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História House Of Wolves - Um Ano e Quatro Meses Atrás


Escrita por: WantedKilljoy21

Notas do Autor


Genteeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!

Demorei, mas cheguei!!! Final de ano tá uma loucura, mas a gente espreme os horários e escreve sempre que pode.

Bem, é isso mesmo que vcs estão lendo: VAI ROLAR UM FLASHBACK!!!!

Na verdade, serão alguns capítulos de flashback (não muitos), mas precisamos conhecer cada um desses personagens e descobrir o caminho que eles traçaram até nosso Frank descobrir a gravidez. Então apertem os cintos!!!

Capítulo 2 - Um Ano e Quatro Meses Atrás


Fanfic / Fanfiction House Of Wolves - Um Ano e Quatro Meses Atrás

Gerard não está nem um pouco empolgado para seu primeiro dia de trabalho sem a presença de Alfred Stein, seu Relações Públicas e amigo pessoal há anos. Alfred é uma raposa velha, como diz seu pai. Alguém que conhece o meio político como a palma da mãe, pois já está nele há mais de 35 anos. Alfred cresceu na política. Foi assessor jurídico de vereador, assessor de imprensa na prefeitura, consultor de mídia para governadores, e agora é chefe de gabinete para o jovem senador com um futuro brilhante e o caminho traçado para a Casa Branca.

Ou pelo menos era. Até 8 semanas atrás, quando sofreu um infarto durante uma reunião no Congresso. Após um cateterismo e 3 pontes de safena, os médicos disseram a Alfred que era hora de se recolher, de se aposentar, caso contrário, sua saúde não iria aguentar. Foi um baque para a velha raposa. Alfred estava acostumado com o poder. Em ser a voz da razão para os homens que comandam esse país. Recuar agora e passar o cetro para a mão de um novato, ou pior, de um inimigo político era inimaginável. Mas Alfred tem uma esposa, 3 filhos e 1 neto recém nascido, e todos aquelas grandes olhos pidões e lacrimejantes fizeram um ótimo trabalho em convencê-lo a se aposentar.

Mas Alfred não apenas saiu de cena e entrou pra história. Antes de sair, ele fez uma reunião à portas fechadas com Gerard, onde os dois definiram quais seriam os próximos passos a serem tomados, e o primeiro deles era contratar um novo Relações Públicas. Após horas analisando perfis e currículos, Alfred surgiu com o currículo de um jovem Relações Publicas formado em Direito pela faculdade de Yale e com mestrado em Ciências Políticas pela faculdade de Princeton. Apesar de jovem, o rapaz tem um currículo invejável, e causou uma boa impressão no antigo RP.

Alfred se propôs a entrevistar o rapaz antes e só então passar as informações pertinentes ao Senador. Não foram precisos mais do que 2 horas para que Alfred se sentisse convencido de que o rapaz será um grande aliado para o trabalho e ascensão de Gerard. Os dois tiveram uma última conversa até a despedida final. Depois de longos 35 na vida política, sendo 8 dedicados só ao jovem Senador, Alfred Stein finalmente se despede, abrindo caminho para uma nova geração e, agora, podendo assistir a subida de seu protegido até o topo de sua confortável poltrona, cercado de sua família.

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Gerard Way não está nem um pouco empolgado para seu primeiro dia de trabalho sem Alfred. Seu mau humor já começou pela manhã, com a total falta de apetite para o café da manhã. Tomando apenas uma caneca de café, Gerard seguiu direito para o carro com destino ao Congresso. Durante todo o caminho, o Senador esmiuçou o currículo e as credenciais do novo RP.

- 28 anos. - ele diz, erguendo uma das sobrancelhas. - O que um garoto de 28 anos sabe sobre política.

- Que eu me lembre, você era muito mais novo do que isso quando se candidatou a vereador. - diz Bethany, ao seu lado no carro.

- Mas eu venho de uma família de políticos. Meu avó foi governador por Iowa, meu tio foi prefeito em Maryland e meu pai foi Senador pelo estado da Georgia. Eu cresci respirando política. Esse... - ele aponta para o currículo do novo RP. - ... garoto mal saiu das fraldas.

- Fred acha que ele será bom pra você. Quem sabe o fato dele ser jovem seja um ponto positivo.

- É bom que ele esteja certo. Eu não posso me dar ao luxo de dar nenhum tropeço há essa altura. Estamos começando o segundo ano de mandato, ainda temos a reeleição ao Senado e, quem sabe, uma candidatura à Casa Branca.

- Meu bem, ninguém será capaz de colocar algum obstáculo na sua subida para a Casa Branca. Em 6 anos, você será o novo presidente dos Estados Unidos. - diz Bethany, dando um beijo na bochecha do marido.

Gerard sorri, mas volta a olhar para a ficha do seu novo Relações Públicas. Algo na foto desse jovem mexe com seu espírito, criando uma inquietação que Gerard não sabe explicar. Fechando a pasta, Gerard respira fundo, tentando evitar o assunto por hora, mas o que ele não consegue é evitar a sensação de algo grande está por vir. Algo que murará sua vida para sempre.

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Frank está na frente do espelho, dando o nó em sua gravata vermelha, se preparando para seu primeiro dia como Relações Públicas do Senador pelo Estado da Califórnia, Gerard Way. Após se formar com honras em Yale e ser convidado pela faculdade de Princeton para ingressar na turma de Ciências Políticas, onde tirou seu mestrado, Frank Anthony Iero logo foi contratado pela maior agência de Consultoria de Mídia dos Estados Unidos, onde cuidou pessoalmente das contas dos mais poderosos políticos americanos.

Em seus sete anos de profissão, Frank lidou com escândalos sexuais, crises internacionais, denúncias de corrupção e disputas com grandes indústrias farmacêuticas. Sempre obtendo vitórias louváveis. Não demorou muito para o jovem nascido e criando em New Jersey ganhasse fama e fosse disputado por grandes empresas e políticos influentes.

Frank já tinha sua carreira consolidada, trabalhando de forma independente, quando um telefonema de Alfred Stein mudou tudo. Alfred é um velho conhecido no meio político e um telefonema pessoal do homem atiçou a curiosidade de Frank. Após um jantar, Frank voltou para a casa com a proposta para se tornar o novo RP do jovem senador Way, queridinho do Partido Democrata e o nome que rola nas bolsas de apostas para ser o presidente americano mais jovem da história.

Há essa altura da vida, Frank não precisa de mais desafios. Sua carreira está consolidada. Sua vida financeira é mais do que confortável. Além de sua casa em Washington, Frank pôde comprar uma bela casa para seus pais em Jersey, fora mais alguns imóveis ao redor do país. Frank poderia simplesmente continuar com sua vida, atendendo um cliente por vez, sem se prender em um só lugar do país. Mas seu instinto falou mais alto e Frank resolveu mergulhar nessa nova empreitada. E hoje é o primeiro dia do resto de sua vida. Literalmente.

- Baby, absolutamente não! Você não vai usar essa gravata no seu primeiro dia de trabalho no Congresso Nacional. - diz Brad se aproximando do namorado e tirando a gravata vermelha de sua mão, Frank revira os olhos e ri.

Bradley Redford, ou apenas Brad, se formou em Yale junto com Frank. Desde a primeira vez que o jovem Redford colocou os olhos prodígio da turma, seu mundo virou de cabeça pra baixo. Foi amor à primeira vista. Mas foram precisos alguns meses para que Brad conseguisse convencer Frank a largar os livros e aceitar jantar com ele. E a espera valeu a pena. Frank era ainda mais lindo rindo e descontraído do que com a cara enfiada nos livros.

Depois do primeiro jantar eles se tornaram inseparáveis. Era impossível ver um longe do outro. Brad percebeu que por baixo da expressão séria de estudante exemplar, havia um rapaz frágil e extremamente carinhoso, o que só fez o instinto de cuidado de Brad aflorar. Hoje, quase 9 anos depois, o relacionamento dos dois continua firme e forte. Brad passa mais tempo na casa de Frank do que em sua própria casa, o que Frank adora, já que o namorado, além de cuidadoso e amoroso, é uma ótima companhia.

Frank observa Brad dobrar a gravata vermelha e devolver para a gaveta.

- Qual o problema com a gravata? - ele pergunta.

- Você precisa causar boa impressão.

- Achei que meu currículo já fizesse isso.

- Seu currículo é impecável, mas a primeira coisas que eles vão ver quando você colocar o pé naquele gabinete, vai ser a sua gravata. E não queremos que eles achem que você é um estudante de internato. - diz o rapaz tirando uma bela gravata listrada de seda da gaveta.

- Não, não queremos. - Frank se rende.

- Queremos que eles entendam o profissional fantástico que você é. Que eles saibam a sorte que eles têm em ter você na equipe. E que nem todo dinheiro do mundo é capaz de pagar pelo seu talento.

- Você é suspeito pra falar.

- Só estou falando a verdade. - diz Brad, observando Frank dar o nó na gravata. Com o visual pronto, o jovem RP gira o corpo do namorado e cola seus lábios nos lede.

- Melhor assim? - ele pergunta.

- Muito melhor. - Brad puxa Frank para mais um beijo. - Que horas você tem que chegar lá?

- Daqui uma hora.

- Então vamos tomar café, não quero que você se atrase. - ele diz, e os dois seguem para a cozinha.

Frank se serve de uma caneca de café e uma torrada com manteiga, enquanto Brad enche uma tigela de cereal e leite. Frank ri do namorado.

- Quantos anos você tem? Oito?

- Ei, você não reclama do meu café da manhã e eu não reclamo do seu.

- Reclamo sim, porque sou eu que respondo que o Sucrilhos no meu carrinho de mercado não é pro meu filho pequeno e sim pro meu namorado de 28 anos.

- Tá bom, quando você parar de comer sanduíche de manteiga de amendoim com geleia de uva, eu paro de comer Sucrilhos no café da manhã. - Brad dá uma piscadela e Frank sorri. - Ah, por falar em café da manhã, não esqueça seus remédios.

Largando a colher dentro da tigela, Brad corre até o armário da cozinha e retira 3 frascos de remédio. Ele tira dois comprimidos de cada frasco e os entrega a Frank, que toma todos acompanhado de um grande copo de água.

- Já posso contar pra minha mãe que você cuida muito bem de mim. - ele sorri e beija o namorado mais uma vez.

- Não precisa. Nós conversamos ontem e ela já está a par de tudo.

- Você e minha mãe andam tramando pelas minhas costas? - Frank se finge de ofendido.

- Não, eu e minha sogra gostamos de conversar, só isso. Ah, falando na sua mãe, seus pais vêm te visitar no final de semana. Eles chegam na sexta a noite, você precisa buscá-los no aeroporto.

- Você não vem comigo?

- Não vai dar, baby. Eu tenho um caso enorme com julgamento marcado pra segunda que vem. Sexta vamos fazer hora extra. Mas juro que venho para almoçarmos juntos no sábado, tá bom?

- Combinado. - diz Frank, olhando para o relógio. - Agora preciso ir, senão vou me atrasar. Me deseje sorte.

- Você não precisa de sorte, você é fantástico. - diz Brad, beijando o namorado e o acompanhando até a porta.

- Você volta pra cá hoje ou vai pra sua casa?

- Volto pra cá. Hoje vamos comemorar seu primeiro dia de trabalho.

- Isso significa comida tailandesa?

- Significa comida tailandesa.

- Já estou contando os minutos para o fim do dia.

- Vai lá e arrasa! Mostre pra eles porque você é o melhor!

- Obrigado, B.! Te amo.

- Eu também te amo, Frank. Bom trabalho.

- Pra você também. - Brad fica da porta observando Frank entrar em seu carro e partir rumo ao Capitólio.

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Gerard está em seu gabinete estudando alguns projetos de leis. O dia parece chato e arrastado. A falta de Alfred já é sentida. Antes de assessorar Gerard, Alfred foi tesoureiro de campanha e Relações Públicas do pai de Gerard, durante seus 15 anos na política. Quando Thomas se aposentou da vida política, abrindo caminho para o filho único seguir seus passos, coube a Alfred orientar e apoiar Gerard em todos os momentos, inclusive os mais difíceis, quando o jovem Way desafiou e chocou a todos, filiando-se ao Partido Democrata, ao contrário de sua família, que é toda republicana.

Após lutas, derrotas e vitórias, Gerard está pronto para conhecer seu novo braço direito. O homem com a difícil tarefa de substituir Alfred Stein.

O jovem senador olha para a porta ao ouvir suaves batidas.

- Com licença, Senador. - diz a secretária, entrando na sala.

- Pois não, June. 

- O Sr. Iero já chegou.

- Pode manda entrá-lo.

- Sim, senhor. - diz a secretária, deixando a sala.

Gerard se levanta e ajeita seu paletó, aguardando a entrada do jovem substituto de seu antigo RP. A porta se abre e Gerard sente como se o chão tivesse desaparecido de seus pés. O homem que entra em sua sala em nada se parece com a foto em seu currículo. Seus olhos verdes cheios de vida emanam uma energia singular. Seu rosto com traços delicados e perfeitos parecem pintados à mão. Ao avistar o senador, o jovem abre um sorriso que tira o ar dos pulmões de Gerard.

- Bom dia, Senador Way. - diz o rapaz, estendendo a mão. - Eu sou Frank Iero.

Gerard pigarreia um pouco, tentando recobrar a compostura.

- Muito prazer, Sr. Iero. Por favor, sente-se! - ele diz, indicando o sofá. - Acredito que todas as formalidades já tenham sido esclarecidas com o Sr. Stein, mas o senhor se importa se conversarmos um pouco antes que comece com seus deveres?

- De maneira nenhuma.

- Preciso dizer que seu currículo é invejável e bem vasto para alguém tão jovem. O senhor tem 28 anos, certo?

- Sim, senhor. Completos há duas semanas.

- Final de outubro.

- Dia 31, para ser mais exato.

- Halloween. É uma data curiosa para aniversários.

- É verdade. - Frank sorri de leve.

- E como alguém tão jovem atingiu o topo da carreira tão rápido.

- Eu sou muito focado em meus objetivos. Confesso que a vida política nem sempre foi meu objetivo, apesar de achar um meio fascinante. Meu foco principal sempre foi ajudar a população. Então quando comecei meu mestrado em Ciências Políticas, eu vi um caminho onde poderia estar próximos das pessoas que decidem o nosso futuro e assim, quem sabe, poder prover uma boa base estrutural e alguns bons conselhos.

- São belos ideais. O senhor já pensou em ingressar na política?

- Não. Eu não tenho o perfil para estar na linha de frente. Minhas habilidades são mais para detrás das cortinas.

- Entendo. Acredito que o senhor seja democrata.

- Sim, somos todos democratas em minhas família, apesar de minha mãe ter um pé forte no Liberalismo.

- Sinceramente, eu acredito que o Liberalismo tem excelentes propostas. Quem sabe não estamos tão distantes do dia em que teremos um presidente liberal.

- Acredito que minha mãe vai gostar bastante do senhor. - e Frank sorri novamente, deixando Gerard ligeiramente desconcentrado.

A porta se abre, revelando Bethany, o que faz o comportamento de Gerard mudar completamente. O homem leve e simples dá lugar a alguém com uma postura rígida, quase forçada. Bethany também nota a mudança na atitude do marido, mas faz questão de ignorar. Assim que a mulher entra na sala, os dois homens se pões de pé e Bethany faz questão de se prostrar ao lado do marido, como se marcasse seu território.

- Sr. Iero, essa é minha esposa, Bethany Carlton-Way. Beth, esse é o nosso RP, Frank Iero.

- Muito prazer, Sr. Iero. - a jovem de belos cabelos louros sorri para o novo funcionário.

- O prazer é todo meu, Sra. Way.

- Espero que meu marido não o tenha assustado em seu primeiro dia. Ele tende a ser meio rabugento. - ela diz, inclinando-se sobre Gerard e colocando a mão em seu peito.

O senador parece visivelmente constrangido e tenta desviar-se da esposa, que insiste no contato. Frank nota a estranha interação entre eles. Tentando aliviar o clima, Gerard, enfim, se livra do toque forçado de Bethany e segue até o telefone de sua mesa.

- June, por favor, chame o Cole até aqui.

- Sim, senhor.

Alguns minutos de silêncio constrangedor se passam entre os três, até que batidas são ouvidas, seguidas da entrada de Cole.

- Bom dia, Senador. Mandou me chamar?

- Sim, Cole. Esse é o senhor Frank Iero, nosso novo RP. Sr. Iero, esse é Cole Jackson, nosso assessor de imprensa.

- Muito prazer, Sr. Iero.

- O prazer é meu.

- Cole, você poderia mostrar a sala ao Sr. Iero, por gentileza?

- Claro, Senador. Sr. Iero, se puder me acompanhar. - diz o assessor.

- Fique a vontade, Sr. Iero. Se familiarize com seu novo local de trabalho. Ás 14h teremos uma reunião, pedirei que a June lhe entregue a pauta.

- Sim, senhor.

- Seja bem vindo, Sr. Iero.

- Muito obrigada, Senador Way.

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Após um dia tranquilo, mais voltado em conhecer o Congresso, os trâmites do plenário e suas tarefas, Frank está se preparando para recolher seus pertences e ir pra casa, quando ouve batidas na porta de sua sala.

- Pode entrar. - ele diz, concentrado em juntas seus papéis.

- Com licença. - a voz suave de Gerard ecoa no ambiente, chamando a atenção de Frank.

- Senador Way! - ele interrompe o que estava fazendo. - Posso ajudá-lo em alguma coisa? Precisa de algo?

- Não, não. Eu só vim ver como você estava. - e subitamente se arrepende de suas palavras. - Vim ver como foi seu primeiro dia de trabalho.

- Ah, muito obrigada pela consideração. Meu primeiro dia foi muito bom, obrigada.

- Eu sei que a vida política pode ser desgastante e que poucos têm estômago pra isso. Eu mesmo tenho meus momentos de dúvida.

- O senhor está fazendo um ótimo trabalho, Senador. As minorias precisam de alguém que as represente, e o senhor é o tem sido a voz deles. - diz Frank, e Gerard sorri.

O senador circula um pouco pela sala, sob os olhares atentos de Frank.

- O senhor bebe, Sr. Iero?

- Muito pouco, apenas em ocasiões especiais.

- Bem, eu tenho um whisky 21 anos que ganhei do meu avô quando fui eleito vereador. O senhor gostaria de um copo? Quem sabe para comemorar seu primeiro dia.

- Eu adoraria, Senador. Mas eu tenho alguém em casa me esperando. Quem sabe uma próxima vez? - ele diz, e a decepção no rosto de Gerard é visível.

- Sim, uma próxima vez. Bem, parabéns pelo seu primeiro dia de trabalho.

- Muito obrigado.

- Nos vemos amanhã no mesmo horário.

- Amanhã, no mesmo horário. Boa noite, Senador.

- Boa noite, Sr. Iero. - recolhendo sua pasta, Frank se retira da sala, deixando pra trás um Gerard pensativo e confuso.

Sem ter para onde ir no momento, Gerard faz seu caminho de volta para sua sala, mas antes que alcance a porta, ele é interceptado por Bethany.

- Querido, eu estava procurando você.

- Eu estou bem aqui. - ele força um sorriso.

- Eu queria saber se você já está liberado pra ir embora? Porque uma amiga chegou de Paris hoje e ela gostaria muito de sair pra jantar.

- Eu ainda tenho um monte de coisas pra resolver. Mas você pode ir, sem problemas.

- Você tem certeza? Eu posso demorar a voltar.

- Certeza absoluta. Eu nem sei que horas vou sair daqui.

- Okay! Eu te amo, querido. Tente não trabalhar demais. - diz Bethany, dando um leve beijo nos lábios do marido.

- Divirta-se, Beth. - diz Gerard, entrando em seu gabinete e trancando a porta atrás de si.

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Acompanhada de seu segurança, Bethany segue até a garagem do Capitólio e entra em seu carro. Assim que o veículo entra pelas ruas da capital, a esposa do Senador saca seu celular e digita uma mensagem.

"Mesmo lugar. Chego em 15 min."

Como o esperado, 15 minutos depois o carro de Bethany para em frente à um prédio. A esposa de Gerard segue o procedimento, liberando o motorista e o segurança e segue para dentro do prédio. Ela entra no elevador industrial e sobe dois andares, até as portas se abrirem para um belíssimo loft. Na porta do loft está Cole, aguardando a mulher vestindo apenas uma cueca boxer e uma camisa de botão aberta.

- Achei que você não fosse conseguir se livrar dele hoje. - diz o assessor de imprensa do senador.

- Me livrar do Gerard está cada vez mais fácil. Ele está muito mais interessado em seus projetos para salvar os pobres. - ela diz, revirando os olhos. - Mas eu vim aqui pra falar do meu marido ou para fazer o que fazemos de melhor.

- Isso depende.

- Do que?

- Você vai continuar vestida ou não? - ele pergunta, lascivo, tomando Bethany em seus braços, despindo-a de forma selvagem e se entregando à paixão ali mesmo, no tapete da sala.

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Assim que abre a porta de sua casa, Frank se surpreende ao encontrar o ambiente todo decorado à luz de velas. Na mesa de centro da sala de estar há vários pratos de comida tailandesa e um balde de gelo com uma garrafa de champagne e duas taças. Olhando em volta, ele não vê sinal do namorado.

- Brad? Brad, cadê você? - ele chama.

- Ah, droga! - ele escuta o rapaz esbravejar da cozinha.

- O que você tá aprontando aí? - Frank deixa sua pasta e paletó no cabideiro e segue a voz do namorado até a cozinha.

Ele segura o riso ao ver Brad enfurecido com um suflê de chocolate que acabara de murchar.

- Você cozinhou?

- Eu tentei.

- Você não sabe cozinhar.

- Eu sei ler a receita.

- Isso era pra ser um suflê?

- Sim! Era pra ser um suflê alto, aerado e fofinho. Pelo menos foi o que a Martha Stewart disse.

- Não se esqueça que ela foi presa por sonegar informações. - Frank brinca, mas Brad parece realmente frustrado.

- Isso deveria ser uma surpresa pra você, pra comemorar seu primeiro dia de trabalho.

- Brad, você encheu minha casa de velas, e até mesmo se deu ao trabalho de tirar a comida das embalagens e colocar nos pratos. Acredite, eu estou surpreso! Você é incrível. - diz Frank, beijando o namorado com carinho.

- Você merece. Eu te amo! - Brad retribui o beijo. - Bem, já que eu estraguei o suflê, que tal a gente abrir a garrafa de champagne e comer o que já tá pronto mesmo?

- Acho uma ótima ideia.

Enquanto Frank joga o projeto de suflê no lixo, Brad abre a garrafa de champagne e serve duas taças. Quando Frank retorna para a sala, Brad lhe entrega a taça e os dois brindam.

- Ao seu primeiro dia na política.

- Ao meu primeiro dia na política. - ele diz e os dois provam suas bebidas.

- E aí, me conta? Como ele é?

- Ele quem?

- Como quem? O Senador.

- Ele... - a mente de Frank viaja por alguns segundos, pensando nos traços do homem que ficaram marcados em sua mente. Seus olhos verdes, sua voz suave, seu rosto com traços fortes. Frank pigarreia ao ver que divagou um pouco. - Ele parece ser um homem simples, íntegro e muito dedicado ao trabalho.

- E ele foi simpático com você?

- Ele foi muito agradável. Fez questão de saber como foi meu primeiro dia.

- Que bom. Se ele for mesmo tudo isso que você diz, vocês dois vão fazer uma bela dupla.

- Tomara que sim. - Frank sorri. - Bem, podemos comer? Eu estou faminto.

- Claro! Tem 'Kaeng Khiao Wan', seu preferido. - diz Brad, servindo o prato à base de curry e pimentões verdes para o namorado.
 
E com champagne e comida tailandesa o casal segue a noite.
 

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Gerard está em seu gabinete analisando alguns documentos. Para ser sincero, o gabinete é o lugar onde Gerard mais se sente a vontade. Sua casa não é seu lar. Sua esposa não é o amor de sua vida. Seus sentimentos não são livres. Fora das quatro paredes desse gabinete, Gerard é apenas um espectro dele mesmo. Alguém sem voz, sem coração.

Ele não se lembra em que momento suas ambições tomaram conta de seus sentimentos. Em que momento ele se anulou para alcançar o topo. Sua realização profissional é inversamente proporcional a sua felicidade. Quanto mais sucesso, mas infeliz Gerard se torna. Mas ele parece conformado. A felicidade não é para todos, não é?

Enquanto o pensamento lhe vem a cabeça, uma folha de papel cai do meio de seus documentos e para no pé de sua mesa. Olhando para o papel, Gerard vê o currículo de Frank. Seu coração se comprime um pouco e ele não sabe explicar o porquê. Abaixando-se, Gerard apanha o currículo e observa a foto de Frank por alguns segundos. Mesmo no papel, os olhos de Frank são hipnotizantes.

Abrindo sua gaveta particular, Gerard guarda o currículo do novo RP e a tranca novamente. Ele segue até a estante no lado oposto da sala e abre a garrafa de whisky 21 anos, servindo-se de um copo. Em seguida, ele se acomoda no confortável sofá de sua sala e degusta sua bebida.

Geralmente os pensamentos de Gerard são povoados pelos deveres políticos, com exceção de hoje. Hoje o único pensamento de Gerard é um par de olhos verdes.


Notas Finais


Quem disse que a Bethany é uma boa bisca, acertou!!! Mas tem muito mais coisa vindo por aí... aguardem e confiem!!!

Por enquanto é só!!! Prometo não demorar tanto com o próximo capítulo!

BEIJOSSSSSSSSSSSS, mamãe ama vocês!!!!


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