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História Horizon: Zero Dawn - Projeto: Zero Dawn.


Escrita por: Anagassen

Notas do Autor


HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO LIROU FRIENDIXXXX!!!

Talvez eu tenha demorado um pouquinho... Mas dessa vez vou recompensá-los com um capítulo grande e alguns pontos importantes para a história! <333

Gostaria de desejar um feliz ano novo para todos e dizer que agora eu acho que destravo de vez com a história, porque esse capítulo foi muito difícil... Fiquei com medo de não conseguir deixá-lo bom o suficiente e nem conseguir explicar direito todos os pontos. :c

Enfim, se quiserem deixar um presentão pra autora e deixarem um comentário, eu ficaria muito feliz mesmo! Mas caso não queiram, tudo bem também! <3

Não corrigi o capítulo e terminei ele por agora, então se possível relevem os erros de digitação.

Uma boa leitura! <3

Capítulo 11 - Projeto: Zero Dawn.


O casal se encontrava em uma cafeteria após toda a confusão. Prosseguiam em silêncio, tendo Sooyeon a somente fitar a mais alta. Pela cara de Seohyun provavelmente os acionistas a trucidavam via e-mail e não havia nada para se falar sobre isso. De alguma forma estava com o acesso restrito, o que era trágico e um tanto desesperador. Era questão de horas até que Jongin fosse demitido, então a única forma de entrar na propriedade era com a ajuda de Seohyun. A roboticista pensava muito em seu próximo passo e acreditava que aquele provavelmente seria o último ato de sua carreira... Ou até mesmo de sua vida. Sooyeon tinha plena consciência que sua tecnologia poderia ser perigosa em mãos erradas e que se não se intervisse as coisas poderiam ser muito piores.

– Me olhar como um cachorrinho abandonado na mudança não vai mudar a encrenca em que você me meteu. – Seohyun erguera o olhar para a mais nova, que somente piscou confusa. – Eu sei que você não se arrependeu... Do jeito que é, não duvido que esteja planejando a próxima invasão.

– Talvez...

– Se quer uma boa oportunidade e com um timing que pode ser perfeito... Em dois meses teremos uma reunião com todos os acionistas e alguns cientistas. – Sugeriu com um tom de voz calmo. Sooyeon piscou os olhos surpresa, mas rapidamente assentira.

– Dois meses é um tempo bom, eu acho... Mas e se tiver alguma reunião emergencial antes? E se o vírus for criado e implementado antes? – A roboticista se encontrava realmente surpresa em ver que a namorada estava querendo ajudar mesmo após toda aquela confusão.

– Então você já vai deixando tudo pronto e organizado. – A empresaria levou a xícara até a boca e dera um gole em seu café. – Você já tem alguma ideia do que pode deter essas máquinas?

– Uma, duas... Cem, quinhentas... Mil! – Sooyeon rira pela respiração. – É fácil, mesmo que seja arriscado, porém temos um problema que se vai além de somente mil máquinas de destruição.

– O que são mil máquinas perto de um milhão, não é mesmo? – Seohyun notou-a assentir. – Bem, seja qual for o seu plano estou com você. – Segurou com firmeza a mão da mais nova. – E o que estiver no meu alcance eu farei.

– E o que não estiver?

– Então eu darei o meu jeito. – Sorriu gentilmente.

 

--/--

 

[Jessica]

 

A jovem fora praticamente intimada a ir até o salão principal do palácio junto com Tiffany e Taeyeon. A Rainha somente apontou para uma caixa de madeira, nitidamente esperando que alguém fizesse o favor de abrir aquilo. O clima era de uma leve tensão, pois nitidamente pensavam se tratar de uma armadilha. A castanha cruzou os braços e fitou Yuri e Yoona, que somente discutiam entre si se realmente valia a pena abrir aquilo dentro de Meridiana. A garota rira pela respiração, aproximando-se da caixa mesmo com os resmungos em negação de ambas as mulheres.

– Algum de vocês já ouviu falar sobre o Cavalo de Troia? – Jessica indagara seriamente enquanto analisava a caixa.

– O que viria a ser um Cavalo de Troia, Senhorita Jung? – A Rainha questionou com curiosidade, notando a castanha lhe fitar um pouco mais amena.

– Bem... Eu passei anos da minha vida aprendendo sobre o mundo metálico e sua história. Em partes, claro... Não consegui me dedicar tanto, pois treinava para a Provação.  E havia uma espécie de mito de um conflito bélico entre dois povos. – Dera a volta pela caixa observando que não era parecida com as caixas comuns que via por ali. Aquela tinha coisas escritas em volta. – Pois bem... Quando a sociedade do mundo metálico estava em um estágio parecido com o nosso atual, existiam vários povos e entre eles os gregos e possivelmente os troianos. A lenda diz que o Cavalo de Troia foi uma manobra dos gregos, já que se tratava de um cavalo de madeira gigante. Os troianos acreditavam que o Cavalo de Troia era uma espécie de símbolo de vitória, que a guerra tinha acabado ali, mas pouco imaginavam que dentro da estátua gigante estavam alguns guerreiros que durante a noite iriam sair do Cavalo e abrir os portões de Troia. – Jessica explicou tudo calmamente. – Já dá para imaginar quem venceu, certo?

– Então o Cavalo foi decisivo para a vitória dos gregos? – Yuri cruzou os braços incrédula e rira quando Jessica assentira. – Explode essa caixa lá do lado de fora que na minha cidade ataque assim não acontece! – A Rainha ordenou friamente.

– ESPERA! – A garota gritou e então massageou as têmporas. – Yuri, nossos rivais talvez não sejam só os Carja das Sombras.

– Não? – Engolira em seco.

– Não. – Jessica retirou uma faca presa ao seu traje e procurou pelo lacre da caixa. – E nitidamente já associaram Meridiana e o seu povo com a minha pessoa, então não tem volta.

– Quem é o outro povo?

– Os sobreviventes do mundo metálico.

– É... – Yuri fitou o chão com uma careta. – Pelo menos esse pessoal das máquinas não está metido com os Carja das Sombras, né? – Tentou sorrir e notou Jessica ficar pensativa.

– Isso é algo que preciso descobrir, porém me deixe abrir isso aqui antes. – Colocou o ouvido na madeira, fechando seus olhos e tentando ouvir algo. – Nada vivo ou nada que possa explodir, então ok. Não vão matar a gente assim, né? – Fincou a faca no lacre e então começara a puxar a madeira com força. Eis que várias espumas começaram a cair da caixa, fazendo com que os soldados apontassem suas lanças e que Yuri e Yoona puxassem a castanha e a abraçassem. As duas trocavam um olhar mortal, enquanto Jessica no meio disso somente franzia o cenho sem nada entender. – Hum...

– Tudo bem aí, vossa Majestade? – Yoona indagara com um sorriso forçado.

– Tudo ótimo! – Yuri respondera com grande ironia.

– Só se for pra vocês duas, né? – Jessica se meteu na intriga e forçou uma tossida. Estava praticamente sendo esmagada pelas duas mulheres. – Será que... Vocês poderiam fazer o favor de me soltar? – A castanha suspirou em alívio quando lhe soltaram. Elas eram altas e praticamente aquele “abraço” lhe deixou sem ar. – Obrigada.

A jovem se aproximou novamente da enorme caixa, notando que bem no centro havia uma tábua fixada que segurava uma maleta de metal. Sinalizou a mão para todos se afastarem e sutilmente abriu a maleta, vindo a franzir o cenho logo em seguida. Era uma espécie de mão e braço de aço, mas que apenas cobriam a parte de cima, não era inteira. Haviam algumas travas para segurarem o objeto no braço de quem quer que fosse.

– O que tem na maleta? – Taeyeon fora a primeira a indagar, logo levando uma cotovelada de Tiffany, que fizera sinal de silêncio.

– Eu não... Sei dizer exatamente o que é isso, então vou ler a nota que tem aqui dentro. – Jessica rira pela respiração e então puxando o papel para fora da maleta.

Chamam de AMG-78, mas eu prefiro chamar de punho de aço. Foi desenvolvido pela Doutora Jung para que auxiliar no transporte de equipamentos pesados e de suprimentos. Quando equipado, os seus impulsos nervosos serão detectados e sincronizados com o equipamento, tendo até três níveis de força. Você vai precisar fechar a mão e se concentrar para conseguir atingir o estágio três.

Divirta-se.

Espero que isso ajude a provar que estamos do mesmo lado, Jessica...

 

Zero Um.

 

– E aí? – Taeyeon indagara animadamente e rapidamente tendo que pular para o lado para não levar outra cotovelada de Tiffany. – Você também quer saber! – Acusou-a com seriedade.

– Eu quero, mas não fico falando para quebrar a seriedade do momento! – Tiffany retrucou e então revirou os olhos sem muita paciência.

– Não entendi muito bem, vou ter que testar isso. – Jessica retirou o protótipo da maleta e então o posicionou em torno do seu braço esquerdo, notando o objeto fechar as suas travas em volta e ativar uma luz azul estranha. – Acredito que seja uma espécie de super soco, não sei dizer... É estranho ter algo em forma de luva em torno da maior parte da minha mão e braço, principalmente por ser de metal... Ou aço.

– Quer testar em alguém? – A Rainha indagara naturalmente, vendo a mais jovem negar com a cabeça.

– Tem três estágios de força, quero testar de cara o mais forte então devo pedir com gentileza para que a Rainha me deixe usar uma parede. – Explicou com calmaria e notou a Rainha assentir concordando. A garota andou até a parede mais próxima e então fechou o punho esquerdo, concentrando-se e observando que a luz azul se ampliava, saindo do meio e preenchendo o objeto inteiro. Jessica simplesmente disferiu o soco fortíssimo contra a parede resistente.

Não havia sentido dor alguma nada havia acontecido consigo, mas não podia falar o mesmo pela parede... Um buraco fora aberto devido ao soco, era possível que a jovem pudesse ver o lado de fora com nitidez. Seus olhos se arregalaram e o seu queixo caiu no mesmo instante, mas não somente o dela... O de todos. Olhou assustada para o protótipo em seu braço e rira pela respiração.

– Se eu já achava que ela podia bater em nós duas usando uma só mão antes... Agora então. – Yuri murmurou para Yoona, que somente assentira.

– TEM MAIS DE UM DESSES? – Taeyeon gritou animada.

 

--/--

 

Não dera nem mesmo cinco minutos depois e Jessica e Yoona estavam de volta a cela do cientista.

– Saberia me explicar o que exatamente faz isso? – Jessica questionou curiosamente e entregando o “punho de aço” para Kim Jongdae, este analisava minuciosamente, até que levantou o rosto e sorriu gentilmente.

– Servia para levantar cargas pesadas e transportá-las, mas acredito que você fará um uso diferente e talvez mais eficaz. – Explicou calmamente. – Não veio com nenhuma nota explicando o uso? Você sabe quem lhe enviou? Porque isso foi desenvolvido pela Dout-

– Eu sei, eu sei, a Jung. – Jessica revirou os olhos sem muita paciência. – Veio com uma nota, mas não sei quem me enviou, mas também não quero saber disso agora. – Fitou-o seriamente. – Você é capaz de construir mais dessa coisa?

– Claro! – Jongdae prontamente respondera. – Encontre algumas sucatas e cabos bem conservados e um soldador de aço, então posso lhe ajudar com isso.

– Tão simples assim? – Questionou em meio a desconfiança.

– Tão simples assim. – O homem sorriu divertido.

– Tudo bem então. – Jessica dera de ombros e então se virou para Yoona. – Peça a Rainha para aumentar as defesas de Meridiana, não posso mais esperar. Eu preciso da verdade.

 

--/--

 

Quando haviam a alertado que o tal prédio era de difícil acesso, Jessica somente dera uma risada descrente. Não acreditava que de fato fosse tão difícil assim, afinal havia invadido dois grandes prédios e sair sem problema algum. Só que daquela vez... As coisas eram diferentes. Eram um amontoado de prédios de difícil acesso, sendo o prédio central o mais alto e o mais destruído. Para alcançar o topo do maior prédio, as três teriam que subir em espiral e tomar muito cuidado para não cair. Era possível ver máquinas em torno de todos os prédios, assim como dentro. Ainda tinha uma certa dificuldade para lidar com o peso extra no braço esquerdo, mas pelo menos conseguia se sentir segura em meio aquilo. Virou o rosto para fitar as duas amigas, notando que ambas tinham as mãos dadas. Ao notarem que tinham ganho a atenção de Jessica, rapidamente se desprenderam.

– Minha suspeita é que... Cada um desses prédios tenha a sua função. – Explicou enquanto na direção de um arbusto. Baixou o mapa da região, suspirando em cansaço em seguida. – Cinco prédios.

– Você realmente acha que o Zero Dawn está aqui? – Taeyeon indagara um tanto receosa. – Isso aqui é um mar de máquinas, Jessica, é pior que uma caldeira! – As caldeiras nada mais eram que locais abandonados do mundo metálico onde haviam uma concentração enorme de robôs.

– Jongdae disse que está, então deve estar. Ele não me daria essa pista se por um acaso quisesse fugir... Eu dei a chance dele fugir, inclusive. Ele não quis, disse que alguém estava atrás dele. – Jessica fitava ambas seriamente. – É a nossa melhor pista.

– Bem, eu acho que os prédios em volta são de montagem de máquinas, pelo o que consigo ver pelos buracos. É uma suposição, mas algo importante como o Zero Dawn ou até mesmo uma sala de comunicação ou reuniões... Estaria no centro. O local mais alto. – Tiffany olhava para o mapa e então apontou para o prédio central. – E quais as chances disso ter uma chave eletrônica?

– As chances são grandes, mas se formos reparar... É o prédio mais destruído. – A castanha dera de ombros. – Não vale a pena vasculhar quatro prédios na tentativa de achar a chave eletrônica. – Levantou-se e retirou o lança-cordas da bolsa e uma corda também. – Não estou afim de subir escadas hoje ou de pegar um elevador sem segurança alguma, então vamos pelo jeito mais fácil.

– E mais perigoso também. – Taeyeon resmungou.

– Tanto faz. – Silenciosamente se locomoveu até próximo do prédio, mirando o local e lançando o gancho com a corda presa. – Se acharem o meu método ruim, então vão pela escada. – Jessica forçou um sorriso para ambas.

– Está achando que somos bundas moles que nem a Jung e esses cientistas todos? – Taeyeon usou o próprio lança corda em uma janela, vendo Tiffany silenciosamente fazer o mesmo. – Somos valentes, Jessica! Valentes!

– Alguma objeção? – Indagara para a morena, que levantou a cabeça e balançou em negação logo em seguida. – Então vamos subir. Caso não paremos no mesmo andar, eu ligo para vocês duas. – Ambas assentiram e o trio começou a difícil escalada. O por do sol sinalizava que a caminhada da volta seria mais turbulenta, mas Jessica não se importava com aquilo.

Se havia de fato alguém atrás dela, então a noite seria sua maior aliada.

Quando chegaram até o topo, notaram que conseguiram a proeza de cair em salas diferentes, tendo Jessica destrancar sua própria sala com cuidado. Ao sair, ouvira um barulho alto ao seu lado, notando que as duas optaram por simplesmente arrombar a porta.

– O quê? – Taeyeon indagara sem muita paciência, fazendo com que Jessica rolasse seus olhos.

– Tiffany, você consegue descobrir o andar que estamos? – A jovem cruzou os braços, notando a mesma abrir uma planta do prédio em questão.

– Andar... Trinta e três? – A morena piscou confusa. – Jessica confira se a porta da qual você saiu é a sala do Biólogo Chefe.

– Espera... Um biólogo? – Taeyeon rira pela respiração.

– O prédio afundou. – Jessica suspirou pesadamente. – Humanos e sua capacidade de criar coisas frágeis. – Balançou a cabeça em negação. – Mas sim, a sala da qual eu saí é a do Biólogo Chefe. São quantos andares?

– Setenta. – Tiffany analisou bem o andar em questão. – Qual é a sala que temos que achar? – Notou a garota retirar uma foto de dentro do traje.

– Abaixo da terra, onde nem mesmo o Sol forte alcança. – Sussurrou a frase no verso da foto, levantando o olhar. – Eu achei o Focus dela em um dos andares soterrados do prédio dos cientistas.

– Posso ver? – Taeyeon pegou a foto das mãos de Jessica. – Essa mulher junto com a Jung... Quem é ela? – E então Jessica novamente analisou bem a foto, piscando confusa com a estranha lembrança que pairava sobre sua mente.

– Espera... – Engolira em seco. – Quando eu achei o holograma que falava sobre Hades... Haviam cientistas e acionistas nessa reunião. – Coçou o queixo. – Mas havia uma mulher que simplesmente não tirava os olhos da Sooyeon e do rapaz que estava com ela. Era uma mesa redonda, mas a cadeira mais alta era a que estava na direção da porta.

– Ela estava lá? – Tiffany indagara surpresa.

– Deveria ser a cadeira do CEO ou da CEO no caso... – E ao notar os olhares confusos das duas, Jessica prontamente respondera. – Diretor Executivo. É o cargo mais alto de um uma empresa ou organização.

– Então estamos procurando pela sala da CEO? – Taeyeon parecia esperançosa ao ver que finalmente tinham achado algo para seguir. Aquele local era muito mórbido e durante a noite parecia ser ainda mais assustador.

– Procure pela sala da CEO, Tiffany. – Jessica puxou o arco e uma flecha, começando a andar na direção de uma subida íngreme. – Esse lugar está caindo aos pedaços.

– A sala da CEO é no último andar.

– E a sala de reuniões?

– Andar sessenta e sete. – Tiffany era a última da fila, ainda com a plana do prédio aberta.

– Elas estavam muito próximas na foto. – A castanha comentou, fazendo as duas amigas franzirem o cenho. – Como um casal.

– Um casal? – Tiffany e Taeyeon indagara em uníssono.

– Sim e isso me faz acreditar que a Senhorita CEO pode ser muito bem ela, que Kim Jongdae tanto teme. Que Zero Um teme. – Parou de andar ao ver que estavam em um corredor enorme e que no final deste um elevador aberto e bem iluminado estava a espera. – Ela... Está aqui. – Dissera entredentes.

– Isso é uma armadilha? – A baixinha indagara incrédula. – Sério que ela acha que vamos cair nisso?

– Não duvide da capacidade egocêntrica que humanos do mundo metálico tem. – Jessica fechou o punho esquerdo e se concentrou, vendo que as duas rapidamente entenderam suas intenções. Tiffany e Taeyeon juntaram os braços para ajudá-la a subir e rapidamente fazer um buraco sobre o teto. A castanha fora a primeira a subir, abaixando-se sobre o chão e esticando o braço para puxar a primeira.

O caminho fora todo assim, ou abrindo buracos para que pudessem subir ou simplesmente correndo sobre as partes destruídas, escalando-as e sempre em silêncio. As subidas íngremes se faziam presentes sempre uma vez que o prédio estava lotado de robôs pesados. Fora somente na altura do andar cinquenta e nove que trio encontrou uma área mais segura. Puderam avançar pelas escadas e notarem que aquele local parecia mais livre de todo o perigo possível. Optaram por subir na sala da CEO antes de toda e qualquer coisa, notando que o último andar era o mais deteriorado de todos. Em primeiro lugar, não havia bem um teto... Estavam sob a luz do luar e os pingos frios de chuva.

Jessica se abaixou para ver algo que havia lhe chamado a atenção. Era somente mais uma foto da tal mulher e Sooyeon, mas quando erguera o olhar, notou que havia um HD externo preso por debaixo da mesa. Sorriu de leve com aquilo, pegando-o e lendo o que estava escrito.

Projeto: Zero Dawn.

Por Jung Sooyeon.

Assista somente se tiver coragem.

– Vamos para a sala de reuniões, algo me diz que finalmente achamos. – Guardou o objeto em suas vestes, saindo debaixo da mesa e se levantando.

As três desceram em silêncio, mas todas realmente nervosas. O maior questionamento que pairava por suas mentes era se descobriram se Jung Sooyeon havia sido a maior vilã do milênio...

Ou a sua maior heroína.

Pararam rente a porta, tendo Jessica a fazer um escaneamento sobre o HD e em seguida baixar todos os arquivos.

– Prontas?

– Quando você quiser, Jessica. – Tiffany sorriu para a jovem.

Jessica pressionou o botão para ligar o holograma, notando que vem a sua frente aparecera Jung Sooyeon e o mesmo rapaz da última vez.

 

--/--

 

[Sooyeon]

 

A cientista respirava fundo pela última vez, sentindo o rapaz colocar a mão em seu ombro e assentir. As máquinas já haviam dominado um continente inteiro, o que lhe fazia ter a certeza absoluta que não poderiam mais esperar. O mundo já não era mais seguro para os humanos e milhares espécies animais, uma boa parte da biomassa estava sendo consumida e aquilo significava que o fim era eminente. A espécie humana estava em extinção. Alguns estudavam para levar os humanos até marte, outros sugeriam simplesmente explodir as máquinas e correr o risco de matar toda a humanidade, Mas Sooyeon... Esta pensava diferente. Segurou a pasta com força e finalmente tendo a coragem de abrir a porta, colocando o seu sorriso mais falso e parando ao notar os olhares chocados.

– Doutora Jung? – Kim Jongdae parecia incrédulo.

– Eu definitivamente não acredito nisso. – Sunny massageou as têmporas.

– Sinto em dizer, mas esta é uma reunião particular, Sooye- – O acionista fora sutilmente cortado.

– Calados! – Seohyun, que havia novamente sido eleita como CEO, exclamou.

– Vocês vão se calar e vão me ouvir se quiserem salvar o mundo sem eliminar toda a humanidade. – Sooyeon jogou a pasta em sua mão na mesa, esperando que Jongin simplesmente distribuir uma cópia para cada um. – Desde que a minha ideia rasa sobre as máquinas fora furtado bem de baixo dos meus olhos... – Dera uma olhada sútil para Sunny, Sooyoung e Hyoyeon. – Eu já vinha pensando em formas de detê-las. – Tomou o controle da tela das mesas da mão de Seohyun, voltando a andar calmamente. Abrira seu próprio arquivo que continha dados sobre os seus estudos. – Chama-se Zero Dawn. – Olhou de um a um.

– Doutora Jung, a Senhorita poderia, por favor, esclarecer a ideia central do Zero Dawn? – Kim Jongdae questionou com curiosidade.

– Simples, meus caros... – A mulher se virou de costas para todos e abrira os braços, notando o telão bem a sua frente ligar. – Nós vamos reiniciar o mundo. – Novamente ficou de frente para a mesa, sorrindo largo. – Com clones criados a partir do nosso material genético.

 

--/--

 

[Jessica]

 

– Clones? – Jessica indagara em baixo tom, engolindo em seco em seguida. Taeyeon e Tiffany lhe fitavam assustadas, sem nem mesmo ver os olhos da jovem começarem a lacrimejar.

CLONES? – O holograma de Sunny Lee gritou e rapidamente se levantou, apontando para Sooyeon e dizendo em alto tom. – Esta mulher está louca!

Senhoras e Senhores, vejam bem! – Sooyeon erguera os punhos, fechando-os fortemente e então sorrindo. – E se pudéssemos criar uma sociedade inteira criada a partir do zero?

É possível?

Sim, é. E se... Pudéssemos criar uma sociedade em que viveríamos sem ter a chance de cometer os mesmos erros que nos levaram até a extinção? – O holograma de Sooyeon parou em frente ao trio, olhando para além delas. – Que pudessem aprender tudo o que queiramos sem torna-los perigosos? E pudéssemos criá-los a partir do nosso próprio material genético, gerados em úteros artificiais? – Apertou mais um botão, mostrando todo um sistema de reconstrução e multiplicação da biomassa. – Isso tudo é possível e somente por causa dela. Esta é Gaia, o sistema que pode alinhar todos os outros e conectá-los para a reconstrução. Que pode atirar todos os reatores e núcleos que ativem os úteros artificiais. Em cinquenta anos tudo estaria em pé novamente sem que tenhamos que passar por períodos da história que nos tornaram sanguinários. Sem que tenhamos que sofrer as consequências das nossas escolhas erradas.

– Cinquenta anos? – Tiffany indagara mais para si do que para as outras duas. – Mas se passaram trezentos anos... – O comentário fizera Jessica franzir o cenho.

É o sistema mais seguro criado até hoje e posso garantir isso, já que é de minha criação. Ela é capaz de recriar a fauna e a flora, de recriar as espécies com o mesmo material genético para que no futuro possam se reproduzir e então levar tudo adiante. – O holograma de Jung Sooyeon explicou tudo com grande calmaria. – Mas um projeto deste nível requer tempo e dedicação. Estamos em extinção, Senhoras e Senhores... Só peço que deem uma chance ao Zero Dawn.

E o que diremos para a população mundial? – A mulher da foto indagara curiosamente, notando a cientista sorrir genuinamente para si, para que esperava alguém perguntar sobre isso. E naquele momento... Jessica reparou que a sala estava muito mais lotada que o normal. Podia ler as plaquinhas em cima da mesa, mostrando o nome dos líderes das nações.

Diremos que estamos trabalhando para parar a catástrofe das máquinas e o governo recrutará jovens dispostos a lutar contra as máquinas. – Sooyeon explicou calmamente.

Lutar contra as máquinas, significa lutar contra o sistema. – O rapaz de pé ao lado da Doutora Jung continuou. – É só fingirmos que o mundo entrou em uma terceira guerra mundial... Fingir que as máquinas são obras de outras nações e garantir que as outras nações digam isso as suas populações. Quanto mais conseguirmos pausar o impacto das máquinas contra a biomassa, mais tempo teremos para construir todo o sistema do Zero Dawn em torno de Gaia.

É exatamente isso. Quanto mais tempos tivermos, mais chances de sobrevivência a nossa espécie tem. Já vamos morrer e isso é um fato irreversível, Senhoras e Senhores. – Sooyeon retornou a andar pela sala. – Façam os exércitos recrutarem mais, anunciem em escala global em todos os cantos possíveis. Nós teremos que recrutar mais e mais cientistas, biólogos, engenheiros, geógrafos, historiadores, topógrafos, físicos e químicos! Toda a ajuda é bem-vinda. É a nossa única chance de sobrevivência. – O trio então reparou que os líderes ali presentes começaram a concordar com a cabeça, tendo o presidente norte americano e o general dos exércitos dos Estados Unidos começarem a bater palmas, por fim... Todos os líderes fizeram isso e os acionistas também. Quem não parecia concordar nada com aquilo era a tal Doutora Lee e o seu grupinho de cientistas.

E por fim... A gravação terminou, tendo Taeyeon e Tiffany a notando que Jessica estava ajoelhada no chão. As lágrimas que desciam sobre o belo rosto eram dignas de preocupações. Seus olhos estavam avermelhados, suas mãos trêmulas e soando frio. Aquilo era simplesmente pior do que ela esperava.

– Eu sou um clone... De uma babaca. – Sussurrou com uma frieza absurda enquanto nitidamente não parecia se importar em secar o rosto.

– Pelo menos é de uma babaca que salvou o mundo. – Taeyeon comentou e logo levou um  tapa forte no braço.

– Taeyeon! – Tiffany exclamou incrédula.

– O que há? É verdade! Falem o que for, essa mulher salvou o mundo!

– E-e-eu não... Eu não quero mais ficar aqui! – Jessica se levantou, ignorando o ombro amigo oferecido por Tiffany e abrindo a porta da para sair da sala de reuniões.

Todas as três pararam repentinamente ao ouvirem o barulho do elevador. Quando a luz indicou que o elevador estava naquele andar, fora quando todas retiraram os arcos e flechas de suas costas. O elevador abrira as portas lentamente, fazendo-as abaixar as armas. Estava vazio. Assustadoramente vazio. O elevador era a única iluminação que se tinha além da sala de reuniões.

– Podemos parar o seu sofrimento só um pouquinho para não sermos mortas pela tal da CEO assassina? – Taeyeon ficou surpresa ao ver Jessica prontamente assentir.

– Tenho um plano... Ela quer criar um ambiente aterrorizante e nos separar, então não vamos dar esse gostinho para essa doida. – A garota andou até uma janela quebrada, pegando o lança-cordas e um gancho. Mirou-o contra o prédio mais próximo e então atirou. A maior dificuldade fora prender a corda no teto. Pegou o boomerang de ferro. – Vamos dar o fora, vão primeiro. – Tiffany fora a primeira e Taeyeon a segunda, mas quando fora a vez de Jessica, a garota sentira uma corda em seu pescoço. Seus olhos se arregalaram e ela fora puxada com muita violência para trás. Caíra sentada na frente de sua agressora, tendo um espelho bem na frente de ambas.

– Então você lembrou como fez o Zero Dawn, não é verdade querida? – A voz tinha uma tonalidade fria e o que mais chamava a atenção de jovem eram os olhos avermelhados da mulher atrás de si.

– Z-zero... Um? – Jessica retrucou enquanto tentava puxar a corda de seu pescoço. Ouvira a mulher atrás de si rir com grande deboche.

– Zero Um? Isso é o número do seu Focus! Não seja tola! – O sorriso estranho causava transtorno na mais nova, que chegava a tremer.

Uma flecha atravessou a janela e atingiu o braço de ferro da mulher, que acabou por afrouxar um pouco a corda, dando espaço suficiente para Jessica puxar a corda e se soltar. Correu o mais rápido possível em direção da janela, pegando o boomerang que havia deixado cair e descendo pela corda. Quando chegou até o chão, notou que Taeyeon e Tiffany já haviam corrido e Jessica poderia compreender bem o porquê.

Aquele lugar estava infestado de máquinas corrompidas.

E o pior, haviam chamado a atenção de todas as máquinas possíveis com aquela janela que quebraram para lançar a corda. A garota saiu correndo na direção da floresta, pensando que subir em árvores e se esconder era o melhor jeito de conseguir enganar as máquinas. Tinha um leve pressentimento que havia invadido o território daquela maluca... E que talvez tivesse atiçado sua raiva contra si. Subira nos galhos e tentou ir pulando entre eles até que tomasse uma boa distância e tudo ficasse em completo silêncio, mas sabia que aquilo não significava boa coisa.

Sua rival parecia gostar de lhe mexer com o seu psicológico, deixar-lhe fraca para então atacar. Nunca havia enfrentado alguém com um jeito tão peculiar de agir. Avistou o par de os olhos avermelhados não muito longe de si, o que lhe fizera gelar.

– Fica longe ou eu vou atirar! – Jessica puxou o arco e flecha, apontando na direção da mulher. Esta vinha com tanta calmaria e elegância que chegava a causar calafrios na garota. Alguns arbustos faziam barulhos, mas nenhum barulho era causado pela morena alta.

– Mesmo? Pois eu duvido. – Parou em uma distância considerável. – Tem certeza que não se lembra de mim?

– Tenho. – Jessica engolira em seco. – Sei que isso pode parecer estranho... Mas eu não sou Jung Sooyeon! Meu nome é Jessica! – Notou-a abaixar a cabeça e a balançar em negação, levantando-a com lentidão.

– Jessica? – A mais alta murmurou o nome com um tom melancólico. Cerrou os punhos com muita força. – Como... Você... SE ATREVE!? – Gritou enfurecida, puxando um tipo de arma ao qual a garota nunca vira fora das fotos. Parecia mais com um revolver, mas a moça não tivera reação ao vê-la apontar para si. Sabia o poder de fogo daquela coisa, então somente fechou os olhos esperando por seu fim.

O disparo aconteceu, mas Jessica não sentira nada. Lentamente seus olhos se abriram, notando um braço de com o tal AMG-78 ter a bala fincada no metal. O objeto ainda brilhava, tendo Jessica a notar que era alguém com um traje muito superior ao que ela e a morena alta usavam. Boa parte era de ferro e tinha uma máscara a lhe tampar o rosto.

– Isso é entre eu e você, Seohyun. – Era a mesma voz que Jessica ouvira em todas as ligações com Zero Um, mas aquilo fazia bem sentido. Zero Um era realmente tinha uma altura bem maior que a dela ou a de Seohyun, era possível que a testa de Jessica batesse no ombro de Zero Um.

– Você... – A voz de Seohyun se tornou ainda mais amarga, tendo um olhar mortal para o mesmo.

– Ela não é quem você pensa. – A voz desta vez não fora nada feminina, fazendo Jessica arregalar os olhos e a tal Seohyun novamente atirar, tendo Zero Um mais uma vez a segurar o tiro. O rosto se virou para a garota, tendo a máscara a subir sozinha. – Prazer, Zero Um. – O sorriso de canto era charmoso e o seu rosto era realmente muito belo. Olhos tão negros como uma noite de verão e os cabelos tão escuros quantos os olhos. – Ou se preferir, Kim Jongin. – Virou-se abruptamente na direção da morena alta, carregando o nível mais forte da AMG-78 e socando-a. Fora com força suficiente para atirá-la na direção de uma árvore mais próxima e enquanto Jessica se distraía com isso, Zero Um, ou Jongin, o rapaz que sempre acompanhava Sooyeon nos hologramas, começara a lhe puxar fortemente para que corressem.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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