História Homeless - Decisão

(Val’s POV)

Eu cansei, eu  não quero mais me privar de demonstrar amor ao homem que eu amo, eu passei uma noite incrível com o Aidan vendo filmes de comédia romântica, mas eu queria mais, eu queria sentir o corpo dele, o beijo, tudo, eu não posso mais ficar casada com o Daniel, eu vou inventar uma desculpa qualquer, mas eu não posso mais, eu não vou conseguir olhar pra cara dele e manter um relacionamento com ele sabendo do que ele fez, hoje eu volto pra casa, ele também, eu vou conversar com ele, simplesmente não dá  mais.

-Bom dia- falei chegando na cozinha

-Bom dia- o Aidan falou olhando pra trás e abriu um sorriso lindo-Eu já estou terminando, ai você toma café e pode ir

-Aidan, eu vou me separar do Daniel

-Val

-Eu não vou conseguir Aidan, se eu continuar casada com ele, eu vou acabar contando sobre o que a gente descobriu

-E o que você vai falar?

-Vou falar que eu me apaixonei por outra pessoa, claro que ele vai saber que é você, ele não é besta, mas não vou deixar ele desconfiar que eu sei que ele me traiu com o meu próprio irmão

-E como você vai fazer com o seu irmão?

-Bom, aquela casa é minha, eu vou continuar nela e o Edward não é besta, se o Daniel for embora e ele for atrás, ele sabe que eu vou sacar que tem algo ali entre eles, então ele vai continuar na casa como se nada tivesse acontecido, ele eu vou ter que olhar na cara mais um pouco, não queria, mas ele não vou conseguir fugir

-Tomara que você esteja fazendo a coisa certa, não quero que nosso plano dê errado

-Não vai dar Aidan, eu só não quero me privar de amar você em paz, nossa noite ontem poderia ter sido ainda melhor se eu não estivesse casada

-Eu sei, eu te entendo, eu também não quero me privar de amar você, mas eu tenho medo

-Eles não vão desconfiar de nada, eu tenho a desculpa perfeita, que é o fato de estar apaixonada por você, contra isso ele não vai poder argumentar, porque poderia ter acontecido de qualquer jeito, sem ele ter traído como Ed, sem o fato dele ser um assassino e eu me separaria dele de qualquer jeito

-Você tem razão

-Quero te levar pra conhecer meu pai como meu namorado

-Ai meu deus haha

-É sério hahaha

-Vai falar com o Daniel hoje?

-Vou, assim que ele chegar

-Qualquer coisa me liga viu

-Eu ligo sim, pode ficar tranquilo

-Vamos tomar café- ele colocou as coisas no balcão

-E o Drake?

-Mandou mensagem, disse que o pai do Paul gostou muito dele e que vai levar os dois pra almoçar fora pra comemorar o namoro deles haha, disse que volta a tarde e que o sogro dele quer marcar algo com a gente e com os meninos

-Nossa, fico feliz que o pai do Paul tenha gostado dele, ele é um garoto incrível

-Ele é mesmo, merece todo o apoio do mundo

-Principalmente desse irmão mais velho que a vida deu pra ele

-Eu sou o maior apoiador que ele tem, tenho orgulho daquele moleque, do ser humano incrível que ele é

-Pelo jeito o pai do Paul também apoia bastante o filho

-Sim, isso é ótimo

-Se fosse o Chris, você apoiaria?

-Com certeza, apesar de ser de outro tempo, minha avó sempre teve uma mente muito aberta e sempre me ensinou que amor é amor, não tem cor, sexo, idade, desde que seja permitido por lei haha, não tem nacionalidade, amor é amor, um sentimento que domina a todos nós, ela dizia que até os mais perversos homens são capazes de amar, e se eles podem, um homem pode amar outro homem, um judeu pode amar uma africana, um japonês pode amar uma russa ou um russo, todos devem ser livres para amar quem quiser

-Eu também apoiaria meu filho ou filha, acredito que tenha um choque, porque nem sempre a pessoa deixa transparecer, mas eu como mãe, vou amar independente da orientação sexual, identidade de gênero

-O mundo precisa de mais pessoas assim, para que pessoas como o Drake, não vão parar na rua ou em um caixão por conta do preconceito de gente ruim

-Exatamente, o Drake teve sorte de ter você na vida dele

-E eu te ter você na minha vida, eu só consegui me reerguer, porque você me ajudou e eu vou ser eternamente grato ao você

 -Eu só fiz o que eu achei certo, e ainda bem que eu fiz -olhei em seus olhos e sorri e ele sorriu também

Nós tomamos café, eu fui me arrumar e me preparar para ir pra casa:

-Preciso ir

-Cuidado viu, eu já disse e repito, qualquer coisa você liga, eu corro pra lá ou você corre pra cá, sei lá, só me avisa

-Pode deixar

-Boa sorte

-Obrigada- falei abraçando ele com força

Eu fui pra casa e quando eu cheguei, eles não tinham voltado ainda, então separei as roupas sujas que eu usei nesses dias que eu estava fora, coloquei na lavanderia e fui pensar no que fazer para o almoço, hoje é domingo, os empregados não trabalham, e mesmo quando eles trabalham, eu sempre faço alguma coisa haha. Eu estava na cozinha preparando o almoço quando escuto a porta da sala sendo aberta seguida das vozes do Daniel e do Edward.

-Olá amor -o Daniel apareceu na cozinha

-Olá

-Por que não me avisou que ia viajar?

-Por que você não liga no meu celular? Você sabe que eu trabalho que eu quase não fico em casa pra atender o telefone, poderia ter me mandado uma mensagem, mas nem pra saber se ta tudo bem comigo você se prestou

-Nossa, calma

-Deixa eu fazer o almoço, depois a gente conversa

Ele saiu, provavelmente foi falar de mim pro Edward, nem gosto de imaginar o que eles falam de mim, devem fazer a minha caveira, mas logo eles vão estar livres pra viverem esse caso deles sem a corna aqui no pé, mas não tão livres assim, porque eu quero ver os dois apodrecendo na cadeia, eu amei muito o Daniel e o Edward é meu irmão, cresceu comigo, mas o que eles fizeram com o pequeno Chris e o que fazem com outras pessoas é imperdoável, é cruel, é coisa de gente ruim, eles são ruins!

-Vocês vão almoçar? – falei aparecendo na sala

-Vamos sim maninha, o que você fez de bom?

-Fiz a macarronada da vó

-Hmmmm adoro essa macarronada- ele me deu um beijo na bochecha, aja naturalmente Valerie

-Vamos comer antes que esfrie então

Fomos para a sala de jantar e almoçamos em um clima “agradável”, já que por dentro eu queria matar os dois.

-Maninha, deixa a louça na pia que eu lavo -o Edward falou

-Ok, Daniel, podemos ir para o quarto? Precisamos conversar

-Pode ser depois? Eu estou cansado da viagem, quero dormir um pouco

-Não, tem que ser agora

-Ok, vamos

Fomos para o nosso quarto, fechei a porta e sentei na cama:

-Pode falar- ele sentou também

-Eu quero o divórcio- fui curta e grossa, mas a cara dele não foi uma das melhores, meu deus, me proteja agora, porque acho que ele não vai reagir bem

-Como é que é?

É, ele não reagiu bem, e agora?