História Homophobic. - Together.

[ Capitulo 23 – Together. ]

O loiro não acreditava no que estava vendo, seus punhos se cerraram mas quando ia chegar perto da piscina, Melissa o segurou e o virou, levando-o para dentro da casa, o garoto não dizia nada até chegar no quarto.

Eliott atacou a cômoda que estava com um abajur e alguns papeis, o garoto pegou a mala de Tyler e atirou pela porta, seus olhos estavam cheios de lagrimas e Melissa não fazia para acalma-lo sabia que não adiantaria dizer algo mas se ela não diria, alguém teria que dizer.

Tyler entrou molhado na casa e observou a bagunça que Eliott estava fazendo, e a primeira coisa que fez foi perguntar para Melissa o porque ela não estava impedindo o loiro de destruir o próprio quarto. Tyler segurou Eliott que começou a se debater em meio de seus gritos e foi nesse momento que sua vó chegou.

- Minha nossa senhora, o que está acontecendo aqui?

Eliott saiu dos braços de Tyler e abraçou sua vó, chorando em seu ombro.

- O que você fez garoto? – A mais velha acariciava os cabelos de Eliott e Scott apareceu na porta, olhando para todos e foi nessa hora que o loiro soltou sua vó e foi para cima do moreno.

- Seu grande filho de uma puta! Eu odeio você! – Eliott fez Scott cair no chão e atacou seu rosto com um soco, mas o moreno não iria deixar ele o atacar e sair sem nenhum arranhão então Scott conseguiu fazer Eliott cair dando-lhe um soco no rosto e antes que pudesse feri-lo mais ainda Tyler o retirou de cima de Eliott, pegando o loiro pela mão e o levando para o quarto de Melissa, trancando a porta atrás de si.

Tyler Porter. 

Eliott simplesmente surtou e antes que Scott o machucasse peguei Eliott pelo braço e nos tranquei no quarto da Melissa. Virei seus rosto de um lado para outro procurando algum machucado e só o seu lábio havia cortado um pouquinho. 

- Por que fez aquilo? 

- E você ainda me pergunta? 

Nem precisei responder. 

Eu queria fazer ciúmes sim, mas ver Eliott se estapeando com o primo não veio incluído no meu pacote de ideias brilhantes, essa era uma situação que eu realmente não esperava. 

- Desde quando você briga assim, o que deu em você Eliott? - Falei ainda inconformado tocando seu lábio cortado e ele fez questão de tirar minha mão com um tapa. 

Esse garoto está muito agressivo hoje! 

- Pode ficar calmo, eu só quero ver seu machucado. 

- Vai cuidar do Scott. - Ele cruzou os braços sobre o peito e fez questão de ficar de costas para mim, evitando me olhar. 

- Ele pode até ser legal, mas eu gosto de você. - Abracei ele pelos ombros beijando seu rosto. - Será que ainda não se tocou que eu só gosto de você? Se não fosse tão teimoso seria nós dois naquela piscina aproveitando juntos e toda essa confusão teria sido evitada. 

Eliott descruzou os braços e suspirou, ele ainda não me encarava, mas tenho certeza de que essas palavras mexeram com ele, eu posso até ter sido um babaca no começo, mas isso foi antes de eu me apaixonar e digamos que já me redimi de todas as mancadas que eu dei, Eliott deveria reconhecer isso, eu não vacilaria duas vezes, seria burrice. 

Certo, o Scott me beijou, porém tudo que eu queria agora era roubar sua atenção. De certa forma consegui, mas as coisas não saíram bem como esperava. Amar é mais complicado do que imaginava, e com certeza essa é uma boa justificativa para eu ter passado tanto tempo apenas brincando com as pessoas, elas são bem mais fáceis de lidar quando não são mais do que uma nova presa. Mas essa não era mais minha vida, eu mudei e ficaria agradecido se aquele loiro teimoso percebesse isso. 

- Eu te amo Eliott, então para de fingir que não percebe isso. 

Silêncio. 

Quando eu me toquei que ele não iria responder respirei fundo e andei até a porta, mas não foi possível sair quando Eliott me segurava pela mão e o meu corpo já se arrepiava como resposta, me perguntei quando foi que eu dei todo esse poder sobre mim à ele? Eliott me puxou para perto, eu já não estava disposto a sair e em questão de segundos nossas bocas já estavam unidas.

Eliott Morningstar.

Meu lábio doía entre o beijo mas eu precisava daquilo, eu precisava dele ali comigo. Não demorei em tocar seu abdômen e ele separou nossos lábios, atacando meu pescoço e me derrubando na cama.

Suas mãos apertavam meu corpo e de meus lábios saiam gemidos descontrolados, não demorou muito para estarmos nus na cama e Tyler estar beijando e mordendo minhas costas, eu não sabia exatamente o que fazer pois com mínimos toques que ele me dava meu corpo estremecia e eu não conseguia me mover, aqueles olhos verdes estavam me olhando e eu sabia disso.

Ele segurou meus cabelos loiros e eu senti a primeira estocada vindo, nesse momento eu não estava preocupado se alguém iria me ouvir gemendo, eu queria que Tyler me escutasse, ele fez seu abdômen tocar minhas costas e seus lábios tocaram minha orelha, Ty soltou meus cabelos e estocou mais uma vez.

- Geme meu nome, Eli... – Senti ele estocando mais uma vez, enquanto ele chupava e mordia o lóbulo da minha orelha, não consegui dizer o nome dele, a vergonha conseguia ser mais forte que eu e notei que isso o atingiu, pois ele respirou fundo e sem pensar duas vezes começou a se mover rápido em mim.

Os gemidos não cessavam, eu tentava morder o travesseiro mas era algo inútil, pois Tyler fazia questão de bater em um lugar que me fazia perder meus sentidos. Ele me virou e eu pude ver seus olhos intensos, brilhando com luxuria, Ty beijou meus lábios e entrou em mim novamente.

Prendi minhas pernas em sua cintura e segurei em seus ombros, ele distribuía beijos por meu rosto enquanto suspirava. Meus gemidos não cessavam e pela primeira vez eu chamei seu nome enquanto dava arranhões em seus ombros e ele parou.

Sim, ele simplesmente parou tudo o que ele fazia e me olhou, um sorriso surgiu em seus lábios e ele me beijou, suas mãos foram para as minhas pernas e ele me puxou para seu colo, me deixando sentado sobre seu membro enquanto nos beijávamos. Ele passou a mão por minhas costas e segurou meu quadril, me fazendo me mover em seu membro mas aos poucos foi me soltando e eu não precisei mais de sua ajuda.

Nossos gemidos se misturaram e não demorou muito para chegarmos em nosso ápice juntos, era bom tê-lo ao meu lado novamente e dessa vez só para mim.

Nos deitamos na cama e ficamos nos encarando enquanto Ty passava a mão em meus cabelos molhados pelo suor.

Tyler Porter. 

Eliott e eu trocávamos olhares de amor enquanto nos recuperávamos, ele era meu de novo eu sentia que sim, e só dessa vez não pretendia deixar ele ir embora, por mais teimoso que ele fosse eu não permitiria que nos separássemos de novo. 

- Você foi um idiota...mas já te perdoei. - Falei beijando o rosto dele. 

- Também já te perdoei por ter beijado meu primo. - Eliott falou de um jeito irônico, mas eu nem me importei, estava feliz demais para me importar. 

Passei as mãos por suas costas trazendo ele pra mim e me concentrei em beijar sua boca gostosa, minhas mãos acariciavam suas costas e desciam enquanto os beijos continuavam, arrancando suspiros contidos dele, parei o beijo lembrando de algo que ainda me incomodava, eu tinha que dizer isso agora...ele não podia me rejeitar de novo, ou podia? 

A questão é que eu estava disposto a descobrir, e faria isso rápido. 

- Eliott se lembra do pedido que eu fiz e você recusou? - Falei acariciando seu rosto vendo ele assentir meio nervoso. - Eu ainda quero namorar com você e espero que dessa vez não me rejeite. - Selei nossos lábios esperando por uma resposta, ela era tão simples, mas mesmo assim meu coração acelerado em ansiedade por ouvi-lo dizendo que me quer, não só como um ficante, mas sim como um namorado.

Pude vê-lo me apertar em um abraço e seus lábios foram diretamente para meu pescoço, e lá estava a minha resposta: Um chupão em meu pescoço que indicava que eu era dele. Eliott me deu as costas e eu sabia que seu rosto estava vermelho por causa de suas orelhas, passei meu braço por sua cintura e devolvi o chupão.

Escutamos batidas na porta e Eliott vestiu sua cueca e abriu a porta, revelando Oliver e Gary parados ali.

- Uau, é um puta chupão isso ai. – Oliver passou o dedo no pescoço de Eliott e riu.

- Não pode falar nada, você tem um também, um não, dois. – E agora quem estava vermelho era Gary.

- Minha nossa, eles reconciliaram? – Palloma falou entrando no quarto e correndo para a cama, ela pulou em mim.

- Sabe que eu estou pelado ainda, né? – Falei arqueando a sobrancelha.

- O que você tem eu não me interesso maninho. – Palloma sorriu para mim e beijou minhas bochechas. – Ele disse sim? – Ela sussurrou.

Mostrei meu chupão e ela riu.

- Bom, nossa vó está chamando para tomar café. Era só isso que eu queria dizer. – Oliver bagunçou os cabelos de Eliott e saiu com o Gary, fazendo Palloma segui-los.

Me levantei e vesti sunga molhada, eu não poderia sair nu do quarto.

Antes de irmos para a mesa passamos por nosso quarto, que agora estava arrumado e nos trocamos. Nós lanchamos e passamos o resto da tarde junto com o grupo, era bom todos estarmos juntos.