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História How To Save a Life - Lucky


Escrita por: ItsLovelace

Notas do Autor


Oii amores! Tudo bem com vocês?
É com esse capítulo bem amorzinho que eu venho desejar pra vocês um bom feriado, espero que estejam curtindo bastante esse Dia da Independência!
Desculpem minha demora de mais de um mês e não desistam de mim! rsrsrs
Boa leitura babys e até as notas finais! ❤

Capítulo 4 - Lucky


Fanfic / Fanfiction How To Save a Life - Lucky

É estranho como as vezes o destino trabalha de formas inimagináveis para nós, simples mortais.

E eu, Lily Evans, me tornar a melhor amiga de James Potter, de fato parecia uma piada do senhor destino.

Nossa amizade era meio complicada de se explicar. Eu sabia que os melhores amigos dele eram Sirius, Remus, Peter. Assim como ele sabia que minhas melhores amigas eram Marlene, Dorcas e Alice. E tinha Frank que era amigo de todos. Mas o que compartilhávamos era diferente de tudo isso, era simplesmente o sentimento de querer estar junto a toda hora e também pensar no outro a toda hora. Chegou um momento em que eu assumi para mim mesma que apenas gostava dele como um amigo. É claro, éramos amigos que ocasionalmente(ou devo dizer, frequentemente) se beijavam. Mas quem nunca teve uma amizade colorida, não é mesmo?

Eu nunca havia me sentido assim por ninguem, nem por meus amigos, nem por meus relacionamentos passados. Dizer que eu estava nervosa com o novo sentimento seria um eufemismo... Na verdade eu estava completamente apavorada!

Era o fim de tarde de um domingo chuvoso e eu estava preparando minhas coisas para o primeiro dia de volta a faculdade. Organizei algumas anotações importantes do último semestre e torci para que elas fossem úteis nas novas matérias. Peguei meu celular na cama e vi duas novas mensagens de Lene.

Lene<3: oi bae
Lene<3: vamos todos jantar na Alice hoje! Passo aí te pegar as 20! Te amo<3

Logo de início achei estranho, pois não era um convite e sim uma intimação! Depois dei de ombros e respondi, aquilo era a cara de Marlene...

Lily: ok, te amo também! <3

Ao menos ela havia sido carinhosa, com pensamento eu ri e continuei a organizar minhas anotações. Já passava das 19 horas quando fui tomar banho e me arrumar. Depois do banho, vesti um roupão amarelo e comecei a secar meu cabelo e pensar com que roupa eu iria.

Ouvi duas batidinhas de leve na porta e gritei para que entrasse, era Petunia e ela trazia uma pequena caixa rosa nas mãos. Ela sempre fora o tipo de garota que não fazia esforço para ser linda, ela estava de jeans e camiseta branca e ainda parecia uma princesa, com seus longos cabelos loiros e olhos castanhos animados.

- Chegaram os broches das madrinhas e eu gostaria que você fosse a primeira a receber o seu! - Estava pura felicidade, faltava apenas uma semana para seu casamento.

- Obrigada Petunia! Eu nem sei o que dizer! - Levantei e fui ao seu encontro para abraça-la. Nunca aprovei a ideia daquele casamento, mas saber que ela me queria de verdade eu seu lado no seu dia mais especial foi maravilhoso!

- Não precisa falar nada! - eu a soltei e ela sentou-se na minha cama enquanto eu olhava para a caixa rosa, agora em minhas mãos. - Vamos, abra!

Abri a caixinha e me deparei com uma rosa branca artificial cercada por fitinhas amarelas, posicionada sobre uma delicada pulseira dourada! Era um acessório lindo e eu me senti ainda mais emocionada ao ver o bilhete colado no fundo da caixa. Lia-se em uma letra delicada: "Querida irmã, Nunca deixe de acreditar no quão especial você é! Eu te amo!"

- Eu também te amo! - Sequei uma lágrima solitária que corria no meu rosto e sorri pra ela.

- Eu percebi que de uns dias pra cá você anda um pouco distante. E achei esse um bom momento para conversar. O que está havendo com você Lily? - Ela parecia preocupada mesmo.

Avalizei minha situação e percebi que guardar toda aquela dúvida pra mim seria torturante. Se eu não poderia confiar em minha própria irmã, em quem poderia confiar?

- Tem esse garoto...

- Sempre tem um garoto! - Ela interrompeu revirando os olhos.

-Fique quieta e só escute! O nome dele é James. Ele cresceu em Manchester e eu o conheci na festa do Frank...

Contei a ela nossa historia e ela apenas me olhava de forma interrogativa, falei sobre a dúvida quanto ao que eu sentia e sobre o menino lindo dos olhos castanhos. Quando terminei, ela fez algo que me chocou. Ela gargalhou.

- Pelo amor de Deus, Petunia! Essa é a situação mais complicada da minha vida e você está rindo! - Ela se rolava de tanto rir e entre uma crise de gargalhadas e outra ela parava para suspirar - Francamente Petunia! Vai me ajudar ou não? Se a resposta for não, saia do meu quarto!

- Eu estou rindo por dois motivos. Motivo 1: seus problemas amorosos são ridículos. - Ela disse assim que conseguiu segurar o riso. - Motivo 2: você é burra Lily.

- Você vem aqui, ri de mim e ainda me chama de burra!

- Mas é verdade! Até eu já percebi que você gosta dele e não é como amigo! - Ela disse calmamente - Você esta apaixonada!

- OK! Acho que já chega de conselhos por hoje! Estou mais confusa do que antes! E atrasada para o jantar na Lice.

- Se você se nega a ver, eu não posso fazer nada a não ser desejar uma boa noite e falar pra você ir com o macacão jeans que fica lindo no seu corpo! - Ela levantou e deu um beijo na minha testa. Estava quase saindo quando eu a chamei.

- Obrigada por tudo Pettit! - Ela sorriu com a menção do apelido de infância e se apoiou no batente da porta.

- Não precisa agradecer Little, é para isso que servem as irmãs! - E com isso ela deixou-me sozinha para poder terminar de me arrumar!

Vesti o macacão jeans que ela havia recomendado com uma blusa cinza. Coloquei um sapato prateado e saí de casa para encontrar Marlene que me esperava no carro.

Quando chegamos ao prédio de Alice (que infelizmente não tinha elevador) subimos pelas escadas até o 4° andar e ao abrir a porta lembrei da mensagem de Lene que dizia: "vamos todos jantar na Alice hoje".

E quando ela usou a palavra "todos" eu imaginei que seriam as mesmas pessoas de sempre, apenas eu, Marlene, Alice, Frank e Dorcas comendo o macarrão que era a especialidade de Frank e assistindo qualquer filme de terror antigo. Era uma tradição.

Ao adentrar no apartamento não vi meus amigos espalhados pela sala, mas vi James Potter, Remus Lupin, Sirius Black e Peter Petgrew. Aparentando se sentir em casa no apartamento da minha amiga. Meu choque foi substituído por dúvida. E eu não consegui segurar a língua quando perguntei:

- O que vocês estão fazendo aqui?

-Pelo amor de Deus Lily! Não seja indelicada com os convidados! - Disse Frank, revirando os olhos enquanto passava por mim para sentar com os meninos em frente a TV da sala.

Eu sabia que estava sendo observada por todos e não podia me importar menos. Corri até a pequena sacada do apartamento, onde as meninas bebiam cervejas e riam de qualquer coisa. Cheguei já perguntando o que mais me interessava.

- O que caralhos eles estão fazendo aqui?

- Calma Lily! Eles todos foram colegas e amigos durante toda a vida, nada mais comum que gostarem de se reunir! - Disse Alice, não entendendo a reação da amiga. - Qual o problema?

- O problema é meu possível crush e seus amigos no meio dos meus amigos. Sinceramente eu não sei o que fazer! Quero sumir e também quero beijar a boca dele. - Eu tentava falar baixo.

- Então você assume que ele é seu crush! Eu sempre soube, aquela história de melhor amigo nunca me enganou! - Acusou Marlene. Rindo e fazendo um high five com Dorcas.

- Cale essa maldita boca, Mckinon! - Corei até ficar quase da cor do meu cabelo.

- Meninas, a pizza chegou! - Avisou Frank.

Fomos para a sala e eu me sentei no chão e logo peguei uma pizza de 4 queijos e comecei a comer em silencio. As conversas entre os ocupantes da sala eram as mais variadas: os tempos de escola dos meninos, a recente mudança de James e a volta as aulas que se aproximava. Eu não sei como, nem quando e nem porque, o mais novo assunto era: Lily Evans e seu longo histórico de vexames em público.

- Lice, lembra da vez que ela gostava de um menino quando tinhamos uns seis anos. E no dia da volta as aulas era pra falar o quanto gostavamos dos nossos colegas e se sentimos falta deles! - Marlene começou a explicar e percebebi que ela segurava o riso - E quando chegou a vez da Lily, ela disse que gostava muito do menino e que tinha até chorado de saudade dele! o menino ficou completamente assustado!

Todos riram e eu definitivamente queria estar morta.

- Trouxa desde o jardim de infância! - Sirius não ria. Ele gargalhava.

- E ano passado, quando ela quase causou aquele acidente de caminhão! - Frank lembrou, claramente o rei dos comentários desnecessários.

- O que? - Perguntou James, totalmente assustado.

- Estávamos andando de bicicleta no parque, quando ela caiu um tombo espetacular e enquanto isso estava passando um caminhão por ali, o caminhoneiro viu tudo e ficou rindo da cara dela e quando ele percebeu, estava quase batendo no muro de uma casa, mas conseguiu desviar a tempo! - Alice contou.  - A ruiva é de parar o transito!

- Eu odeio vocês! - Aparentemente meus amigos não se importavam com o quão eram odiados por mim, já que continuaram fazendo piadinhas e lembrando dos piores acontecimentos do meu triste passado.

- E teve aquela vez que... - Não esperei Dorcas terminar de me expor e fui para a sacada. Fiquei observando as luzes da cidade e pensando em tudo.

Era demais para minha cabeça! Ter meus amigos comentando meus vexames na frente do meu possível crush e dos amigos dele era algo além da minha compreensão nos níveis de vergonha. Aqueles quatro pagariam caro! Suspirei quando senti lábios pressionando minha nuca. Conheceria aquele perfume em qualquer lugar, me virei e olhei fundo em seus olhos castanhos tão bonitos e o único pensamento que eu conseguia ter era o quão grande havia se tornado o poder que James Potter exercia sobre mim.

- Você não falou comigo desde que chegou. Tem algo de errado? - Ele parecia genuinamente preocupado.

- É meio difícil encontrar algo bom pra falar quando meus amigos estão contando todas as minhas histórias vergonhosas! - Ri da minha própria desgraça.

- Eu adorei todas elas! - Ele comentou e riu também.

- Eles estavam pegando leve! - Ele ergueu uma sobrancelha em sinal de dúvida - Acredite se quiser!

- Que outros vexames você teria para me contar?

- Você quer a lista de A a Z ou por ordem cronológica? - Perguntei.

- Ninguém consegue passar tanta vergonha em apenas uma encarnação Lily! Deve ser exagero seu. - Ele claramente duvidava da minha capacidade de fazer as coisas darem errado - É humanamente impossível!

- Eu sou uma exceção a regra, Potter! Nunca duvide ou esqueça disso.

- Ok então, senhora azarada! - Ele passou os braços ao redor da minha cintura, me puxando pra mais perto e eu abracei seu pescoço. Como havia se tornado costume ele me beijou de forma doce e calma.

Essa paz toda nao durou muito tempo. Em questão de alguns minutos, eu estava sentada na pequena mureta que separava a sacada de uma queda de mais de vinte metros. James estava em pé a minha frente e minhas pernas estavam circulando seu quadril em busca de apoio. Não conseguia precisar o tempo, assim como não conseguia pensar em qualquer outra coisa.

Suas mãos estavam em locais que me davam certa segurança em relação a altura. A mão direita acariciava minha coxa por cima do jeans e eu juro que nunca odiei tanto esse maldito tecido, a esquerda estava na minha nuca, puxando com cuidado meus cabelos. Meus braços estavam circulando sua cintura e minhas mãos adentravam embaixo da sua camiseta para deixar leves arranhões que o faziam suspirar. Aquele beijo podia ser tudo, mas com toda a certeza não era calmo. Necessitávamos dos lábios, da pele e do contato com o outro...

- Lily! Você viu as chaves do carro? Eu não consigo achar e... - Marlene apareceu na porta da sacada, assustando tanto a mim quanto a James e em um momento de desespero eu jurei que iria despencar dali de cima.

James me puxou rápido fazendo com que eu conseguisse por os pés no chão. Eu quase desejei que ele não tivesse feito isso ao ver o sorriso debochado de Lene. Mais uma vergonha adicionada a uma longa lista.

- Eu não sei onde está sua maldita chave e de qualquer forma, por que está procurando? - Perguntei tentando parecer séria.

- Estamos todos indo Lily! Já são quase duas da manhã! - Ela disse enquanto se afastava da porta, e de repente se virou para nós - Se despeça do seu namorado rapidamente. Eu estou exausta!

Olhei para James em um misto de vergonha e tristeza. Eu não queria ir embora mas aparentemente seria obrigada. O beijei rapidamente e sussurrei em seu ouvido algo como: "A gente se vê por aí" e ele respondeu com um selinho.

Fui para a sala de estar onde Frank, Alice e Peter me olhavam segurando o riso, eu nem tive tempo de me perguntar o porquê, já que Lene me esperava na porta. Dei tchau para todos e a segui pelas escadarias do prédio. Entramos no carro e ela ligou o rádio sem falar nada, e seguimos assim até ela estar estacionando em  frente a minha casa.

- Seu batom está borrado! - Ela disse como um último comentário infeliz. Me olhei no espelho do carro e realmente tinha batom vermelho em volta da minha boca.

- Eu te odeio sua bastarda! - Saí e bati a porta do carro.

- Te amo beijoqueira! - Ela abriu a janela do carro e me atirou um beijinho - Boa noite!

- Boa noite. Te amo também! - Ao ouvir isso ela sorriu e deu partida no carro. Eu revirei os olhos de forma dramática e entrei em casa.

Fui a cozinha beber água antes de dormir e para a minha surpresa Petunia estava assaltando a geladeira. Ela me olhou com cara de malícia e eu fiz o sinal do "shh" com o dedo indicador, ela entendeu e o fez também. Tomei minha água e corri para meu quarto, vesti um pijama e tirei os restos de batom que estavam pelo meu rosto. Antes de me deitar dei uma olhada nas minhas mensagens e uma conversa recente chamou muito a minha atenção. Abri e li com cuidado cada palavra.

Potter: vc se acha azarada e eu me acho muito sortudo

Potter: quem diria q um dia eu ia me sentir assim

Potter: tão apaixonado pela minha melhor amiga

Potter: Boa noite Lily<3

Então ao ler aquelas mensagens, eu entendi meus sentimentos. Percebi que no mesmo dia provei três tipos de amor. O amor da minha irmã que me ouviu, aconselhou e apoiou. O dos meus amigos que fazem de tudo pra me envergonhar e me amam assim como eu os amo. E o de James, o amor que me mandava mensagens as 2:30 da madrugada falando que era apaixonado por mim. E percebi que nao era apenas ele a estar apaixonado.

Lily: então acho q também sou sortuda

Lily: Boa noite<3


Notas Finais


Então por hoje é só pessoal!
E se vc está se perguntando(provavelmente não está) sobre a inspiração para escrever as vergonhas que a Lily já viveu, pasmem, são situações que eu já vivi! Pq eu sou assim, vejo uma vergonha e falo: VOU PASSAR dai eu vou lá e passo kkkk
Já chega por hoje galera! Muitos beijos, desculpem os erros e até a próxima! ❤


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