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História How to Save a Life - Preparativos


Escrita por: xxxbia

Notas do Autor


Oi pessoal do social
Eu estava procrastinando um pouco e decidi postar mais um capítulo para vocêssssssss
Boa leitura!

Capítulo 15 - Preparativos


Rafael Lange 

Era como se Luna conversasse com a lente da câmera. Eu não precisava nem ver para imaginar que as fotos estavam ficando lindas. Observei de longe até ela agradecer a garota que veio em um pulo pedir algo: meu autógrafo. 

Resolvi que era hora de aparecer e agradar ainda mais a menina. Luna nem percebeu que eu me aproximava, fiz sinal de silêncio para a menina que conseguia me ver e ela se controlou para não falar. Botei as mãos sobre o ombro de Lua que quase um mortal pra trás. 

— Que susto, Rafael! — ela deu um pulo e me olhou, abrindo um sorriso. 

— Você fica linda quando está fotografando, Moon.  

— Ah, cala a boca — ela riu e eu decidi cumprimentar a menina a nossa frente. 

— Oi, ignora a mal criação dessa coisa gigante aqui — sorri para ela. 

— Você é ainda mais lindo pessoalmente! — ela disse toda boba e eu ri, para não parecer constrangido. 

— Quer uma foto? 

Luna percebeu sua deixa e foi falar com mãe da menina. Tirei várias fotos com a menina apelidada de dedinho nervoso até que ela se deu por satisfeita. 

— Posso perguntar algo, Cellbit? 

— Depende. 

— Luna tem algum parentesco com a Sol? Elas são idênticas. Óbvio que Sol era mais bonita e bem arrumada, mas... 

— Elas são irmãs gêmeas. 

— Sério? Posso soltar essa bomba no Twitter? 

— Eu agradeceria se não o fizesse. 

— Desculpa — ela disse começando a roer a unha. — Vou tentar. Última coisa: vocês parecem um casal, definitivamente. Não como era com Sol, mas parecia que você venerava ela. Com ela — a menina apontou para Luna que mostrava o resultado para mãe dela. — Parece que vocês são reais e que se completam.  

— Ham, acho que obrigada (?) — olhei confuso para ela. Se completam... 

— Tenho que ir — ela me deu outro abraço. — Amo você, Rafa. Obrigado por voltar ao canal. 

— Obrigada novamente e de nada, agradeça a Moon — disse confuso. Ela saiu em pulinhos e falou rapidamente com Lua, deixando a mesma confusa igual a mim. Mãe e filha se foram e Luna começou a juntar seu equipamento novo. Peguei a parte mais pesada e ela chamou um táxi. 

— Ela disse que a gente devia se assumir e me disse “obrigada” — Moon falou, me olhando confusa.  

— Ela disse que a gente formava um casal bonito — eu disse com um sorrisinho de canto.  

— Ah meu Deus, começou — ela revirou os olhos e se calou. 

— Vamos para a casa do Alan. 

— Por quê? 

— Vai ter um evento de games super foda e ele quer ir. Vai cair uma semana antes do seu aniversário. Isso me parece perfeito. 

— Você é muito sujo — gargalhei do comentário dela. 

— Eu só juntei o útil ao agradável. 

Direcionei meu melhor sorriso a Luna que tipicamente revirou os olhos para mim. 


— Tudo planejado então? — Moon disse, olhando rapidamente para seu celular. 

— Em um mês e uns quebrados iremos ir para os States — Alan riu, girando sua cadeira. Levantei da cama e Moon me acompanhou. 

— A Luna é toda organizadinha, né? 

— Há boatos de que é uma seita desse povo de exatas — murmurei rindo para Alan. 

— Nós existimos para que o seu povo se divirta, seu bosta — ela riu, botando sua mochila listrada nas costas.  

— Chega, né casal. Vem cá, vocês vão continuar fingindo que se odeiam até quando? 

— Alan, a gente se odeia mesmo. 

— Verdade — eu sorri. — Isso tudo? Só falsidade. 

— Eu vou rir muito quando vocês falarem que se beijaram — ele disse. Imaginei pela terceira vez nesse dia como eu mataria ele. 

— Eu também — Moon sorriu sarcástica. — Vai nos levar para casa? 

— Acho que vou começar a cobrar esse vai e vem — Alan respondeu girando a chave de seu carro. Saímos do apartamento dele, indo para o nosso tendo o veículo preenchido por risadas e conversas dos dois retardados que se davam muito bem. 

Lembrei da Luna que tirou o capacete sem motivo aparente. A expressão triste, mas misturada com expectativa de ver a gêmea já falecida. Olhei para a garota agora e o sorriso estava ali presente.  

Eu estava observando demais Lua. Merda. Afastei os pensamentos frequentes sobre ela e vi que já estávamos em casa. Luna desceu primeiro e eu peguei as coisas pesadas. 

— Não sei se alguém já te avisou, mas tua cara de bosta olhando pra ela tá bem visível — Alan riu daquele jeito típico de superioridade e eu ignorei. — Mais tarde a gente se fala.  

Dei tchau para ele e subi logo atrás de Lua. Ela abriu a porta e, só para a variar, Nico não estava em casa. 

— Esse garoto é uma coisa, por que ele  se mudou se nunca está aqui? — Luna perguntou ao vento. Sem me dar tempo para responder, ela foi para o quarto e lá ficou, me deixando com cara de trouxa. 

Sentei no sofá e liguei a TV. Peguei meu celular e automaticamente vi a data. 14 de maio.  

Vão fazer 4 meses que eu perdi Sol e 4 meses que ganhei Luna. Isso me deixa em dúvida, eu fico feliz ou triste?   

Já eram quase 10 da noite e eu estava muito entediado. Sem vontade de gravar, sem vontade de conversar com as pessoas e aquele vazio do início do ano estava ali, me assombrando novamente. Passei ligeiro pela timeline do Twitter e vi Luna ali: 

@moonstill: quem tem Rafael Lange não precisa de mais ninguém 

As respostas eram revoltadas. Desde Maethe até inscritas minhas. 

 @moonstill: calma gente, não me matem 

Ri alto e fino, não sei porque, mas parecia muito engraçado. 

 @moonstill: meu deus que revolta, calma povo, vamo conversa sentem aqui 

Luna começou a responder pessoas aleatórias, fazendo a alegria do pessoal. Fiquei sorrindo igual babaca.  

— Tá em que mundo, bonitinho? — ouvi a voz dela me tirar da obscuridade da minha mente. Levantei o olhar para Luna e bloqueei o celular. Ela estava enrolada em um cobertor e parecia carregar algo consigo.

— Tava rindo de um vídeo da internet — menti sem nem saber por que. 

— Ah, sei — Luna se atirou ao meu lado desenrolando-se do cobertor e revelando um pote de pipoca. 

— O que isso significa? 

— Que tá frio e que quero ver filme. 

— Tudo bem — larguei meu celular de lado e puxei um pouco da coberta. Abri o Neflix e procurei por algo para assistir. Parei em um filme muito depressivo para ver se conseguia fazer Luna chorar. 

— Quer ver "Sempre ao Seu Lado"? 

— Isso parece nome de filme depressivo. 

 — Você nunca olhou? 

— Nunca. 

— Ótimo, é esse que vamos olhar — sorri para Luna que me olhou desconfiada. 

— Se você está armando para me fazer, chorar eu vou bater em você. 

— Tudo bem.  

Apertei play no filme e os olhos atentos de Lua miraram a TV. Lá por volta da metade do filme, ela deitou sua cabeça no meu ombro e eu suspirei. Porra Luna. 

Quando ela começou a soluçar, a pontinha do nariz dela ficou vermelha e seus olhos grandes também. É possível você querer morder uma pessoa por que ela parece fofa chorando?  

— Lange, você é a pior pessoa do mundo — ela suspirou limpando as lágrimas. Depois, me deu um tapa forte no braço.

— Aí caralho! Não sou. Ia até oferecer um abraço, idiota. 

— Óbvio que é — ela soluçou mais uma vez e respirou fundo. — Você que escolheu o filme de propósito. 

— Que nada — sorri de canto. 

— Eu quero esse cachorro, Rafa. Me dá ele? 

— No momento só posso te dar isso — abri os braços. — Quer um abraço? 

Ela fez uma cara muito estranha e abriu os braços mesmo jeito, me abraçando delicadamente. A porta bateu e isso foi o suficiente para interromper nosso momento. Se é que existe algo que é “nosso”. 

Nico estava com os olhos vermelhos. Ele parecia estar fora de si e transtornado.  

— Cara, tá tudo bem?  — falei indo até ele. Nico me abraçou forte e começou a chorar. Quanto choro, minha nossa. — Me fala o que aconteceu. 

Sentei ele no meio do sofá e ele pegou um pouco da coberta de Moon. 

— A Shana terminou comigo — Nico foi interrompido durante a fala por soluços e, ao final da mesma, Lua não conseguiu segurar a risada. 

— Desculpa, você tá mal porque terminou com alguém que se chama Shana? — ela riu ainda mais alto e aquilo pareceu ter machucado ele. 

— Luna — repreendi. 

— Você tá ouvindo isso, Lange? — ela riu e continuou. — Nico, você não pode ficar mal. O nome dela é Shana. Tipo, quando você contou pra alguém que gostava dela deve ter sido meio “Eu gosto da Shana” e a pessoa ficou “Dela ou da genitália? — Moon riu e parece que conseguiu fazer Nico rir também. 

— Eu amava a Shana — ele suspirou tentando não rir. 

— Nico, bebezinho da minha vida, você vai achar várias xanas pra amar. 

— Ela era a melhor amiga dele — interferi rindo.  

— Não tem problema, posso ser sua melhor amiga com nome normal, agora para de chorar garoto — nos três rimos e Nico tentava não se sentir culpado ao rir das piadas horríveis de Luna. 

— Você é boa nisso — ele sorriu olhando para ela. Respira, calma, alô unicórnios brilhosos.  

— No quê? 

— Fazer as pessoas ficarem bem de um jeito maldoso — os dois riram e eu inspirei mais uma vez. 

— Acho que obrigado, não? — ela riu tímida. — Vamos olhar os filmes de PJO e criticar eles? 

— Bora. Mas o Logan é meu — Luna revirou os olhos para ele. Ah, não. 

— Seu cu, ele e a Alex são meus — ela disse com aquele sorriso presunçoso. 

— Vamos ver então. 

Automaticamente fiquei de lado em meio ao papo de fã dos dois. No final do primeiro filme, disse que ia dormir e fui para o quarto. Abri a conversa de Alan pedindo um mega socorro. 

Bostalan: Ih, fala vai  

Eu: eu tô com ciúmes 

Bostalan: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk 

Eu: ALAN 

Bostalan: peraí caralho 

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkvo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkjsjdjdkdkdndkakkhdkbfkjroowpuejhrjdlnfkfkjdokdlduaiusgduyashjsudhajsdoksopdudhiusdf idhuijdokapokopkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Eu: porra alan 

Bostalan: agora é questão de tempo até tu me contar que vocês se beijaram 

Eu: eu não vou beijar a Luna 

Bostalan: aham, pode pá 

Eu: vai se foder kdjjfjfkd 

Luna Bittencourt 

— Ele ficou bravo? — perguntei a Nico. 

— Sim. Provavelmente está com ciúmes — ele observou, pausando o filme. 

— Devo ir lá?  

— Você que sabe, Luna. Ele só deve ter se sentido excluído. 

— Ah, eu vou lá, foda-se. 

Levantei sem esperar resposta de Nico. Ponderei, em frente à porta de Lange, se devia bater ou não. Na dúvida, só abri a porta. 

Ele estava de costas para mim jogando algo que eu acreditei ser Overwatch. Me aproximei dele sem ser notada. 

— O cara é um mestre mesmo, sem palavras — ele murmurou “consigo”. — Cala a boca Calango. 

— Que agressividade — falei perto dele, alto o suficiente para que ele ouvisse. No susto, ele tirou o fone e olhou pra mim. 

— O que você tá fazendo aqui? 

— Vim saber porque você veio pro quarto. Você abandonou uma maratona de Percy Jackson. 

— Eu não aguentava mais o papo de fã de vocês dois. Eu não entendo nada de Percy Jackson, Lua — ele disse gesticulando rápido. Ele fazia isso quando estava irritado. 

— Eu não tô vendo o sentido nisso ainda. 

— Eu só não queria ficar lá com cara de trouxa. 

— Sabe ao que isso me cheira? Ciúmes. 

— Cala sua boca, garota. Eu só detesto isso. Sol fazia a mesma coisa, ficava hipnotizada por Nico e esquecia completamente de mim.  

— Rafael — levantei o rosto dele com as duas mãos. — Eu não sou a Sol, porra. Posso ser a irmã gêmea dela e ter muitos aspectos parecidos com ela, mas eu não sou ela. Outra coisa que você tem que entender é que você não é o único que precisa de ajuda no mundo. As pessoas tem problemas e um pouco de apoio é bom. Você não precisa achar que todos que entram na sua vida querem roubar o seu papel de protagonista. Para de ser egoísta. 

— Você é muito grossa — ele bufou, saindo das minhas mãos. 

 — Tu só vai ser uma pessoa melhor quando assumir teus erros. Não tem Solange, nem Deya, nem Luna que resolva esse tipo de problema — falei brava, saindo do quarto dele. Eu tinha essas palavras guardadas desde o aniversário dele.  

Rafael era uma pessoa incrível, mas, às vezes, se vitimava muito.  Nem tudo girava em torno dele e ele precisava encarar isso de uma vez por todas. Eu não era o poço de delicadeza, talvez eu tivesse sido bem grossa mesmo, mas... Chega. 

Voltei para a sala a dei boa noite para Nico, que agradeceu a ajuda. Peguei um copo de água e fui para meu quarto, vestindo um pijama, pegando meu celular e me enfiando debaixo das confortáveis cobertas.  

 Editei uma das fotos das missões por não conseguir fechar os olhos. Achei uma que eu não esperava ver: Rafa e eu deitados na grama. Editei a foto, vendo nossos sorrisos descontraídos naquela paisagem linda. Só eu edito foto quando estou com raiva, minha nossa. 

Observei a foto mais uma vez. Eu agradeço ou fico puta por Solange ter me metido nessa furada? Rafael era um grande problema, algo que eu não precisava lidar.  Não precisava, contudo queria. Queria muito lidar com ele. 

Merda, essa música depressiva acabava comigo. Esses pensamentos também e essa puta confusão interna me consumiria por completo. 

4 meses, Sol. Até onde você quer levar isso?


Notas Finais


Eu tava revisando o capítulo e cheguei a conclusão que sou doente.
Desculpem as piadinhas, eu sou muito doente, meu deus. Perdoem a matação de tempo também, mas é aquele ditado.
Obrigada por estar lendo. Se quiser dividir com as amiguinhas ficarei feliz!
É isso, um beijo, um queijo e até o próximo, tchau!


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