam antes de explodir em uma gargalhada demasiada alta.

— Ouviu isso Golgius? Taverna de família. Que engraçado! — Limpou as lágrimas dos olhos antes de apontar a lâmina da adaga na direção do vidro. — Escuta aqui sua meretriz, vamos entrar, beber e depois você fará tudo o que ordenamos. — Se exaltou, Gelda deu uma leve risada antes de virar de costa.

— Então ¹Mult noroc vagabundos. — Seus passos foram observados pelos homens que em pouco tempo expressaram sua fúria, creio que seres desse nível não estão acostumados a ser contrariado, Gelda caminhou até o balcão e se encostou, enquanto eu temia por nossas vidas ela simplesmente observava os homens tentarem entrar pelas portas, de vez enquanto os chamava de tolo e um barulho de corpo se chocando com a madeira me deixou desesperada, Gelda sussurrou que eu não deveria gritar e minha respiração se intensificou. A porta da frente foi aberta com um chute e os homens entraram com passos largos.

— Então sua vagabunda, me chame de tolo novamente se tiver coragem, quem sabe se implorar bastante e for boa de montaria eu a deixe viver, Gelda sorriu enquanto eu tentava compreender o que tais palavras significavam.

— Passaram de tolos, tornaram-se verdadeiros ²măgaris, ou como diriam em sua língua, asnos, imbecis ou burro se preferir. — Gelda não parecia temer, mesmo que o homem desconhecido houvesse puxado a espada.

— Calarei a sua boca antes de obrigá-la a me diverti e você, não me atrapalhe. — O homem parecia cada vez maior e quando ficaram vis-à-vis senti meu corpo estremecer, pois, tinha a certeza de que ele nos machucaria, meu pai estava a alguns metros de distância estocando o vinho e resto da casa dormindo devido ao álcool e o fato de ser uma madrugada fria. Engoli minha saliva com dificuldade ao senti a espada cravar na madeira do balcão, tudo fora tão rápido que eu mal enxerguei. Só pude ver o brilho que julguei avermelhado nos olhos de Gelda, antes da mesma esquivar-se sem dificuldade ela puxou um punhal ao qual eu não fazia a menor ideia que possuía e atirou no homem que estava parado ao lado restando apenas o da espada e no momento de distração da mesma ela a golpeou no estômago. — Quem você pensa que é para nos tratar desse jeito? Sabe quem somos? Não faz a menor ideia de com quem está se metendo! — Esbravejou.

— Com um ³fiu de catea covarde. — Colocou-se ereta novamente, eu me mexi indicando que iria ajudar, mas ela recusou. — Não se mexa ou será perigo para você, sei exatamente o que estou fazendo. — Apesar de olhar para o homem, entendi que aquilo fora para mim.

— E o que seria? Me desafiar desse jeito é uma forma de buscar a morte. — Ele comentou, antes que pudesse alcançar Gelda com a espada um grito ensurdecedor ecoou pelo ambiente, olhei para o homem a frente de Gelda que agora agonizava, a mão que segurava a espada não existia mais apenas muito sangue o que me fez desviar o olhar de desespero.

— Como ousam invadir o meu lar e profanarem desse jeito! Eu deveria lavar o chão com seu sangue se no houvessem damas em minha presença. — A voz imperial me causou alívio, aos poucos emergi detrás da mesa sentindo minhas mãos tremerem. — Gelda, Elizabeth estão bem? — Assentimos. — Ótimo então vão para os seus quartos e tranquem a porta de casa, caso tentem invadi-la provavelmente morreram na minha sala, digamos que Derriere e Merlin estão de mau humor e sobrou para Monspiet terminar de guardar as bebidas. Eu não pretendo dormir tão cedo e avisem a Monspiet que venha até mim quando acabar. — Gelda se despediu com um breve tudo bem e seguimos para fora da Taverna, tudo o que eu queria era descansar e entender o que está acontecendo nesse lugar, essa é a segunda vez que sequestradores de mulheres cruzam o nosso caminho, o silêncio de Gelda me incomodava, mas eu sabia que ela não me contaria nada.

...

O dia estava perturbadoramente cinza e barulhento, indicando que logo uma tempestade estaria aqui, me levantei e caminhei até o banheiro que ficava do lado externo da Dandelion, fiz minhas higienes e retornei para meu quarto eu precisava pôr o corset já que a barulheira indicava que o bar estava movimentado, vesti a peça sempre foi fácil, mas apertá-la é impossível.

— Já de pé. Impressionante. — A voz de Gelda tomou conta do quarto.

— Você poderia...

—  Claro *draga mea... — Sorri ao ouvi-la, o carinho que Gelda tem por mim é como se fosse de uma irmã. As cordas foram puxadas com força e prendi a respiração numa tentativa estapafúrdia de que o corset entrasse com facilidade. — Prontinho minha Elizabeth, agora vamos por um vestido decente. Que tal aquele azul-claro belíssimo que ganhou de aniversário?

— Não entendo o porquê disso, eu sempre uso meus trajes comuns e não vejo problema algum nisso. — Respondi, Gelda ainda estava com o vestido da noite anterior.

— Não é todo dia que o capitão da ordem de elite está presente em nossa casa não é mesmo? — Gelda pegou o leque e se abanou, depois pôs-se joelhos na cama e me obrigou a ficar imóvel enquanto desamarrava meus cabelos, senti meu rosto aquecer com a possibilidade de encontrar novamente com Sr.Meliodas. — E então será o azul? — Perguntou mais uma vez me deixando confusa.

— Não, eu usarei o mesmo de antes, o verde-claro. Temos muito trabalho pela frente e a presença de Sr. Meliodas não deve mudar isso. — Escondi meu sorriso ao sentir Gelda trançar meus fios. Quando acabou seguimos para o doce gula onde era possível ouvir a voz grave daquele que cumpria as ordens do rei, assim como da primeira vez que nos encontramos ele trajava sua bela armadura e seu semblante sério despertaria facilmente o medo naqueles que não o conhecem:

— Howzer leve-os para Baste, mas antes faça com que passem pelas mãos de Griamor. — Sr.Meliodas em nenhum momento desviou o olhar para o barulho que se sucedeu assim que passamos pela porta.

— Sim senhor. — Um homem de cabelos loiros com um enorme topete respondeu, foi em direção aos agressores e os segurou pelo braço, percebi que o homem que Gelda havia derrubado antes ainda estava vivo e fiquei aliviada.

— Espere Tenente, eu não acabei. Quero que conte os passos. — Todos dentro do salão direcionaram o olhar para Sr.Meliodas.

— Os passos?

— Sim Tenente, você contará quantos passos darão até Griamor e o número deverá ser convertido em tortura. — Desviei meu olhar, apesar de merecerem eu não desejo o mal ou a violência para ninguém.

— Com a permissão da palavra senhor. — O Tenente indagou.

— Fale.

— Eles não irão aguentar... — Havia uma falsa serenidade em sua voz e Sr.Meliodas Gargalhou.

— Mais é claro que vão, são muito homens na hora de sequestrar ou violentar mulheres, então aguentarão com os culhões que tem cada tortura imposta por Griamor, do contrário arranque o faz deles homem e eu os quero vivo para sofrer diariamente e amargar a vida miserável que escolheram. — Eu poderia dizer que de todos os olhares que já presenciei desde que o conheci esse é o mais intenso. Agora vá Tenente não quero assustar ainda mais as damas desse lugar. — Depois de bater uma continência ele da retirou os homens andavam a frente se entreolhando. — Nem tentem uma gracinha, a armada está ali fora e não hesitaram em matá-los. — Os homens foram empurrados para fora pelo Tenente e Sr.Meliodas sorriu ao olhar para Escanor. — Vejo que ainda não perdeu o jeito, mas precisava arrancar o braço daquele idiota? — Gargalhou.

— Pelo seu boníssimo humor creio que seja pouco, além do mais ele encostou em alguém da minha família, sorte sua que o decreto foi cumprido, do contrário eu mesmo daria cabo da vida dos dois com minhas próprias mãos. — Nunca vi meu pai tão alterado, Merlin respirou fundo ao entregar-lhe um copo de cerveja.

— Ele terá o que merece não é mesmo Meliodas?

— Claro Merlin fique despreocupada quando a isso e pelo estado do outro semi morto, presumo que isso seja seu. — Sr.Meliodas ergueu um punhal limpo, segurou pela lâmina e pude ver que o cabo de madeira além de bem esculpido possuía algumas pedras.

— Certamente. E você me deve um vestido novo Meliodas. — Gelda caminhou pelo bar e pegou a adaga da mão dele.

— Na mesma cor imagino… — Sussurrou, o que me deixo intrigada, nunca vi a face de Gelda tão enraivecida em tão pouco tempo.

— Não me provoque dragão, do contrário sofrerá com a minha ira. — Os ânimos exaltados me deixou apreensiva, os únicos que não estavam no bar eram Monspiet e Derriere.

— Perdão princesa, não vá se zangar em vão. — Ele respondeu.

— Você anda muito engraçadinho, eu gostaria de saber o motivo. Por acaso encontrou o bando que anda sequestrando mulheres? — As palavras dela fizeram o sorriso do Sr. Esmorecer. — Então pare de gracinha e faça o seu trabalho, essa já é a segunda vez que somos alvos simplesmente por estarmos a trabalho. — Gelda agitou o leque, ergueu a cabeça e saiu do recinto como a dama que é, eu permaneci imóvel observando cada semblante sério e a tensão no ambiente e os olhares desconfortáveis permaneceram, até que a porta da frente foi aberta com certa brusquidão.

— MELIODAS! EU NÃO AGUENTO MAIS ESPERAR. ME DE ALGO PARA PASSAR O TÉDIO! — A voz feminina estridente invadiu o ambiente.

— Diane, por favor... — O Sir Resmungou.

Observei a dama a minha frente e a mesma usava uma linda armadura levemente alaranjada e seus cabelos castanhos como o tronco do carvalho estavam divididos em dois e presos lateralmente.

— Por favor nada Capitão, estou mortalmente entediada e nem mesmo Howzer pode me fazer companhia. — Reclamou.

— Não comece serpente, sabes muito bem que está prometida para o rei de Faery Florest, não me arrume problemas. Como seu capitão eu lhe ordeno que fique em silêncio. — Sr.Meliodas massageou as têmporas e a pequena discussão foi encerrada com uma gargalhada de Merlin que atraiu os olhares de todos.

— Você não muda não é mesmo Diane? — Os olhos cor de violeta da até então desconhecida piscaram duas vezes antes de a mesma soltar um grito fino e ir até Merlin.

— MERLIN que saudade! Escanor você também está aqui. Esperem só até eu contar para o Ban, aquele idiota não quis vir preferiu ir direto para o reino de Faery não sei das quantas. — Notei que a mesma é peculiar demais, pois se comunica e se porta de uma maneira diferente dos outros além de aparentar ser extremamente alegre.

— Espere Diane até onde eu me lembro você fora consagrada a próxima rainha de Megadozer. Então o que faz aqui? — Escanor perguntou.

— Bom eu até conto só deixe eu me livrar dessa armadura e se puderem providenciar algo para eu comer agradecerei. — Sorriu gentilmente.

— Não vejo problema nenhum nisso desde que Meliodas me conte o verdadeiro motivo de ainda estar aqui. — Meu pai estava mais sério que de costume.

— Você nunca erra meu caro, então irei direto ao ponto. Estou indo para Baste, mas antes irei para Dalmary e sei que sua companhia irá se apresentar por lá, se quiser, posso escoltá-los até seu local. — Os olhos verdes do Sir vieram a mim que não pude impedir a vergonha que senti.

— Sabe que isso é desnecessário enquanto tivermos a mim, todos daqui estarão seguros. — Meu pai cruzou os braços e meneou a cabeça para o lado esquerdo, percebi na hora que havia apontado para o machado gigantesco recém-polido. Antes que voltasse a falar, Merlin colocou a mão em seu ombro direito e sussurrou algo em seu ouvido, o mesmo olhou para mim e pigarreou. — Talvez a sua presença seja tolerável. — Eu preferi não encará-lo e apenas segurei meu pulso esquerdo ao redor dos meus seios, o olhar de Sir. Meliodas se tornava mais intenso cada vez que nos olhávamos e ao mesmo tempo que meu coração acelerava com tal reação também me colocava em alerta e isso confundiu a minha mente.

— Excelente espero que possamos reviver um pouco das nossas antigas experiências e quem sabe criar novos laços. — Apesar de suas palavras serem direcionadas aos membros da minha família eu senti seu olhar crestar minha pele e intimamente tenho que admitir que passei a querer conhecer um pouco mais de seu mundo, talvez pela primeira vez nesses meus quinze anos eu desejo algo além da dança e Sr.Meliodas despertou o meu interesse pelo desconhecido.


Notas Finais


1. Mult noroc - Boa sorte
2. Măgari - Asnos.
3. Fiu de catea - filho da puta
4.Draga mea - minha querida

Gelda caprichou nas palavras nesse capítulo hehehe.


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