História How Deep Is Your Love? (Sendo reescrita) - O Hate Loving You

“Me sentindo usada
Mas ainda estou sentindo sua falta
E eu não consigo ver o fim disso

Apenas quero sentir seu beijo
Contra os meus lábios

E agora, o tempo está passando
Mas eu ainda não consigo te dizer por quê
Me machuca toda vez que te vejo
Perceber o quanto preciso de você

Eu te odeio, eu te amo
Odeio te amar
Não quero, mas não posso
colocar mais ninguém acima de você”

I Hate u, I Love u - gnash

Narradora (POV)

-Então eu me demito!

Caitlin disse totalmente decidida, o que fez Felicity sentir seu coração se quebrar em caquinhos.

O que eu fiz? Felicity se perguntava. Eu errei com Caitlin, eu não podia, não devia ter feito isso com ela!

-Caitlin, por favor, não faça isso. Eu não vou suportar ficar sem você! - Felicity suspirou, sentindo as lágrimas descerem. - Você é minha melhor amiga, poxa! E eu sinto muito pelo que fiz com você, eu não devia, eu sei. Não sem seu consentimento pelo menos, mas eu pensei que seria bom, pensei que faria bem a você. Então me desculpe, eu esqueci totalmente o que Barry lhe fez, mas eu vi uma chance de você perdoar ele e ser feliz, sei que uma coisas dessas é totalmente difícil de perdoar, mas você - ela fez uma pausa - você é Caitlin Snow, a pessoa mais compreensiva e incrível que eu conheço e também é minha melhor amiga. Então por um mísero segundo, eu pensei sim que você pudesse perdoar o Barry.

-Pois bem, pensou errado. E vai pensar mais errado ainda se achar que eu irei perdoar você - ela mordeu os lábios. - Você também é minha melhor amiga, Felicity. E como minha melhor amiga eu pensei que pudesse me entender.

Caitlin se virou e foi em direção a porta a abriu e escutou Felicity sussurrar:

-Caitlin…

E sem hesitar, ela saiu da mansão, de cabeça erguida e totalmente decidida.

Felicity Smoak (POV)

E então, Caitlin partiu sem hesitar e eu me senti completamente sem chão. Podia ouvir meu coração acelerado e as lágrimas escorrerem totalmente descontroladas molhar minhas bochechas. Eu queria apenas sumir. Errei com Caitlin, errei com a minha melhor amiga. E sei que não mereço ser perdoada, não por isso. Sei que Caitlin nunca faria isso comigo, nunca faria o que eu fiz com ela. E por isso, não vou insistir, porque sei que não mereço ser perdoada.

Me sentei no sofá aconchegante, tirei meus óculos e passei as mãos nos olhos a fim de secar as lágrimas. Olhei para o lado e vi um quadro que estava em cima do criado- mudo. Era uma foto minha e de Caitlin, na nossa formatura do colegial. A peguei e passei a mão sobre ela, um sorriso bobo surgiu em meu rosto e novamente as lágrimas começaram a cair. Escutei a porta que dava entrada ao corredor se abrir e não me importei de olhar, eu só queria apreciar aquela foto, e pensar que um momento desses, um momento de união, de amizade entre mim e Caitlin não voltaria a acontecer.

Finalmente senti alguém se sentar em meu lado e colocar mão em meu ombro. Olhei por cima do ombro e percebi que era Oliver.

-Sinto muito - ele murmurou. Senti sua voz hesitar um pouco.

-Você ouviu? - foi o que simplesmente perguntei.

-Sim - respondeu e pareceu meio arrependido. - me desculpe.

-Tudo bem - me levantei e dei de ombros. - Isso não importa mais, não mereço ser perdoada e nem quero que Caitlin me perdoe, quero dizer, não sou uma boa amiga, eu não mereço alguém como ela como amiga.

-Ei, você é uma ótima amiga. Claro que é. - sorriu e eu soltei um leve riso irônico. - A culpa é minha, eu não devia te instruir a fazer aquilo, achei que seria melhor para o Barry e a Caitlin e você acabou me escutando.

-Esse é o problema Oliver - disse exaltada. - Eu não devia ter te escutado. Não devia ter feito isso. Por um momento eu fiquei cega, achando que isso seria uma ótima idéia. Porque parecia mesmo uma boa ideia vindo de você, parecia mesmo - suspirou. - esse é o problema: os efeitos que você causa em mim

Por um mísero segundo, me arrependi de ter dito aquilo. Então fechei os olhos e senti mãos gélidas tocarem meu rosto. Abri meus olhos e vi os olhos azuis de Oliver me fitarem. Suspirei.

-Por favor - murmurei. - não.

Peguei sua mãos e as tirei do meu rosto, o encarei novamente e depois subi para seu quarto.

Caitlin Snow (POV)

Respirei fundo, enquanto olhava pela janela do táxi a bela paisagem de Star City. Tentava me concentrar em tudo o que não me fizesse lembrar da briga com Felicity. Eu não iria a perdoar, não mesmo, por mais que meu coração insistisse que o fizesse.

Senti meu celular vibrar no bolso e então o peguei e vi que era uma ligação de um número desconhecido. Arquei as sobrancelhas e finalmente atendi.

Ligação: on

-Alô?

-Caitlin - mordi os lábios tentando reconhecer a voz até que finalmente pude lembrar.

-Cisco? Oh meu Deus - sorri. - O que aconteceu com você?

-Se lembra que eu disse que teria que viajar pois a saúde do meu irmão estava em estado crítico? - perguntou parecendo hesitar e pude ouvir sua voz trêmula.

-Sim - hesitei em falar.

-Então, e-ele… - gaguejou, não conseguindo completar.

-Ele o que Cisco? - indaguei, já sabendo bem a resposta.

-Ele morreu Caitlin, Dante morreu - ele disse de uma vez só, sem nenhuma emoção na voz. Uma angústia invadiu o meu peito.

-Cisco, eu… eu sinto muito.

-Não você não sente. Não foi você quem perdeu alguém, você nem sequer conheceu o Dante. Você não sente - disse ríspido e eu senti como se tivesse levado um tapa na cara de Cisco. - Sabe de quem você deveria sentir mesmo? Do Barry. O pai dele faleceu, você não sabia Caitlin?

Fiquei confusa então finalmente compreendi, o pai de Barry morreu.

-Eu não… eu não…

-Não interessa - disse, interrompendo- me. - Mas acho melhor você ir dar seus pêsames.

E de repente se fez um silêncio do outro lado da linha e encarei o celular e vi que a chamada havia sido finalizada.

Suspirei, fechando os olhos. Por mais raiva que sinta do Barry pensei Eu tenho que fazer isso.

Ligação: of

-Senhor - disse, diretamente para o motorista. - , você poderia me deixar em frente a lanchonete perto da empresa dos Queen?

-Claro - disse o motorista, mudando o rumo de seu destino.

[***]

Depois de alguns minutos dentro do táxi, finalmente cheguei em frente da lanchonete. Engoli a seco quando percebi que Barry estava lá dentro. Sai do táxi, pagando o motorista. Respirei fundo e passei as mãos pelo rosto e senti que as mesma estavam suadas então as esfreguei em meu sobretudo.

-Vamos lá, Caitlin - disse pra mim mesma, e minha  voz estava tão fraca que saiu como um sussurro.

Entrei na lanchonete e andei diretamente na direção de Barry, sem hesitar. Quando Barry percebeu que eu estava em sua frente, pareceu surpreso e levantou as sobrancelhas. Eu odiava quando ele fazia isso, ficava tão mais atraente

Droga Caitlin pensei foco.

-Barry - disse formalmente e Barry esperou que eu falasse - precisamos conversar.

-Claro, tudo bem. Só um minuto - levantou- se e foi até o balcão e tirou uma nota de dez dólares de seu bolso e deu para balconista, pagando seu café e depois voltou em minha direção. - então?

-Aqui não! - exclamei, olhando as pessoas ao nosso redor. - lá fora.

Ele assentiu e saímos da lanchonete e começamos a andar.

-Bom, eu fiquei sabendo do falecimento de seu pai e

-Não quero falar disso Caitlin, por favor - disse, interrompendo- me.

-Não espere - o parei, colocando a mão sobre seu braço, percebendo meu gesto tirei meu braço rapidamente. - eu sinto muito.

Ele emitiu um ruído, que se parecia mais uma tosse mas na verdade era uma risada sem emoção.

-E por que diabos você sente muito? - ele perguntou calmo, não querendo parecer rude.

-Porque sim! - exclamei, meio irritada. Ele já estava começando a levar para o lado pessoal. - Seu pai não tem nada ver comigo e com você, eu posso muito bem sentir muito por ele ter morrido e continuar te odiando.

-Entendo - ele colocou as mãos no bolso. - Bom, só isso?

-É, só isso. Agora, pretendo nunca mais te ver. Então Barry, adeus.

-Espere. Deixa eu perguntar uma coisa - ele suspirou, parecendo querer hesitar. - Por que você está me evitando? Claro, eu te magoei e tudo mais. Mas só que, talvez possamos sei lá, ser amigos?

-Não Barry, não podemos ser amigos - disse calmamente e senti minha voz vacilar.

-Por que? Eu não entendo, eu….

-Porque simplesmente eu te amo! - disse chegando ao meu ponto, explodindo e por um mísero segundo me arrependi de ter dito e Barry me olhou surpreso. - Sim, eu te amo. E odeio isso. E não podemos ser amigos Barry, porque simplesmente nunca vou conseguir te amar como um amigo. E sinceramente, eu quero deixar de te amar, porque não posso fazer isso comigo mesma. Porque eu simplesmente odeio te amar.

Percebi que por um segundo que Barry perdeu o ar e antes que pudesse me responder me virei e sai andando rapidamente e quando o escutei chamar meu nome então apertei meu passo.

Barry Allen (POV)

E então Caitlin se foi, sem hesitar, sem olhar para trás e aquilo fez com que eu caísse na realidade. Eu há havia perdido para sempre.

Passei a mão no rosto, sentindo as lágrimas brotarem em meus olhos e de repente meu celular apitou. O peguei e vi que era uma mensagem de Felicity, li, meio confuso e a mensagem dizia:

“-Podemos conversar?”

Então respondi:

“-Claro, claro. Me encontre no meu apartamento.”

Então desliguei o celular e caminhei até meu carro, entrei no mesmo e o liguei e logo comecei a dirigir em rumo para o meu apartamento.

[***]

Minutos depois cheguei em meu apartamento, estacionei meu carro e sai do mesmo. Logo percebi que Felicity me esperava encostada em seu carro. Quando ela me viu, sorriu e veio até mim.

-Oi Barry! - disse ela, sorrindo.

-Oi Felicity. - sorri. - Vamos entrar?

-Sim.

Então entramos, cumprimentando o porteiro e logo entramos no elevador. Olhei rapidamente Felicity, no colegial, nós éramos grandes amigos e ela sempre dizia que eu era o cara certo para Caitlin, mas acho que depois do que eu fiz, não acho que ela pense exatamente assim. Porém, ela nunca parou de falar comigo, continuamos amigos, mas meio distantes, ficamos mais ainda depois que eu saí da cidade por causa de Caitlin.

O elevador se abriu e saímos do mesmo, andamos até a porta do meu apartamento e a abri. Entramos e Felicity olhou ao redor.

-Que apartamento lindo Barry - ela disse, ainda olhando ao redor e depois me encarou.

-Obrigado - sorri, pegando um pouco de água no filtro e bebendo. - quer água? - ofereci

-Não, obrigada.

-Ok - sentei- me no sofá e encarei ela enquanto sentava- se também -, e então?

-Bom, preciso te contar uma coisa.

-Conte, sabe que pode me contar tudo Felicity.

-Obrigada. Eu teria contado para Caitlin, mas… mas… - ela hesitou em falar. - não importa. Enfim, vou ser direta - suspirou -, eu e Oliver nos beijamos. Na verdade, ele me beijou e eu retribui não que eu quisesse mas talvez eu queresse então…

-Felicity - interrompi- a, percebendo que ela estava fazendo aquilo de falar demais. - como isso aconteceu?

-Bom, eu disse que o odiava, talvez não odiasse, não sei mas tenho quase certeza que o odeio, não…

-Felicity - disse num tom mais rude, impaciente, percebendo que ela estava fazendo aquilo de novo.

-Ok - engoliu a seco. - Eu disse que o odiava e ele me questionou, dizendo que sabia que eu sentia uma pequena atração por ele, então eu comecei a me defender, dizendo que não e essas coisas e ele foi lá e me beijou - disse tudo, atropelando as palavras e até gaguejando algumas vezes.

-Uou - disse, surpreso e ri. - Bom, Oliver é um babaca, você sabe disso.

-Eu sei, mas - ela fechou os olhos. - mas acho que ele estava um pouco certo.

-Sobre o quê?

-Sobre eu sentir uma pequena atração por ele - ela disse, e pareceu logo em seguida se arrepender de falar, me encarou e eu tinha uma expressão extremamente chocante no rosto, não acreditava que Felicity Smoak realmente sentia uma pequena atração por Oliver. Ela bufou - Olha só, isso foi uma péssima ideia.

Ela se levantou e foi em direção dá porta.

-Felicity - chamei- a mas então ela saiu.

Me joguei no sofá. Talvez ela tivesse achado que foi uma péssima ideia porque eu não havia dito nada. Sou péssimo com conselhos.

Depois de uns minutos que Felicity saiu, escutei a porta de abrir e vi Oliver.

-Oi cara - levantei indo até Oliver e fizemos um toque de mão.

-E aí - ele disse.

-O que foi?

-Preciso beber - disse, com as sobrancelhas levantadas - com um amigo, de preferência.

Ri e assenti.

-Então vamos, vamos que eu também preciso - deixei Oliver passar e depois sai também fechando a porta.

Saímos do prédio, me despedi do porteiro e fomos andando até o bar já que era pertinho do apartamento.

Eu e Oliver conversamos sobre coisas aleatórias até o bar e preferi não tocar no assunto do beijo e no assunto meu e de Caitlin. Mas percebi que ele queria falar.

-Felicity e eu - ele disse me encarando, e eu já sabia bem o que ele ia falar, mas quando olhou para frente pareceu assustado e não completou a frase, então olhei em direção ao seu olhar e vi o que era.

-Olá Ollie - disse Laurel Lance.