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História Human Universe (Steven Universe) - Tigress (Gwen)


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


-Capítulo relâmpago-
Já que estava inspirada, quis escrever o resto. Como amo vocês já irei postar, mas vou avisando, quero comentários nos dois capítulos u.u
Boas vindas aos novos leitores, amo todos <3
Um capítulos com muito amor

Capítulo 90 - Tigress (Gwen)


Minha cabeça estourava, a dor era forte, como se várias agulhas estivessem fincadas nela. Tudo parecia rodar, aquele buraco não tinha fundo. De repente senti meu corpo arder, estava quente, suando, eu finalmente cheguei ao chão. Assustada abri meus olhos, estava em um quarto escuro, conseguia ver ao teto algumas estrelas, sentei na cama contornando os olhares. Nas paredes tinham alguns desenhos luminosos em um verde fluorescente, alguns de pessoas, outros de animais.

-Finalmente acordou.- uma voz dizia ao meu lado, a voz parecia um pouco rouca, em seguida tossiu.

-Onde estou?- levei a mão até o bolso, retirando meu celular para acender a tela, eram três da manhã.

-É meu esconderijo. Cometeu um erro me ajudando.- reclamou, apontei o celular para a mesma. A garota fechou os olhos com força. -Pare, arde os olhos.- apaguei a tela.

-Como vou ir ao banheiro?- suspirei.

-No escuro, segue reto ao pé da cama.- ouvi ela mexendo com água.

-Enxerga no escuro?- reclamei acendendo a luz do celular. Tentei procurar a garota pelo quarto, mas havia sumido. Era tudo bem organizado, a cama bem macia, o chão todo de carpe. Apontei a luz até a porta, onde devia ser o banheiro.

-Vai dar no corredor.- disse a voz próxima, virei a luz porém não a encontrei.

-Não gosto de filmes de terror.- revirei os olhos, sentia um certo frio na barriga, mas acho que ela quem sentia isso.

-Não gosto de luz.- a voz parecia distante. Finalmente cheguei a porta.

O corredor estava vazio, alguns quadros decorativos, e várias portas, tudo ali era beeeem escuro. Parecia que todas as janelas tinha cortinas. Abri porta a porta procurando o banheiro, demorei mas encontrei.

Era incrível a perfeita ordem no lugar, além de alguns dutos de ventilação, não havia janela alguma, muito menos plugs para ligar a luz. Ao olhar para o teto, notei nada além dos adesivos luminosos, aquela garota era estranha. Uma puta noturna.

As palavras da Amber não saíam da minha cabeça, eu gostava tanto dela, talvez devesse perdoá-la, estava com a cabeça quente, assim como ela. Suspirei profundamente, a garota me traiu por que quis, a culpa é minha. Só agora que me dei conta, estava sozinha, não teria mais pra quem desabafar, conversar, ou até mesmo bancar a fofa.

Algumas lágrimas escorreram por meu rosto, sentia uma agonia, era como se tivesse um nó na garganta. Me lamentar não adiantaria nada, como consegui gostar tando dela? Agora quem se ferrou fui eu, rapidinho Amber já estaria com alguém, já eu.. passei quase dez anos com ela, pra nada? Não consigo mais acreditar em amor, talvez seja algo que não exista no meu destino.

-Está tudo bem?- uma doce e gentil voz pronunciou ao corredor. Só agora que me dei conta em checar se aporta estava fechada, felizmente estava.

-Estou.- respondi seca.

-Pode mentir, mas não me enganar. Vamos comer algo.- sugeriu.

-Estou sem fome.-

-Não foi um convite.- disse grosseira.

Abri a porta iluminando a garota, a mesma estava com os olhos fechados, até tentou tirar a luz do seu rosto. Agora ela usava um simples short branco e uma camiseta regata, onde a barriga dela ficava de fora.

-Tire a luz.- reclamou.

-Não enxergo.- pontei o celular ao chão.

A garota segurou meu braço e colocou minha mão em seu ombro, foi então que desliguei o celular. A mesma me guiou. Dessa vez suas memórias não vieram em minha mente, na verdade minha cabeça podia estar confusa, mas não doía.

-Cuidado escadas.- avisou.

Descemos com cuidado, não acreditava que ela comia no escuro, parecia tão anti higiênico. Ao descer algumas escadas, tudo pareceu mais claro, ali sim havia luz, daquelas de pouca intensidade, era apenas o suficiente para enxergar as coisas, porém se quisesse escrever em um papel, seria complicado.

-Não pergunte.- ela tirou minha mão de seu ombro, levando até a cozinha.

Não estava curiosa em saber o motivo de tudo aquilo. Bom, talvez um pouco, porém nunca fui de puxar assunto. A garota pegou várias coisas da geladeira e colocou em cima da enorme mesa, era uma cozinha tão espaçosa, tinha móveis brancos, uma mesa com vinte lugares, lustre, duas geladeiras, freezer, muitos armários e várias frutas.

-Fique a vontade.- disse pegando um enorme prato, com certeza comia bem mais que a Amber.

-Aqueles caras vão voltar.- nem eu mesma sabia dizer se perguntei o afirmei.

-São os escravos do meu dono, eles sempre voltam.- falou aquilo como se fosse tão normal.

Não consegui acreditar no tamanho da coxinha que ela comia, com certeza era uma perna inteira de um boi ou de um avestruz.

-Humanos não tem dono.- preparei um gentil sanduíche.

-Aberrações tem.- a garota ainda usava aquela coleira, percebi a mesma mexendo nela.

-Por que não tira?- servi um pouco de suco em um copo e bebi.

-Não posso.- pegou a jarra do suco que eu me servi, a garota bebeu na própria jarra.

-Não consegue?- me sentia uma Amber da vida, como só pensava nela ainda?

-Já disse que não posso.- a garota abriu a coleira, me mostrando que podia tirar, logo tornou a fechá-la. -Vai comer só isso?- passou a língua nos lábios, mal notei ela caminhar, já estava em pé ao meu lado e observava o jeito que comia.

-Quer um também?- bom, nunca fui tão observada, claro, sem segundas intenções. A única coisa que sentia nela era curiosidade, era como se ela nunca tivesse contato com uma pessoa assim antes.

-Estou satisfeita, por enquanto. Você veio da vida normal?- apenas agora que notei o quanto ela era alta, me senti até uma baixinha, chegava quase no ombro dela. Acredito que tivesse a altura da Jasper, só não tinha o corpo forte, era apenas bem voltosa.

-Nunca tive uma vida normal.- suspirei.

-Muito menos eu.- sentou em meu lado. -Sempre fiquei trancada, fui vendida e abusada, não posso fugir, só ele consegue me conter.- engoliu em seco.

-Você sente medo.- olhei a garota, conseguia sentir todo aquele seu conflito interno.

-Já teve medo de si mesma?- suspirou, em seu rosto havia sempre um sorriso gentil, eu sabia que aquilo apenas escondia sua dor.

-Acordo tudo dia com medo de mim.- nunca imaginei que ela pudesse me entender, ou melhor que alguém pudesse me entender.

-Acho que na verdade, tenho medo do que sou capaz. Você não?- acenei de maneira positiva com a cabeça. -Como posso lhe chamar?-

-Morgana.- respondi seco.

-Me nomearam Tigress.- pareceu animada.

-Tigresa?- fiquei confusa.

-Gwen, mamãe me chamava assim. Aliás..era meu único nome da vida normal.- suspirou.

-Hey, suposta vida normal não tem grandes coisa.- revirei os olhos.

-Pelo menos posso andar na rua, vestir o que quero e escolher quem eu fico.. não sou obrigada a nada.- pegou a louça. -Cada um tem seu jeito de ser feliz.- sorridente ela colocou a louça na pia e foi lavar.

Acho que essa garota tinha uns parafusos a menos. Dei de ombros e me levantei. Minha mente novamente retornava a cena, a grandalhona beijando a Amber, senti um gosto amargo na boca, aquela sensação era horrível.

-Algo a incomoda?- em um estalo caí na real, olhando ao redor pude ver que estava tudo arrumado.

-Err... nada não.- ainda tentava organizar meus pensamentos.

-Podia ocupar a sua cabeça com alguma coisa.- sugeriu.

-Por exemplo?- me olhou de cima a baixo, com certeza buscava uma ideia.

-Me conte sobre suas habilidades.- caminhou comigo até um sofá, ali havia uma enorme TV desligada, acredito que ela não assistia muito pois estava com um lençol na frente, talvez pra não pegar pó.

-Leio o passado, sinto a mesma coisa que as pessoas. Consigo entrar no mundo dos espíritos. As vezes isso me traz pesadelos. Mas espera, como sabia disso?-

-Bom, eu não sabia, deduzi. Você atacou os caras sem se mexer, com certeza tinha habilidades.- deu de ombros.

-Me esqueci. O que lhe assusta em sua habilidades?- imaginei alguns espíritos me atacando, outros entrando em minha mente, era algo que me dava um frio na espinha.

-Bom.. posso dar pulinhos no tempo, mas somente pra frente. Consigo avançar até dez minutos. Também corro mais rápido que os normais e tenho muita, muita força. Posso ter garras e cauda, bem.. na verdade me transformo.. porém perco o controle.- engoliu em seco.

-Por isso usa a coleira.- assentiu.

-Você já teve um par escolhido lá?- pareceu animada.

-Já.- bufei ao lembrar da Amber, já que havia a esquecido.

-E como é ter alguém só seu?- quase que falo um palavrão, porém não queria acabar com a felicidade dela.

-É bom... até a pessoa decidir que quer outra pessoa.- cerrei os punhos, juro que se ela perguntar algo eu socaria alguma coisa.

-Deve ser doloroso.- entendo sua dor. Já fui a preferida de muitos, porém preferem as mais econômicas.

-Ou as mais altas.- cruzei os braços.

-Podia me escolher, não vou fazer isso com você.- sorriu, era perceptível a inocência em seu olhar.

-Não posso.- abaixei a cabeça.

-E se me escolher apenas por alguns minutos?- disse animada, consegui sentir certa curiosidade nela, era como se fosse de um mundo completamente diferente do meu.

-Vê se não pula esse tempo.- puxei a regata dela, arqueando ela ao alcance do meu rosto.

Toquei meus lábios aos dela, não esperava que fosse tão bem retribuída quanto estava sendo. A garota acariciou meu rosto. Abriu sua boca permitindo a passagem de minha língua. O mais estranho era a asperidade da língua da mesma. Lentamente empurrei ela, com muita força, pois se fosse fraco era inútil, fazendo a mesma deitar ao sofá.

De imediato as mãos dela foram deslizando por minhas costas, as unhas dela pareciam finas e afiadas, eu jurava ter as visto pequenas e curtas. Espera, minha jaqueta de couro? Notei que já estava sem ela, acho que ela pulou essa parte, mas não conseguia entender muito bem como funcionava suas habilidades.

Deixando me levar pela ideia de esquecer a Amber, fui cedendo em passar a mão pela garota, toquei em seu abdome e deslizei a mão até sobre o short da mesma. Senti as unhas dela em minhas costas, eu estava de sutiã? Agora eu buguei, meu desejo era cada vez maior, ou será que era o dela alimentando o meu. Já estava na hora de eu ter alguma atitude.

Deslizei minha mão por dentro do short da mesma, que a propósito estava sem calcinha. Não questionei, apenas usei o dedo do meio para penetrá-la, fazendo com que a mesma soltasse um suspiro durante aquele beijo. Como imaginei que ela estava acostumada, coloquei outro dedo, deslizando ambos lentamente, aos poucos ficava mais veloz. A garota estava tão úmida e apertada, não parecia ser uma prostituta, em sã consciência não faria aquilo, mas agora que já estava, não custa terminar.

Continuei com o movimento de vai e vem. As unhas dela arrunhavam minhas costas, mais pareciam unhas de gato, com certeza iria sangrar, mas não foi a consequência que pensei. Ela separou o beijo deixando o rosto bem perto do meu ouvido, para que pudesse ouvir cada segundo daquele orgasmos que ela recém teve. Decidi então cessar os movimentos, me ajeitando ao sofá.

-Não gozava assim há muito tempo.- respirou forte e se ajeitou em meu lado, entregando minha blusa.

-Você não é profissional?- tentei ser educada ao me lembrar que era uma puta. Vesti minha blusa e o casaco em seguida.

-Não exatamente, pode considerar que sim.. mas.. bom.. você não sente tesão nem goza quando faz aquilo por obrigação e não por gosto.- ela sorriu feito boba.

-Você me confundiu.- ainda tentava interpretar as palavras dela.

-Vamos nos ver novamente? Pega.- me deu um cartão, era de um puteiro?

-Não garanto.- olhei o papel.

-Podia ser minha cliente especial, é raro ter visita de mulheres.- beijou minha testa e se levantou. -Preciso ir.- colocou a mão na coleira.

-Onde estou?- pensei em como voltaria para casa, porém ela sumiu antes de me dizer.

Arghh eu encontraria o caminho sozinha, quer ela me ajude ou não. Aquela puta era sinistra, nem consegui acreditar que acabei saindo com uma. Minha vida só estava piorando, ela ainda me convidou para ser cliente? Que decepção. Estava no fundo do poço. Acho que essa noite eu devia encher a cara e cair no sono o dia todo. Pelo menos nessa madrugada, pois a noite se foi tão rápido.


Notas Finais


O que acharam? Morgana está metida em confusão, só acho :v
Espero que tenham gostado. Comentem para ajudar na melhoria da história.
Eis aí a nova personagem ;)


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