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História Hunting Dogs - Moonight Shadows


Escrita por: Soffy_Tukkee

Notas do Autor


Eu tô até com vergonha de botar a cara aqui viu. Mais de um ano em outros planetas e eu volto com essa atualização. Se ainda tiver alguém por aí HELLO! Enfim, muita coisa rolou esse tempo todo, já dizia minha esposa de mentirinha, "sua vida daria um fanfic" e de fato ela não poderia estar mais perto da verdade.
Bom pessoas, não vou ficar rasgando seda aqui não. Bora ler que deu dessa pessoa insossa que sou eu.
Ah já ia esquecendo. Não Betei o capítulo, saiu na pressa. Tava terminando de editar e tive que sair na correria buscar meu pai no hospital então só foi.
Espero que gostem, capítulo tá curto por causa do imprevisto. Relevem os erros e nos vemos no próximo.
Xoxo! Soffy! Esperançosamente desculpada.

Capítulo 13 - Moonight Shadows


"A escuridão da noite gela qualquer alma, o que vem das sombras possui um significado universal para qualquer um que se depare com um de seus seres. O perigo."

Obsessiva: O Que Te Intriga é o Que Te Excita - JC McCartney."

Levou apenas alguns segundos mais para que aquela que um dia fora uma garota se transformasse no pior pesadelo daquele que por um azar infinito cruzasse seu caminho. Postando-se sobre as pernas traseiras, a criatura usou das afiadas garras para assumir a postura de um animal, elevou o focinho enfeitado de dentes afiados e enormes para o alto, afim de captar qualquer cheiro no ar, as orelhas pontudas estavam atentas a qualquer ruído, até mesmo um mosquito passando por ali soaria como um apito de trem à audição super aguçada que a besta possuía. Se a história sobre Licaón, o flagelado fosse de fato real, Zeus não havia punido o tirano e sim, os azarados em seu caminho. Algo chamou sua atenção. Era um cheiro que a deixava deveras enfurecida, parecia aflorar aquilo que tinha de pior. Procurava identificar a procedência daquele aroma e notou uma semelhança entre o odor que viajava ao vento e o próprio. A besta se virou para onde o aroma era mais forte e seus passos tomaram o curso de volta para a trilha que havia recém-percorrido. Todo predador tem seu território, e para ela não era diferente.

Seus olhos cerrados não precisavam enxergar o caminho indicado por seu faro e em passos lentos a fera chegou a um enorme descampado. Agora o cheiro era mais forte. Não havia os aromas da natureza para confundir seu olfato. Com um rosnado baixo mostrou as presas e colou as orelhas para trás. Estranhou as construções no centro, barracas e fogueiras e o cheiro de homens, suor e café. buscou se esconder por entre as montagens, troncos e arbustos, movimentando-se com uma rapidez espantosa, porém silenciosa. A noite se tornava sua camuflagem, se pertenciam. Se quisesse, poderia percorrer a floresta em poucos minutos ou visitar as fazendas e vilas distante naquela região, mas não. Aquela noite ela já tinha guia. E, correndo na penumbra entre barracas por onde o cheiro era mais forte, a criatura aproximava-se cada vez mais do local de descanso de Archer.

Michael Forbes, era um oficial de patente, perito em medicamentos, ele era uma espécie de enfermeiro improvisado naquela expedição, na qual o real significado lhe era incerto. Traga seus tranquilizantes mais potentes, seringas, líquidos suficiente para dopar um elefante. Foram as ordens. Na calada da noite Forbes, deixou a proteção de sua barraca para atender ao chamado da natureza, não deveria ter bebido tanto chá.

Quando faminta ou intimidada, a besta, que vagava naquela noite, atacava qualquer animal que aparecesse em sua frente nas trilhas da floresta. Sem esforço, uma única abocanhada arrancou a cabeça de Forbes de seu tronco, sem chance de gritar ou fazer qualquer outra coisa. O jovem médico nem sequer soube o que o atacou. A criatura nem se importou em saborear de sua presa, seu foco era outro. Abandonou a carcaça sem vida no chão e retomou seu caminho.

Do ponto onde parou, no começo da clareira, podia ouvir vozes, e risadas, o cheiro era muito forte.

Archer estava acordado, a noite estranhamente silenciosa era um alerta, nem mesmo os grilos noturnos entoavam suas canções.

A fera rosnava e Archer estava inerte pelo medo e a admiração. Aguardava temeroso um ataque que lhe tiraria a vida e não conseguia desviar o rosto do brilho rubro que o encarava. Ali na entrada da pequena barraca estava a criatura que ele procurara por séculos, a garota que um dia sonhou desposar, ter uma família. Atento àqueles olhos virulentos, repentinamente o receio da morte se afastou. Ele pôde reconhecer uma amargura familiar naquela fisionomia grotesca. O olhar da criatura, apesar de feroz, refletia uma mágoa e tristeza profunda, sentimentos esses que ele só viu em uma pessoa. Uma criança que teve a vida brutalmente destruída pela maldição da lua cheia.

Uma lágrima sentida escorreu dos olhos raivosos. Archer se ressentia do mal que causara aquela quem tanto amava, arrependido e amargurado. Sem que tivesse a oportunidade de pronunciar o nome daquela menina, a criatura o atacou, rápida e feroz. Com um único golpe, a enorme garra o rasgou desde o ombro até o abdômen, porém ele não gritou, o sangue espirrou em todas as direções, enquanto a mão da fera se fechavam em seu âmago, e arrancava órgãos, pele e nervos. Archer se afogava em seu próprio sangue, ela começou a mordê-lo com voracidade. Sufocado pelo peso da besta e em choque pela agressão, ele mal conseguia respirar.

Uma visão macabra. O sangue de Archer espirrava nos pelos do animal e focinho, pintando de vermelho e formando uma cascata de sangue que começava a encobrir o saco de dormir. A dor era infinita, mas a morte não veio salvá-lo.

As presas do monstro miraram seu pescoço e uma mordida violenta arrancou-lhe um pedaço da garganta. Os olhos do caçador ficaram opacos e, finalmente, a dádiva do perecimento fora-lhe entregue. Mas a besta continuou o abuso contra aquele corpo já sem vida.

Alison naquele momento permitiu ser dominada pelos instintos mais primitivos, aguardou aquele encontro por séculos, poderia matar aquele homem por muitas vidas e ainda não se sentiria vingada frente ao mal que ele havia causado, devorou com fome partes de Archer, começando por abrir sua barriga como se cavasse a terra em busca de um alimento escondido.


***


Em uma pequena fazenda próxima à floresta que rodeava o condado de Kunnigys, Connor dormiam tranquilamente no aconchego do quarto quando, repentinamente, acordou assustado, suava como se estivesse numa sauna. Connor levou alguns segundos para notar uma garota morena dormindo desconfortavelmente numa poltrona, a expressão cansada dela o deixava desanimado, lembrava do inferno que viveram nas últimas horas, atacados sabe lá pelo quê, sozinhos e sem meios de se defender. Ele se lembrava de estar gravemente ferido, suas vísceras ameaçando saltar para fora do corpo a qualquer momento, a dor e o desespero, e agora ele se sentia bem, bem até demais. Connor olhou para o próprio abdômen, um curativo mal feito manchado de sangue seco, e o cheiro da floresta que vinha carregado pelo vento, podia sentir a presença de alguma coisa nos arredores, não sabia exatamente o que eram mas as reconhecia. Connor suspirou profundamente, puxou o pano do curativo e murmurou uma praga. O ferimento não existia mais, em seu lugar três linhas de cicatrização, três cortes perfeitamente curados em relevo.

— Inferno…

Já eram cerca de quatro da manhã quando Emily despertou do sono agitado, estar cansada ajudava a dormir com facilidade porém também deixava o sono agitado. Ela observou o Sargento dormindo calmamente, respiração leve e compassada. Connor parecia melhor do ferimento e ela tinha até medo de descobrir o porquê. Sem saber que o Sargento na verdade estava bem acordado e atormentado pelo cheiro de vida que exalava naquela velha casa de fazenda, ela saiu silenciosamente do quarto.

Ao chegar na sala, encontrou Ezra encolhido num canto, olhar vidrado na parede nem parecia estar realmente ali. Jason sentado em uma poltrona, cabeça escorada no encontro de costas e pés apoiados sobre uma mesinha de centro, olhos fechados. Ele parecia dormir serenamente apesar da posição desconfortável. Homens, pensou ela. Tobby estava na cozinha sentado em uma cadeira, braços apoiados sobre a mesa.

— Algum sinal dela? — A morena indagou sentando-se ao seu lado.

— Nenhum, sinceramente, eu nem acho que ela esteja viva. Saiu correndo no meio do mato sem armas. — Tobby sacudiu a cabeça esfregando a testa. Sua expressão era de cansaço extremo.

— Olha, vai deitar um pouco, já vai amanhecer e vamos dar o fora daqui ok? Eu vigio agora. — Tobby acenou e já ia se retirar quando a morena voltou a chamá-lo. — Tobby, não acha estranho que nada tenha tentado entrar aqui ainda?

— Talvez o plano da Alison tenha dado certo, ela saiu em disparada e levou eles todos. O por que eu ainda sei.

A morena apenas meneou a cabeça e ele saiu da cozinha rumando para um dos quartos no segundo andar.

Sozinha novamente, Emily não deixava de pensar o que havia acontecido com Alison, porque não voltou ainda? No fundo ela tentava apenas desviar dos pensamentos mórbidos sobre um possível massacre aferido a loira.

Um barulho nos fundos da casa chamou a atenção da morena, ela pegou um rifle que estava quase descarregado e caminhou silenciosamente até a porta da cozinha, encostou o rosto na madeira e esperou qualquer movimentação. Nada. Tudo estava calmo, talvez algo tivesse caído por causa do vento. Quando abriu a porta sorrateiramente quase saltou fora do próprio corpo com o susto. Uma linda garota completamente nua e banhada em sangue estava deitada sobre o leito de madeira. Era Alison deitada sobre o frio chão amadeirado. O sangue era tanto que cobria quase todo o corpo, juntamente com terra e partes da vegetação presos em seus cabelos. Aquela seria uma visão e tanto de um corpo maravilhoso se não fosse por todo aquele líquido avermelhado.

O jovem acordou de sobressalto. Olhou ao redor e logo identificou onde estava. Seus olhos agora de um azul celeste dilatados pela baixa luz da varanda estavam assustados e tristes.

Ela olhou para Emily que a observava com olhos negros questionadores, e deixou escapar um suspiro profundo. Aquela seria uma longa conversa.


Notas Finais


É isso galerinha, pra quem acompanha outras histórias postadas por mim, não poderia dizer com precisão quando atualizarei estas. Mas eu pretendo sim voltar e botar ordem na casa.


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