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História Hostility - Surely I ll miss you


Escrita por: LilithShadows

Notas do Autor


FELIZ ANO NOVO... Com 8 dias de atraso...
Mais um.
Obrigada pelos comentários e a quem favoritou.Ta meio difícil digitar no teclado virtual, espero que entendam...

Enjoy

Capítulo 33 - Surely I ll miss you


 

 

 

 

Pietra! Pietra, volte aqui!

– Explique o por que eu voltaria? – Perguntou a jovem com sorriso sarcástico no rosto enquanto recolhia as peças volumosas de suas roupas caras. – Eu cansei de ser usada como se fosse uma meretriz por você!

O homem forte caminhou a passos firmes pelo cômodo da cabana a encurralando a parede próxima a porta de saída. Segurou seu rosto com um pouco de força, o suficiente para fazer com que ela o encarasse.

– Porque eu sei que é a mim que você deseja. A mim que você quer mais que tudo.

– Essa é a ultima vez que venho aqui! – A jovem exclamou irritada, tentando se desvencilhar das mãos fortes do homem que a encarava com um sorriso divertido nos lábios.

– Você sempre diz isso e no fim sempre volta.

– Mas agora eu estou cansada. Eu quero ser feliz, e não estou conseguindo isso. Eu quero ser uma boa esposa. Não quero que arruíne meu casamento...

– Um casamento arranjado que você se mantém prisioneira.

– Eu não me sinto uma prisioneira. Eu amo James mais do que você pode imaginar. Você que é o erro em minha vida. Sempre foi... Esqueceu-me, usou... Você me deixou sozinha... – A jovem dizia aquilo com tanto rancor que foi inevitável que o homem sentisse dor. Seu peito sempre doía quando ela dizia aquele tipo de coisas.

Pietra era assim. Era contraditória e quente. Irritante como só as mulheres que eram mandadas para estudar em Paris poderiam ser. Possuía ideias nada convencionais que seriam muito mal vistas na sociedade em que viviam. Uma delas por sinal, havia sido concretizada faziam poucos minutos.

A jovem pode ver o lampejo de dor transparecer no rosto a sua frente. Encostou em um impulso a palma de sua mão no rosto másculo e quadrado que tanto amara. As maçãs altas eram um deleite a seus dedos e olhos... Os olhos eram intensos, verdadeiros e a queimavam em uma proporção sequer possível de ser imaginada.

Tudo em Brian Haner era excitante e misterioso. E sempre havia sido assim. Os dois haviam crescido soltos nas redondezas da cidade. Sendo aquilo o que pode se chamar de melhores amigos, na medida do que era possível entre um homem e uma mulher. Pietra viu o rapazinho esquálido e pálido dar lugar a um homem austero, forte, de pele bronzeada e olhos castanhos profundos que faziam todas as damas do vilarejo suspirarem enquanto passava. Sorriso encantador, voz rouca e o pai sendo dono de uma das maiores produtoras de algodão do pais? Ele era um excelente partido.

E Pietra se vangloriava disso. Ele era dela. Todas poderiam desejar Brian , mas ele a pertencia. Seus sorrisos sinceros, os beijos castos as piadas sujas que contavam escondidos entre risinhos... tudo era para ela. Inclusive seu amor.

Mas nada é bom para sempre, logo Pietra pode aprender. Brian foi mandado a Londres para concluir seus estudos e se estabelecer como homem, tomando assim o lugar de seu pai nos negócios. Mas se foi com a promessa de que nunca a deixaria de amar. Que ela seria para sempre a dona de seu coração. Após uma despedida dolorosa, ele partiu. A deixando sozinha mas mesmo assim com a esperança de que quando voltasse, seria a ela que procuraria. Sempre...

Logo foi a vez de Pietra ser educada como uma verdadeira dama de família abastada, como era. Uma dama feita para casar. Onde mais uma jovem de família tradicional poderia ser educada para ser inteligente na medida certa e uma esposa submissa? Paris. E foi lá que a jovem Miller conheceu a James, um rico negociante de mercadorias do oriente. Coisa que a cada dia que passava, mais rentável se tornava. Charmoso dono de olhos e sorriso encantadores, com algumas tendências a vida boêmia. Encantou Pietra completamente, porém, seu coração já possuía dono. E ela tinha em mente que seus beijos e carícias seriam apenas de Brian, durante toda a eternidade.

Porém a vida devassa do único filho dos Haner do Mississipi não poderia deixar de ganhar holofotes. A fama que Brian adquiria por seus dotes com as mulheres da Inglaterra rapidamente se espalhou pela Europa. E o coração de Pietra se despedaçou. Em uma atitude impensada, seus lábios corresponderam aos de outro homem. James Sullivan. Seu coração passou a chamar pelo dele, na tentativa louca de esquecer aquele que tanto a magoara. E suas tentativas surtiram efeito e quando fechava os olhos eram os azuis que inundavam sua mente, não mais os castanhos.

Anos depois a notícia do casamento da filha dos Miller se espalhava por todos os cantos. Pietra se transformou na senhora Sullivan. E Brian se sentiu traído pela única mulher que já amou.Ele precisava voltar para aquela cidadezinha infeliz, que agora ele passara a odiar cada detalhe. Simplesmente por todas as memórias que ele possuía e que o machucavam como navalhas sendo enfiadas por sua pele.

Havia sido mais rápido do que imaginava encontrar Pietra Sullivan. Os Sullivan ficaram conhecidos na cidade por serem grandes anfitriões em suas festas. Havia as melhores bebidas importadas, os jantares mais pomposos, tudo no estilo charmoso da França, coisa que o casal priorizava e valorizava com afinco. O que os tornavam americanos ainda mais estúpidos ao ver de Brian.

Antes do fim da noite de sua festa de boas vindas, Pietra estava entregue a Brian em um dos quartos da velha cabana a qual eles passaram a vida brincando. E o marido? Foi mais fácil ainda Brian se fazer de grande companheiro, tendo em vista que Sullivan era um homem de coração bom e que acreditava realmente na boa fé das pessoas. Precisava tirá-lo do caminho. E simplesmente colocou a disposição do homem as melhores meretrizes do sul dos Estados Unidos. O instinto animal masculino de procriação sem pudor sempre fala mais alto. E foram meses desse jogo perigoso, onde Brian e Pietra se encontravam as escondidas, ela sempre dizia que não voltaria mais e alguns dias depois estavam os dois presos na própria luxuria de seu inferno particular. Brian conseguiria destruir a ela da mesma forma que ela o havia destruído.

Mas ali, com ela tão indefesa deslizando suas mãos por seu rosto como se o adorasse não conseguia pensar em estragar sua vida. Só pensava em como a amava, em como havia sido arrogante e idiota. De como aquele toque quente de sua pele aveludada havia sido o melhor que já sentiu em toda a sua vida. Nenhuma mulher poderia se comparar a ela, jamais. Nem nada do que ele sentiu.

– Pietra - começou sentindo sua voz tremer. – Vamos embora?

Ela olhou para seus olhos por alguns momentos tentando entender o que ele queria dizer com aquilo. Conheciam-se tão bem que poderiam se comunicar com único olhar. E a compreensão se fez presente no dela ao perceber o peso real que aquelas palavras significavam.

– Mas como? E James? Eu não posso deixa-lo Brian... Eu o Amo! Ele cuidou de mim quando você não estava lá Brian. Eu não posso viver sem ter ele na minha...

– Nunca mais repita que o ama em minha frente!- Vociferou o moreno sentindo todo o ódio voltar a tona. Pietra o pertencia e ela saberia disso.

Antes que a jovem pudesse responder, Brian colou seu corpo ao frágil e delicado a sua frente. E puxando com agressividade seus fartos cabelos avermelhados a beijou com sofreguidão. Pensando apenas em como ela o pertencia e em como tudo era mais fácil de suportar enquanto ela estivesse com ele.

Com um estrondo a porta da cabana se abriu e o vento gélido do final de Dezembro não foi o que fez os pelos de Pietra se eriçarem naquele momento. Mas a figura alta, de cabelos loiros e olhos profundamente azuis que olhava com ódio a cena de sua esposa nos braços de outro homem. Aqueles olhos permaneceriam a queimando por toda eternidade. Foi ali que percebeu que não importaria o que dissesse, o quanto fugisse. Ela sempre estaria presa a aqueles dois homens.

Era 28 de Dezembro de 1859.

 

 

Acordei de sobressalto mais uma vez aquela semana e completamente suada. Dei graças a tudo o que conhecia pelo chorinho que escutei pela babá eletrônica. Coloquei o roupão macio por cima da camisola e me dirigi ao quarto do meu filho que adorava acordar as 3 da manhã para mamar.

Apoiei minhas mãos em seu berço e quando ele me viu o choro se encerrou por completo. Suas mãozinhas balançavam no ar como se ele me chamasse. E admito que James era muito pesadinho para três meses de idade. E ele já começava a mostrar o que queria e como queria as vezes. Adorava colo, principalmente o de Brian. Ele podia espernear horas e nada o calava. Aí Syn chegava e começava a conversar com ele, o pegava no colo e Jimmy se calava por completo brincando enquanto segurava o dedo do padrinho. Admito, morria de ciúmes disso. Só não sabia se sentia mais ciúmes do Brian com o bebê ou do bebê com o Brian, mas no fim , aquela cena me derretia e só conseguia pensar em como era fofo.

Peguei ele no berço e me sentei na poltrona ao lado embalando ele em meus braços. Era cansativo sim, mas era uma sensação tão maravilhosa ter aquela coisa linda em meus braços que eu não poderia nunca reclamar. Eu nunca mais me senti insegura desde que ele nasceu. Parecia que eu podia tudo, menos ignorar um fato cada vez mais óbvio. Eu não precisava de mais nada para saber quem era o pai de Jimmy. Era explicito e a cada dia que passava só ficava pior. Nem Taylor, nem minha mãe, meus irmãos que vinham agora com frequência me visitar, acreditavam que Brian era o pai. Mas eu implorava por tudo que era mais sagrado que eles deixassem tudo como estava.

A essa altura as coisas mudaram um pouco. Brian era o homem mais presente em minha vida naquele momento. Eu usava isso como desculpa para esses sonhos loucos e repetitivos que eu tinha desde que James nasceu. Ainda não sabia como ele escondia tão bem o fato de estar sempre ausente de todos os meninos. Eu sabia que ele andava muito triste desde que Jessica o havia informado que ficaria no Brasil por tempo indeterminado, cuidando da Avó que estava com câncer. Jessica o liberou de qualquer compromisso com ela por conta disso, quem melhor do que ela pra conhecer como Brian era? Talvez eu... Porque desde dessa notícia Brian ficou mais caseiro. Disse que estava ficando velho para noitadas com muita mulher e drogas. Eu entendi isso como “ estou arrasado e a Jessica me faz muito mais falta do que a farra” . Me contou que as vezes se encontrava com Michelle para “desestressar” só e isso me enchia de raiva. Por que? Porque eu sentia ciúmes disso. Essa brincadeira de “casinha” entre nós dois não estava dando certo. E isso somado aos sonhos psicopatas com ele e Jimmy estava me enlouquecendo. Isso iria ter que acabar. Com toda a certeza teria que acabar.

Respirei fundo algumas vezes enquanto meu filho mamava. Aquilo doía e parecia que ele arrancaria o bico do meu peito a qualquer momento de tão desesperado que era enquanto mamava. Eu tinha certeza que estava carente e o excesso de atenção que Brian me despertava estava me confundido. Respirei fundo mais uma vez. Eu não podia me iludir quanto a isso.

Levantei os olhos e vi que alguém estava a soleira da porta. E eu estava tão perdida dentro da minha cabeça que não notei Syn me olhando com um sorriso bobo nos lábios.

– Boa noite Cat. – Ele sussurrou se aproximando de nós e me beijando na testa. Em seguida ele se aproximou de Jimmy e depositou um beijo em sua bochecha. Seu nariz roçou de leve em meu colo e meu corpo se contraiu involuntariamente. - Vou tomar um banho – disse com a expressão assustada e eu assenti. – ah... Vou dormir no quarto do Taylor ok? Bebi um pouco e não acho que você iria querer um bêbado dividindo sua cama.

Se retirou do quarto e eu não consegui dirigir nem uma palavra a ele. James dormiu enquanto mamava e o coloquei no berço. Eu precisava tirar essas ideias idiotas da minha cabeça. Como, eu não sabia.

Saí do quarto e quando quase entrava no meu eu senti as mãos de Brian segurarem meu quadril e me puxaram de encontro a seu corpo como na noite em que dançamos juntos na festa em Seattle.

– Cat, algo esta te incomodando. – Afirmou sussurrando rouco em meu ouvido.

“A proximidade do seu corpo do meu me incomoda bastante” pensei comigo mesma, mas não coloquei isso em palavras – Só pesadelos idiotas Syn... Nada demais...

– Gosto do seu cheiro... – Ele depositou um beijo delicado em meu pescoço que quase me fez arfar, ignorando completamente o assunto que estávamos conversando. Me dê um desconto, a quase um ano eu não era tocada daquela forma por um homem não é mesmo. Senti sua língua deslizar por minha pele desnuda da nuca. – do seu gosto também...

– Brian acho...

– Shiuu... Não fala nada do que a gente já sabe ok? Aproveita só.- Suas mãos deslizaram por meus braços e foram até o laço do meu roupão o desfazendo. Aquilo não era certo.

- Não Brian!- Fui firme dessa vez e me afastei segurando o laço do meu roupão e o fazendo novamente. – Não podemos fazer isso.

Me virei de frente para ele e Deus, ele estava sexy demais vestindo apenas sua box de seda para dormir. Ele arqueou uma sobrancelha me indagando.

- Por que não podemos? Nenhum dos dois está namorando, que eu saiba. Estamos mais tempo juntos de que muitas pessoas que são casadas Cat. Eu não vou mais em casa sabia? É raro... Eu sempre venho para cá. Eu penso só em você e no nosso bebê o tempo todo... Eu amo cuidar do Jimmy como se ele fosse meu. E eu sinto que de uma forma ou outra ele é meu. E eu amo vo...

- Não termina essa frase Brian! Você vai se arrepender dela. – Ele ameaçou falar mas pousei meu dedo indicador em seus lábios o silenciando. Ele me olhava decepcionado e aquilo me matava. A ultima pessoa do mundo que queria que me olhasse assim depois de James é claro que era ele. – Escuta Syn... Você está passando por tanta coisa e eu também. Não vou negar nunca o quanto você é atraente e é tão confortável te ter por perto. Não consigo caminhar se você não está aqui. – Ele sorriu convencido e eu não pude evitar retribuir o sorriso, mas logo fiquei séria e prossegui. – Nós dois sabemos que essas reações todas tem motivo não é. Nós nos amamos sim, mas como amigos. E estamos sempre juntos. Você tem me ajudado tanto durante esse tempo que eu nem sei como agradecer. Só que você está confuso. Sofrendo por conta da Jess.

- Não estou não!- Ele disse exasperado, mas em seguida, fechou os olhos e balançou a cabeça afirmando. – Talvez eu esteja um pouco.

- Então. É disso que eu estou falando. Você está abalado, eu carente. Porque querendo ou não eu sinto falta de ter alguém para mim e você se acostumou comigo. Acho que talvez seja a hora de você tentar esquecer a Jess e começar a sair novamente.

- Eu saí hoje Jade. – pronto, a coisa estava séria. – Sabia que a única garota nesse mundo depois da Jessica que realmente me agrada estar do lado é você?

Sorri sem jeito com aquela afirmação e ele continuou. – Eu tentei mesmo Cat, hoje ficar com alguém. E não vou dizer que não fiquei, afinal... Você me conhece. – Eu tive que gargalhar. – Mas ela era chata e repetitiva e pentelha, apesar de ser gostosa.

- Eu também adoro ficar perto de você. Somos amigos e é por isso que gostamos tanto disso. Acho que eu não mereço ser seu prêmio de consolação apesar de tudo. Nem você merece ser o meu.

- Ui Cat... Escutar isso é uma merda. – Disse rindo sem graça e encostou a palma da mão quente em meu rosto. – Mas talvez seja a verdade. Você está sentindo falta de ter ele por perto né? E olhar pro pequenininho ali dentro deve piorar isso.

- Piora Syn... Piora e muito. Mas mesmo assim me sinto melhor do que nunca. Tenho vocês e o Tay. Que mais eu iria querer na vida?

- Sexo intenso e louco? – Disse divertido.

- Talvez sim. Mas eu prefiro que isso aconteça se eu e você quisermos de verdade um ao outro. Não por que queremos afogar nossas magoas e esquecê-las..

Ele beijou minha testa.

- Boa noite então Cat. Durma bem e sonha comigo, afinal, não é todo dia que um homem gostoso desses fica de quatro por você.

- A vá? É “mermo”?- Disse sarcástica. – Não sei se você sabe mais eu sou muito sedutora!

- Sei sim... Deve ser o sutian de amamentação. Imenso e bege? Nossa! Mexe com a imaginação de um homem!

- Seu viado! – Disse rindo e me voltando para meu quarto.

- Sua gorda!

- Eu te amo Syn! – Disse antes de entrar no meu quarto e quando fechava a porta pude ouvir nitidamente.

- Também te amo Cat! E ainda vai acontecer... pode ter certeza disso.

O tempo passa muito rápido só para que ficássemos velhas e caídas mais rápido ainda. James crescia forte e mais inteligente que nunca. Ele começou a balbuciar suas primeiras palavras e para meu total desespero e decepção de Syn a primeira palavra que ele disse foi “Tay” que ria bobo de nossa cara toda vez que o ouvia lhe chamar.

Os anos foram passando e meu filho era a única luz que me fazia seguir em frente. Quando ele tinha dois anos eu abri minha micro empresa de web designer. Afinal, meu diploma tinha que servir de algo. Assim eu rapidamente já tinha formado clientela e não precisava sair de casa para trabalhar. Ganhava bem, era minha própria patroa . Não poderia ser melhor.

Taylor como sempre, trocava de mulher como quem trocava de roupa. E naturalmente aprendeu todos os truques sujos de Syn para a “conquista” das pobres moças indefesas. Seus namoros não duravam mais que dois meses mas ele era dedicado em trata-las como se fossem únicas. Ele abriu uma lojinha de artigos de rock. E isso lhe rendia um certo foco naquele lado da cidade onde morávamos.

Brian por sua vez continuou como sempre. Não me informava sobre os garotos, mas sempre me mantinha por dentro do que acontecia com a banda. Quando Jimmy fez três anos, Avenged Sevenfold lançou mais um CD que mais uma vez virou numero um da Billboard o que significava uma turnê longa e cansativa para os meninos. Jessica uma vez ou outra aparecia nas conversas. Ela voltava do Brasil, eles ficavam e então ela ia novamente embora e ele... bom, ele tentava do jeito que podia não se entregar a melancolia. Significava mais mulheres em sua vida. Michelle deu um basta nele e começou a sair com uma garota e de acordo com ele, parecia mais apaixonada que nunca. Pelo o que ele contava, se ela tivesse decidido isso enquanto estavam juntos, o casamento não teria terminado nunca.

Continuei sem ninguém. Mais cinco segundos e eu me tornaria uma freira. Não que eu não me interessasse mais por homens, mas algo em mim me dizia que me envolver não seria fácil. Saí com Taylor algumas vezes, mas todos os caras pareciam se desesperar ao ouvir que eu era mãe. E sinceramente, eu agradecia mentalmente por isso. Nunca nenhum deles me interessava.

Às vezes eu me pegava chorando com saudades dele, principalmente quando eu tirava o dia para ver James brincando, ou toda a vez que ele sorria para mim. Ou a loucura que ele tinha por música que me assustava demais. Jimmy era esculpido o pai. Da posição e tonalidade dos olhos, o sorriso, o tom da pele, o nariz , boca... Absolutamente tudo nele era pertencente aquele homem. Inclusive uma partezinha da personalidade, Syn fez questão de mencionar. Era impossível não me lembrar.

Outras vezes eu me assustava em como dava importância a vida de Brian. Nunca perdia o ciúme que tinha dele. Era como se ele fosse meu e de mais ninguém e eu sabia que isso era provocado pela carência excessiva dos meus últimos anos. As vezes eu sonhava com nós dois, mas não era com a frequência que acontecia nos primeiros meses de vida de Jimmy. Mas tentava ao máximo afastar todo e qualquer pensamento relacionado a isso.

Então veio o quinto aniversário do meu bebê.                  

Graças a Deus havia chegado a noite e a casa já estava vazia e silenciosa. Mas infelizmente o quintal era uma bagunça. Taylor havia se oferecido a levar para casa uma das mães de um amiguinho de escola de Jimmy. A mulher era linda e nem parecia que havia tido um filho algum dia. E aquilo me dizia que iria dar merda e das boas. Mulher casada, o marido em viagem e Tay a levando em casa? Pode ter certeza que iria...

Brian subiu com um James super empolgado pela sua mais nova aquisição. Brian sempre dava coisas relacionadas a música. Disse que precisava descobrir para que lado a suposta aptidão musical do meu filho pesava mais. Guitarras, baixo... Teclado... Ele tentou de tudo e sinceramente eu sentia orgulho de ver meu filhote tocando seus primeiros acordes e sendo babado intensamente por Taylor e Syn. Mas a grande ideia foi a bateria. E tirar James de cima dela havia sido uma luta. Era incrível e exatamente feita para crianças. Mas mesmo assim parecia profissional. James praticamente esqueceu dos palhaços, dos docinhos e dos coleguinhas de escola a entrar no cômodo que um dia foi um quarto, mas que agora era entulhado de brinquedos. Perto de seu closet estava ela, reluzente e preta. Conclusão, uma barulheira infernal se seguiu ao longo da tarde com ele batucando de qualquer jeito o instrumento e com Brian com os olhos brilhando encarando a cena.

– Parece que não é só no nome que você parece com seu xará. – Ele disse rindo enquanto eu tentava tirar um James relutante do banquinho da bateria. – Ele adorava bateria... Tocava na minha banda e era o baterista mais foda que conheci...

– Brian! – Exclamei olhando para James que parecia nem ter ouvido o palavrão. Brian encolheu de ombros pedindo desculpas e finalmente consegui desgrudar a bundinha do meu filho da cadeira.

– Mamãe, o que é foda?- Eu arregalei o olho e Brian começou a rir.

– È uma palavra feia Jimmy

– É palavrão né? Eu sabia! – Disse entrando no banheiro que ficava no corredor. Comecei a respirar aliviada quando o ouvi gritar do banheiro. – Sabe mãe, o Michael Smith vive dizendo que escuta a mãe dele gritando que quer ser fodida pelo pai dele. É a mesma coisa? – Perguntou inocentemente colocando a cabeça pra fora do banheiro esperando que eu o acompanhasse.

Olhei para Syn pedindo socorro e tudo que ele fez foi gargalhar da minha expressão horrorizada.

– Não Jimmy, isso é outra coisa que agora você não precisa se preocupar. Avisa ao Michel Smith que ele também não precisa prestar a atenção nisso.

– Atah. – Ele mesmo tirou sua roupa e entrou no box. James era muito independente para uma criança de cinco anos. – Tio Syn?

– Fala ... – Brian respondeu entrando no banheiro me olhando “ajudar” Jimmy no banho.

– Minha mãe já gritou isso pra você?

– James. – Segurei seu rosto o fazendo me encarar. Os olinhos verdes brilhando em minha direção. – Esquece essa palavra. Esquece os pais do Smith ok? – Ele fez que sim com a cabeça. – Deixa que quando você crescer você vai entender melhor.

– Eu já entendo tudo ta. Eu não sou burro.

– Claro que não. Você é incrível. – Beijei sua testa. – Brian, pode colocar ele na cama para mim? Vou arrumar aquela zona no quintal .

– Ok Cat.

–Mamãe, eu não preciso de ajuda, sei dormir sozinho...

– Eu estou com sono Jimmy, e quero dormir no seu quarto um pouquinho, posso? – Brian sabia melhor que eu levar James na lábia.

– Pode sim... Por que você e a mamãe não casam? Assim você ia poder ser meu pai e ninguém mais na escola ia me chamar de menino de rua.

– Como eles te chamam James? – Perguntei e Syn me olhou com uma expressão séria.

– Falaram que eu sou um menino de rua porque eu não tenho pai. A mãe da Evelyn Stratford disse para ela que você deveria ser uma mulher de vida fácil. Mas eu disse para Evelyn Stratford que sua vida não era fácil nada. Que a senhora tinha que cuidar de mim do tio Tay e do tio Syn também...

Pronto, era oficial eu era vista como vadia na escolinha do meu filho.

– Não liga para o que elas falam...

– Então tio Syn. – James continuou como se eu não estivesse ali. – Você e minha mãe poderiam casar, você seria meu pai e minha mãe não ficaria mais sozinha. – Então ele puxou Brian para que ficasse no nível do seu ouvido e sussurrou tão alto que eu ouvi. – Não quero ser mais diferente tio.

Saí do banheiro e me dirigi ao quintal com algumas caixas de papelão para catar toda a bagunça. O que estava fazendo com meu filho? Como eu podia ser tão idiota a ponto de acreditar que ele não se importaria por não ter alguém que ele chamasse de pai. Sem dúvida alguma Brian e Taylor poderiam se considerar os melhores pais que eu poderia ter dado a ele. Principalmente Brian. Achei que era o suficiente mas pelo visto não era.

Uma hora mais tarde eu levava a ultima caixa com a decoração da festa para o porão, tentando coloca-la na prateleira alta que ficava perto da lavadora.

– Foi um custo, mas ele dormiu. – Brian descia as escadas e me ajudou com a caixa. – precisamos conversar Jade.

– Ah... Não precisamos não. Já sei o que você vai falar.- Fui infantil e tentei subir as escadas mas ele segurou meu pulso, me impedindo.

– Vai escutar de novo então, querendo ou não. Você viu em que ponto chegou Jade? Faz falta para ele ter a figura de um pai.

– Mas tem você e o tay. Esse menino é muito amado.

– E você nunca estudou? Esqueceu que crianças e suas mães fofoqueiras são muito cruéis? Sabia que para metade daquelas mulheres você dorme comigo e com o Taylor? E ta... Elas morrem de inveja disso, mas falam besteira perto dos filhos que repassam para o Jimmy. Ele está sofrendo e não é bobo. Sabe que nenhum dos homens que ele conhece é o pai dele.

– Como? – perguntei quase chorando já.

– Ele antes de dormir me perguntou. Disse que já me ouviu falar do pai dele a você e de como se pareciam. E ele perguntou se trabalhava comigo e eu disse que sim. Pediu que eu levasse ele lá.

Segurei em seu braço desesperada e supliquei as lágrimas já.

– Brian, por favor não! Você sabe como ele é... Ele vai me tirar o Jimmy.

– Ou não Jade, eu não deixaria isso acontecer. Mas não vou levar ele lá. Sei que mais cedo ou mais tarde você mesmo vai tomar essa atitude. E eu nunca quebro as promessas que faço aos meus amigos.

Sentei na escada e Brian sentou ao meu lado. Coloquei a mão rosto sem o escondendo.

– Sei que estou fazendo mal a ele Brian, mas eu não posso evitar. Eu não sei se estou pronta.

– Está sim Cat. – Disse carinhoso alisando meus cabelos. – Bom, ele me disse que Sexta-Feira é dia da profissão na escola dele e ele pediu que eu fosse. Ok para você?

– Claro. – Disse ainda sem tirar minhas mãos do rosto então ele segurou meus pulsos as retirando de minha face. A proximidade de nós dois era inevitável. E começava a me constranger e meu estomago revirou. – Me dá só um tempo e eu vou resolver isso tudo.

Ele estava mudo me encarando e pousou a mão em meu rosto no momento em que cogitei quebrar o olhar. – Você esta tão linda hoje,

– Não mesmo... Sou velha agora e gorda, lembra? Você vive falando isso... – Ri nervosa tentando cortar o clima que se estabeleceu ali.

– Vinte e oito anos e você é velha Cat? Eu sou o que então? Matusalém? – Eu ri e ele prosseguiu. - Eu falo isso só para te irritar. Você nunca foi tão linda quanto é agora Cat. – Ele sorriu e deslizou o dedo por meu lábio.- Seus olhar mudou, você é mais madura e quase confiante e seu corpo.... Ah... Você ficou perfeita. Seus quadris alargaram e seus peitos, só Deus sabe como está sendo difícil para mim ...

– Não Brian, de novo não...

– Ai que está o problema Jade... De novo sim.

E dizendo isso segurou em minha nuca e colou seus lábios nos meus com delicadeza e naquele momento eu esqueci quase tudo e pedi pra não me arrepender muito dessa atitude. Me entreguei a seu beijo exigente e o correspondi com intensidade. Que saudade de beijar que eu senti e só me dei conta ali. Seus lábios eram quentes e muito macios o que os tornavam mais convidativos. O gosto de tabaco e menta me deixava ainda mais disposta a continuar aquilo.

Ele me colocou de pé sem que quebrasse o beijo e unicamente se afastou de mim no momento em que toquei a barra de sua blusa e a puxei fazendo menção de levanta-la. Ele me ajudou a tirar sua blusa e não contive meus dedos que passearam quase que automaticamente por seu peitoral e os músculos definidos de seu abdome. Ele tremeu com meu toque e não contive o sorriso.

– Eu quero você simplesmente por ser você Jade. – o que ele me disse me pegou de surpresa. Ele se aproximou mais e deslizou as mãos por minhas coxas levantando meu vestido tomara que caia verde até a minha cintura, sem desviar os olhos dos meus. – Eu quero sentir você Jade. – E sua mão apertou minha coxa me fazendo respirar com um pouco de dificuldade. Só hoje Jade. Eu prometo a você que eu nunca mais toco nesse assunto. Mas eu preciso de você hoje. Vamos fingir que somos só eu e você e que tudo está bem.

– Eu amo você Syn. – Sorri sinceramente concordando com aquela fantasia de que tudo estava bem. Segurei o cós de sua calça e o aproximei de mim. Tudo o que eu sonhei ao longo desses anos me veio a tona e uma necessidade absurda de sentir a pele dele na minha. – Só hoje? – perguntei levantando a sobrancelha sorrindo enquanto desabotoei o botão de sua bermuda.

– Só hoje... – ele concordou e mais uma vez me beijou. Só que esse beijo era tão cheio de desejo que por pouco não me fez desmaiar. Sua língua se movia ritmada como se ele conhecesse exatamente como deveria me beijar. Senti suas mãos prenderem o fecho do meu vestido e o deslizar até que meu corpo estivesse coberto apenas pela calcinha. Segurou minhas coxas com força e me suspendeu fazendo com que minhas pernas entrelaçassem a sua cintura. Meus seios se grudaram ao seu tórax e ele prendeu meu lábio inferior entre os dentes urrando ao sentir isso. – Ah... cat... Acho que vou morrer antes de conseguir tirar sua calcinha.

Foi inevitável, comecei a rir e ele me encarou sério. – Não começa por favor!

– Mas foi você que começou. – tentava controlar o riso enquanto ele ainda me encarava. – Você não quer que eu ria das coisas que você fa... Ah...

Fui interrompida com a pressão que ele exerceu ao segurar minha bunda com uma das mãos e puxar meu corpo mais para si, fazendo com que sua ereção evidente pela bermuda que usava encaixasse perfeitamente em minha intimidade. Tudo o que consegui fazer foi gemer longamente. Que saudade eu sentia desse tipo de contato. Ele me apoiou com ambas as mãos e me movia de forma que eu subia e descia em seu colo, praticamente me levando ao orgasmo somente com isso. E nossas peles ainda nem tinham se tocado totalmente...

– Ri agora? – Ele disse com um riso vitorioso nos lábios. – Ri agora enquanto você geme... Fez “cosquinha” dessa vez Cat? – perguntou fazendo referência ao que havia ocorrido anos antes, na cabana do parque.

– Não... – Balancei a cabeça ainda negando e então ele me colocou sentada na lavadora, o que deixava suas mãos livres para que deslizassem por meus seios. Ele apertou o bico de meu seio direito o fazendo ficar enrijecido na hora.

– Posso? – pediu me encarando como medo de que eu fosse negar. Como se isso fosse possível aquela altura.

– Brian , se você não fizer é capaz que eu te bata.- Ele riu divertido e me olhando passou lentamente a língua pelo bico do meu seio, enquanto massageava o outro com vigor. Ele não quebrava o contato de nossos olhos e parecia saber exatamente o que eu queria quando sua mão abandonou meu seio e deslizou por minha barriga. A colocou por dentro da minha calcinha e apoiou seus dedos em meu clitóris que fez meu corpo arquear e um gemido longo escapar por meus lábios.

– É gostoso não é? Sei que você sentiu falta...

– Cala... a... boca ... Syn! Não estraga! - Disse sentindo minha visão se turvar e meu corpo tremer quando ele pressionou com mais afinco aquela área sensível e começou a move-la em círculos. Mas uma vez eu sentia que iria chegar ao clímax mais rápido do que eu imaginei e quando meu corpo se contraiu na tensão do gozo iminente ele simplesmente parou com os movimentos que fazia.

Quase chorei de irritação enquanto ele sorria com um brilho malicioso no olhar.

– Synyster seu puto. Vai fazer isso comigo mesmo?

– Vou sim... – Ele abriu sua calça e a retirou. Abaixou um pouco a cueca e pude vislumbrar seu membro enrijecido parecendo úmido já. Aquilo fez meus lábios encherem d’água e o mordi com força sem perceber que fazia isso. Ele deslizou a mão por seu membro, o estimulando algumas vezes e talvez tenha sido esse o momento mais erótico de nossa “relação relâmpago”. Sua mão cobria seu membro em um movimento sequenciado de vai – e – vem enquanto sua cabeça pendia um pouco para trás, seus lábios entre abertos ritmando sua respiração e eu parada praticamente desejando mais que tudo senti-lo pulsando dentro de mim.- Você só vai gozar quando eu estiver dentro de você. Eu disse que queria te sentir Cat...

Suas palavras me despertaram da cena linda que era vê-lo se masturbando em minha frente e sem demora ele já estava perto de mim, deixando seu membro abandonado. Ele puxou minha calcinha com força a fazendo rasgar e não pude conter mais e evolvi seu membro em minha mão. Sua respiração ficou pesada e quando imitei seus movimentos anteriores, deslizando minha mão pelo músculo duro e quente ele gemeu. Me fazendo gemer com ele apenas pela delicia que era ouvir aquilo.

Brian afastou minha mão de si e arqueou minhas pernas de forma que minha intimidade ficasse exposta e evidente a ele. Beijou a parte interna de minhas coxas e a essa altura eu não conseguia mais pensar em nada que não fosse a necessidade que sentia de que ele chegasse logo onde queria.

Sem mais demoras seus dedos me preencheram de uma só vez e sua língua encontrou o caminho do ponto mais sensível do meu corpo. Massageando meu clitóris e me penetrando ao mesmo tempo com os dedos. A essa altura não tive medo nem mesmo dos altos ruídos que fazia ao gemer. Era impossível se controlar com aquele homem quase me enlouquecendo. Brian Haner era perito no que fazia, sem sombra alguma de dúvidas. Me contrai fazendo minha intimidade apertar seus dedos e ele gemeu mais uma vez.

– Cat... Não faz isso. – Disse levantando o rosto para mim e me olhando de um jeito que nunca me olhou. Eu via um misto de sentimentos estampados em seus olhos. Desejo, o que mais era evidente, mas tinha algo mais. E eu me lembrava daquilo de algum lugar. Era quase tristeza. – Se fizer isso de novo eu não vou conseguir responder por mim.

– O que exatamente? Isso? – Fiz minha expressão mais inocente , ou pelo menos tentei e mais uma vez apertei seus dedos com minha intimidade. Ele urrou e se retirou de dentro de mim. Antes que eu pudesse protestar seu corpo estava encaixado entre minhas pernas e beijou minha boca violentamente onde pude sentir meu gosto explicito em seus lábios. Encostou a testa na minha sem nunca desviar seus olhos dos meus.

– Só para constar Cat... É Brian para você, nunca Synyster...

Então seu membro deslizou lentamente para dentro de mim e pude sentir aos poucos ele me preenchendo. Iria gemer se ele não houvesse abafado meus lábios com os seus, sem beijar, apenas os roçando enquanto se instalava totalmente dentro de mim.

Era dolorido, a muito tempo eu não tinha aquele tipo de contato com um homem, mas era uma dor extremamente gostosa. E Brian sabia de tudo isso. Permaneceu sem se mover apenas com nossos lábios colados.Rebolou lentamente dentro de mim como se me preparasse para o que viria a seguir. E dessa vez gemi com vontade apertando sua bunda e o trazendo mais para mim.

– Ah Brian... Por favor, não faz mais isso comigo.

– Só não quero que acabe Cat. – Ele continuou rebolando até que mordi seu ombro com força. Não sabia se estava frustrada ou feliz por aquilo estar demorando tanto. A única coisa que sabia é que era muito bom, muito bom mesmo. Involuntariamente minha intimidade se contraiu apertando o membro de Brian que urrou e se levantou apoiando em minhas coxas. E logo as tão esperadas estocadas começaram violentas. – Eu disse que eu não responderia por mim Cat.

Brian apertava minhas coxas deixando marcas avermelhadas por minha pele enquanto assistia seu membro me invadir com uma força quase sobre humana. O meu gemido era o gemido dele. E na confusão os sons se misturavam. Nossos corpos se chocavam freneticamente e quando dei por mim eu já jogava meu quadril para frente tentando sentir seu membro ainda mais fundo. Subiu suas mãos por minhas coxas e uma delas se instalou em meu clitóris o qual ele começou a friccionar quase no mesmo ri timo no qual investia em mim. Joguei minha cabeça para trás tentando respirar mas o oxigênio pareceu tão desnecessário. A única coisa que eu precisava era de Brian e do seu corpo respondendo a mim exatamente daquela forma.

Tentei em vão me segurar em alguma parte da lavadora que era praticamente arrastada no chão com os movimentos agressivos que Brian deferia em mim. Ele segurou minhas mãos e as levou aos seus braços o que me fez cravar as unhas naquela região o fazendo urrar de dor e quase me machucar aumentando a velocidade das estocadas.

– Me aperta Jade... – Ele disse trincando os dentes, o que parecia que iria quebrar seu maxilar sem parar de se mover em mim. Sabia ao que ele se referia apenas por seu olhar. Ele não queria que eu o apertasse exatamente com as mãos. E como eu ignorei seu pedido ele colocou suas mãos em minha nuca e embrenhou seus dedos por meus cabelos os puxando com força.- Me aperta Pietra, agora! – Ele vociferou e com ele usando meu primeiro nome como se sempre me chamasse assim. Fiz o que ele pediu, contraindo minha intimidade o que me fez sentir ainda mais seu membro pulsando enquanto me invadia e o que o fez urrar. Senti seu gozo sendo liberto e fazendo com que se membro deslizasse com mais facilidade dentro de mim. Ele segurou minha bunda me trazendo mais para ele e me pegando no colo novamente, enquanto eu mesma me movia esfregando ainda mais minha intimidade a dele e logo foi a minha vez de explodir, de me contrair e de sentir meu corpo amolecendo aos poucos no colo do meu melhor amigo. Apoiei minha testa em seu ombro enquanto ele se desencaixava de mim me ajeitando melhor em seus braços.

Minha respiração era muito difícil. Eu não conseguia nem mesmo levantar minha cabeça e encara-lo mas não era vergonha nem nada. Era cansaço. Era sono. Meu corpo estava relaxado como não ficava a anos. E eu ri fracamente com esse pensamento.

– Cat... acho que minha perna está bamba e eu vou cair com você. –E ele disse rindo se sentando comigo no chão do porão.

Me aconcheguei em seu colo e o engraçado era que parecia que aquilo ali era uma coisa muito comum. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me encheu de beijos me fazendo rir.

– Fiquei com medo de você cortar o clima de novo.

– A culpa é sua Brian, você fala cada coisa também.- Bocejei e ele riu.

– aha! Te dei uma canseira, sabia que seria assim... – Disse convencido e mordi sua bochecha.

– O dia todo foi cansativo hoje. E que eu saiba quem ta com a perninha tremendo aqui é você.

Foi a vez dele mordiscar meu ombro me fazendo sorrir. Eu me levantei com ele protestando veementemente e cacei meu vestido.

– Ah meu Deus , Cat!

– Hã...

– Minha mão está desenhada na sua bunda!

– Normal, se eu morrer de hoje pra amanhã você ta fudido. Tuas digitais acho que atravessaram minha pele ... Parece que nunca viu mulher na vida! – Disse de brincadeira e ele me olhou raivoso. – Brian seu viado, você rasgou minha calcinha nova. – Só quando vi os restos mortais de renda preta e a etiquetinha da Victória’s Secret que me dei conta de que isso realmente aconteceu.

– Ah Cat... Ela era até bonitinha mas você fica muito mais gostosa sem...

Tomamos banho juntos, mas não repetimos o ato do porão. Não poderíamos fazer com que isso se tornasse uma rotina. Apesar de que seria uma rotina muito gostosa. Deitei na cama apenas de roupão e ele deitou ao meu lado, me abraçado por trás como sempre fazia e encaixado seu queixo na curva do meu pescoço.

– Eu te amo tanto Cat. – Sussurrou com a voz embargada pelo sono. – Eu não consigo negar isso nunca. Você sem dúvida alguma é minha melhor amiga e me faz muito feliz.

– Você também me faz feliz Syn.

Ta... nosso humor melhorou muito depois do ocorrido. Não me sentia estranha nem nada. Também tinha certeza que não iríamos casar nem nada após isso. Mas sabia que Brian literalmente poderia me ajudar com tudo E quando digo tudo, era tudo mesmo. Acho que estava pronta para mais cinco anos de celibato depois dessa. Eu tinha o melhor amigo do mundo, eu tive o melhor sexo da minha vida com ele. Tinha um filho lindo e perfeito e dividia a casa com meu amigo de infância. Eu estava em paz e passei tanto tempo assim que achei que seria sempre isso. Mas eu não perdia essa minha mania de ser incrivelmente tola. Não tinha aprendido que como tudo em minha vida, aquela paz reinaria por pouco tempo. E acabaria exatamente no dia das profissões na escola de Jimmy.



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