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História House of Cards - Capítulo Dez


Escrita por: MissTayHan

Notas do Autor


Boa noiteeeeeee!
Vocês sobreviveram ao capítulo passado? Rsrsrsrsrs...
Espero que sim porque esse aqui promete. Preparem os coletes!
Vamos lá, boa leitura! XD

Capítulo 10 - Capítulo Dez


Taehyung P.O.V On

Aquela manhã estava agradável, principalmente estando na cama com Hoseok, abraçado ao seu corpo, enquanto ele passava as mãos por minhas costas e eu contava a ele como Jungkook e eu estávamos nos aproximando nos últimos dias, de todas as nossas conversas e especialmente de quando conversamos sobre sexo.

Essa com certeza foi uma conversa muito constrangedora para mim. O ingênuo não sabia nada sobre sexo gay e dizer para ele como funcionava sem ser direto demais e acabar parecendo um depravado foi bem difícil. Mas eu consegui, mesmo eu ficando tão vermelho de vergonha quanto Jungkook, mas eu consegui.

Agora eu contava a Hoseok como tinha sido essa nossa conversa e é claro que ele se acabava de rir. Não era para menos, com todas as perguntas que Jungkook fez qualquer um cairia na gargalhada, exceto eu, porque na hora eu fiquei apavorado.

 

 

Flash Back On

 

Deixamos os meninos na sala jogando vídeo game e viemos para o meu quarto porque Jungkook disse que precisava falar comigo. Ele e Jimin têm vindo muito aqui, segundo o mais velho, porque Jungkook gosta e somos os únicos amigos dele. Realmente é bom para ele, sair um pouco daquele apartamento/prisão.

– Então, o que você quer falar comigo? – Perguntei fechando a porta.

– Bom, eu... – Ele hesitou e sentou em minha cama mordendo os lábios e encarando o chão.

– Hey, pode confiar em mim, me diz o que houve! – Disse puxando a cadeira de rodinhas de minha mesa de estudos e colocando de frente para ele onde me sentei.

– É que... eu estou um pouco receoso sobre uma coisa. – Ele disse levantando o olhar para mim. – É sobre sexo.

Pigarreei tentando disfarçar o quão surpreso fiquei. Nunca imaginei que ele fosse me perguntar sobre sexo um dia. Não que eu achasse que ele morreria virgem, mas ele resolveu falar disso mais cedo do que eu pensei.

– Mas o que, exatamente...? – Perguntei.

– Bom, primeiro é que eu me sinto estranho desde a festa. – Começou a falar. – Foi nesse dia que eu comecei a ver o Jimin com outros olhos, bem, na verdade eu me sinto diferente, com relação a ele, e é isso que me assusta.

– E o que você sente que te deixa assim?

– Olha, nesse dia, falamos sobre Jimin dormir pelado, depois dançamos tão colados que senti seu corpo no meu, depois nos beijamos e eu sentei no colo dele, e mais tarde o vi sem camisa, e depois de tudo isso eu não paro de pensar o quanto eu quero isso de novo, o quanto eu quero sentir o Jimin, o corpo dele, entende?

Acho que foi informação demais para mim, não precisava ouvir “Jimin” e” pelado” numa frase só. Mas tudo bem, eu entendo pelo o que Jungkook está passando, agora que ele está descobrindo de fato sua sexualidade, o que ele quer e deseja, está descobrindo seu corpo.

Lembro de quando descobri ter atração por Hoseok, foi muito estranho para conseguir lhe dar com isso, ao contrário de Jungkook, eu não tive com que conversar para pedir conselhos. Mas nessa época era tudo intensificado, cada toque, cada beijo, era um turbilhão de sentimentos e sensações dentro de mim, um novo e magnífico mundo.

– Sei pelo que está passando, já estive nessa fase. – Disse e ele ficou surpreso.

– Sério? – Perguntou.

– Uhum, todos passam por isso, é quando você está se descobrindo, tendo desejos carnais. – O tranquilizei. – Não se preocupe, isso é normal.

– Tá, mas eu não sei como lidar com isso, quer dizer, eu sinto vontade de agarrar o Jimin e nunca mais soltá-lo!

– Calma, eu sei exatamente o que você quer... – Disse rindo ao final. – Seu corpo pede pelo corpo dele.

– Quer dizer que eu quero fazer... sexo com ele? – Sua cara era engraçada e assustada. Eu assenti para ele. – Mas eu nunca fiz isso, nem sei como funciona com dois homens...

Ótimo, chegou a melhor parte, só que nunca! Como eu explicaria isso a Jungkook? Tenho certeza que quando terminarmos vou ficar um mês sem conseguir olhar para ele de tanta vergonha. Queria muito um buraco para enfiar a cabeça agora, mas tenho certeza que Jungkook também estava morrendo de vergonha, não sei qual de nós dois está mais constrangido aqui. Ainda bem que não tive com quem conversar mesmo, não quero nem imaginar como é estar do outro lado da situação.

– Olha, vou tentar não fazer parecer nenhum bicho de sete cabeças, ok? – Ele assentiu em resposta. – Bom, para começar, vou te perguntar uma coisa... – Ele me olhou atento. – Você sabe como funciona o sexo entre um homem e uma mulher, não sabe?

– É, eu tive aulas de reprodução humana com a minha noona, por quê? – Enrugou a testa.

– Então você lembra como é, certo? – Perguntei e ele assentiu olhando para o chão e ficando vermelho. – Então, entre dois homens é basicamente o mesmo principio.

– Como assim? – Ele semicerrou os olhos.

Abri a boca, mas não consegui dizer nada. Como eu explicaria isso a ele sem deixá-lo traumatizado? Vou ter que dizer de uma maneira simples, mas direta, não quero prolongar muito essa conversa horripilante, está muito pior do que o castelo dos horrores.

– Bom, um homem e uma mulher não se encaixam?! – Ele assentiu. – Isso também tem que acontecer entre dois homens...

– Como? Porque não dá, você sabe o que eu quero dizer, um homem não tem o mesmo que uma mulher, como pode dar certo?

– Acredite, dá certo! – Se ele soubesse tudo que se é possível...

– Mas como se o homem não tem uma... entrada? – Ele estava impaciente.

– Ah tem, pode ter certeza! – Assenti. – É uma parte intima que temos em comum com as mulheres.

Ficamos em silêncio e ele parecia estar pensando. Eu estava morrendo de medo da reação dele quando desse conta, e não demorou muito para ela vir. Jungkook arregalou os olhos e abriu a boca para dizer algo, mas não conseguiu, fechou os olhos e balançou a cabeça. Eu também fechei os meus olhos um pouco arrependido.

– Por favor, não me diga que é o que estou pensando? – Ele mordia os lábios.

– É exatamente isso! – Eu disse tentando esconder o rosto com uma mão.

– Mas isso, não dói? – Perguntou ainda assustado.

– Um pouquinho, mas existem maneiras de diminuir a dor, não se preocupe, mas antes de tudo, você tem que saber qual sua posição na relação, sabe, se você será passivo ou ativo.

– Que isso? – Enrugou a testa. Bufei. Parecia que só pioraria com o tempo.

– Aqui, ativo... – Levantei a mão direita. – Passivo. – Levantei a esquerda e sobrepus a direita sobre ela, fazendo uma demonstração mais idiota possível, mas na mesma hora ele entendeu.

– Como vou saber o que eu sou? – Ele parecia preocupado. Saí da cadeira e sentei ao seu lado na cama.

– Qual dos dois tem mais pegada, ou é mais... agressivo quando se beijam, digo, tem mais atitude mesmo, apresenta ser mais dominador...?

Ele mordeu o lábio inferior e olhou para o chão corando um pouco. Acho que eu já sabia a resposta, não precisava ter perguntado, mas ele precisava se dar conta disso. Na verdade, todo casal sempre sabe sua posição no relacionamento, é automático, e tenho certeza que Jimin também já sabe disso.

– Jimin... – Ele enfim respondeu mais vermelho que pimenta.

– Então ele é o ativo.

– Então eu que vou sentir dor? – Perguntou com a voz cautelosa, ele estava com medo.

– Não meu amor! – Disse rindo e colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. – Tenho certeza que Jimin não machucaria você. Ele vai fazer de tudo para que você sinta menos dor possível, está bem, vou falar com o Hoseok para conversar com ele também, ok? – Ele assentiu suspirando. – Mas olha, esquecendo um pouco a dor, tenho certeza que você vai adorar, as sensações são incrivelmente maravilhosas!

– Hyung,mas e se eu não souber o que fazer? – Ele estava tão inseguro, mas compreendo todo esse seu medo.

– Relaxa, vou te dizer umas coisas...

Ficamos um tempão falando sobre sexo e preliminares, eu tentava explicar o máximo que podia para Jungkook, claro que sem ser muito explicito, mas foi até que bem agradável, acho que perdi o medo e ele também começou a se sentir um pouco mais confortável com o assunto.

Depois de tudo que lhe disse, sei que ele não vai virar nenhum expert em sexo, mas ele saberá como prosseguir no dia que ele e Jimin tiverem sua primeira vez. Preciso me lembrar de cobrar esse favor que estou fazendo a Jimin, ele vai ficar me devendo!

 

Flash Back Off

 

 

Hoseok não parava de rir depois de tudo o que contei, e claro que eu também não consegui me segurar.  Tudo o que eu antes fazia para me controlar e não cair na gargalhada na frente de Jungkook agora não significava nada, eu podia me acabar de rir. Não que estejamos zombando do garoto, mas convenhamos que foi uma situação bem bizarra para qualquer ser humano viver: explicar sobre sexo gay para uma pessoa que nunca tinha dado um beijo até algumas semanas atrás.

Mas tirando a parte constrangedora, foi bom saber que Jungkook confia em mim a ponto de vir me procurar. Quer dizer, Hoseok quem sempre foi o pilar de Jimin, agora eu posso ser o de alguém, isso é muito gratificante, saber que uma pessoa confia seus segredos e seus desejos.

– Eu não sei como você aguentou isso Tae, eu teria me mijado de rir na frente dele! – Ele se contorcia na cama onde ainda estávamos deitados desde que acordamos.

– Eu sei que é engraçado, mas poxa, o coitadinho não sabe nada sobre a vida ainda, ou não sabia. – Disse rindo ao final.

– Quando será que eles vão “fazer”? – Ele me puxou me abraçando.

– Supondo que tenha dado tudo certo, já fizeram. – Disse contente.

– Como assim? – Ele me olhou de testa franzida. Ai, Hoseok consegue ser bem lerdinho quando quer!

– Não se lembra que a mãe do Jungkook ia passar o fim de semana fora? – Disse.

– Aaaahhh, tinha esquecido... – Sorriu bobo.

– Amor você é tão burrinho às vezes. – Peguei impulso e me sentei sobre seu quadril. – Mas ainda é incrivelmente lindo e gostoso!

Hoseok assustou-se com minha rapidez, porém logo o beijei. Passei minha língua por seus lábios pedindo por passagem, que logo foi concedida. Nossas línguas se tocaram gentilmente me causando um leve arrepio, que ondulei meu corpo sobre o seu e ele soltou um gemido, agarrando em minha cintura e me apertando.

Ele me segurou firme e me jogou para o lado, me deitando na cama lentamente, deitando sobre mim e se encaixando entre minhas pernas. Acariciei suas costas, que estavam nuas, já que ainda estávamos sem roupa devido a noite anterior, que foi uma das melhores da minha vida, mas com Hoseok, estamos sempre nos superando.

Ele separou nosso beijo com um leve selar, distribuiu beijos por meu rosto até chegar ao meu pescoço, onde deu leves mordidas. Hoseok desceu os beijos até chegar no meu peitoral e passar pelo meu abdômen. Ele me maltratou ali e fez menção em descer até meu membro, mas ele não foi, então inverti nossas posições o jogando na cama e tomei seus lábios para mim sugando seu inferior com força, fazendo Hoseok soltar um gemido de dor. Larguei seus lábios indo em direção ao seu pescoço. Suguei e mordisquei seu pescoço, deliciando-me com os baixos gemidos que Hoseok deixava escapar.

Deixei o seu pescoço indo em direção ao caminho da felicidade, mordendo e beijando. Quando cheguei em sua pélvis, senti seu membro ereto já batia em meu rosto. Mordi meu lábio inferior ao ver o tamanho da ereção de Hoseok e não hesitei em abocanhar seu membro por completo.

– AHHHHHH!! – Hoseok exclamou jogando sua cabeça para trás.

Suguei seu membro com vontade, deixando de vez em quando, meus dentes rasparem por seu membro. Não demorou muito para Hoseok gozar na minha boca, engoli tudo, indo em seguida beijar seus lábios fazendo-o provar seu próprio gosto.  

Hoseok me empurrou para a cama novamente e ajoelhou-se entre as minhas pernas e envolveu meu pênis com sua mão, chupou a minha glande começando com um movimento de vai e vem. Logo abocanhou meu membro dando uma forte chupada, fazendo-me soltar um longo gemido. Senti que estava perto de gozar, então puxei levemente seus cabelos fazendo-o me largar.

Ele veio para cima de mim, abriu as minhas pernas encaixando-se entre elas. Levou três de seus dedos até a minha boca. Chupei seus dedos, sempre mantendo contato visual. Logo retirou seus dedos da minha boca. Fez uma trilha de beijos por meu corpo até chegar em minha entrada, lambendo-o em seguida. Não demorou muito para Hoseok penetrar-me com seu indicador.

– Hmmm. – Gemi mordendo meu lábio inferior.

Logo ele penetrou o segundo dedo, fazendo movimentos de vai e vem em seguida. Penetrou-me com seu terceiro dedo, fazendo-me gemer de dor. Depois de certo tempo retirou seus dedos de dentro de mim posicionando sua glande em minha entrada.

– Vai logo Hoseok! – Reclamei.

Hoseok concordou com a cabeça, penetrando seu membro em mim de forma lenta torturante. Não aguentei aquela demora, eu queria muito mais, então me movi para frente, fazendo todo o seu membro entrar em mim de uma vez.

– AHHHHHH! – Gemi.

Ele começou com movimentos lentos, porém prazerosos. Movimentei minha cintura para frente, fazendo o membro de Hoseok ir mais fundo. Meu interior estava apertado, mesmo depois da noite passada, mas também, com a grande ereção dele, não era para menos.

– Hmmmmm. – Gemi largando os seus lábios e jogando a cabeça para trás.

Hoseok foi aumentando o ritmo aos poucos, deixando-me louco de prazer. Hoseok deu uma forte estocada tocando em meu lugar sensível, fazendo-me sentir uma onda de prazer imensa que jamais poderia explicar como era. Era exatamente disso que me referi quando estava conversando com Jungkook.

– D-de novo. – Pedi.

Hoseok continuou tocando diversas vezes naquele mesmo ponto, fazendo-me urrar de prazer. Aquela sensação era esplêndida, maravilhosa, a melhor sensação do mundo, a qual vale a pena qualquer dor, mas dor nenhuma importa se você está fazendo amor com a pessoa que você mais ama no mundo.

Senti que estava perto do orgasmo, então joguei Hoseok para o meu lado, sentando em seu membro em seguida. Rebolava sensualmente, sorria toda vez que Hoseok gemia, principalmente quando gemia o meu nome. Comecei a me masturbar, queria que chegássemos ao ápice juntos. Mais algumas investidas e finalmente chegamos ao orgasmo.

Caí por cima dele na cama e ele me abraçou. Seu membro escorregava para fora de minha entrada. Respirávamos sôfrego, mas ele dava pequenos beijos no topo de minha cabeça.

– Eu te amo... – Ele disse para mim.

– Eu também te amo... – Beijei seu peito. – Vamos dormir mais um pouquinho?

– Aham... – Ele me deu mais um beijo e me aconchegou em seu peito.

Aquele era o melhor lugar do mundo. O mais seguro. O mais quente. O único lugar onde eu poderia estar. Em seus braços.

 

Taehyung P.O.V Off

 

 

Acordei sentindo um peso sobre meu corpo e sorri instantaneamente. Apertei meus braços ao seu redor e ele se mexeu acordando. Beijei seus cabelos emaranhados e senti seu perfume natural, doce e entorpecente. Todo o seu perfume estava impregnado em mim, assim como o meu nele.

A noite passada foi simplesmente a melhor noite de toda a minha vida. Nunca fui tão feliz assim, é como se só agora estivesse de fato começando a viver. Jungkook é minha vida agora, não posso e nem quero ficar sem ele. Jungkook se tornou meu chão, meu ar, minha alma. É tudo que eu sempre quis, e agora que o conquistei, vou zelar por sua vida e a nossa.

Nunca tinha experimentado do amor antes, mas agora eu sei como ele é. Com o amor você passa e ver tudo diferente. Você deseja o bem de alguém mais do que a você próprio. Você que ficar o tempo todo acordado com seu amor, pois não sabe se irá sonhar com ele e poder ver seu rosto. O perfeito e o imperfeito se completa, vocês estão sempre se apoiando, cuidando um do outro. Você se une a pessoa, em uma só alma, um só corpo, um só coração, um só amor.

– Bom dia! – Ele disse apoiando o queixo em meu peito e me olhando.

– Bom dia, meu amor! – Segurei seu rosto e o beijei.

Ele veio para cima e deitou sobre mim. Suas pernas estavam cada uma de um lado de meu corpo. Suas mãos acariciavam meu peito e as minhas apertaram sua cintura fortemente, então peguei impulso e sentei com ele sobre minhas coxas, mas como estávamos sem roupa, tenho certeza que ele podia sentir meu membro tomando vida embaixo de si.

Jungkook circulou meu pescoço com seus braços, enquanto ondulava seu corpo, causando uma fricção entre sua bunda e meu membro. Aquilo fez com que eu me arrepiasse até o dedinho do pé, então abracei sua cintura e o joguei na cama. Ele sorriu e mordeu o lábio inferior, enquanto eu pegava uma camisinha em cima da mesa de cabeceira.

E depois de um bom sexo matinal e tomar um café da manhã delicioso, fomos para a casa de Taehyung. Hoseok e eu jogamos vídeo game, enquanto Jungkook e o Tae ficaram conversando na cozinha, até sei sobre o que. Mas não posso falar nada, eu também falaria com Hoseok.

– Cara, foi incrível! – Disse enquanto o jogo estava no pause. – Ele é lindo, é perfeito, é tudo de bom!

– Essa é a melhor fase de um relacionamento, vocês estão descobrindo mais um do outro, aproveite isso...

Olhei para a porta da cozinha e Jungkook vinha de lá com Taehyung, cada um com duas taças de sorvete. Kookie me deu uma e sentou ao meu lado. Lhe roubei um selo e ele fez o mesmo comigo. Hoseok tem ração, essa é a melhor época de um relacionamento. Tudo parece se ampliar e fica ainda mais gostoso de sentir cada sensação quando estou com ele.

 

[...]

 

 

Uma semana depois

 

Aquela era o primeiro jantar em família, quer dizer, o primeiro com minha mãe, Jihyun e a mãe de Jungkook juntas. Claro que senhora Kim estava lá, fiz questão que ela fosse conosco. Se tornou um encontro até que cômico, as duas mulheres de cada família que criaram o “filhinho da mamãe” sozinhas. Aquelas quatro mulheres sem dúvida eram as mais fortes que eu já conheci na minha vida.

Certo, eu criei um certo apresso pela senhora Jeon, não temos mais ressentimentos um com o outro. Mas é claro que ela não sabe que desvirginei seu filho, ou ela com certeza perderia toda a consideração por mim e minha mãe, e me estrangularia, depois de ter decepado meu pinto.

Mas sem tragédias, agora nos comíamos um delicioso macarrão com queijo feito por Jihyun. Eu até tinha dito que me casaria com ela por esse macarrão, claro que se eu já não tivesse Jungkook e levado um beliscão dele.

– Temos que fazer isso mais vezes. – Disse minha mãe tomando o último gole de seu suco. – Eu adorei jantar com vocês, nunca tinha conhecido nenhuma namorada de Jimin antes, que dirá a família. – Todos riram, exceto, eu, claro.

– Mas agora você conhece, e é NAMORADO! – Dei um beijo na bochecha de Jungkook e ele ficou vermelho.

Jihyun estava estonteante por nos ver juntos. Ela nos ajudou muito até chegarmos aqui. Sou muito grato a ela, a cada conselho que ela deu a Jungkook e as suas tentativas de fazer com que nos víssemos. Desejo que ela seja muito feliz em sua vida. Ela está namorando um cara de sua faculdade já faz um tempo, mas só contou a sua mãe nos últimos dias, já que ela nem sempre foi tão receptiva com pessoas em relação a seus filhos, mas ela está cada vez mais compreensiva.

Depois de comermos a sobremesa, Jungkook e eu ficamos encarregados de lavar a louça, enquanto as quatro mulheres ficavam tagarelando na sala sobre coisas vergonhosas de nós dois quando éramos crianças. Ainda bem que Jungkook não ouviria aquilo, apesar de eu querer ouvir sobre sua infância, mas ficamos na cozinha com as louças e ele estava bem estranho.

– O que foi? – Lhe passei um prato para que enxugasse.

– Eu sou seu namorado? – Ele disse olhando para o prato e segurando um sorriso.

– Claro que é, por quê? – Estendi um copo e ele pegou depois de empilhar o prato com os outros.

– Você nunca me fez um pedido oficial. – Ele deu de ombros.

– E precisava? Eu já não deixei claro o suficiente que eu te amo? – Disse largando tudo na pia e o abraçando pela cintura.

Ele sorriu para mim com um lindo brilho nos olhos, e depois me abraçou. O apertei fortemente contra meu corpo. Nos encaixávamos perfeitamente, tudo em nós parecia ter sido feito sob medida, como se desde que nascemos já estivéssemos predestinados a ficar juntos. E pensar que ele foi feito especialmente para mim, me faz amá-lo ainda mais, como se fosse possível meu coração suportar tanto amor, um só não é mais o suficiente para o que sinto por Jungkook.

– Eu te amo muito! – Disse e lhe beijei.

– Eu também te amo! – Ele respondeu e sorriu corando.

Voltamos a dar atenção a louça e lhe passei mais um prato, ambos ainda com um sorriso bobo nos lábios. Mas quando Jungkook pegou o prato, ele pareceu ter uma vertigem e rapidamente fechou os olhos como se fosse desmaiar, deixando o prato espatifar no chão. Fui rápido o bastante para conseguir segurá-lo antes que ele caísse no chão sobre o vidro.

– Kookie, tudo bem? – Ele estava tonto, sua visão estava desfocada.

– Eu não sei... – Sua voz saiu fraca.

Todos entraram correndo na cozinha para ver o que tinha acontecido devido o barulho do prato se quebrando. Jihyun e sua mãe logo correram até Jungkook quando o viram sendo amparado por mim. Minha mãe e senhora Kim não se aproximaram muito, dando espaço a as outras duas.

– Meu filho, o que houve? – Sua mãe segurou seu rosto. Ele estava pálido, como no dia em que arrombei a porta e o encontrei no chão.

– Não sei, não me sinto muito bem... – Ele parecia fazer muito esforço para falar.

– Melhor deitarmos ele. – Disse Jihyun. – Vou pegar um copo d’água.

Ele se apoiou ainda mais em mim e o ajudei ir para a sala. Ele se deitou no sofá com a cabeça sobre meu colo e respirou um pouco relaxado. Sua mãe ficou ajoelhada ao seu lado, segurando sua mão. Jihyun voltou com a água e ele se levantou um pouco para beber.

– Se sente melhor? – Perguntei.

– Acho que sim... – Disse fraco novamente.

Ele bebeu mais um gole de água, mas se engasgou e começou a tossir. Para o nosso espanto, quando ele cuspiu a água de volta, ele cuspiu foi sangue, muito sangue. Todos ficaram alarmados e sua mãe começou a gritar.

– Jungkook! Ai meu Deus, Jungkook!

O copo caiu de sua mão e ele não parava de cuspir sangue, sujando o sofá e suas roupas. Ele estava pálido e com a pele fria, sua respiração ficava fraca. Seus olhos que antes brilhavam agora estavam opacos, tudo o que se via naquela cena era o vermelho vivo do sangue que jorrava por sua boca. Ele foi perdendo o equilíbrio e caindo para o lado, sobre mim. Eu o segurei e ele desmaiou em meus braços.

– Kookie! Meu amor, fala comigo, por favor! – Gritei o sacudindo.

– Não! Jungkook! Meu filho! – Sua mãe entrava em desespero e Jihyun a tirou do chão a abraçando forte.

– Eu vou chamar uma ambulância. – Disse minha mãe pegando seu celular.

Eu não podia estar passando por isso de novo, não podia!

Mas eu estava, e dessa vez era muito pior. Eu tinha experimentado de Jungkook de diversas maneiras, da sua companhia, de seu carinho, de seu amor, não podia perdê-lo agora, nem nunca. Estávamos tão bem, só podia ser uma peça pregada pelo destino, não posso perder Jungkook para sempre.

Assim que a ambulância chegou, colocaram-no na maca e o levaram. Sua mãe foi na ambulância e nós fomos de carro para o hospital. Quando chegamos, senhora Jeon já estava na sala de espera e ficamos por lá também. E de novo me lembrei da primeira vez que vi Jungkook e viemos para o hospital.

Se fosse uma situação comum e boa, como voltar a uma casa onde você passou sua infância, ou voltar ao parque de diversões onde você deu seu primeiro beijo, eu sentiria nostalgia, mas não era isso que eu estava sentindo, eu tinha uma ânsia enorme, queria vomitar. Aquilo era de longe a pior situação para se reviver.

E o medo... Aquele medo me assolava novamente, como naquela noite, só que agora eu tenho muito mais a perder, o que me deixa muito mais apavorado. Jungkook não pode me deixar, ele não pode morrer, ele ainda tem uma vida longa e bonita pela frente.

As horas passavam e eu andava de um lado para o outro da sala. Minha mãe e senhora Kim às vezes tentavam me acalmar, mas eu só me acalmaria quando o visse bem. Jihyun e senhora Jeon rezavam baixo pela vida de Jungkook. Eu também pedia, do fundo do meu coração que ele fosse poupado.

– Senhora Jeon. – O médico de Jungkook surgiu na sala e todos correram para frente do homem.

– Como ele está? – Ela perguntou ainda chorosa.

– Ele está dormindo. Conseguimos mantê-lo instável por enquanto, mas... – Ele hesitou em um tom de voz que não gostei muito.

– Mas o que? – Perguntei impaciente.

Meu coração estava acelerado. Eu sabia o que ele diria, mas me negava a acreditar. Eu não podia perder Jungkook assim, mal começamos nossa história juntos. Mas isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde, e eu sabia disso, sabia que essa hora chegaria e o quão avassaladora ela seria para mim. Mas eu teria um fio de esperança até ouvir com todas as palavras que era o fim.

– Ele não vai aguentar mais por muito tempo. – Disse o homem. – Sem um doador, não lhe resta muito tempo de vida.

Um soco no estômago é pouco para o que eu senti. Foi como se eu estivesse sendo esmagado e sentisse cada osso de meu corpo perfurando meu coração pouco a pouco. As lágrimas escorriam, meu pulmão gritava por ar, mas eu não conseguia respirar, fiquei completamente sem fôlego, eu não controlava mais meu corpo, estava imóvel.

Parecia que eu caia em um buraco negro, sem saber onde ele acaba, ou se morrerei ou não, mas sempre haverá a escuridão, o medo, a angustia. Jungkook é tudo que eu sempre quis, a pessoa que mais amei em minha vida, a mais bela e pura pessoa que poderia existir no mundo e a que me fez ver a vida com outros olhos. Se ele se for, nada mais fará sentindo para mim.

– Quanto tempo ele tem? – Senhora Jeon perguntou, mas o médico engoliu em seco e não respondeu. – Quanto tempo?

– Um mês... Dois no máximo.

Jihyun e sua mãe se abraçaram. Minha mãe e senhora Kim vieram até mim e também e abraçaram, mas parecia que eu estava com o corpo todo dormente, não sentia seus braços em volta de mim. Eu não sentia meu coração bater, não sentia minha respiração, nem meu peso, era como se eu tivesse morrido no instante em que a sentença de Jungkook fora dada.

– Eu sinto muito... – Ele disse e saiu de lá.

Não sei quanto tempo se passou. Jihyun e sua mãe foram ver Jungkook, enquanto nós três permanecemos na sala de espera. Eu não dizia uma só palavra, como se já entrasse de luto. Mas por que as pessoas morrem?

Mesmo que eu saiba que mesmo que ele morra, ele continuará me amando e eu também, que nunca perderemos nossa ligação, que nossas almas sempre estarão juntas, e que eu sempre, sempre o manterei vivo em minha mente e em meu coração, vai doer, eu sei que vai. Mesmo que me digam que eu ficarei bem, não vou ficar. Não poderei mais ver seu rosto, ou ouvir sua voz, sentir seu toque, ou seu cheiro.

A hora ainda não havia chegado, mas quando você tem medo de que algo aconteça, o tempo voa. Um mês... Dois no máximo. Era o que se repetia em minha cabeça. A dor e a tristeza já começavam. Mas o pior viria depois, quando eu já estivesse sem ele, querendo morrer, mas sem coragem o suficiente de tirar minha vida porque sei que ele iria querer me ver seguindo em frente, construindo minha vide de novo. Mas ele é minha vida.

Quando elas voltaram de seu quarto, foi minha vez de ir vê-lo. Jungkook estava dormindo tranquilamente, como se ele não tivesse quase morrido horas atrás. As lágrimas escorreram ainda mais forte de meu rosto. Caminhei até seu lado na cama e segurei sua mão. Eu ficaria ao seu lado até que a hora dele partir chegasse. Eu queria muito poder fazer alguma coisa por ele. Queria salvá-lo, mas eu não tinha o que era preciso.

Eu não tinha, mas outra pessoa tinha!

Como num passe de mágica, a solução veio em minha mente. Podia ser loucura, arriscado, ou um tiro no escuro, mas essa era a única esperança e eu me agarraria a ela com todas as minhas forças. Era disso que minha mãe falava: “Faça conspirar a seu favor.” Eu podia encontrar a cura para Jungkook, e eu ia.

– Eu vou encontrá-lo, meu amor, custe o que custar! – Dei um beijo em sua mão e saí do quarto determinado a encontrar um homem que abandonou a família e sumiu no mundo, o único que poderia ser um doador compatível, o pai de Jungkook.

 

 

 

 


Notas Finais


Primeiramente, sim, teve a conversa do Kook com o Tae! Gostaram? Não faço ideia de como consegui fazer isso gente, saibam que foi hilário escrever! Rsrsrsrsrsrs...

Ainda teve um lemonzinho VHope, olha que maravilha! <333 Infelizmente foi o último do casal, já que estamos chegando no fim, o próximo capítulo será o penúltimo minha gente linda... T_T

Bom, tava citando os pontos bons do capítulo pra vocês não me matarem! Rsrsrsrsrs... Como eu já disse algumas vezes, o "Q" da fanfic é como tudo se desenrolaria e bom, o próximo capítulo que digamos que será o "TCHAM".

Mas vamos esperar pra vocês verem, enquanto isso, rezem pelo Kook!

Aaaaaaaaaaahhhhhhhhh! Quem ainda não viu a fic nova, dê uma olhada, sim?! É JiKook também, OTP Master!!! *w*
https://spiritfanfics.com/historia/boy-in-luv-7598955

Foi isso gente, até o próximo, beijokas!!!

COMENTÁRIOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS E MOTIVADORES! XD


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