História Hot And Cold - Wanna argue all day

"Você é super protetora quando estou indo embora, tentando entrar num acordo, mas não consigo vencer. Você quer ter razão em algum ponto, mas continua fazendo um sermão. Você me tem desde o início, não vai deixar isso acabar. Primeiro você quer ir pra esquerda e virar à direita, quer discutir o dia todo e fazer amor a noite inteira. Primeiro você topa, depois não quer mais e depois fica em cima do muro, oh, eu realmente quero saber, o que você quer dizer?".
What do you mean? - Justin Bieber.

Point of View: Katherine Hastings.

Adentrei ao enorme prédio da escola e um grande suspiro escapou pelos meus lábios. Tudo bem que uma parte de mim – a maior – está agradecendo de joelhos por faltar apenas duas semanas para que as aulas se encerrem e que eu me forme no segundo grau. Mas outra sentirá falta de passear por esses corredores dando risada dos exageros de Matthew, das piadas sem noção de Michael, da risada – nada exagerada – de Nathalie ecoando pelos corredores e de todo o falatório de Melanie sobre seus ídolos em geral.

Quando encerrar nosso último ano letivo, terá a formatura e após a formatura, Michael irá viajar com a família de Nathalie para a Itália, onde ficaram três semanas, Matthew vai visitar os parentes numa cidadezinha no interior que eu nunca guardo o nome e a única pessoa que me restará será Melanie. Isso se ela também não resolver fazer uma viagem.

Paro em meu armário e pego os livros necessários para as primeiras aulas. Uma coisa que eu tenho certeza de que não sentirei falta, será do peso de carregar os livros ou das aulas entediantes de Inglês.

– Está fugindo de nós? – ouvi a voz de Melanie que soava divertida atrás de mim. Virei-me sorrindo para ela.

– E por que eu estaria? – peguei o último livro e fechei o armário.

– Porque você não quer ser lembrada da data de hoje – deu alguns pulinhos e eu revirei os olhos trancando o meu armário.

– Só não espalha, tudo bem? – pedi colocando a bolsa sobre meus ombros.

– Feliz aniversário! – praticamente gritou e se jogou em cima de mim, me abraçando.

– Obrigada – sorri a abraçando de volta.

– O que vamos fazer hoje? – perguntou batendo palmas.

– Trabalhar e estudar – declarei e ela revirou os olhos.

– Péssima ideia – começamos a andar. – Mas eu não vou insistir, é seu aniversário, você faz o que quiser – deu de ombros e eu a olhei com os olhos estreitados.

– Você não vai insistir? – perguntei e a mesma assentiu. Parei no meio do corredor e ela se virou para mim. – Ok, quem é você e o que você fez com a minha amiga?

– Eu estou trabalhando meu autocontrole de não te forçar a fazer coisas que você não quer – encolheu os ombros e veio até mim, entrelaçou nossos braços e nós voltamos a andar até a sala de aula. Porém fomos impedidas por uma morena saltitante.

– Parabéns, parabéns, parabéns! – Nathalie gritou me abraçou e eu comecei a rir, a abraçando de volta.

– Obrigada – a apertei mais contra mim e depois de estarmos quase sufocadas, nos separamos.

– Hey, eu posso ver a hora no seu celular? – Mel perguntou e eu franzi o cenho vendo o seu celular em sua mão.

– Mas você está com o seu na mão – argumentei desconfiada.

 – Eu tirei a bateria para colocar o cartão de memória e quando eu coloquei, estava desconfigurado – respondeu e eu assenti, inserindo a minha senha e a entregando.

– E por quais motivos você tiraria o cartão do seu celular? – voltei a questioná-la.

– Eu fui passar músicas do notebook para cá, quantas perguntas! – resmungou.

– Hoje cedo?

– Ontem à noite Katherine, porém eu dormi e me esqueci de colocar de volta – revirou os olhos. – Se você está desconfiando de algo, eu já vou cortando as suas esperanças, como eu disse, não irei insistir em nada – piscou. – Agora vamos para a aula, né? – Mel sorriu ironicamente me entregando o celular.

– Vamos – murmurei e Nath veio para o meu outro lado, entrelaçando o seu braço no meu e eu entrelacei o meu com o de Melanie.

– Podem ir parando ai – ouvi a voz de Mike e as meninas pararam ao meu lado, ao mesmo tempo que eu. – Parabéns morena – me abraçou e eu sorri enquanto ele me apertava quase me levantando do chão.

– Obrigada – agradeci enquanto nos desabraçávamos.

– Vai rolar festinha hoje? – perguntou.

– Não quero – fiz careta.

– Então não vai ter – fez biquinho e eu ri. – Só por que eu queria festa hoje... – se lamentou.

– Têm boates abertas todos os dias meu amor – pisquei para ele.

– Bem lembrado – sorriu. – Topa uma hoje? – perguntou, mas quando eu abri minha boca para responder Melanie me se pronunciou.

– Ela não quer fazer nada hoje – falou. – Agora vamos para a sala – entrelaçou nossos braços e voltou a andar.

– Como você diz que eu não quero fazer nada hoje? – perguntei.

– Você mesma disse isso – deu de ombros.

– Eu só não quero festa – frisei a última palavra. – Mas com certeza eu quero algo com vocês – me expliquei.

– Desculpa – Mel suspirou.

– E o que você pretende fazer? – Nathalie perguntou e eu torci meu lábio de um lado para o outro enquanto pensava.

– Ainda não sei... Ainda! – argumentei e elas riram. – Mas eu tenho o dia todo para pensar – dei de ombros.

– Tudo bem – Nath riu. Entramos na sala de aula e eu sentei na quarta carteira da fileira do meio, Mel sentou-se em minha frente e Nathalie na carteira ao meu lado. Mel virou-se para trás e nós começamos a conversar enquanto a professora não chegava.

– Todos sentados! – a professora de Inglês adentrou a sala e Mel virou-se para frente enquanto Nath se ajeitava em seu lugar. – Que tal relembrarmos sobre sinônimos? – ela sorriu e todos os alunos reclamaram em uníssono. – Estou brincando! Hoje irei passar alguns trabalhos, já que o final do último semestre da vida de vocês estão chegando! – informou e então começou a passar as coisas na lousa e eu comecei a copiar.

***

– Vai rolar a boate mais tarde? – perguntei para Melanie enquanto íamos para a entrada do colégio.

– Acho que sim, a gente se encontra lá em casa? – sugeriu e nós paramos na frente do colégio.

– Pode ser – concordei. – Mais tarde a gente resolve – alguém colocou as mãos cobrindo os meus olhos e eu sorri.

– Adivinha quem é – ouvi a voz de Matthew.

– O bicho papão – respondi e o mesmo riu, tirando as mãos dos meus olhos.

– Eu comprei um presente para você – falou quando eu me virei para ele e colocou a mão do bolso, tirando de lá uma caixinha preta de veludo.

– Own Matt, obrigada – o abracei e ele riu.

– Você ainda nem viu.

– Mas eu já sei que eu vou amar, se você me desse uma folha de papel em branco eu ia gostar – sorri.

– Bobona – brincou enquanto abria a caixa. – Gostou? – perguntou e eu assenti.

– Eu amei, é muito lindo – tirei o colar com um pingente uma coroa dourada e alguns brilhantes. – Isso não é ouro, né? – perguntei e ele desviou o olhar. – Matthew James, eu vou te matar – dei um tapa no braço dele. – Não posso aceitar isso – botei o colar de volta na caixa e neguei com a cabeça.

– Vai sim, eu comprei pensando em você – ele pegou a caixinha da minha mão. – Agora vira de costas e levanta o cabelo para eu colocar esse colar em você.

Revirei os olhos para ele que sorriu e então eu me virei de costas, levantando o meu cabelo em seguida. Senti o pingente gelado contra o meu peito e senti os dedos de Matt atrás de minha nuca, prendendo o pingente. Assim que terminou, ele segurou em minhas mãos que estavam segurando meus cabelos, as abaixando e as colocando ao lado de meu corpo. Me virei para ele sorrindo de lado e então o abracei forte.

– Amo você – sussurrei e Matthew acariciou levemente as minhas costas.

– Eu também te amo – riu fraco e nós nos separamos. Matt colocou meu cabelo atrás da orelha e eu mordi o meu lábio inferior, ainda sorrindo.

– Obrigada – segurei o pingente e ele colocou as mãos no bolso do casaco.

– De nada – piscou.

– Amiga – Melanie me cutucou e eu a olhei. – Acho que alguém veio te ver – apontou com a cabeça para o outro lado da rua. Me virei vendo uma pessoa com um gorro, óculos escuros, blusa preta com um casaco da mesma cor, calça jeans colada e os típicos sapatos feios, olhando para o chão. Harry.

– Eu vou lá – avisei e Mel assentiu. – Muito obrigada pelo presente, eu amei – sorri para Matt que me deu um beijo na bochecha.

– Você merece – sorriu e eu o abracei mais uma vez. Me separei do abraço acenando para os meus dois amigos e atravessei a rua, parando na frente do ser de olhos verdes.

– Esperando alguém, moço? – perguntei em um tom divertido e ele levantou a cabeça, olhando para mim.

– Depende... Você viu uma baixinha – fez gestos com a mão, a levando até o meio de seu peito. – Com cabelos castanhos escuros – demonstrou o gesto, passando as mãos ao redor de sua cabeça, não dando a volta inteira. – Chata e marrenta, que por acaso, está fazendo aniversário hoje?...

– Talvez eu tenha visto uma, porém muito meiga e gentil – sorri e ele arqueou uma sobrancelha ainda sorrindo.

– Meiga e gentil? – repetiu colocando as mãos em minha cintura e eu assenti.

– Sim – me gabei e ele riu me dando um selinho demorado.

– Feliz aniversário – sorriu mostrando as covinhas e eu arqueei uma sobrancelha.

– Cadê o meu presente?

– Talvez eu te entregue mais tarde – falou misterioso.

– Mais tarde não dá pra gente se ver – fiz biquinho.

– Por quê? – perguntou.

– Eu vou para uma boate com o pessoal, se você quiser ir, pode ir – sorri e ele assentiu.

– Obrigado, mas tenho compromisso – sorriu amarelo e coçou a nuca. Franzi o cenho, mas logo desviei o olhar, jogando a minha franja para trás.

– Tudo bem, espero que você se diverta – dei um sorriso fraco sem mostrar os dentes e ele colocou as mãos em minha bochecha.

– Com certeza! – sorriu malicioso.

– Vai se foder – resmunguei e virei a cara, tirando as suas da minha cintura.

– Amor – chamou colocando as mãos na minha cintura de novo e eu revirei os olhos.

– Não sou seu amor – resmunguei. – Nós somos só amigos – reforcei. – Agora eu tenho que ir, meus pais marcaram um almoço de aniversário em família – avisei. – Tchau – despedi seca tirando suas mãos da minha cintura novamente e virei as costas para ele.

Comecei a andar de encontro ao meu carro, destravei o alarme e então adentrei o veículo. Joguei minha bolsa nos bancos de trás e arrumei o retrovisor. Olhei para onde eu e Harry estávamos anteriormente e ele não permanecia mais ali, franzi o cenho, estranhando o seu sumiço repentino.

Até que a porta ao meu lado se abre.

– Estou de táxi – Harry sorriu para mim e eu arqueei uma sobrancelha enquanto ele se sentava.

– Eu tenho cara de taxista? – ele me ignorou.

– Então você que decide, almoço com você ou você me deixa em casa – piscou e eu bufei revirando os olhos.

– Ou você pode pegar um táxi de volta para casa – sugeri irônica.

– Não tenho dinheiro – ele deu de ombros e fechou a porta do carro, passando o cinto pelo corpo em seguida. Bufei e dei a partida, fazendo o caminho para a casa do Styles.

– Duvido que dinheiro seja o real motivo – comentei virando uma esquina.

– Na verdade, os táxis não contêm o seu cheiro – respondeu e eu o olhei rapidamente de soslaio.

– Onde que é mesmo sua casa? – perguntei.

– No mesmo lugar da sua – respondeu sorrindo.

– Você não vai para a minha casa – avisei. – É um almoço de família e você não faz parte da família – disse.

– Ai, essa doeu.

– Por acaso, foi você quem disse que somos amigos – sorri ironicamente.

– Éramos algo a mais? – o olhei pelo retrovisor e Harry possuía uma sobrancelha arqueada.

– Com certeza não – respondi.

– Você quem está dizendo – levantou as mãos para cima, como se estivesse se rendendo.

– Sim, eu estou – confirmei.

– É sério que você está brava? – perguntou me encarando.

– Não – respondi.

– Katherine... – chamou quando eu parei no sinal vermelho.

– O que foi? – questionei.

– Eu não quero que você fique brava comigo – virou meu rosto para ele. – Primeiro, porque hoje é seu aniversário, segundo, porque mesmo você sendo linda com esse cara emburrada eu prefiro você sorrindo.

– E eu prefiro você calado – retruquei.

– Por quê? – ele franziu o cenho.

– Porque você só abre a boca para me deixar com vergonha – murmurei e sua risada ecoou pelo carro. – Para de rir – resmunguei dando a partida no carro novamente.

– Você é linda – ele disse e eu fingi que não ouvi.  – E fica mais linda corada.

– Eu já pedi pra você ficar calado – ameacei entre dentes.

– Não está mais aqui quem falou – ergueu as mãos para cima.

– Infelizmente ainda está – sorri cinicamente.

– Infelizmente? – arqueou uma sobrancelha.

– Infelizmente – repeti.  – Hoje você está muito chato – argumentei parando na frente da casa dele. – E você já pode ir – sorri ironicamente e ele fez biquinho.

– Não ganho nem um beijo?

– Não – sorri de lado o provocando.

– Ter um beijo meu seria um ótimo presente de aniversário – sorriu convencido.

– Adam Levine, por favor – respondi sonhadora e Harry revirou os olhos.

– Já vi que hoje só vou levar patada – murmurou.

– Ninguém mandou você não ser Adam Levine – dei de ombros e ele revirou os olhos.

– Então, tchau – respondeu abrindo a porta do carro.

– Tchau – acenei sorrindo e ele revirou os olhos, saindo e fechando a porta em seguida. Quando achei que ele já havia entrado, Harry apareceu na minha janela e deu um beijo no canto da minha boca.

***

– Mais uma vez, parabéns amiga – Ster me abraçou enquanto nos despedíamos.

– Obrigada – sorri nos desabraçando. – Você vai mais tarde? – perguntei.

– Não sei, mas eu já sei qual vai ser a boate – deu de ombros.

– Sabe? – arqueei uma sobrancelha e ela assentiu dando de ombros. – Como você sabe disso? – estreitei os olhos e Stella empalideceu.

– Matt me passou o endereço – falou rapidamente. – É, foi isso – sorriu sem graça e coçou atrás da nuca.

– Entendi – murmurei ainda com os olhos estreitados e ela sorriu.

– Pois é, tenho que ir – acenou e correu de encontro ao seu carro.

Andei até meu carro e quando fechei a porta do mesmo. Coloquei a bolsa no banco do passageiro e senti meu celular vibrar no meu bolso. O peguei e abri a mensagem.

"Soube que uma certa garotinha está fazendo 18 aninhos hoje! Parabéns Kathezinha! xLT"

"Obs: ainda está aqui? Se estiver sobe para eu te dar uma abraço e um beijo de parabéns xLT"

"Obs: Que tal você descer? Não quero olhar na cara do Styles xK"

"Todos aqui querem te cumprimentar, para de graça se não vou fazer questão de descer até ai e puxar você pelos cabelos e te arrastar até aqui em cima :) xLT"

"Você venceu, delicado xK"

Suspirei derrotada e abri a porta do carro e desci de dentro do veículo em seguida.

Andei até a gravadora, adentrei o grande saguão da mesma e em seguida fui direto para o elevador. Apertei o botão do nono andar e pouco tempo depois a porta se abriu e eu sai do elevador indo em direção à sala dos meninos.

Abri a porta e encontrei todos conversando algum assunto que parecia muito interessante, logo Louis me viu e sorriu, chamando a atenção dos outros para a porta onde eu estava.

– Parabéns – Louis veio até mim e me deu um abraço, me esmagando.

– Obrigada pessoa que quer me arrastar pelos cabelos – falei sarcástica e ele gargalhou me desabraçando.

– Um pouco doloroso, mas um bom argumento – Louis piscou e eu ri revirando os olhos.

– Esposa! – Niall me abraçou e eu o abracei de volta.

– Marido! – exclamei.

– Feliz aniversário – Niall desejou.

– Obrigada – beijei a sua bochecha assim que ele me desabraçou.

– Kath – Liam me abraçou. – Parabéns, tudo de bom – ele disse me dando um beijo no topo da minha cabeça e eu sorri nos desabraçando.

– Obrigada, senhor Payne – dei um beijo na sua bochecha e ele sorriu.

Assim que desviei o olhar de Liam, encontrei Harry ao fundo, bebendo água e com o olhar em mim. Fiquei o encarando até que ele tirou a garrafinha de sua boca, tampou-a novamente e a colocou de volta em cima da mesa. Em seguida, desviei o olhar, olhando para os três que estavam ao meu redor.

– Acho que já vou indo – sorri levemente.

– Mas nem deu tempo da gente abusar de você – Louis fez bico e eu fiz uma careta para ele que gargalhou.

– Ok, essa foi desnecessária – Liam comentou e eu concordei com ele.

– Tchau meninos – dei um beijo na bochecha dos três á minha frente. – Tchau Harry - o olhei acenando. Harry me olhou, deu um sorriso rápido enquanto acenava e cruzou os braços, voltando a ficar sério.

– Vocês brigaram? – Liam intercalou o olhar entre eu e Harry.

– Não – encolhi os ombros.  – Já vou indo meninos – me despedi. – Tchau – acenei novamente  e sai da sala. Andei de volta até o elevador, apertei o botão e fiquei o esperando.

– Kath – ouvi Harry me chamar, me virei encontrando o ser de olhos verdes vindo em minha direção. – O que aconteceu? – perguntou parando na minha frente.

– Nada? – saiu em tom de pergunta.

– Você mal me encarou – Harry disse cruzando os braços e eu o imitei.

– Jura? Que surpresa! Você também nem me olhou – respondi sarcasticamente e ele revirou os olhos. A porta do elevador se abriu e quando eu fui dar meu primeiro passo, Harry me puxou pelo pulso, me encostando com força na parede ao lado.

– Você não vai embora antes de me dar um beijo – falou sério e eu revirei os olhos.

– E se eu não quiser? – perguntei pausadamente.

– Você vai querer – sussurrou no meu ouvido.

– Quem disse? – fechei os olhos o sentindo beijar meu pescoço.

– Eu – disse contra a minha pele e fez um caminho de beijos até o canto da minha boca, iniciando um beijo em seguida.

Harry puxou a minha cintura, fazendo-me ficar mais colada a ele. Passei os meus braços em torno de seus ombros e ele sugou a minha língua com força, puxando o meu lábio entre os dentes na mesma intensidade. Apertei minhas unhas com força contra a sua pele, protestando contra seus atos anteriores.  Nossas bocas se encontraram novamente e voltamos a nos beijar, com mais intensidade do que antes.

– Harry – ouvi uma voz o chamando e nós tivemos que nos separar, Harry se virou e eu pude ver Klara, com uma cara feia, mesmo ela já sendo assim naturalmente.

– O que foi? – Harry perguntou grosseiramente, entrelaçando nossos dedos e passando o braço ao redor do meu pescoço. Possessivo.

– Você não deveria estar trabalhando? – ela cruzou os braços e deu um sorriso falso.

– Você não deveria estar cuidando da sua vida? – retruquei arqueando uma sobrancelha.

– Bom, minha vida está relacionada à carreira desse garoto – apontou com o queixo para Harry. – E então, consequentemente, eu já estou cuidando – piscou. – E quanto a você? – sorriu de lado toda debochada.

– Hey, não vale a pena – Harry sussurrou em meu ouvido.

– Quanto a mim? – perguntei para Klara, ignorando o Harry.

– Katherine – Harry me cortou. – Vem – me puxou até o elevador que estava aberto e apertou rapidamente o botão para o térreo.

– Harry! – gritei brava e dei um soco em seu peito. Harry segurou em meus pulsos e me fitou enquanto me chamava.

– Kathe, olha pra mim – pediu e eu neguei com a cabeça de olhos fechados, tentando me soltar dele. – Katherine, se acalma – pediu colocando as mãos no meu rosto. – Abre os olhos – pediu e eu os abri, dando de cara com suas esmeraldas verdes. – Não liga para o que ela fala, tudo bem? Ela só faz isso para te provocar – me deu um selinho. – Agora se acalma, hoje é o seu dia – ele sorriu e assenti, ouvindo o barulho do elevador se abrindo em seguida. – Vamos – pegou a minha mão e nós saímos do elevador.

– Espera Harry – o parei no meio do saguão e ele me olhou sem entender. – Onde a gente vai? Você tem que trabalhar – o lembrei.

– Eu só estou te levando até lá fora – informou e eu assenti.

Harry entrelaçou seus dedos nos meus e me arrastou calmamente para fora. Ele me olhou, como se perguntasse de algo e quando eu entendi apontei na direção em que meu carro estava estacionado.

Quando chegamos perto do mesmo, Harry segurou meu rosto entre suas mãos e me deu um beijo na testa. Assim que ele se afastou minimamente, percebi um movimento um pouco atrás dele.

– Harry, tem um paparazzi atrás de você – sussurrei o olhando e Harry olhou por cima do ombro.

– Mereço – murmurou. – Eu quero te beijar – fez biquinho e eu ri negando.

– Não vai rolar – sorri minimamente. – Eu tenho que ir – disse o abraçando e ele me apertou contra seu corpo.

– Parabéns minha marrentinha linda – sussurrou no meu ouvido e eu dei risada.

– Obrigada – agradeci e beijei sua bochecha o desabraçando em seguida.

Harry virou de costas para voltar para dentro do estúdio. Destravei o alarme e quando coloquei a chave para destravar a porta, ouvi uma voz atrás de mim.

– Quer saber? – olhei para Harry e o mesmo estava atrás de mim com os braços cruzados na altura do peito e um sorriso brincava em seus lábios. – Eu não ligo – desentrelaçou seus braços e me puxou.

– Harry... – murmurei o repreendendo com o olhar. Ele apenas me ignorou e juntou seus lábios com o meu.

Harry separou nossas bocas após alguns segundos e piscou para mim enquanto se afastava. O encarei totalmente perplexa enquanto ele mantinha um sorriso torto no rosto. Harry colocou as mãos no bolso do casaco e entrou na gravadora. Cocei a nuca frustrada e tratei de adentrar rapidamente o meu carro e dar partida no mesmo, indo embora dali.