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História Hunting Dogs - Morreram? Sim. Mas Vão Sobreviver ; )


Escrita por: Soffy_Tukkee

Notas do Autor


Resolvi criar vergonha na cara e atualizar essa bagaça aqui! Heeee grande cu.
Enfim! Capítulo meio grandeeeeenho, pra compensar minha demora...
Atenciosamente a autora dessa fic esperançosamente perdoada.
Boa leitura.
; )

Capítulo 11 - Morreram? Sim. Mas Vão Sobreviver ; )


— Alison, o que aconteceria se um de nós for mordido por você? — Tobby terminava de preparar os últimos coquetéis que o grupo usaria para chegar ao celeiro e conseguentemente às bombas de gasolina.

— Morreriam, eu sou o que se poderia chamar de híbrido, a lua está alta, mas eu não estou correndo pelada lá fora certo? Digamos que o vírus que eu transmito é fatal para a maioria dos seres humanos. Jason e eu somos os únicos da espécie. Quase uma raça ancestral.

Um arrepio percorreu o corpo de Tobby, e todos os olhos na sala se voltaram para ele.

— Mas... Você já tentou?

Alison apoiou as mãos no balcão dando impulso e saltou para o chão, enquanto ria zombeteira.

— Eu nunca mordi ninguém Tobby, não é como se alguém fosse deixar também. Jason até tentou, mas a pessoa em questão acabou morrendo durante a transformação. Por centenas de anos tentamos nos manter longe das pessoas, tendemos a perder o controle as vezes, até dominarmos a transformação.

— Apreciaria se eu não fizesse parte do seu show irmãzinha. — Jason riu debochado.

Todos olharam para os irmãos, compadecidos da situação, ao mesmo tempo que se davam conta da ameaça que ambos representariam para todos se viessem a transformar-se.

— É melhor vocês ficarem de olho nesses dois o tempo todo. — Ryan disse quando todos se calaram. — Vai que eles viram um dos cachorros sarnentos lá de fora, ou pior, abram a porta para os iguais a eles entrarem.

Sua voz sumiu aos poucos.

Emily cobriu o rosto com as mãos, enquanto tentava aceitar a ideia do que ela teria que fazer. Saber que Alison poderia morrer só por sair da casa servindo de alvo já era ruim o suficiente, mas agora... Outro arrepio percorreu seu corpo.

Todos na sala tinham os olhos fixos em qualquer direção porém evitavam olhar na direção de Alison e Jason. Emily se levantou e foi para a cozinha.

— Você está bem? — Alison chegou perto da morena e tocou-lhe o ombro.

— Não sei...

— Não se preucupe comigo e com Jason, saberemos como lidar com a situação, caso aconteça.

Emily olhou Alison, ali com pouca luz, feixes amarelos cor de ouro dançavam nas órbes azuladas. Ela se aproximou, prendeu a garota contra a parede e tomou-lhe os lábios, não titubeou em invadir a boca alheia com a língua. Não era um beijo calmo, nem romântico. Emily estravasava a raiva, a tristeza e o desespero nos lábios de Alison. A loira a apertou num abraço, e Emily percebeu que ela dosava sua própria força para não machucar, Alison poderia facilmente parti-la ao meio, porém não o fazia. Emily podia sentir a tensão se apossar do corpo da outra, todos os músculos estavam rígidos, e a temperatura de Alison subiu varios graus Celsius, Emily poderia facilmente se queimar naquele corpo. Quando o beijo ficou muito intenso e desejoso, os dentes afiados de Alison roçaram no lábio inferior de Emily e isso a trouxe de volta a realidade. Aquela em que se encontrava no meio do nada, correndo risco de morte.

Emily partiu o beijo, porém manteve-se colada ao corpo quente, então se forçou a voltar a atenção para a situação, na esperança de encontrar algo que pudesse ser útil na tentativa de fuga.

Jason se levantou do sofá de repente com um ruído.

— É melhor começarmos logo! — Ele disse. — Não há nada mais que possamos fazer aqui.

Emily poupou um ultimo olhar a Alison, logo em seguida pôs a arma a tiracolo enquanto se inclinava para pegar o martelo e o pé de cabra. Encarou Ezra e disse.

— Você terá que ficar a postos perto da porta, assim que Alison correr para a floresta, eu darei o sinal e jogarei os coqueteis molotov, libere a porta da frente imediatamente. A casa vai ficar por sua conta Ezra... E você terá que defender a porta. Jason, assim que lançar os coquetéis, você e Noel corram para o celeiro, enquanto isso Tobby e Caleb irão para as bombas de gasolina. Alguma duvida? — Todos fizeram silencio. — Ok. Vamos!

Enquanto Emily dava as últimas instruções, Tobby se ajoelhava perto do fogo e mergulhava uma perna de mesa no querosene para fazer uma boa tocha. Depois foi ajudar Jason a liberar a porta da frente enquanto Emily e Alison se dirigiam ao andar de cima com uma caixa de coquetéis molotov.

Ryan continuava a observar todos em silêncio. Enquanto Tobby e Jason desfaziam a barricada com todo cuidado, tentando não fazer nenhum ruído para não chamar a atenção das criaturas à espreita do lado de fora. Ambos trabalhavam lenta e meticulosamente com o pé de cabra e a orelha do martelo, removendo um pedaço de madeira de cada vez. Cada prego rangendo representava uma ameaça. Eles procederam dessa forma, atentos ao constante perigo, até desfazer completamente a barricada.

Noel acendeu outra tocha e entregou-a para Caleb. Os dois se postaram junto à porta, esperando Emily lançar os primeiros coquetéis molotov.

Noel afastou a cortina e espiou para fora, avaliando a situação na qual estavam prestes a se meter. No gramado, sob as árvores, muitos vultos indistintos espreitavam a casa, silenciosos e ameaçadores em meio à escuridão. Várias das criaturas estavam paradas perto da caminhonete que Emily explodira antes... Noel sabia que teriam uma dura luta pela frente antes de conseguir chegar ao celeiro. E do outro lado do campo, ao longo da rota que a caminhonete teria que percorrer para chegar às bombas de gasolina, vários outros devoradores de carne estavam à espera, observando.

Se algo desse errado, eles nunca voltariam vivos para a casa.

De repente, ouviram um grito vindo do andar de cima. Uma janela se abriu abruptamente, e a primeira bomba flamejante iluminou o gramado. E todos puderam observar Alison aterrisar no chão com habilidade e um sinalizador na mão, ela gritou chamando a atenção das criaturas, quando todos se dirigiam a ela, a garota disparou pelo gramado de encontro a floresta, parecia lenta, porém quando os monstros se aproximavam, ela olhou para trás, sorriu e ai sim, todos se espantaram, a garota de repente correu tão rápido que fora impossível acompanhar quando ela sumiu mata a dentro com um uivo que rasgou a noite.

Jason escancarou a porta, e no clarão produzido pelo querosene em chamas viu as criaturas remanescentes gemendo com seus horrendos sons rascantes e guturais, agitando os braços e arranhando estupidamente o ar enquanto recuavam lentamente. Outros coquetéis molotov se seguiram, estilhaçando-se ruidosamente no gramado enquanto as chamas se elevavam e iluminavam o velho celeiro e os seres monstruosos que o rodeavam.

Várias criaturas pegaram fogo e, envoltas em chamas, cambalearam sem rumo; suas carnes estalavam e crepitavam, queimando e exalando um terrível fedor. Por fim, consumidos e abatidos pelo fogo, já não podiam mais andar, mas ainda se debatiam e emitiam sons rascantes, até que não restasse mais carne em seus corpos para que continuassem se mexendo.

As bombas não paravam de chover. Agora o campo para além da casa estava vagamente iluminado; as sombras das árvores e dos arbustos se agitavam sinistramente e mudavam de forma cada vez que uma nova mancha de fogo surgia, irrompendo em uma cascata de chamas.

Jason e Noel estavam na varanda, com as armas em punho, observando enquanto algumas criaturas queimavam e recuavam. Preparavam-se para se defender caso algum dos seres tentasse atacá-los antes que conseguissem alcançar o celeiro.

— Já usei tudo, Jason! Alison levou vários para a mata! Corram agora! — Gritou Emily do andar de cima, batendo a porta do quarto vazio e precipitando-se pela escada.

Sua voz ainda ecoava quando Jason e Noel dispararam pelo gramado, entre as manchas de fogo que se espalhavam por todo lado e os vultos ameaçadores, alguns dos quais já tinha começado a avançar; o medo que tinham do fogo era grande, mas não tanto quanto o apetite pela morte.

Jason golpeou um dos atacantes com o pé de cabra e ele desabou, mas continuou se debatendo no chão. Noel atingiu-o com a tocha, e o corpo do monstro se incendiou e explodiu em chamas, finalmente destruído conforme suas mãos se retorciam em desespero.

Jason e Noel chegaram ao celeiro, ao abrir se depararam com a caminhonete, pularam para dentro, arrancando logo em seguida em direção às bombas. Tobby e Caleb ja os esperavam. Dentro da caminhonete, ambos trocaram um breve olhar, e Noel arrancou bruscamente com o carro, que derrapou, deu uma guinada de cento e oitenta graus e seguiu veloz em direção às bombas de gasolina do lado oposto do campo. Com a violenta manobra, diversas criaturas — que arranhavam e esmurravam o carro, desesperadas para pegar os humanos dentro — foram jogadas para longe. Jason conseguiu pôr fogo em outra delas com a tocha, espancando-a conforme ela teimava em se segurar no carro, mesmo enquanto queimava... Por fim, ela se soltou e caiu com a cabeça sob uma das rodas do veículo.

Com o caminho momentaneamente liberado, Noel cruzou o campo a toda velocidade, enquanto numerosas criaturas os seguiam, cambaleando estupidamente, porém sempre incansáveis e determinados a alcançar seu objetivo. Jason fez pontaria e disparou vários tiros em sequência, mas só conseguiu desperdiçar munição, já que a maior parte dos projéteis errava o alvo conforme o carro passava aos solavancos sobre os sulcos do campo relvado; uma criatura, entretanto, desabou depois que metade do seu crânio explodiu pelos ares.

As outras continuavam a seguir a caminhonete, conforme ela parava com uma freada estridente em frente ao galpão e às bombas de gasolina. Jason saltou para fora. Mais criaturas se aproximavam, e muitas outras atravessavam o campo em bandos. Tobby que carregava o molho de chaves se atrapalhou. Jason o empurrou-o para trás, apontou apressadamente a arma e atirou, explodindo a fechadura em pedaços e fazendo esguichar gasolina por todos os lados. Caleb entregou uma tocha para Tobby para que ele tivesse algo com o que se defender e pulou para dentro da caminhonete, com os olhos arregalados de medo, ele acompanhava tudo pelo para-brisa; primeiro olhou para Jason, depois para o campo, conforme as criaturas continuavam a avançar. Várias delas já estavam a menos de trinta metros de distância.

A gasolina continuava a vazar da bomba. Tobby logo enfiou a pistola da mangueira no bocal do tanque de gasolina da caminhonete; ao fazer isso, a tocha escorregou de suas mãos e caiu sobre o chão encharcado de gasolina. Línguas de fogo se ergueram de repente e atearam fogo no carro.

Com o canto do olho, Jason viu que o para-lama traseiro começava a queimar, enquanto se agachava para se equilibrar e atirar. Conseguiu abater um dos agressores, mas ele se levantou de novo.

Em vantagem numérica, os seres continuavam a avançar.

Tobby fitava a caminhonete enquanto as chamas começavam a lamber a lataria e se espalhar. Jason também olhou para o carro por um instante, mas não sabia o que fazer. Então se virou de repente e gritou, vendo Noel arrancando em disparada com o veículo em chamas, saía derrapando pelo campo, atropelando alguns dos agressores pelo caminho. Noel queria levar a caminhonete para longe das bombas de gasolina, para evitar que explodissem. Jason gritou de novo, mas foi em vão. O carro em chamas ia ganhando velocidade, guiado pelo rapaz em pânico, com Caleb sentado ao seu lado, mudo de terror.

Várias criaturas se atiraram sobre Jason, e ele as golpeava freneticamente com a tocha e o fuzil. Concluiu que não podia mais contar com Noel e Caleb, e sabia que teria que dar um jeito de voltar para a casa.

Jason conseguiu pôr fogo em duas das criaturas que o atacavam e derrubou uma terceira no chão.

Ele saiu em desabalada carreira pelo campo, balançando a tocha e a arma e fazendo ziguezagues para impedir que os monstros o derrubassem por trás, Tobby o acompanhava. O fedor que emanava daqueles seres já bastava para quase sufocá-lo, enquanto eles ameaçavam cercá-lo e fazê-los em pedaços.

De dentro da casa, Ezra só conseguira ver parte do que acontecera, embora continuasse a correr da porta à janela e vice-versa, apertando os olhos para enxergar entre as frestas das barricadas e tentando entender o que acontecia lá fora. Do seu ponto de vista a tentativa de fuga parecia ter fracassado completamente caso esse fato se confirmasse, trancaria a porta da frente e correria para o porão, bloqueando o acesso a ele. Emily havia voltado para o segundo andar, para a janela, por onde Alison iria voltar, já que pela porta da frente ela atrairia as criaturas todas para a frente da casa.

Ezra viu a caminhonete pegar fogo, e viu Noel levá-la para longe. Quanto a Jason e Tobby, eles pareciam estar cercados pelos monstros. Ezra correu para outra janela.

A caminhonete, quase inteiramente em chamas, avançava a toda velocidade para longe da casa, em direção a uma pequena elevação no terreno. Era uma visão sinistra: as mesmas chamas que devoraram o carro iluminavam o seu caminho, enquanto ele avançava aos solavancos pelo campo que de outra forma estaria mergulhado no mais puro breu. De repente, a caminhonete parou, com um guincho de freios. Ezra pôde distinguir o vulto de Noel, que se arrastava para fora do carro pelo lado do motorista e tentava ajudar Caleb a fazer o mesmo. Então, houve uma ensurdecedora explosão. A caminhonete se elevou no ar, e o estrondo e as chamas rasgaram a noite.

Enquanto lutavam selvagemente com os monstros, Jason ergueu os olhos e estremeceu ao se dar conta do que acontecera com Noel e Caleb. As chamas da explosão os ajudaram a ver o caminho, e eles conseguiram se aproximar um pouco mais da casa, sempre lutando. Desferindo golpes poderosos e desesperados com a tocha e a arma, Jason continuava a repelir seus agressores, em uma derradeira tentativa de se salvar.

Vários lobos se aglomeravam junto à porta principal, e se atiravam contra ela para tentar arrombá-la e entrar. Dentro da casa, Ezra estava completamente apavorado. Por fim, sem pensar em mais ninguém a não ser em si mesmo, precipitou-se em pânico para o porão.

Mas Jason e Tobby tinha conseguido abrir caminho por entre os monstros que se amontoavam na varanda e batiam desesperadamente na porta principal para que Ezra os deixassem entrar. Tobby Girou o corpo, e com uma poderosa investida chutou o último agressor para fora da varanda; no rebote, bateu com o ombro contra a porta ela se abriu com estrépito e os dois mergulharam para dentro a tempo de surpreender Ezra na porta do porão.

Não havia tempo para reprimendas. Tobby e Jason começaram freneticamente a bloquear a porta de novo. Por um instante os olhos de Jason encontraram com os de Ezra e os dois se puseram a trabalhar. Com essa atitude, Ezra parecia querer preservar algum traço de respeito aos olhos do outro, como se ajudá-lo agora servisse de atenuante para sua covardia e seu egoísmo.

Por fim, conseguiram bloquear a porta. A casa estava temporariamente segura.

Eles se viraram e olharam um para o outro. Ezra tremia de medo e tinha o rosto úmido de suor. Ambos sabiam o que ia acontecer, e o punho de Jason se chocou contra o rosto de Ezra no mesmo instante em que ele tentava se afastar.

Os golpes continuaram, um soco depois do outro, Ezra foi sendo arremessado para trás, até que Jason o encurralou e o atirou contra a parede, onde o manteve preso enquanto o fulminava com os olhos. E então falou, quase cuspindo as palavras e pontuando-as com violentos empurrões.

— Seu... merdinha... asqueroso..., da próxima vez... que você fizer... uma coisa assim... eu arrasto você para fora... e deixo você ser devorado... por aquelas coisas!

Jason empurrou-o uma última vez; Ezra deslizou pela parede e desabou no chão, com o rosto todo ferido e o sangue a lhe escorrer pelo nariz.

Jason foi até o pé da escada e chamou.

— Emily? Somos nós... Está tudo acabado... Noel e Caleb estão mortos!

Virou-se de repente e atravessou a sala feito um raio, parando diante de uma das janelas. Algumas criaturas se aproximavam cada vez mais da casa. Apesar da exaustão que o dominava, não pôde conter um arrepio.

O que diabos eles iriam fazer agora?


Notas Finais


Xenthy, perdoem os erros, eu escrevo pelo celular, ai eu escrevo uma palavra e ele corrige com outra! Meu corretor ja me colocou em cada situação que meu pau do céu! Heuheuheuheue Enfim. É isso, espero que tenham gostado. Nos vemos logo, logo!
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