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História Hurricane - Henry Cavill - Quarto


Escrita por: smile20

Notas do Autor


estou de volta mais rápido do que o esperado e mais atrasada do que o previsto.

capítulo não revisado, perdoem qualquer erro.
boa leitura <3

Capítulo 25 - Quarto


Kayle estava estranha e Tom havia começado a perceber isso. A jovem passava os dias alheia, distante.

– Meu bem, aconteceu alguma coisa que lhe deixou chateada? – Thomas perguntou para a noiva que estava sentada na ponta da cama, do outro lado dele, passando hidratante por seu corpo.

– Não, amor, só estou cansada. Na verdade, estou esgotada. – Confessou.

De fato, os dias de trabalho estavam sendo muito cansativos, principalmente porque na ultima semana Sam, um dos fisioterapeutas de sua clínica, estava acamado e não podia ir ao trabalho. Como não havia um substituto, Kayle precisava se desdobrar para cobrir a falta do parceiro de trabalho, atender seus pacientes e cuidar da parte administrativa que era de sua responsabilidade também.

– Você precisa de férias. – Comentou o homem sorrindo. – Nós já falamos sobre isso. Podíamos viajar por um final de semana.

– Nós precisamos mesmo é de dinheiro para casarmos. – Tom sorriu ainda mais. Adorava quando a noiva tocava no assunto casamento, geralmente ele que se pronunciava sobre.

– Ah, como se não tivéssemos dinheiro para isso. Se você quiser a gente casa amanhã mesmo no melhor salão de festas de Londres.

– Exagerado!

Kayle engatinhou na cama ao encontro no noivo e o beijou.

O celular em cima da escrivaninha vibrou apontando que havia chegado uma nova mensagem no celular de Kayle. Eles não ouviram a vibração do aparelho, mas a dona do celular sabia que havia uma notificação porque o viu brilhar. Ela sabia exatamente quem estava lhe mandando mensagem, a pessoa com quem passou a semana inteira conversando.

Henry Cavill.

Além do cansaço explícito de Kayle em decorrência do trabalho, outro motivo que estava tirando a mulher de órbita era a repentina “aproximação” do ex. Os dois conversavam todos os dias, não o dia todo porque não tinham tanto tempo para isso, mas se tivessem tempo sobrando, as conversas com certeza se atrelariam ao tempo.

Não haviam segundas nem terceiras intenções nas conversas, eram conversas amigáveis e descontraídas. Há tempos Kayle não se sentia leve ao falar com alguém, como a Kayle extrovertida de antigamente, principalmente quando era algo relacionado a Henry. Mas ela sabia que aquilo não podia ultrapassar os limites da amizade, Kayle prometeu que nunca mais sofreria por um homem.

– Sabe, acho que deveríamos viajar por um final de semana mesmo. Sam provavelmente volta na próxima semana e posso adiantar algumas coisas enquanto isso. Mas e quanto a você, não precisa ajudar seu tio no sábado?

– Não, o jornal não abre aos sábados, como você sabe. Se ele precisar de algo não irá me ligar, Henry é seu homem de confiança e conhece absolutamente tudo sobre aquele lugar.

Como tão aleatoriamente o nome de Henry foi parar naquela conversa? Questionou Kayle para si mesma.

– É um bom candidato para assumir os negócios de titio quando ele se aposentar.

– Seu tio não tem herdeiros? Será que ele deixaria seu legado para um desconhecido? – curiosamente a jovem perguntou após ter um interesse repentino pela conversa que se associava ao Cavill.

– Ele não quis ter filhos, cresci ouvindo o próprio dizer isto. Falava que eu era seu filho de coração e isso lhe bastava, minha vó quis muito ter um outro neto, mas precisou se contentar comigo somente.

– Que vale por dez. – Brincou. – Por isso é tão mimado assim. Céus!

– E bem, respondendo a outra pergunta, ele confia muito no Cavill e já não lhe é um desconhecido. Talvez não lhe entregue o jornal, mas assim que quiser descansar dos negócios e isso não me parece estar longe de acontecer, possa vender a empresa. Soube que Henry é de uma família com grandes posses.

– Sim, mas ele não liga tanto para o dinheiro da família.

– Não?

Kayle se deu conta do que havia falado e gelou. Tom não sabia sobre o passado dos dois, mas sabia que se conheciam.

– Vocês se conhecem bem? – Indagou o loiro. – Digo, sei que já se conheciam, mas eram amigos próximos?

A mulher se sentiu num beco sem saída. Nunca achou necessário falar sobre seus ex-namorados com a pessoa que se relacionava no presente, mas era a segunda vez que uma ocasião lhe remetia ao seu passado com Henry perante o seu atual namora, ora futuro marido. Não suportava mentir para Tom, ele sempre fora um livro aberto com ela.

– Bem, querido, é uma história complicada. – Sorriu sem graça.

No inicio do relacionamento, Kayle havia comentado sobre a fatídica história de um relacionamento conturbado com um homem, disse que eles se gostavam muito, mas ele precisou deixa-la para salvar os negócios da família e então percebeu que não valia apena se martirizar por esse relacionamento. Nesses primeiros encontros com Thomas, ela se limitou apenas a isso. Quando Tom conheceu Wander, achava que ele era esse homem que Kayle lhe contou, mas ela lhe disse que não.

– Lembra daquele relacionamento conturbado do qual falei a você uma vez?

Tudo pareceu clarear na mente do Hiddleston e ele sentiu uma leve dor no estômago.

– Era Henry. – Concluiu o homem.

– Sim. Nossa história estava fadada ao erro, nunca daria certo. Tudo aconteceu do jeito que deveria ter acontecido.

Falou enquanto prendia o choro que se formava em sua garganta. Por mais que se achava a mulher mais forte do mundo, Kayle somente fingia que essa história não lhe afetava. No entanto, essas lembranças doloridas a acompanhavam e mexer na ferida doía demais.

– Você ainda sente algo por ele?

– Sequer sinto raiva. O respeito como pessoa e como um pai que é, mas não é alguém que hoje faça alguma diferença em minha vida.

Falou de modo quase exasperado, mas mentiu, a própria afirmava aquilo pois ansiava também acreditar naquelas palavras como o homem apaixonado em sua frente acreditou.

– Não vivemos de passado, Tom. Henry foi só um curto capítulo na minha história.

– Eu não quero ser somente um capítulo na sua história, amor.

O homem se mostrava totalmente afetado por descobrir aquilo e não entendia o porquê. Sentia um medo avassalador se apossar de si, medo de perder a mulher amada. Talvez se fosse qualquer outro homem o personagem principal dessa história, ele não estivesse preocupado, mas era Henry Cavill e Tom não era bobo, já havia notado alguns olhares frios do homem para ele e pouca abertura para uma conversa amigável, por exemplo, só não sabia o que havia feito de errado.

– Deixe de besteira. – Beijou os olhos do noivo como costumava fazer quando ele estava nervoso. – Nós vamos nos casar, Hiddleston. Eu era praticamente uma mulher alérgica a casamento e nós estamos prestes a nos casar. Eu amo você, amo nós dois e a família que vamos construir.

– Eu sou o homem mais sortudo desse mundo.

– Sim, você é. – Trocaram algumas carícias – Mas agora vá tomar seu banho e venha logo para cama. Estou com sono, mas preciso que você esteja do meu lado quando eu for dormir.

– Sim, senhora. Volto já!

Tom seguiu para o banheiro e fechou a porta. Kayle olhou para o seu telefone e se levantou indo busca-lo sentindo um leve formigamento nas mãos. Haviam três mensagens de Henry.

“O café do Coffee Boom é definitivamente o melhor do mundo, você deveria ir até lá experimentar qualquer dia desses. O nome do local é ótimo, Sophie adora falar “boom”.”

A mensagem era uma continuação da conversa que eles estavam tendo logo cedo, sobre os melhores cafés de Londres.

“Eu iria adorar levar você para conhecer, mas só se quiser, é claro.”

A ultima mensagem havia sido enviada poucos minutos atrás, Kayle não havia notado essa notificação pois estava ocupada demais contando menos de 2% da história deles para o noivo.

“Espero que seu dia cansativo seja compensado com um bom descanso noturno. Se eu pudesse escolher alguns superpoderes, com certeza seriam: recarregar as energias de Kayle e Sophie sempre que necessário e transbordá-las de felicidade para sempre. Boa noite, Amber.”

Kayle sentiu seu coração erras as batidas ao ler a última mensagem. Henry não tinha o direito que mexer com os sentimentos dela, não agora. Pensou em não responder àquelas mensagens, mas era como um imã. Por que Henry sempre a atraía para “perto” dele e por que depois de tanto tempo ela ainda sentia o coração acelerar quando pensava nele?

Ela dizia que amava Tom e isso não era mentira, amava sim.

“Obrigada, Cavill. Boa noite!”

Em meio a tantas negações, ainda com medo da resposta vinda dela mesmo, depois de muito tempo se perguntou: "eu ainda amo o Henry?"


Notas Finais


será que é spoiler se eu disser que vai rolar furdunço nessa viagem? aliás, alguém ainda usa a palavra "furdunço"?


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