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História House of Night (Dramione) - Convite irrecusável


Escrita por: karistiel

Notas do Autor


Oi gente, como vcs estão? Posto aqui mais um capítulo de HoN, espero que gostem!

Capítulo 8 - Convite irrecusável


O dia amanheceu ensolarado, era domingo e Hermione pretendia passar o dia inteiro em casa. Mas também, com Hugo de braço quebrado, não tinha muito para onde ir.

Hermione se levantou da cama preguiçosamente, colocou suas pantufas e se enrolou em um robe que estava pendurado no cabideiro. Olhou o relógio na mesinha de cabeceira e ele marcava apenas 8:54 da manhã. Hermione bufou desconsolada, por que diabos não conseguia acordar tarde?

Abriu a porta do quarto e colocou a cabeça para fora do corredor. O silêncio e a calmaria da casa não deixavam dúvidas de que as crianças ainda estavam dormindo. Saiu do quarto e caminhou até a cozinha. Sentiu uma vontade incontrolável de tomar um café bem forte e assim o fez.

Sentou-se no balcão da cozinha com a xícara nas mãos e começou a tomar o café que havia acabado de preparar. Adorava ter esses momentos de silêncio, sozinha, sem ninguém para atrapalhar seus pensamentos fluíam melhor.

Lembrou-se do dia anterior, na casa dos Weasley e no hospital. Fazia, até ontem, mais de cinco meses que não via Rony. Achou que não se importaria tanto ao encontrá-lo, mas percebeu que estivera errada. O que ele havia feito com ela não fora nem um pouco aceitável e ela havia deixado isso bem claro, mas ainda sentia algo por ele. Fazia também, cinco meses que não via seus amigos por causa do ruivo. Passou todo esse tempo se escondendo do mundo em casa, na companhia dos filhos. Ao menos isso ela conseguira, os filhos junto dela. Sentia falta das tardes com Gina, que era sua melhor amiga para quem contava pra tudo. Tinha também Harry, seu melhor amigo e também melhor amigo de Rony, mas apesar disso, ele tentou matar Rony quando soube do que aconteceu. Se não eu não tivesse impedido, Pensou Hermione, Talvez ele ainda estivesse em coma em um hospital. Não que eu fosse me importar, mas a Sra Weasley não merecia passar por esse sofrimento, já basta o filho que tem. Hermione percebeu tristemente que havia simplesmente se afastado de seus melhores amigos por livre e espontânea vontade, que os havia abandonado por que eram amigos de Rony também, e indo até A Toca, que era como chamavam a casa dos Weasley, ela percebeu que eles ainda eram os mesmos e que a receberiam de braços abertos caso ela decidisse colocá-los de novo em sua vida. Sorriu abertamente e tomou mais um gole do café. Ela era, novamente e somente, Hermione Granger e estava de volta.

Rose apareceu na porta da cozinha e se pôs a observar Hermione sorrir distraída para o nada. Fazia algum tempo também que não via seu pai, avós e tios, e aquela ida A Toca havia deixado a menina muito contente. E fazia também muito tempo que não via sua mãe sorrir naturalmente dessa forma e isso a fez sorrir de volta. A menina tinha apenas oito anos, mas compreendia muito bem as coisas à sua volta, era esperta e observadora como Hermione. Hugo apareceu na porta do quarto e Rose pediu que ele fizesse silêncio e viesse até ela.

– O que houve? - Hugo perguntou fazendo menção de entrar na cozinha. Rose pôs os braços em sua frente e apontou para algum ponto dentro do cômodo.

– Ela parece estar feliz. - A garota sorriu para Hugo e agora os dois observavam Hermione.

– Acho que a ida à Toca fez muito bem a ela, mas não acho que seja por causa do papai. - Hugo, apenas um ano mais novo que Rose, às vezes parecia até mais velho. - Ela ficou feliz de encontrar com nossos tios, eles eram grandes amigos lembra? Depois que papai foi embora, ela não falou com nenhum deles, ela não falou com ninguém na verdade.

– Você falando assim, me lembra o tio Harry. - E Rose riu.

– O que tanto cochicham aí heim? - Uma voz suave entrou pelos ouvidos dos dois e eles se assustaram. Olharam para Hermione e a viram rindo da cara deles.

– Nada não, mamãe. É que você estava tão concentrada aí que não queríamos atrapalhar. - Respondeu Rose finalmente entrando na cozinha. Os cabelos incrivelmente lisos e castanhos estavam arrepiados e o pijama estava amarrotado.

– Por que acordaram tão cedo? Ainda é domingo. - Hermione falou descendo da bancada e levando a xícara de café até a pia.

– Cedo? Já são quase dez horas, mãe. - Hugo falou e Hermione olhou indignada para o relógio da cozinha. Não acreditava que havia passado quase uma hora pensando na vida.

Hugo ia falar alguma coisa mas foi impedido pelo barulho estridente e alto do telefone. Quem poderia estar ligando àquela hora? Devia ser Gina, já que Hermione havia pedido que ligasse hoje.

– Alô? - Hermione atendeu ao telefone e sentou-se no sofá confortavelmente, se fosse Gina, sabia que aquela ligação duraria um bom tempo.

– Hermione? - Uma voz grossa soou do outro lado da linha e Hermione sentiu seu coração dar um salto dentro do peito. Reconhecia aquela voz, sem dúvidas.

– Draco? - Sentiu o loiro sorrir do outro lado do telefone.

– É. Te acordei? Achei que fosse um pouco cedo para ligar, mas...

– Não. - Hermione falou mais rápido do que pretendia o interrompendo - Eu já estava acordada. Não achei que fosse ligar. - Após ter falado isso, Hermione se arrependeu e se xingou mentalmente. Isso lá é coisa que se fale?

– É que eu queria te fazer um convite. - Hermione levantou do sofá ansiosa e começou a andar de um lado pro outro na sala. - Queria te convidar para um piquenique e não aceito não como resposta. - Ele disse isso e riu. Hermione, pega de surpresa pelo convite repentino, demorou alguns longos minutos para responder.

– Eu só preciso encontrar alguém para ficar com as crianças, não posso deixá-las sozinhas em casa, você sabe né, elas aprontam e... - Hermione começou a despejar as palavras sem respirar. Era um dos seus defeitos. Quando ela ficava nervosa, ela começava a falar e falar e falar

– Pode levá-los se quiser, não vejo problema algum. - Hermione sorriu ao ouvir isso, mas lembrou-se que Hugo não podia sair.

– Hugo está com o braço quebrado, não acho que seja uma boa ideia ele sair de casa por enquanto. - Hermione riu e Draco também. Foi então que ela teve uma ideia e tinha certeza que daria certo. - Não se preocupe, eu dou um jeito. A que horas devo estar pronta? - Ela perguntou mais segura do que realmente se sentia.

– Às 14h00 em ponto passo para buscá-la. - Hermione assentiu esquecendo-se que ele não podia vê-la.

– Sim, está certo. Mando meu endereço por sms.

– Prometo que não irá se arrepender. - Ele falou e ela sorriu. "Realmente espero que não." Pensou.

– Que assim seja! - Hermione falou brincalhona fazendo Draco rir. - Até mais tarde então.

– Até.

Hermione desligou o telefone mas logo o pegou de volta, discando alguns números.

– Alô? - Uma voz feminina e sonolenta surgiu do outro lado da linha.

– Gina? Preciso que esteja aqui em casa em uma hora. Caso de vida ou morte. - Hermione falou animada e a voz da amiga se fez mais presente:

– Por que? O que aconteceu? Está tudo bem? - Gina perguntou e Hermione ouviu a voz de Harry perguntar com quem ela estava falando.

– Está tudo ótimo. Preciso da sua ajuda para uma coisa. Quando chegar aqui eu te conto! - Hermione fez um suspense, assim a amiga chegaria lá o mais rápido que pudesse.

– Sim, senhora. Estarei aí em uma hora, eu acho. - Hermione ouviu um Aonde você vai, Gina? um pouco antes de desligar o telefone.

***

Finalmente Draco tivera coragem para ligar. Passara a noite em claro pensando no que faria e no que falaria. Num desses pensamentos, teve uma incrível ideia. Por que não a chamava para um piquenique? Assim ela poderia levar os filhos se quisesse, Draco nem se importaria, portanto que ela estivesse lá.

Assim ele fez. Ligou para ela, convidou-a para sair e quase morreu de felicidade quando ela aceitou. Hermione disse que mandaria o endereço para ele depois. Draco olhou as horas e ainda nem eram meio-dia, estava relativamente cedo mas tinha que aprontar as coisas.

Olhou pela grande janela do corredor e viu o dia lindo que fazia lá fora. Realmente perfeito para um piquenique! Pensou, se vangloriando por sua ótima ideia. Desceu até a cozinha da mansão e procurou por Winky, a empregada da família.

– Winky? - Chamou à porta da cozinha. A mulher logo apareceu em seu campo de visão.

– Sim, Sr Malfoy?

– Preciso que me faça um favor, urgente! - A mulher assentiu sorrindo - Preciso que monte uma cesta de piquenique, para hoje à tarde.

– Mais alguma coisa? - A mulher perguntou já começando a abrir os armários.

– Não, por enquanto é só isso! - Draco disse saindo da cozinha apressado.

Correu até o seu quarto onde sua mãe ainda devia estar dormindo mas quando abriu a porta encontrou a cama vazia. Ela devia ter acordado e voltado pro quarto dela. Saiu do quarto e olhou mais uma vez pelas grandes janelas do corredor. Narcisa estava sentada no banco do jardim onde Draco estivera tarde passada.

Draco saiu pelas portas de madeira e desceu as escadas da entrada. Alguns passos depois já estava no belo jardim da Mansão Malfoy.

– Mãe? - Draco perguntou se aproximando da mulher que parecia bastante pensativa.

– Oi filho. - A mulher deu um sorriso triste para ele.

– A senhora está melhor? - Perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– Estou menos cansada. - E sorriu triste novamente.

– Já foi vê-lo? - Ela negou com a cabeça e encostou-se em Draco. - Devia.

– Para que? Ele não iria querer minha companhia.

– Como sabe? Tudo que ele não precisa é se sentir sozinho agora. Todos sabemos que ele só tem você e eu nessa vida. E entre mim e você, quem a senhora acha que ele escolhe? - Draco perguntou, tirando um mínimo sorriso de Narcisa.

– Você tem razão. Irei vê-lo agora, embora ache que deva estar dormindo. Meu marido precisa de mim. - Ela sorriu e se levantou na companhia de Draco.

Ele a deixou no quarto deles e depois foi direto para o seu. Pegou o celular na escrivaninha e viu a mensagem de Hermione com o endereço. Olhou também as horas e decidiu ir se arrumar logo.

Pegou uma calça jeans escura, uma camisa branca e uma jaqueta jeans e colocou encima da cama. Entrou no banheiro e deixou a banheira enchendo. Voltou pro quarto e procurou um dos seus All Stars preferidos; há quanto tempo não usava um daqueles? Riu e voltou ao banheiro, dessa vez tirando a roupa do corpo. Demorou-se alguns poucos minutos no banho, estava por demais ansioso com o encontro que teria daqui a pouco.

Saiu do banheiro enrolado numa toalha e vestiu-se. Olhou no espelho e arrumou os cabelos deixando-os com um ar de acabei de acordar, dobrou as mangas da jaqueta e colocou os tênis. Passou uma quantidade suficiente de perfume e saiu do quarto levando o celular.

Passou pelo quarto dos pais e bateu na porta, Narcisa atendeu alguns instantes depois. Draco olhou para dentro do quarto e percebeu que Lúcio ainda dormia.

– Mãe, vou sair por algumas horas. Qualquer coisa que precisar, não hesite em ligar. - Narcisa assentiu e voltou a fechar a porta do quarto.

Draco foi até a cozinha e pegou a cesta de piquenique já pronta que Winky tinha feito. Saiu de casa e entrou no carro.

Aquele tinha tudo para ser um dia maravilhoso.



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