1. Spirit Fanfics >
  2. Hopefully Sky >
  3. Confissão

História Hopefully Sky - Confissão


Escrita por: Tinacris

Notas do Autor


Não demorou! Apesar de ter cara de final feliz, ainda tem muita coisa para acontecer.

Capítulo 22 - Confissão


Fanfic / Fanfiction Hopefully Sky - Confissão

Bomi

Ela ligou para os pais. Precisava dizer que estava bem e explicou toda a situação. O pai disse que o melhor agora seria confiar em Park Byeon para advogar em defesa delas, pois o antigo advogado havia desaparecido misteriosamente sem deixar rastro. Ela concordou, pois sabia que a senhora Park já estava envolvida, de corpo e alma, nos problemas delas desde que chegara de viagem. E foi exatamente para a senhora Park que ela ligou enquanto dirigia para a saída da cidade.

- Alô? Senhora Park, é Bomi. Preciso que me diga onde posso encontrar os Jang.

- O que está pensando em fazer, Bomi?

- Eles precisam falar.

- Eu sei disso, mas por que você acha que falariam com você?

- O delegado os abandonou. Devem estar com raiva.

- Passe aqui no fórum, eu vou com você.

- Sua presença seria de grande ajuda, mas tem outra coisa que ainda não sabe.

- O que é?

- O delegado prendeu Son Naeun esta manhã e está atrás de Kim Namjoo. Agora uma de nós está presa e duas estão sendo procuradas como fugitivas.

- Bomi, me conte essa história. E se sabe onde a minha filha se meteu, me diga, pelo amor de Deus!

Bomi respirou fundo e contou.

 

Eunji

Eunji se dedicou a pesquisar tudo o que pôde relacionado ao nome do delegado. Ela não podia parar e se dar ao luxo de pensar em Naeun nas mãos do delegado. Só havia uma maneira de ajudar estando ali naquela cama. E foi com esse estímulo que ela acabou topando em algo interessante, não com relação ao delegado, mas ao seu filho Kha Adeul. O sobrenome Kha aparecia em vários processos, a maioria arquivado. Mas um ainda corria em aberto. O processo dizia respeito ao envolvimento de Kha Adeul com tráfico de órgãos. Junto com o nome dele, também estavam sendo processadas mais duas pessoas de sobrenomes Mong  e Jang.

Eunji leu aquilo e parou, espantada demais para continuar. Por que naquele processo aparecia justamente o nome das três vítimas do acidente do ônibus. Ela ligou para Hayoung. A outra atendeu de imediato.

- Hayoung, o que está fazendo?

- Estava tentando descobrir mais coisas sobre o Fiat amarelo.

- Esqueça isso por enquanto. Preciso que veja uma coisa. Pode vir aqui?

- Estou indo.

 

Enquanto aguardava Hayoung, Eunji recebeu a visita de Son Nongbu e ficou tensa de expectativa. Ele ergueu as mãos acalmando-a. Jiun estava dormindo na cama de acompanhante e não percebeu que ele havia entrado. Nongbu se aproximou.

- Senhor Son, eu...

- Não precisa se explicar para mim, Eunji. Eu sempre soube. Mas minha mulher tem uma cabeça diferente da minha, eu já devia esperar por essa reação explosiva. Mas vai passar, ela vai aceitar com o tempo.

Ela sorriu agradecida.

- Falamos com a senhora Park. Ela vai nos acompanhar agora até a delegacia. Vamos tentar tirar Naeun de lá.

- Por favor, me dê notícias.

Ele sorriu e deu um tapinha no ombro dela.

- Eu darei, não se preocupe.

Ele saiu na hora em que Hayoung ia entrando. Rapidamente, ela puxou a cadeira para perto da cama e abriu o notebook.

- O que queria me mostrar de tão urgente?

Eunji abriu a página do processo que havia encontrado e o mostrou para Hayoung, que o leu duas vezes para ter certeza.

- Isso é...

- Absurdo? Fantástico? Coincidência?

- Talvez um pouco de cada.

Eunji suspirou.

- Tem como sabermos quantos passageiros tinha naquele ônibus?

- O que está pensando, Eunji?

- Foi um acidente feio. O ônibus caiu de uma grande altura, capotou, quebrou árvores. Entre todos os passageiros, apenas três morreram? Esses três? E se...

- E se eles fossem os únicos passageiros? É isso que ia perguntar?

Eunji confirmou.

Hayoung digitou rapidamente uma lista de empresas de ônibus com seus sites respectivos. Encontrou o modelo que procurava e a rota que costumavam fazer.

- A empresa do ônibus já foi extinta. Mas sua rota costumava abranger cinco cidades. Uma delas era a cidade que tinha o porto.

Eunji olhou a rota e pegou as informações das respectivas cidades.

- Em uma dessas cidades se encontra um grande hospital universitário de referência. As outras cidades podiam servir apenas de fachada para a passagem do ônibus que transportava órgãos contrabandeados para o porto.

Hayoung pensou.

- O carro amarelo, o sonho de Namjoo. Tudo faz sentido agora. Ela disse que ouviu uma explosão antes do ônibus cair.

- Um tiro?

Elas se entreolharam. Hayoung pareceu se iluminar com um pensamento.

- O carro não estava lá como testemunha. O tiro partiu dele e atingiu o motorista, que descontrolou o ônibus e este acabou caindo, matando os outros comparsas, Adeul e Jang.

- Pessoas que não queriam que os órgãos chegassem ao porto.

Elas ficaram em silêncio, pensando no que haviam esbarrado.

- Não podemos continuar a partir daqui sem o apoio da senhora Park – disse Hayoung.

- Eu concordo – falou Eunji. – Isso nos inocenta do acidente, mas não ajuda com o delegado. Ele é obcecado, e não é apresentando uma prova como essa que vai fazê-lo parar de nos incomodar. Na cabeça dele, nós somos culpadas e acabou, não tem meio termo.

Hayoung respirou fundo, irritada, e caminhou até a janela.

- Tem que haver algo, Eunji.

 

Bomi

Ela chegou à cidade onde os Jang estavam sendo mantidos presos e se dirigiu à prisão feminina, onde a mãe aguardava o julgamento. A senhora Park não pôde acompanhá-la, pois precisava tentar libertar Naeun, mas enviou uma autorização por e-mail a ser apresentada, dando-lhe acesso à senhora Jang. Bomi entrou na recepção e apresentou a autorização, que ela havia imprimido no caminho. O oficial a olhou de cima a baixo, considerando sua idade e o modo como estava vestida. A autorização, no entanto, vinha de uma advogada que já havia sido uma juíza respeitada, então ele carimbou, aprovando a visita.

Bomi aguardou diante de uma mesa com um vidro na frente. Quando a senhora Jang entrou e sentou na sua frente, ela ligou o gravador de voz que trazia no bolso. A mulher a analisou.

- Você machucou um dos meus filhos – foi a primeira coisa que disse.

- Seus filhos começaram.

A mulher cuspiu o chiclete que mastigava.

- O que você quer?

- Entender. Durante dois anos, desde o acidente, nós vivemos em paz. De repente, com a volta do delegado, vocês começaram a nos perseguir. Por quê?

A senhora Jang respirou fundo. Era uma mulher encorpada, assim como os filhos.

- Ele nos abriu os olhos. O meu marido se foi sem ter ninguém que lutasse por ele. Que o vingasse, honrando sua memória. Ele nos fez ver que vocês causaram o acidente e saíram ilesas de tudo isso, enquanto o filho dele e meu marido terminaram mortos.

- Era ele quem direcionava os ataques de vocês contra nós?

A senhora Jang riu.

- No começo foi assim. Mas depois, vimos que era divertido. Passamos a agir por nossa conta. Era o meu marido. Um Jang. Nós faríamos do nosso jeito.

- Mas havia uma jaula de madeira na sua casa, onde vocês colocaram Eunji.

- Ele nos cedeu aquela jaula quando soube o que pretendíamos fazer.

- Então, ele sabia?

- Sim, ele foi nos questionar sobre o fato de estarmos agindo sem ele saber. Nós então contamos o nosso plano, que ele aprovou e ainda nos ofereceu ajuda.

Bomi sorriu. Aquilo bastava para colocar o delegado em maus lençóis.

- Obrigada por me fazer entender.

- Não agradeça ainda, garota. Ele nos garantiu que vamos sair livres dessa. E quando isso acontecer, vamos cair em cima de cada uma de vocês, podem esperar.

Bomi levantou, dando por encerrada a conversa. Na saída, ela pegou a identidade na recepção e observou, numa parede, a lista de delegados de cada província da região. O nome que estava marcado para a cidade delas era outro. Ela voltou para falar com o rapaz no balcão e apontou para a lista.

- Aquela lista de delegados é atualizada?

- Sim, ela é atualizada a cada gestão.

- Por que o nome de Kha Abeoji não está lá? Há outro nome para a minha cidade.

O rapaz olhou no sistema.

- A lista está correta. Esse Kha Abeoji a que se refere, perdeu a farda há dois anos e foi expulso da polícia após cumprir uma pena em regime semi-aberto.

- Desculpe, podia me dar algo escrito sobre isso? Preciso apresentar à Park Byeon.

- Claro! Só um minuto.

Ele tirou a cópia de um relatório e deu a ela. Bomi sorriu e foi apressada de volta para casa.

 

Naeun

A porta foi aberta, despertando Naeun, que havia finalmente conseguido adormecer. O delegado entrou e se posicionou diante da porta. Sua figura era assustadora.

- Eu não quis esperar até de manhã. Já pensou no que vai me responder?

- Me prendeu por um motivo e está me interrogando por outro. Não vou falar nada sem um advogado.

O delegado atravessou a cela e a agarrou pelo pescoço, encostando-a de encontro à parede.

- Agora que eu sei o que você é, também sei que posso atingir aquela pirralha através de você. Não me irrite, Son Naeun. Eu sou perigoso.

Em resposta, ela deu uma joelhada no meio das pernas dele a fim de se livrar do aperto. Ele gemeu e se afastou cambaleante.

- Não devia ter feito isso... – ele ameaçou.

Naeun subiu na cama e ficou encolhida a um canto, aguardando para ver o que ele ia fazer após se recuperar da joelhada. O delegado respirou fundo e se esticou, tirando um teaser que estava preso ao cinto.

- Isso vai fazer você pensar melhor na próxima resposta que vai me dar.

Ele disse avançando sobre ela e desferindo uma carga de choque que a fez ficar se debatendo na cama por alguns minutos até perder os sentidos.

 

Chorong

Ela acordou com a mente confusa, sem saber ao certo onde estava. Tudo que vinha à sua mente eram imagens fragmentadas. Ela olhou em volta e tentou focar a vista. Uma dor de cabeça latejante tomava toda a parte frontal da cabeça e sua boca estava seca como se tivesse dormido ao sol. Ela apalpou o próprio corpo e percebeu as roupas que usava. Eram roupas de treino. Foi então que reconheceu o lugar. Era o galpão de Mestre Lee, a arena de treinamento. Ela ouviu vozes no outro cômodo e tentou levantar. Teve que ir devagar, pois ainda sentia as pernas trêmulas. Quando ela chegou à porta, viu Mestre Lee e Kim Namjoo. Estavam sentados ao redor de uma mesa numa conversa animada. Eles se viraram ao vê-la. Namjoo se levantou e correu até ela.

- Chorong, como se sente? Venha, sente-se aqui conosco.

Ela se deixou conduzir.

- Namjoo, o que faz aqui?

- O mesmo que você. Estou me escondendo do delegado. Ele achou minha pulseira, aquela que Eunji tirou da delegacia. E agora tem motivos para me levar de volta. Bomi me trouxe para cá.

Chorong olhou para o Mestre Lee e viu que ele sorria.

- O senhor está acolhendo duas supostas criminosas em sua casa e ainda consegue sorrir?

- Gosto de companhia. Sua amiga é muito boa em contar histórias.

Chorong olhou para Namjoo com curiosidade.

- E o que você andou contando?

- Nada que comprometa você. Então, vocês treinam artes marciais aqui? Por que não disseram nada?

Chorong suspirou.

- Nós íamos dizer. Na verdade, se a experiência desse certo, todas vocês iam acabar aqui, aprendendo com Mestre Lee. Mas as coisas foram acontecendo e deixamos para depois.

O senhor Lee colocou duas tigelas com sopa de galinha diante delas e saiu com a desculpa de ir meditar um pouco, deixando-as sozinhas para conversarem.

- Onde está Bomi? – perguntou Chorong.

- Eu realmente não sei nada sobre as intenções dela, Rong. Ela me deixou aqui e disse que ia precisar fazer algo.

Chorong respirou fundo. Namjoo percebeu o quanto estava preocupada. Mas também percebeu o quanto estava abatida.

- Ele pegou duro com você, não foi?

- É difícil falar sobre isso. Mas o medo que eu senti despertou meu instinto de sobrevivência. Era algo que eu nem sabia que tinha.

Ela tentou tomar uma colher da sopa, que passou rasgando pela garganta.

- E quanto às outras? Como elas estão?

Namjoo não respondeu de imediato, o que fez Chorong olhar para ela.

- Nam, o que aconteceu?

- Quando eu soube que o delegado tinha achado a pulseira e que vinha atrás de mim, eu também soube que ele havia prendido Naeun como cúmplice na invasão do ferro velho.

Chorong a encarou como se não tivesse entendido.

- Sua cúmplice era Bomi, o que Naeun teve a ver com isso?

- Ele achou nosso refúgio e encontrou a pulseira e os desenhos que Naeun guardou lá. Apenas fez a ligação.

Chorong descansou a cabeça entre as mãos, tentando pensar com clareza.

- Isso quer dizer que apenas três de nós está com liberdade para agir. Bomi, Eunji e Hayoung.

Namjoo abraçou Chorong e respirou fundo.

- Vamos confiar nelas. Não estão sozinhas.

 

Bomi

Bomi dirigia no limite máximo permitido. Ela alcançou a entrada da cidade e ligou para a senhora Park. Fez um resumo rápido do que havia descoberto e passou o relatório, que havia escaneado ainda na prisão, para o celular da advogada. Quando a mulher o leu, ela pôde ouvir a exclamação de surpresa do outro lado da linha.

- Isso muda tudo, Bomi. Bom trabalho! Vou correndo para a delegacia com reforço policial.

- O que eu posso fazer para ajudar?

- Você já ajudou bastante. Vá dizer para a minha filha sair da toca. Ela e Kim Namjoo não vão mais precisar se esconder. E pode deixar o resto comigo.

Sorrindo e sentindo uma lágrima escorrer, ela acelerou direto para a casa de Mestre Lee.

 

Namjoo

Elas se sentaram no batente que dava para o depósito de reciclagem. Estava perto do entardecer.

- Posso te fazer uma pergunta, Rong?

- Claro.

- Como foi com você e Bomi? Quero dizer... Vocês descobriram que se gostavam como?

Chorong riu e olhou para a cara dela, o que fez Namjoo abaixar os olhos.

- Por que a pergunta? Está interessada em alguém que usa óculos e não larga o computador?

Namjoo sentiu o rosto ficar vermelho.

- Se não quiser contar...

- Foi numa festa da faculdade. Estávamos em uma mesa e fomos desafiadas a participar do jogo da garrafa. Aquele que a pessoa costuma ser desafiada a fazer algo na frente de todos. A garrafa girou e parou na minha direção. Fui desafiada a beijar minha melhor amiga. Bomi estava do meu lado e eu a senti ficar vermelha, assim como você. Nós nos encaramos e acabamos dando um selinho. Mas quando eu senti a suavidade dos lábios dela, eu pedi abertura e ela... deu! Acabamos nos beijando de verdade. Voltamos para casa sem tocar no assunto, mas a situação acabou ficando insuportável. Precisávamos conversar, mas o que aconteceu foi que acabamos novamente nos beijando e não paramos mais desde então.

- Parece ter sido tão fácil.

- Mas não foi tão fácil assim. É preciso que um dos lados tome a iniciativa. No seu caso, acho que vai ter que ser você.

A buzina de um carro fez as duas se levantarem na mesma hora.

- Bomi! – Disse Chorong.

Quando Mestre Lee apareceu e abriu o portão, Bomi entrou com um grande sorriso.

- Acabou!

Chorong e Namjoo se entreolharam

- O que acabou?

- Desmascaramos o delegado. A sua mãe já tomou a frente.

As três então se abraçaram comemorando aquela esperada vitória.

 

Park Byeon

A delegacia estava abandonada. A viatura não se encontrava ali, mas a porta estava aberta, como se o delegado tivesse saído às pressas. Ela pediu a Son Nongbu e Son Juhwang que aguardasse do lado de fora enquanto ela entrava com dois oficiais de justiça e uma intimação contra o falso delegado.

Lá dentro não havia ninguém. Ela entrou na ala das celas e todas se encontravam vazias. Só faltava uma. A solitária, que ficava no andar de baixo. Ela pegou o chaveiro na recepção e desceu. Abriu a porta pesada de aço e encontrou Son Naeun deitada sobre um catre, ainda de algemas nas mãos. Havia marcas roxas em seu pescoço, mas ela respirava normalmente. Uma queimadura na área da barriga, onde a camiseta se encontrava um pouco levantada, indicava que ele havia usado uma arma de choque contra ela. Gentilmente, a senhora Park a sacudiu.

- Son Naeun, acorde.

Foi preciso sacudir um pouco mais para que ela começasse a voltar a si. Assustada, ela olhou para a senhora Park na sua frente.

- O delegado...

- Ele não vai mais lhe fazer mal. Venha comigo, seus pais estão lhe esperando. E deixe-me tirar essas algemas.

Ao saírem da delegacia, Naeun sorriu ao ver os pais e os abraçou.

- Vamos para casa, minha filha – disse Nongbu. – Você está péssima!

Ela riu e beijou o rosto do pai. A mãe, apesar de feliz, estava mais arredia.

- Mãe...

- Conversamos depois. O importante agora é levá-la para casa.

 

Depois que a família Son saiu em segurança, a senhora Park fez algumas ligações. Dessa vez, o delegado seria a caça e não sua filha.

 

 

 


Notas Finais


Gostaram? O que acham que esse delegado ainda pode fazer?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...