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História Homewrecker - Hinny - This Is Love



Notas do Autor


Nikoly: Olá! Como estão? Seguros desde a queda ou ainda caídos no chão? HAUAHUAHAUA

Mas, cá entre nós, AMAMOS um caos, pânico e desespero. Esperamos que vocês gostem também 🌝

Boa leitura 💞

Kelly: amados, eu admito que me senti ADORÁVEL com o desespero que provocamos no capítulo anterior uhsauhuah
E devo dizer que aquilo foi brincadeira de criança perto do que vamos aprontar kkkkkkkkkkkkk
Boa sorte e boa leituraaaaa!

Capítulo 12 - This Is Love


Fanfic / Fanfiction Homewrecker - Hinny - This Is Love

You're no good, you're no good
You could kill me and you should
I'm an idiot for thinking
This was anything but blood

This Is Love; Air Traffic Controller

 

 

Gina Weasley

 

Em poucos segundos, pelo que pareceu, uma multidão de pessoas adentrou meu quarto. Parecia que todos os seguranças da casa estavam ali, no entanto, o primeiro rosto em que foquei foi o de Hermione, e o qual, consequentemente, me fez explodir. 

– Que tipo de retaliação é essa? – gritei com ela, balançando o papel da ameaça explícita em minhas mãos. Estou vendo você, Gina. E você vai morrer. – Que porra eu fiz para você? 

Hermione me encarava pálida, e eu nem vi ela ser gentilmente empurrada por Ronald. Só reparei que meu irmão correu ao meu encontro, olhando a boneca com espanto, o papel igualmente. 

– Quem fez essa merda? – virou-se, a voz tão firme que eu me encolhi. Ron percebeu e passou um dos braços pelos meus ombros, puxando-me para perto de si. – Vamos! Eu fiz uma pergunta, inferno!

Haviam cinco seguranças ali e todos balançaram a cabeça negativamente, os cenhos franzidos, suas vozes sussurrando que não eram responsáveis por aquilo.

– O que está acontecendo aqui? – papai perguntou, chegando ali também. Seu olhar era cansado, e foi a primeira vez que eu o vi sem toda a roupa formal que geralmente usava. 

– Eu cheguei da Rubrum e tinha essa boneca na parede – apontei para a mesma e tremi. Ron começou a desenhar círculos em meus ombros com o polegar. – E uma ameaça. Veja. 

Papai pegou o pedacinho de papel que parecia pesar quilos em minha mão e leu, seu rosto cada vez mais e mais branco. 

– Isso é uma brincadeira de mau gosto – sussurrei, olhando para Ron como se ele fosse meu bote salva vidas. – Não é?

O desespero estava nítido na minha voz, meu estômago parecia retorcido e tudo piorou quando Rony suspirou pesadamente.

– Não há brincadeiras em nosso meio, Gina – ele respondeu, segurando meus ombros e olhando nos meus olhos. 

– Então... – meu estômago idiota revirou e eu engoli em seco. – É real. Alguém me quer morta. É isso. 

Rony maneou a cabeça levemente a cabeça. 

– No nosso meio as ameaças são interpretativas – ele murmurou, desconcertado. – Nem sempre o alvo da amaça, é o alvo de fato. Às vezes é só a isca.

– Mas ali falaram claramente o nome dela – apontou Hermione, os braços cruzados e o olhar duro. – Eu acho que quem fez isso, se referia a ela.

– Quem fez isso está com os dias contados – bradou Arthur. Agarrei a camisa de Ronald e escondi o rosto em seu peito, como costumava fazer com Liam. Senti ele hesitar, entretanto, seus dedos logo afagaram minha cabeça. – Quero a cabeça desse filho da puta da minha mesa. 

Olhei em volta, encarando os olhos apáticos e assustados de pessoas que eu mal conhecia. Hermione, pela primeira vez, estava desprovida de qualquer arrogância ou superioridade. Ela parecia até... mexida, com aquilo tudo. Eu senti como se o chão estivesse desaparecendo sob meus pés.

Céus... eu estava ali há poucas semanas, como poderia estar sendo ameaçada tão rapidamente? Engoli em seco, aturdida demais para pensar em qualquer outra coisa, as palavras ecoando dentro da minha cabeça. 

Estou vendo você. 

Estão me vendo. Vigiando, como corvos atrás de carne. Sondando, como barcos atrás do farol. Eu era um alvo. E eu não sabia quem mirava em mim. 

– Eu fiz algo? – perguntei, tão baixinho que só meu irmão pôde escutar. – Me conte seu eu fodi a vida de algum de vocês, ou se eu fiz... 

– Não – Ron cortou-me, segurando meus ombros e apertando gentilmente. – Você não fez nada. Absolutamente nada. 

– Então... – olhei-o perdida e Ron suspirou, um vinco entre suas sobrancelhas. – Quem poderia me querer morta? Eu não entendo, Ron, eu... 

– Eu não tenho a mínima ideia – ele buscou nosso pai com a visão acirrada. – A Sangris...

Ao escutar tal nome, o pescoço de Arthur quase estralou na velocidade com que ele se virou para nós. 

– Sangris? – matutou ele. – Eles não seriam tão estúpidos...

– Ah, Snape é boçal o suficiente para fazer isso – Hermione se intrometeu e eu sentia que estava me perdendo cada vez mais nos assuntos. – Você sabe como ele age, Arthur. 

Papai coçou o rosto, trêmulo. 

– Se ele estiver a fim de começar uma guerra – Ron falou. – Ele poderia ter feito isso. Principalmente porque agora todos sabem quem Gina é. 

– Quem é Snape e por que caralhos ele sabe quem eu sou? – interferi no assunto, várias coisas passando pela minha cabeça. Nenhuma delas tinha um sentido lógico. 

– Snape é o Capo de uma outra máfia – Ron explicou baixinho. – O nome dela é Sangris. Nossos problemas são de tempos, já, desde que Tobias Snape, o melhor amigo do nosso avô desertou a e fundou a própria Máfia. 

– A disputa de território entre a Sangris e a Regiorum é antiga – Arthur murmurou sombriamente. – Severo é ainda pior que o pai, não mede esforço ou crueldade para derrubar o que quer que esteja no seu caminho para o topo. 

– E por que ele quer matar a mim? – bufei indignada, o pavor aumentava a casa instante.

– Não é você que ele quer, Gina! Será que não percebeu ainda, garota? – Hermione me olhou e eu apertei os lábios. – Estar no topo, significa poder. Estar no topo, significa comandar praticamente todo o dinheiro ilícito que circula pelo país. E se para estar no topo ele precisa derrubar Arthur, ele vai usar todas as armas que ele possui.

– A Regiorum e a Sangris estão há anos nessa guerra silenciosa pelo poder. E dizem que na guerra, tudo é válido para derrubar o inimigo – Ron completou. – Só que Snape nunca tinha feito um ataque tão direto.

O silêncio se instalou ali, talvez todos estivessem concordando com Ron. Engoli em seco, buscando apoio em qualquer coisa. Quando as coisas pareciam encaminhar para um bom momento, sempre tinha algo que viria me derrubar. Parecia uma... sina. Meu destino. 

– Nada disso deveria estar acontecendo – olhei para Arthur, as mãos tremendo de raiva e praticamente voei até ele, dando de dedo em seu peito. – Isso é tudo sua culpa! Você estragou a minha vida! A porra da minha vida! 

Eu não conseguia controlar as minhas mãos, muito menos minhas ações, e quando agarrei a camisa dele, eu desabei. 

– Faça essa merda acabar! – um sussurro esganiçado saiu da minha boca e eu chorei. Agarrei-me a Arthur, como sempre havia imaginado me agarrar a uma figura paternal. E eu chorei, enquanto ele me abraçava e balançava em seus braços. – Papai, faça isso parar... faça isso parar... por favor...

– Shii, está tudo bem, querida – Arthur alentou, a voz impassível e calma. – Está tudo bem, o papai vai sempre fazer as coisas ficarem bem. Você vai ver. 

 

 

– Mais seguranças – determinou Arthur, enquanto eu levava a xícara de café aos lábios. Eu mal havia conseguido dormir à noite, acordava com uma frequência absurda e meus pesadelos foram conturbados. 

–  Bom dia para você também, papai – resmunguei, com um aceno de mão. Arthur me olhou desconcertado e beijou minha cabeça, sentando-se no lugar de costume. 

– Bom dia, filha – ele murmurou e notei que ele tinha um vinco nervoso entre as sobrancelhas, grandes olheiras tomando conta de seu rosto. Era estranho vê-lo assim, preocupado. Ainda mais, comigo. 

– Mais seguranças para quê? – perguntei, vendo meu irmão e sua cadela chegarem no cômodo. Os olhos de Hermione estavam tensos, Rony acompanhando-a de perto. 

– Para tomarem conta de você – disse. Limitei-me a rolar os olhos, dando um sorrisinho nervoso para Ron.

– Falando assim parece que Gina tem uns cinco anos de idade – brincou Ron. – Está precisando de uma babá, maninha.

– Aramis é a minha babá – apontei com a cabeça para o enorme segurança parado numa das paredes do cômodo. – E ele não me deixa ter um minuto de sossego, é incrível.

– Aramis não irá sair de perto de você – Arthur instruiu e eu fuzilei o segurança com os olhos. Ele apenas deu de ombros. 

– Quem quer que deseja a minha morte, podia fazer isso logo, já é um sacrifício ser seguida até no banheiro – sussurrei, baixinho. Hermione sibilou. 

– Não diga isso – instruiu ela, seriamente. Mordi os lábios e a encarei, a dúvida crescente amargando a minha boca. 

–  Se for você, pode ficar à vontade – meus olhos cintilaram para ela. – Como vai ser? Um tiro na cabeça ou facadas? O menos doloroso, por favor, eu não quero sofrer tanto.

– Gina – Ron advertiu. Seria engraçado aquela situação, onde Rony sempre se colocava entre nós, se não fosse preocupante. 

Eu iria retrucar, contudo, minha atenção foi desviada quando Harry entrou no cômodo. Seus olhos buscaram Arthur e eu engoli em seco. 

– Já descobriram algo? – perguntou ele, sentando-se ao meu lado. 

– Nada, por enquanto – Arthur deu de ombros, coçando a testa. – Mas não sairá impune. Disso eu tenho certeza.

– O que mais me indigna, nessa situação, é que foi aqui dentro – Harry rosnou. – Se for como Rony contou, uma declaração de guerra da Sangris, temos um infiltrado. 

– E se for, temos um traidor entre nós – sibilou Ron. – Nenhuma das opções me agrada. 

– Gina, querida, sei que não é uma situação legal, mas precisarei colocar mais seguranças para você – Arthur contou e eu mordi meus lábios. 

– Aramis é tudo que preciso. 

– Aramis era tudo que precisava – Harry se virou para mim, os olhos verdes fuzilando na minha direção. – Antes de ter um alvo bem no meio da sua testa. 

Resmunguei, rolando os olhos e massageando minhas têmporas.

– Considerando isso, o treinamento não é mais opcional – disse ele e eu o encarei ofendida. 

  – Como se antes fosse – dei uma risada amarga e Harry balançou os ombros. 

– Estou falando sério, Gina – os olhos de Potter estavam igualmente preocupados comigo e aquilo fazia meu estômago revirar. 

– Eu concordo com Harry – avisou Arthur. – Preciso que treine mais, Gina. Agora não é por capricho ou aprendizagem, é para seu bem.

Harry balançou a cabeça em concordância, parecia completamente perturbado e eu não entendi o motivo. Suspirei aturdida com a rapidez que as coisas aconteciam naquela casa. 

– Eu sei – dei de ombros. – Vou continuar com a porcaria do treino. 

Arthur e Harry trocaram um olhar rápido e então Harry levantou-se.

– Te encontro depois do café para começarmos.

– Quero que dê o melhor de você, filha – instruiu Arthur, depois que Harry saiu. Do dia para a noite ele parecia cinco anos mais velho. Seus olhos brilhavam em preocupação quando ele murmurou: – Pelo seu próprio bem. 

 

 

Harry Potter

 

Minhas mãos trabalhavam habilmente limpando uma das dezenas de armas que estava espalhadas pelo centro de treinamento, enquanto eu esperava Gina aparecer.

Em uma situação normal, eu não pressionaria a filha de Arthur mais uma vez para falar sobre o seu temor com tiros. Contudo, depois se ser ameaçada diretamente, as coisas haviam mudado.

Não era mais uma questão de capricho ou teimosia. Era a segurança dela. E, se era isso que realmente importava, eu tentaria tirar a última gota de sossego daquela garota até que, enfim, ela abrisse o jogo.

– Aramis, por favor, eu estou com Harry aqui! – escutei a voz de Gina e me virei, vendo-a entrar na sala com o segurança em seu enlace. – Não precisa me seguir, inferno!

– Foda-se que está com o Harry, são ordens diretas do seu pai – respondeu ele, com um grunhido. Gina olhou em desespero para mim, um pedido mudo de resgate.

– Capo Weasley e suas ordens – dei de ombros e ela suspirou altamente, olhando para Aramis.

– Hierarquia filha da puta – sussurrou ela e eu dei uma risada baixa, apontando com a cabeça para que ela viesse ao meu lado. – O que vamos fazer hoje?

Peguei uma pistola e coloquei na mão de Gina.

– Vamos atirar.

No segundo em que minhas palavras soaram, Gina empalideceu, seus olhos ficando opacos. O sorriso em seu rosto morreu e ela engoliu em seco, parecendo aturdida.

– Não.

– Gina – falei, em tom de aviso. Aramis ergueu uma sobrancelha e encostou-se numa das paredes do local, analisando-a.

– Não, eu não vou – Gina negou várias vezes com a cabeça, colocando a arma na mesa. – Harry, eu posso correr por quilômetros, você pode até fazer dezenas dos nós mais difíceis no meu pulso. Mas não me faça atirar, eu não consigo.

Gina deu dois passos para trás e eu dei dois para frente, segurando os ombros dela e a impedindo de fugir.

– Princesa, você precisa falar para mim o que aconteceu com você – sussurrei, tentando convence-la. Os meus olhos estavam grudados no dela e eu reparei que os castanhos se encheram de lágrimas.

– Eu não posso – Gina levou as mãos a cabeça e puxou seus cabelos. – Não posso, não posso...

– Ei, ei, ei – segurei os pulsos dela, assustado. – Se acalme, Gina. É só uma pergunta.

– Não, não é só uma pergunta – rosnou, a voz entregando o choro que estava por vir. – Você não sabe... não pode...

Gina tentou se afastar mais uma vez, entretanto, a segurei pela cintura. Seus pulsos encontraram meu peito.

– Harry, eu estou falando sério – a voz embargada de Gina me assustava como o inferno.

– Eu também – repliquei, no mesmo tom. – Pode confiar em mim, Gina. O que aconteceu?

Sua testa franziu-se, soltando os braços ao lado do corpo. O lábio inferior de Gina tremeu e eu soltei-a do aperto do meu braço.

– É algo com sangue? – Aramis questionou do outro lado da sala. Olhei alarmado para ele, temendo que Gina simplesmente corresse dali e se fechasse.

– Também – Gina engoliu em seco e me olhou aturdida. – Eu senti, sabe... o sangue da minha mãe molhando a minha roupa, o barulho do tiro que a matou... ela repetindo que tudo estava bem, tudo ficaria bem...

Gina abraçou seu próprio corpo e eu fiquei sem reação. Lágrimas escorriam no rosto bonito dela e eu não sabia o que fazer para a acalmar.

– Estávamos em um restaurante – Gina contou com um sorriso triste. – Ela estava falando sobre o projeto de publicar um livro, era o sonho da vida dela... – ela deu uma risada dura. – E toda a merda aconteceu. Do nada. Não deu para prever, e se eu pudesse, eu o faria, custasse o que fosse. Eu gostaria de ter previsto.

Eu quase conseguia ver os fatos acontecendo pelos olhos de Gina. Era assustador o quão aberta ela estava na minha frente.

– Dois caras de preto chegaram no estabelecimento, e mamãe viu – explicou ela, levando a mão ao peito e puxando a blusa como se isso acalentasse seu coração. – Eles anunciaram o assalto, e enquanto um ia pegando o dinheiro o outro cuidava dos clientes. O homem mandou todos ficarem contra uma parede, as pessoas começaram a se desesperar, o cara se irritou e me puxou pelo braço. Ele mandou todos ficarem calados ou ele atiraria em mim... – Gina fechou os olhos com força e suspirou. – Eu não sei se conseguirei esquecer a sensação daquela arma no meu rosto – Gina tocou a lateral do rosto e eu assenti de leve. Eu sabia o que era ter uma arma apontada para mim. – Mamãe implorava para ele me soltar, mas ele a mandava se calar, por que ela simplesmente não se calou?

Engoli em seco, olhando-a perdido.

– Foi tudo tão rápido – contou, a voz sumindo. – Eu estava com tanto medo de morrer que sequer imaginei que quem acabaria morrendo era ela – eu podia ver que Gina tremia, os olhos correndo de um lado a outro. – Em um momento a arma estava apontada para mim, no segundo seguinte sinto meu corpo ser empurrado e um tiro soando. Minha mãe me empurrou e o maldito a matou, fácil assim – ela soluçou, limpando as lágrimas com violência. – Eles fugiram depois da merda, mas ela não morreu na hora, não.

Gina sentou-se no chão, passando os braços pelos joelhos. Abaixei-me em seu nível, com medo de tocá-la.

– A bala perfurou o peito da minha mãe – cada segundo a voz de Gina tremia mais e mais, seu corpo quase entrando em um estado convulsivo. – E o cara fugiu como o covarde que era. Eu fiquei com ela, abraçando-a, o sangue nas minhas mãos. Ela ficava repetindo que ela me amava... que era para eu me cuidar, que o mundo podia ser cruel as vezes e que tudo estava bem. Que ela estava indo em paz, sua missão já havia sido cumprida aqui na Terra.

Uma risada histérica escapou dos lábios de Gina.

– Eu nem me mexi quando as ambulâncias chegaram. Eu já tinha visto a vida sumir dos olhos da minha mãe – Gina apertou as mãos contra a cabeça. – Eu tinha escutado suas últimas palavras, já havia dito o último eu te amo para ela. Quando eles chegaram, já era tarde demais. Minha mãe já tinha me deixado.

Gina encarou-me.

– Quando eu escuto esse maldito barulho, eu lembro daquele dia – sussurrou ela, mais pálida que uma folha de papel. – E eles não param de atirar, não param de se repetir.

Gina respirou com dificuldade e eu me apressei para segurá-la pelos ombros. Seus olhos estavam presos nas próprias mãos, trêmulas.

– Mamãe, mamãe, mamãe – agarrei o rosto de Gina, sussurrando seu nome. – O sangue, o tiro...

– Você está segura, Gina – disse, em completo pânico pela forma que ela agia. – Olhe para mim, você vai saber que está segura. Olhe, Gina.

– Não atire, por favor, não atire – ela agarrou minha camisa e começando a respirar rapidamente, mais do que seria o recomendado. – Minha mãe não, não, não...

– Ela está hiperventilando – Aramis disse, igualmente preocupado. A única coisa que eu sabia que deveria ser feito nesses casos era fazer a pessoa prender a respiração, então foi isso que eu fiz.

Segurei o rosto de Gina entre as mãos e beijei a boca dela fortemente, sentindo seus dedos se enrolarem em minha camisa.

Seus lábios se entreabriram e eu segurei sua nuca, aprofundando o beijo. Suas mãos me puxaram mais para perto e ela suspirou, meus dedos afrouxando do aperto enquanto ela se acalmava. Nossos lábios ainda se tocando por todo esse tempo.

– O que...? – sussurrou ela, quando nos separamos. Meus polegares secaram as lágrimas que ainda escorriam do rosto de Gina, meus joelhos no chão. De joelhos, por ela.

– Eu tinha que fazer você trancar a respiração – contei, tão baixo quanto um sussurro. Ela deu um sorrisinho nervoso e arrumou o cabelo atrás da orelha.

– Acho que deu certo – disse ela, seus olhos tristes. Eu iria dizer algo, mas, escutei o pigarro de Aramis, atrás de nós, e então levantei a cabeça.

– Até demais – replicou ele, e eu vi um rubor subir pelo rosto de Gina. Levantei e ofereci uma mão a ela, puxando-a. – Sabe, garota, meu melhor amigo morreu de uma forma parecida.

Gina segurou minha mão, agarrando os meus dedos. Eu me surpreendi a apertar a dela novamente, meu polegar desenhando círculos em sua palma.

– Éramos adolescentes, tínhamos dezesseis anos na época – Aramis deu um sorriso triste. – E resolvemos ir numa boate, à noite. Ryan sempre foi mais inteligente que eu, mais seguro. Eu era inconsequente, e eu o convenci a sair comigo naquela noite.

Aramis apertou as mãos uma conta a outra.

– Eu me arrependo amargamente – continuou. – Eu estava muito bêbado, e dei em cima de uma garota comprometida. O namorado dela veio para cima de mim e Ryan interferiu.

Os ombros do segurança balançaram e em seguida ele deu uma risada baixa.

– Eu não sabia que ele estava armado – Aramis sussurrou. – Mas, ele estava. E o namorado dessa garota atirou. E Ryan morreu no mesmo instante. Era para ser eu, no entanto.

Seus olhos estavam semicerrados e tristes, como eu nunca havia visto em toda a minha convivência com ele. Era estranho vê-lo tão descontruído de barreiras.

– Ele era meu melhor amigo – Gina soluçou e eu a puxei para perto, segurando seu corpo contra o meu. – E, por umas malditas doses de tequila e uma passada de mão idiota, eu o matei. Você não tem ideia do quão difícil foi olhar nos olhos da mãe de Ryan e contar o que havia acontecido, o que ele e eu havíamos feito...

Gina segurou minha camisa mais uma vez, lágrimas silenciosas caindo de seu rosto.

– E enfim – Aramis balançou a cabeça, os olhos brilhantes. – Eu nunca mais tomei uma porra de átomo de álcool. Sei que não se compara com a sua mãe, mas...

Gina balançou a cabeça, e contradizendo tudo que eu imaginava que pudesse fazer, ela agarrou o pescoço de Aramis. Ele se assustou, contudo, abraçou-a desajeitadamente.

– Ok, ok, isso está muito estranho – disse, fazendo-o rir. Aramis levantou uma sobrancelha para mim e sorriu malicioso, enquanto Gina respirava fundo e limpava as lágrimas.

– Tudo bem – ela olhou-me decidida, fazendo-me conter a sensação de orgulho que inflava meu peito ao vê-la enfrentar seus medos. – Me ensine como essas belezinhas funcionam, Potter.

– Com todo o prazer, amor.


Notas Finais


Nikoly: Nos deixem viver nossas loucuras mais fantasiosas, deixemmmmm 😶

Teorias, agora ou já? Espero muitassssss hehehe

Muito obrigada pelo carinho! Amamos vocês 💖

Kelly: Não vou mentir, eu AMO causar caos kkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu me sinto tão plena, não sei nem explicar hahahaha
Vamos começar com teorias?

Capítulo passado um leitor disse que acha que é o Cedrico quem ameaçou a Gina. Outra leitora desconfia do Sirius e da Hermione. Me contem, já tem algum suspeito em mente? Quero as teorias na minha mesaaaaa! kkkkkkkkk


✨Playlist oficial de Homewreker ✨

Youtube: https://music.youtube.com/playlist?list=PLUdwQnVZYaF0uErTsfgDqrqdWtnsDZ6sB

Spotify: https://open.spotify.com/playlist/3AtLTZyB4NulqncUJXEqOz?si=8035e481b17a456a

✨ Pasta do Pinterest✨
https://br.pinterest.com/kellymedeiros13/homewreker/


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