História How we met each other - Singing in the rain

Autora2: Segura as pontas, porque, esse capítulo vai ser fofo!

Autora: Shiuu! -pede silêncio.- Eles não sabem que são de uma fic... -Sussurra.

Autora2: ...Precisa contar pra eles... -fala, de forma dramática.

Dash: Okay, tia louca, minha vez de novo!

Saorin: E eu?

Dash: Senta lá, Cláudia!

Autora2: Olha lá, copiando minha frase! Que audácia!

Pov - Dash ON.

  A tarde no parque foi absolutamente como todas as outras. Eu e minhas amigas nos divertindo, conversando sobre coisas sem sentindo, tomando sorvete. Pena que algumas não estavam no clima, como a AJ, que nem ao menos conseguia disfarçar que algo a incomodava. A palavra segredo estava estampada em sua testa, da mesma forma que na de Soarin.

   Talvez seja apenas paranóia minha, mas, parece que todas as pessoas próximas a mim começaram a esconder coisas.

  Agora, estávamos na cansativa e sem graça manhã de quinta-feira. Por que sem graça? Bom, o professor de Ed. Física havia faltado, e, os alunos só tinham acesso livre à quadra após o meio dia.

-Ai, o que eu estou fazendo da minha vida? -resmunguei, batendo a testa em meu livro de Literatura.

-Nem se importa em disfarçar o quanto você é péssima em Literatura? -Soarin brincou. Ele estava sentado ao meu lado.

-Não sou "péssima"... Se tiver algum adjetivo pior, para representar o quão terrível eu sou nessa matéria, ele seria perfeito pra mim! É o meu único problema no ensino médio! Se eu for mal nesse bimestre, meu pai vai me proibir de jogar... Estou perdida... -exclamo, de forma dramática.

-Calma, chorona. Por que não pede ajuda pra Twilight?

-Eu até pediria se não fosse por dois pequenos detalhes...

-Que seriam?

-Primeiro: Já tem um monte de alunos no pé dela; Segundo: Quando ela começa a falar, ela não para mais, e quando entra no Romantismo, parece que ela tá falando grego ou chinês...

-Que exagero. Faz assim, miss TPM, hoje a tarde, você pode ir pra minha casa. Tem sorte que eu sou o segundo melhor aluno em Literatura, atrás apenas da senhorita Sparkle!

-Será que você consegue me salvar? -olho pra ele, fazendo biquinho.

-Não tema minha donzela. Seu cavaleiro de armadura brilhante está indo ao seu resgate! -acabo rindo. Soarin nunca foi bom em atuação.

-Guarda pro teatro, Shakespeare! -rimos.

  Durante o resto da aula, ele começou a me explicar o básico, enquanto a professora passava seja lá o que no quadro negro.

  Vez ou outra, ele olhava pra trás, e, em uma dessas, fiz o mesmo, pra dar de cara com Lightning Dust, piscando pra ele. Eu juro que vou fazer essa garota engolir meu livro.

  Ao fim das aulas, tive que dispensar todas as atividades super convidativas para o qual minhas amigas me chamaram, e ir direto para a casa do senhor Literatura. Casa essa, que mais parecia uma mansão.

-É aqui que você mora? Acho que eu estava certa desde o início, não é Fancy Boy? -Brinquei, enquanto ele abria a porta.

-Nem começa! -ele riu também, entrando na casa.- GO TEAM, GO! -Soarin gritou, me assustando.

-Pra que isso?

-É assim que minha família anuncia a sua chegada... Espera... Em 3... 2... 1...

-GO! GO! GO! -uma mulher, de pele clara e cabelos escuros, muito jovial, e bem semelhante ao garoto parado ao meu lado, apareceu de dentro de uma porta, sorrindo.- Filho, tão cedo em cas... -e seu olhar se encontrou comigo, seu sorriso se alargando ainda mais.- Ai meu Deus... VOCÊ TROUXE UMA GAROTA! ISSO É INCRÍVEL!

-Mãe, por favor, não começ...

-Olá, querida, como vai? -ela pegou a palma da minha mão para me cumprimentar.- Desculpe a empolgação, é que, o Soarin não trás uma garota aqui a muito tempo. Ele até trás a Spitfire e a Fleet, mas, são as amigirmãs (Soarin: amigas + irmãs) dele, então não conta! -a mulher fala, mais frenética do que a Pinkie Pie.

-M-mãããe... -Soarin bate a mão na testa, envergonhado.

-Pode me chamar de Dona Sky, ou senhora Sky, ou Weather Breeze (Autora: Imaginem que esse é o nome da mãe do Soarin, belê?), ou melhor ainda, sogra ou mãe...

-MÃÃE!

-Desculpa, meu bebê, mas, a tarefa de uma mãe é fazer o filho passar vergonha na frente da namorada!

-N-não... Eu não sou a n-namorada dele... Somos apenas... -nos entreolhamos por um segundo, em hesitação.

-Amigos... Amigos bem próximos! -falamos em uníssono.

-Eu amei o seu cabelo, e olha essas íris cor de rosa. Ela é linda, meu bem, não a deixe escapar! -e a mãe de Soarin parece ter nos ignorado.

-Senhora Sky, eu não confiaria em seu filho. Ele não consegue nem me impedir de fazer um gol!

-AHHH, VOCÊ JOGA FUTEBOL! Ela é a garota perfeita! -e ela me abraça.

-MÃÃE... Você vai matar ela!

-Desculpa, Soso! -ela aperta as bochechas dele, e eu acabo rindo.- Ai, vou voltar pra cozinha, antes que eu queime alguma coisa! Já voltooo! -e a mulher volta pela porta de onde saiu.

-Sua mãe é uma graça, "Soso"! -provoco, ainda sob efeito dos risos.

-As vezes me pergunto se a Pinkie Pie não é a minha irmã perdida! -rimos.- Bom, eu vou buscar os livros na biblioteca. Gostaria de ficar para o almoço?

-GOSTARIA DE FICAR PARA SEMPRE? -A mãe dele grita, de dentro da cozinha.

  Se pudesse definir Soarin nesses últimos minutos, seria como tomate. Nunca o vi tão vermelho no tempo que passamos juntos. Era fofo e divertido. Mãe é algo que não controlamos. Existem as pegajosas, tipo a minha, as divertidas, como a do Soarin... Acho que toda mãe é única, pra falar a verdade.

  Começamos com a História Social do Romantismo, e, tenho que dizer, o que a professora levou cinco aulas pra explicar pra sala, meu professor particular conseguiu em uma hora.

  Quando o almoço ficou pronto, tivemos que dar uma parada, já que Soarin tinha a mais fofa e insistente mãe do mundo. Ela preparou macarrão à bolonhesa, e, sem querer falar, mas, já falando, eu amo massas.

  Após o almoço, me perdi em poemas e as chamadas Prosas, enquanto prestava atenção em tudo o que o garoto me ensinava. A mãe dele até se atreveu a me ajudar também, e, por incrível que pareça, eu estava entendendo e até apreciando a literatura Romântica.

 A tarde foi passando lá fora, enquanto nós dois estávamos imersos no mundo de contos clássicos de amor platônico e tragédias, e acabei nem percebendo que nisso, se passaram cinco lindas horas.

  Só voltei ao mundo real, quando o barulho estridente de um trovão me tirou a atenção dos livros, para o temporal que caía lá fora.

-Ai, meu Deus, já são quase sete da noite! Os meus pais vão me matar! -falei, ao observar o horário no visor do meu celular.- Eu tenho que voar se não quiser ficar de castigo tipo... Pra sempre!

-Olha o temporal que está lá fora, você só está de shorts e camiseta... É melhor esperar a chuva diminuir! -ele sugere.

-E se não diminuir? Dormir aqui não é uma opção, nem que eu quisesse!

-Ok, miss TPM! Espera um pouco, que eu vou te levar em casa... E nós vamos a pé, já que minha mãe levou o carro quando foi ao supermercado!

 Soarin apenas pegou uma blusa de mangas compridas, um guarda-chuva preto e saímos no meio daquele toró.

  Já estava escuro, e a única luz era a presente nos postes de iluminação da avenida. Até que, no meio do caminho, Soarin parou de caminhar.

-O que foi? -pergunto.- Não sei se você se lembra, mas, tá chovendo... MUITO!

-Você é feita de açúcar?

-Como?

-Responde: você é feita de açúcar?

-Claro que não!

-Ótimo. Tem algo que eu sempre quis fazer! -e, em menos de um segundo, Soarin fechou o guarda-chuva, e correu para o outro lado da rua, agora, nós dois estávamos encharcados.

-AHH! SOARIN, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

-I'm singing in the rain... Just singin' in the rain... What a glorious feeling! -ele cantou, enquanto fazia pose com o objeto.

Autora: Por favor, me diz que ele não está fazendo isso!

Dash: Ele está fazendo!

Soarin: Me pergunta o que eu tô fazendo!

Dash: O que você está fazendo?

Soarin: I'm singing in the rain!

-EU VOU TE MATAR! -gritei. Estava sem blusa de frio, e agora, completamente encharcada.

-Qual é, Dashie, isso é super divertido!

-FALE POR VOCÊ! EU ESTOU MORRENDO DE FRIO, CABEÇÃO!

-Não seja por isso! -ele se aproximou de mim, e me pegou no colo, enquanto rodopiava várias vezes.

-Ahhh! -gritei novamente, dessa vez, rindo.- VOCÊ TEM SORTE DO MEU CELULAR SER À PROVA D'ÁGUA!

-Você tá adorando, admite!

-Vou adorar quando você cair! -falo, olhando-o profundamente em seus olhos esmeralda.

-Não se preocupa, você é leve como uma pena! -ele hesita.- O que você acha de beijos na chuva? -o garoto pergunta, com a entonação diferente.

-Hm... Muito clichês! Me disseram que não é tão bom quanto os filmes e novelas fazem parecer... -falo, passando os braços em volta do pescoço dele.

-Tá afim de descobrir se é verdade? -acabei sorrindo, e ele aproveitou pra selar os lábios nos meus, em um beijo calmo, e ao mesmo tempo quente o suficiente para dispersar o frio que a chuva trouxera para nossos corpos.- E então, o que achou?

-Que essas pessoas beijaram a pessoa errada... Porque isso foi incrível!

Autora: Gente, isso é fofo demais pra você, Dash!

Dash: Vou fingir que não me senti ofendida!

-Melhor irmos logo, Fancy Boy. Meus pais ainda estão me esperando! -falo, quando ele me coloca no chão.

  Mesmo que não adiantasse, ele voltou a abrir o guarda-chuva. Estávamos encharcados, mas a tempestade não havia dado trégua.

-Eu culpo a você por estar morrendo de frio agora! -resmunguei. Soarin tirou sua jaqueta esportiva e jogou sobre meus ombros.

-Pronto, criaturinha. Vê se para de reclamar agora! -Ele ri, bagunçando meus cabelos.

~Quebra de tempo~

-E está entregue! -ele fala, quando paramos na porta da minha casa.

-E completamente molhada, e com o cabelo escorrendo que nem macarrão! -brinco.

-E continua linda! -ele hesita, e depois, ri.

-O que foi?

-Nada... Dizem que só se vê o arco-íris depois da chuva... Me considero um cara de sorte. Eu vejo um todos os dias... E esse, é só meu! -disse, enquanto passava o polegar pela minha bochecha.

  Era ridícula a forma como ele conseguia me deixar sem palavras. Ridícula e agonizante. Mesmo assim, era divertido. E, naquele momento, pensei na conversa entre Lightning e eu.

  Não acredito que, por um segundo, pensei que tinha um pouco de verdade na loucura dela. Porque se fosse, tenho certeza que não seria eu a garota que ele escolheu trazer de volta pra casa, sob aquele dilúvio. Não seria eu quem ele estaria admirando agora. Mas, era. Era, não! Sou eu! E eu daria tudo para fotografar essa cena e colar no armário daquela língua solta.

-Até amanhã, Fancy Boy!

-Te vejo em meus sonhos, miss TPM! -Soarin se despede com um selinho rápido, seguido de uma leve mordida no meu lábio inferior.

  Esperei até que ele desaparecesse do meu campo de visão, e, enfim, entrei em casa, fechando a porta, e deslizando até o chão, com o sorriso bobo no rosto.

  Foi aí que notei que a jaqueta esportiva azul e branca, que ele havia me emprestado, ainda estava sobre os meus ombros. E isso só serviu pra alargar ainda mais o meu sorriso.

Continua...