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História Hunters - A Última Carta Para A Rainha


Escrita por: AshiiMary

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE DESCULPA PELA DEMORA PRA POSTAR!!!

Eu tive uns probleminhas de leve.

Mas eu vou parar de enrolar.... Boa leitura!

Capítulo 8 - A Última Carta Para A Rainha


Fanfic / Fanfiction Hunters - A Última Carta Para A Rainha

                As vezes, tudo o que você acredita pode ser apenas uma mentira, e quem um dia você acreditou que fosse um monstro, pode acabar sendo, na verdade, um anjo, e quem você acreditou que fosse um anjo, na verdade seja um monstro...

                Alguns dias se passaram desde a viagem de Logan, eu realmente não fiz muita coisa desde que ele partiu, nada me parecia fazer sentido, estava me sentindo completamente sozinha. Todos os dias eu escrevia no notebook, ignorava April – que, até então, estava morando comigo e meu padrasto -, ia pra Hunters com o David, mas acabava não fazendo nada lá. Eu nunca tinha algo realmente interessante pra fazer, era como se tudo tivesse ido embora junto com Logan naquele avião pra Nova Yorque.

                Eu costumo escrever algumas cartas pra ele até hoje, dizendo como as coisas vão. Fico feliz que ele sempre responda as aminhas mensagens, mas não é a mesma coisa de quando ele ainda morava aqui, é como se estivesse incompleto de alguma forma... Enfim... Logan tem estudado em uma escola perto da nova casa dele, fez alguns amigos – Jéssica e Marshall, que, a propósito, são muito legais também – e, de vez em quando, vai trabalhar com o pai na montadora da Ferrari – riquinho -, mas, tirando essas coisas, ele não me disse mais nada interessante sobre sua nova vida nos estados unidos.

                Nessas últimas semanas não tenho tido mais pesadelos com aquela menina no campo de rosas azuis... Ela era bem assustadora, mas prefiro não lembrar dela.

                Desci as escadas até a sala, aonde April estava sentada em minha poltrona lendo o jornal de hoje, estava com as pernas cruzadas sobre a mesa de centro. Seus olhos azuis frios pousaram-se sobre mim quando passei em frente a ela. April jogou o jornal em cima da mesa e disse com sua voz suave:

                - Assassino do xadrez ataca novamente, esse cara não era seu professor de química? Foi marcado com peões... Parece que a Hunters deixou a mídia participar do caso dessa vez? Que patético...

                Ela tinha razão, por que dessa vez a Hunters deixou a mídia fazer parte desse assassinato? Tinha algo errado, com certeza. O estrategista – como o assassino estava sendo chamado – nunca deixava marcas e nem objetos na cena do crime que não fossem as suas cartas, o que me deixava realmente frustrada, eu queria saber quem havia matado minha mãe! Aquele era meu objetivo, e eu o seguiria mesmo que discretamente.

                - Eu não sei o que eles querem fazer, ou o que eles estão fazendo, mas, sem dúvidas, isso não é problema nosso, April. Vá fazer algo mais interessante. – Respondi, parecendo grosseira, mas estava muito mais interessada naquilo do que ela.

                E, para minha surpresa, ela riu baixo.

                - O que poderia ser mais interessante do que um assassino em série que extermina suas vítimas como se estivesse jogando um simples jogo de xadrez? A cada passo que ele dá, mais perto ele fica da vitória, do rei, da rainha. Os corpos em campos abertos apenas são partes do próprio jogo dele, em que todos nós podemos estar, mas não sabemos. Os fracos serão capturados, os fortes serão os que capturam, e, até agora, ele foi o único quem capturou alguma coisa. Teria algo mais interessante do que isso Marynna?

                - Maryenne... Me chame de Mary, se quiser.

                Ela tinha razão, apesar de ser algo horrível e cruel de se fazer, aquilo estava extremamente planejado, ele era um real estrategista que estava jogando para chegar em seu próprio objetivo, que seria matar a tal rainha, o que eu não deixaria acontecer. Aquilo iria contra todos os meus princípios, se eu pudesse achar algum tipo de padrão entre os que já morreram, talvez eu encontre as outras pessoas e as consiga proteger. Era tudo uma questão de tempo, eu teria que entrevistar pessoas antes que outra tragédia acontecesse.

                Na mesma noite daquele dia, eu tive uma pequena surpresa que estava num lugar um tanto... Inesperado.

                Quando fui até a sacada de meu quarto olhar as estrelas para me acalmar um pouco e esfriar a cabeça sobre tudo aquilo que estava acontecendo, algo pareceu cintilar no vitrô da janela que dava acesso ao lado de fora. Era uma carta, não era preta igual às outras, era azul e tinha escritas douradas e desenhadas que diziam:

                “Você não pode ficar brincando, criança. Aja. Seu tempo está acabando Maryenne Blake. É só uma questão de tempo até que eu mate o segundo bispo.”

                Um arrepio tomou conta de meu corpo, eu não sabia o que estava acontecendo. Ele havia entrado na minha casa e colocado uma simples carta na minha janela? Como? E, mais importante, por quê?! Aquelas perguntas não saíam de minha cabeça, davam voltas infinitas em uma simples pergunta que eu tinha medo de que fosse realmente respondida: Se ele entrou em minha casa... Será que ele machucou alguém?

                Não me dei ao luxo de poder pensar nem por um segundo, comecei a correr de meu quarto, desci as escadas rapidamente com o coração em mãos. A única coisa que eu não queria que acontecesse podia estar diante de meus olhos, mas me recusei a pensar nisso e, ainda correndo pela sala fui em direção ao jardim nos fundos de minha casa, que era realmente enorme. O ar não entrava direito em meu pulmões, tudo o que eu queria era chorar, gritar ou até mesmo me matar, se possível. Infelizmente, não consegui conter as lágrimas quentes que escorriam sem cessar pelo meu rosto quando vi o corpo de David estirado no chão. Várias marcas de bispos tomavam conta de seu corpo e a expressão em seu rosto era de puro pânico, mas parecia estar aliviado, como se estivesse feliz por ter morrido.

                Me ajoelhei ao lado de seu corpo já sem vida e me debrucei sobre seu peito gelado que não se movimentava, infelizmente. Foi quando senti algo duro embaixo de meus braços, tive vontade de rasgar aquela carta preta quando li o que estava escrito.

                “Este é meu segundo bispo, o último. Não me odeie, minha rainha. Ele parecia tão feliz quando morreu, eu apenas aliviei a dor que ele tinha guardado tanto tempo dentro de sí. Ainda espero que possamos nos entender... Ou não. Você sabe o que eu quero, por que não desiste e me entrega de uma vez? Logo mais você saberá que eu sou...”

                Enxuguei minhas lágrimas e fechei os olhos de David antes de levantar. Eu já sabia o que deveria ser feito... E apenas a rainha pode bater de frente com o rei dessa forma.  

                                                                                                               


Notas Finais


OMG desculpa a demora pra postar denovo gente, sério ;-;

enfim! Obrigada por lerem!! até a próxima s2


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