História Hurricane - TaeYoonSeok - Como Um Casal

Yoongi havia viajado, tinha ido para Ulsan resolver as questões dos pais, queria conversar com o progenitor, traição? serio? Podia ter seus problemas com a mãe, mas isso era demais, a mulher não merecia, havia sido uma excelente esposa e disso estava de prova e bom, era sua mãe afinal e aquilo era demais, traição não, Hyojong iria ouvir e não seria pouco, Yoongi podia ser bem rude e frio quando queria e por isso Hoseok lhe fez prometer que não iria exagerar.

Hyuna acabou indo junto, queria ver o que aquilo ia dar e tinha medo de um confronto entre pai e filho, tinha que estar lá e Taehyung até achou bom que fossem juntos, algumas horas juntos, só os dois podia ser bom.

Hoseok havia ficado, tinha que ter alguém pra ficar de olho na empresa e resolver qualquer problema e também ficar com Taehyung, não queriam voltar e descobrir que Taehyung havia dado uma festa de faculdade na propriedade, ele era capaz.

Yoongi foi terça de manhã e voltaria na quinta, aproveitaria que estava na cidade natal pra ver os familiares, o bebê de Namjoon que ainda não teve a oportunidade de conhecer, os avós e todo o resto.

O fato é que agora a casa estava mais vazia do que sempre, Hoseok estava na empresa o dia todo e o ômega na faculdade.

— O que você tem ?. — Taehyung se virou para o amigo de faculdade que estava cabisbaixo durante o intervalo.

— Nada ...

— Hyung. — insistiu, Jinhwan definitivamente não era do tipo mudo, havia ficado uma semana fora devido ao cio, estava esperando voltar e ser recebido em uma enxurrada de perguntas, mas não. Atípico.

— Ah. — o ômega mais velho suspirou.— É a minha família com o preconceito com o June.

— Você nunca me explicou isso, seus pais queriam que você tivesse uma alfa ?! — perguntou confuso, alfas mulheres é algo bem peculiar, elas tem os dois sexos, o amigo negou com a cabeça.

— Ah, o June não é rico, como a gente, na verdade ele não é nem um pouco rico, ele tem um trabalho normal, assim como os pais dele, a mãe é professora do primário e o pai é dono de uma oficina, não é nada grande... E então meus pais acham que eu sou o porquinho de moedas de ouro do June?! entende ?!. — Taehyung assentiu por que sim, entendia, havia casado com homens mais rico que seu pai até, não vivenciava aquilo, mas podia entender.

— E é?!. — sugou o canudinho do refrigerante

— É claro que não! o June nem sabia que eu era rico quando a gente se conheceu, eu não saio por ai dizendo "oi, meus pais são donos de empreiteiras e eu sou rico". — fez uma voz escrota e Taehyung riu. — Ele ficou realmente surpreso quando soube quem eram meus pais.

— Seus pais construíram o shopping de Seul. — Jinhwan rolou os olhos. — Tô brincando.

— E agora o June foi demetido, a empresa em que ele trabalha fechou e o pior.—suspirou.

— O que ?!. — aquilo poderia ser pior ?! espera, poderia se ...

— Não me diga que você.... — Jinhwan arregalou os olhos.

— Ta maluco?! Deus me livre. — bateu na mesa de madeira do pátio do campus em que estavam, na parte à céu aberto. — Ele está querendo ir para o exército. — rolou os olhos.

— Todos os alfas algum dia vão, amigo.

Jinhwan sabia, na Coreia era obrigatório que os alfas se alistassem.

Hoseok e Yoongi foram aos vinte anos assumindo a empresa quando voltaram, dois anos depois.

— Tá, mas o June pode ir na data limite, não agora, ele ainda tem vinte e cinco anos, pode esperar ate ter trinta.

— Você sabe que ele não vai se machucar, não é?! ele vai treinar não entrar numa guerra.

— Eu não quero que ele vá, eu não quero ficar dois anos sem o meu mozão. — Taehyung rolou os olhos, mas podia entender, eram muito ligados, Jinhwan sentiria falta do alfa, muita. — Se ele não tivesse sido demitido ele não iria, mas acho que ele quer provar alguma coisa, sabe ?!.

— Para os seus pais ?!.

— Principalmente para eles, acho que ele quer mostrar que pode cuidar de mim, e fazendo carreira militar é um bom caminho, na cabeça dele é claro.

— Eu posso ver se o Hoseok consegue um emprego pra ele, lá na empresa, você quer ?!. — Jinhwan sorriu grande pela primeira vez naquele dia esquisito.

— Sério ?! Você poderia fazer isso ?!. — Taehyung deu de ombros, puff, Jinhwan deveria saber que é ele quem manda naquela relação, espera, não... Não tinha relação nenhuma, puff.

— Posso tentar, ver se ele tem alguma vaga ... Mas não é nada certo, então ... — retorceu os lábios e Jinhwan assentiu compreendendo.

— Você tentar já é ótimo, obrigado. — Taehyung sorriu bobo, aquilo não era grande coisa mas o amigo parecia agradecido.

— Não é nada, agora come e vamos, você está me irritando com essa cara de depressivo, se anima, vamos logo. — entregou varios saquinhos de doce, M&M e Fini, que havia comprado na cantina.

E puxa, isso havia sido novamente um problema quando o cartão de crédito não passou, deu erro, ainda bem que tinha dinheiro o suficiente na carteira.

Iria falar com Hoseok sobre isso quando saísse da faculdade, não podia esquecer.

— Vou me animar quando você me falar sobre sua última semana.

Ah, pronto, demorou mas Jinhwan tinha que falar sobre aquilo, não é?! safado curioso.

— Engraçadinho. — fez bico, atirando salgadinho no amigo.

— Conta vai ...

— Não. — céus, aquilo era vergonhoso, íntimo, não ia sair contando sua vida sexual com os maridos por ai.

— Chato, eita, olha quem vem lá. — maneou a cabeça e Taehyung olhou. — Parece apressado.

Era Jeongguk, lindo como sempre, sim realmente parecia apressado, não havia visto o Park mas Jinhwan comentou que a barriga do loiro havia crescido nesses últimos dias e que ele estava ficando cada vez mais fofinho conforme engordava.

Jeongguk lhes viu, ou melhor, viu Taehyung, sentiu o cheiro do ômega, era um cheiro que conhecia muito, muito bem, se aproximou da mesa em que estavam, e, fazia um tempão que não via Taehyung, ele não queria falar consigo então essa era sua chance de falar com ele, seriam da mesma família daqui a pouco tempo, o agora moreno só não sabia disso ainda e caramba, ele estava lindo de cabelos pretos.

— Olá, boa tarde ... — enfiou as mãos no bolso da calça social após deixar o capacete da moto na mesa.

— Oi, boa tarde... — Jinhwan foi o primeiro a dizer — É... Te vejo depois Tae, não esquece de falar com o seu marido sobre aquilo.

Taehyung riu, Jinhwan não precisava falar aquilo, nem ali, eram da mesma sala afinal, mas a forma que o de cabelos verdes pronunciou a frase 'seu marido' deixou tudo muito óbvio pra si.

— Eu não vou esquecer... De ... falar... com o meu marido, não se preocupe.

Jinhwan assentiu e se afastou, levando os doces, affs, é claro que ele levou, abusado.

Jeongguk coçou a garganta, se sentando na cadeira recém desocupada pelo ômega, de frente para o atual moreno.

— Você está bem com os maridos, pelo jeito. — o mais forte comentou, tirando um cigarro do bolso junto a um esqueiro, na area à céu aberto era permitido fumar, os malucos de biologia e filosofia vivam ali usando suas coisas escondidos dos inspetores.

— Estou ... E você e o Park, ainda não vejo marca em você. — o alfa resmungou cerrando os olhos e soltando a fumaça, que diabo de garoto lindo, tinha ranço de Jeongguk por ele ser tão lindo e sexy apenas jogando expirando a porra da fumaça, porque cerrar os olhos daquele jeito?!.

— Não ainda não marquei ele, não sei se é bom fazer durante a gestação, seila, é uma coisa forte para o corpo certo?!. — assentiu, porque aquilo fazia sentido. — Me dá mais tempo também, confiança, seila. — deu mais um trago.

— Ele está de quantos meses ?! Ja sabem o sexo ?! — Jeongguk assentiu.

— Cinco, é um garotão como eu já sabia que seria. — riu bobo e Taehyung aliviou um pouco, Jeongguk seria um bobão com esse menino e isso era bom.

Cinco, pra Taehyung significava estar a quatro meses com os alfas, mais ou menos isso, uau, era tempo demais e nem parecia.

Eram 4/12

– Como seus pais estão, com você sendo pai tão novo?! — o Jeon deu de ombros.

— Contando que eu não pare de estudar e vá trabalhar com a minha mãe na empresa dela, tudo certo e eles gostam do Jimin na verdade.

— Isso é bom. — o Jeon confirmou com a cabeça.

— Você está com cheiro de alfa, uma mistura maluca na verdade ... Você reeealmente esta se dando bem com os maridos. — Taehyung corou as bochechas, mesmo sendo Jk ali, seu amigo de anos e anos barra ex ficante barra ex quase namorado era estranho falar de intimidades, tinha vergonha, porra.

— Sim, o cio veio e foi meio louco, você sabe.

— Eu sei ... Gostei do seu novo visu, vi as fotos, você tem postado bastante ultimamente.

— Eu gosto de manter meu Instagram ativo, você sabe e obrigado. — Jeongguk riu, o ômega era tão vaidoso.

— É claro rei do Insta.

— E você é o rei do Tinder. — fez biquinho, bravo.

— Ya, não precisa ofender, okay ... Quer ?!
— ofereceu o cigarro e estranhamente Taehyung negou, ele não negaria à meses atrás. — Eu preciso ir, perdi a primeira aula do dia porque o Jimin estava passando mal de enjoo matinal.

— Vocês já estão morando juntos ?! — o alfa maneou a cabeça em nem sim nem não, era complicado.

— É complicado, Jimin tem aquela mãe piriguete maluca e ele se sente meio responsável por ela demais para sair de casa, mas passa o tempo todo no meu apartamento, as coisas do bebê tão indo para la.

Assentiu em compreensão, se levantando também, a próxima aula já deveria começar.

— Ele não veio ?.

— Não, até vim de moto. — balançou o capacete. — Como está no curso de veterinária? É o que você sempre quis.

— Está ótimo, melhor impossível, eu tô meio atrasado por que entrei depois mas tô fazendo as aulas virtuais e a professora ta sendo bem legal em me explicar as coisas que eu perdi.

— Isso é muito bom, fico feliz.

( ♡♡)

Taehyung desceu do carro, dizendo que o motorista podia ir, não ia precisar mais dele hoje e o senhor de cinquenta anos foi.

Suspirou ajeitando a mochila em um dos ombros, estava com fome, já eram três da tarde, havia tido tanta aula hoje, nossa, mas havia sido legal segurar o útero de uma cadela, o cheiro do formol que o mantinha conservado nem era nada demais.

Mas a questão é, estava com fome, mas não fome da comida de Sook noona, mas sim comida de restaurante, tempero profissional e não caseiro.

O problema, o cartão cria do satanás que não passava, então, bom, Hoseok teria resolver isso, primeiro sua fome e depois o cartão.

E exatamente por isso que estava passando pela porta de vidro da entrada da empresa dos alfas, a mesma era pertinho da faculdade, ficavam no ponto nobre do centro de Seul, algumas ruas de distância do prédio de vidro para o campus.

Foi até a recepção, aonde a alfa com quem havia brigado uma vez estava, porém hoje não estava em espírito de brigas.

— Oi, boa tarde.

— Só um minuto, senhor. — a mulher apertou o botão que cortava o som do microfone após ser educada com quem seja lá que estivesse falando no telefone — Boa tarde. — lhe deu atenção.

— O Hoseok esta ?. — foi direto pelo alfa mais novo, porque com a viagem era óbvio que Yoongi não iria estar.

— O senhor Jung está em reunião, mas suba, a secretaria dele vai anunciar o senhor lá em cima.

Assentiu e agradeceu, subindo o caminho que conhecia, havia ido ali uma vez só, talvez duas, mas era o suficiente para saber o caminho até o elevador e depois o até a sala do alfa, só o que não sabia era que o Jung tinha uma secretaria só dele.

Como assim ele tinha uma secretaria só dele ?! Queria ver essa mulher... Yoongi também tem uma secretaria própria ?! não gostava de nada disso.

Chegou ao andar mais alto do prédio, o andar das salas de CEO, e não tardou em deixar a caixa de metal e seguir pelo corredor e achar a recepção, havia uma em cada andar, acho que era pra dar informações e liberar — ou não — passagens, mas como foi do primeiro ao último andar direto não precisou de parar nas outras recepções.

Haviam duas mesas ali, uma de frente pra outra em um silêncio assustador, só podia ouvir o som do Springer gelando o local e som de teclados, cada mesa tinha uma beta e então então, uma era a secretaria do Jung e a outra do Min, tinham funções diferentes na empresa, exigia secretarias diferentes, fazia sentido.

Foi até a ruiva que estava na mesa proxima da porta do Jung e pigarreou.

— Boa tarde, senhor?.

— Boa tarde. — depositou os braços na bancada, estava tão cansado — O Hoseok está?.

— O senhor precisa de identificação, tem horário?!.

Horário?! não, não tinha horário, não precisava da porra de um horário pra falar com o marido, iria falar quando quisesse.

— Não, não tenho horário, mas acho que eu não preciso de um.

— Todos precisam de horário pra falar com o senhor Jung.

Senhor Jung?! Puff, riu alto disso, aquela mocinha definitivamente não deveria saber que o senhor Jung era totalmente patrimônio seu.

— Você pode interfonar e dizer que Taehyung está aqui ?!.

— Ele está em reunião, mas se o senhor não tem horário creio que ele não poderá lhe atender.

Puff, fala serio, deixou a beta falando e seguiu ate a porta da sala, causando agora agitação entre as duas secretarias que diziam que iam chamar a segurança e que ele não podia invadir a sala do senhor Jung.

Estava com fome, queria comer porco agridoce e tomar vindo rose é claro que podia invadir.

— Eu acho que é uma ideia qu...— a porta abriu brutalmente, interrompendo o que Hoseok dizia aos dois homens a sua frente. — Taehyung?.

— Senhor Jung, eu disse que ele não podia entrar, a segurança já tá vindo. — a beta já se adiantou toda exaltada naquele decote maior do que a ética deveria permitir.

— Não precisa San. — o alfa suspirou afundando e relaxando na cadeira grande de couro, porque Taehyung faz isso ?! céu — Ele é meu marido.

A beta arregalou os olhos, achando tudo muito confuso, porque o senhor Jung era caçado com alguém tão mais jovem?! não eram marcados?! e o principal, havia barrado o marido do chefe, ou tentado.

— Oh, me desculpe, senhor Jung, eu não sabia.

— Tudo bem, San ... — Hoseok acalmou a funcionária, sabia que Taehyung podia ser difícil. — Senhores eu acho que ja acabamos por aqui de qualquer maneira, não é?—

Se referiu aos dois alfas na faixa dos sessenta anos que encaravam Taehyung como se o ômega fosse um pedaço de carne, era a sua carne.

— É sim ...

— Até mais, Hoseok... Tudo certo, né?!.

— Tudo certo sim.

Os homens pegaram as próprias pastas de couro se levantando das cadeiras, Hoseok não se deu ao trabalho de dar a volta na mesa e os acompanhar até a porta, deixando isso pra secretaria belíssima que tinha.

A mesma fechou a porta saindo com os dois senhores e deixando o casal sozinho.

— Você não pode invadir minha sala quando eu estiver em reunião, Taehyung. — Hoseok ja foi logo dizendo.

— Eu estou com fome, e isso é mais importante do que reunião com gente velha. — Hoseok negou com a cabeça.

— E o que eu tenho a ver com a sua fome ?! Estou trabalhando, ou pelo menos tentando, não é?!. — começou a juntar algumas papeladas que estavam sobre a mesa.

— Eu não tenho dinheiro, hyung. — fez biquinho e o alfa franziu a testa confuso, como Taehyung não tinha dinheiro?!.

— Como não tem dinheiro?! cadê o seu cartão?!.

Taehyung deu de ombros parecendo chateado com aquilo enquanto dava a volta na mesa e sentava nas pernas do hyung, tão mansinho.

— Não tá passando, eu tentei usar ontem e não passou, depois eu tentei usar hoje na cantina e também não passou, a sorte que eu tinha dinheiro.

— Está bloqueado ?. — Taehyung deu de ombros, não sabia poxa, sabia usar, afinal é só usar a senha, mas nunca tinha tido problemas com o cartão antes, não sabia. — Você digitou a senha errada ? pode ter bloqueado por isso.

— Eu não errei a senha, hyung. — coçou a bochecha com o indicador, tão fofinho — Tenho certeza de que não.

— Hm, eu ligo pro banco pra ver isso, pra você, okay ?!.

— Ia pedir pra o Yoongi fazer, mas a mãe dele apareceu e foi tudo aquilo, nem deu.

— Eu faço pra você, seu pai é o titular do cartão, certo?. — Taehyung assentiu, tinha seu nome no cartão mas era o pai que o agênciava — Okay.

— Mas ... Hyung, você vai me levar pra comer ? Com o seu cartão.— segurou o rosto do alfa, mantendo contando visual

O mais velho suspirou, tinha que trabalhar, Taehyung sabia e estava sendo todo mansinho e delicado exatamente por isso, era mesmo um malandro, que droga, como dizer não a um Taehyung manhosinho ?! era cruel, a beleza de Taehyung era cruel com os outros, viraram escravos porque era simplesmente impossível dizer não.

Estava planejando almoçar ali mesmo, pedir comida pelo aplicativo, mas podia sair por meia hora pra comer com o ômega, certo ?!

— Tá, vamos comer, Taehyung. — abriu a porta da gaveta da mesa, deixava seus pertences pessoais tipo chave do carro e carteira ali, pegou ambos mais o celular.

Taehyung sorriu grande, não que não soubesse que ia convencer o hyung, é claro que sabia, é ele que manda naquela relação, mas tinha sido fácil e poxa, ia comer o que queria, com Hoseok, era muito melhor do que comer sozinho.

Deixou um beijo nos lábios do mais velho e se levantou pra que ele pudesse levantar, Hoseok disse a beta ruiva que ia almoçar e lhe deixar em casa e depois voltava, deu tchauzinho pra ela.

— Vamos no Jangseng, hyung.

— Tá. — Hoseok ligou a Mercedes preta, o carro que havia escolhido dirigir hoje.

— Você falou com o Yoongi hyung? Ele já chegou em Ulsan?. — perguntou, afinal o alfa havia viajado de manhã, mais exatamente as oito, já deveria ter chegado em Ulsan, não é como se fosse longe, não de jatinho.

— Não tive tempo, liga para ele. — Hoseok estendeu o próprio celular e Taehyung desbloqueou fácil fazendo Hoseok rolar os olhos pelo ômega saber sua senha, poxa havia mudado e Taehyung já havia descoberto a nova.

Não que não quisesse que Taehyung não mexesse em seu celular, não escondia nada, a questão é que ele é abusado.

Taehyung pôs o aparelho no ouvido e esperou enquanto chamava.

— Oi, Hoseok. — a voz do alfa veio arrastada do outro lado, ele estava cansado.

— Não é o Hoseok, hyung. — Taehyung não podia ver é óbvio, mas Yoongi tinha um sorriso enorme nos lábios agora, falar com o ômega era bom.

— Oi, Taehyung-ssi.— sorriu, Yoongi estava brincando com os honoríficos.

— Queria saber se você já chegou em Ulsan, já comeu?.

— Sim e sim, estou na casa dos pais do Hoseok agora.

— Hyung, Yoongi- ssi ta na casa dos seus pais. — murmúriou para o motorista ao seu lado, Yoongi ouviu e riu.

— Manda ele mandar um beijo pra eles por mim.

— Ouviu hyung ?!.

— Ouviu sim, pode deixar que eu mando... O que vocês estão fazendo? Hoseok não deveria estar na empresa e você na faculdade?.

— Estamos indo almoçar, minha aula acabou e eu estava com fome e sem dinheiro o jeito foi buscar o Hoseok hyung.

— Como assim sem dinheiro? cadê seu cartão?! — o alfa ficou confuso.

— Longa história, hyung... Hyung, você vai trazer presente dai pra mim ?! vai ?. — o alfa riu, porque não tinha muito o que pudesse levar, e definitivamente não tinha nada que fosse do estilo do ômega.

— Aqui é interior, Taehyung, não tem coisas legais como Seul.

— Ah, mas deve ter algo é só você se dedicar na busca.

— Tudo bem, eu vou tentar, chatinho.

— Hyung, volta logo, você tem que me ensinar a dirigir. — Yoongi riu do outro lado da ligação.

— Eu não vou demorar, na quinta eu chego e podemos ter sua aula, na sexta, porque eu vou estar muito cansado.

— Tá bom, pode ser sexta, hyung ... Agora eu preciso desligar, estamos chegando no restaurante, a noite eu te ligo de novo.

— Tá legal, se cuidem, manda um beijo pro Hoseok pra mim.

– Tá bom, tchau, hyung.

Desligou o celular ouvindo um tchau de volta, queria ter ido pra Ulsan, nunca foi lá, mas com a faculdade isso não foi possível, talvez fosse uma ideia irem no recesso de fim de ano.

Céus, que droga, estava fazendo planos de final de ano com os alfas ?! sacudiu a cabeça, não.

— Ele mandou um beijo pra você. — avisou, abrindo o Instagram do celular do marido, o que ele vinha curtindo?!.

— Eu posso te dar aula de direção se você quiser.

— Não! O hyung que vai me dá. — Hoseok riu.

— Entendi, é um momento só de vocês dois... Tá legal, então.

Talvez fosse, talvez quisesse ter algo em particular com o alfa mais velho, Yoongi é muito afastado, na dele, passarem esse tempo juntos iria ser legal, tempo só deles.

— Cala a boca! Quem é Nayeon ?!.

— Não sei, porque?!.

— Porque você curtiu todas as fotos dela ! até às dela na piscina de biquíni, Hoseok!—ralhou, descendo o feed da mesma, investigando a moça bonita demais.

— Eu não sei quem é, deve ser curtida aleatória, Taehyung.

— Aleatória em todas as fotos?! — Estapeou o mais velho, que resmungou, Taehyung tinha uma mão pesada e adora bater — Eu vou bater em você.

— Para com isso, maluco. — lhe segurou o pulso, impedindo que outro tapa viesse. — Eu não sei quem é Nayeon ou que foto de biquíni você tá falando, nem prestei atenção por que só tenho olhos pra você.

– Você é um cachorro. — Taehyung foi o primeiro a sair do carro, bicudo andando pelo estacionamento do restaurante. — E eu vou contar pra o Yoongi hyung que você fica curtindo foto de mulheres de biquíni.

— Céus, eu me casei com um maluco.

— O que você falou?. — Taehyung parou para ouvir o que o alfa mais atrás disse.

— Pra você me esperar, lindo.

( ♡♡)

— O que você vai querer, lindo?.

— Porco agridoce e batata — foi direto sem nem olhar o cardápio.

— Então eu vou te acompanhar nisso e pra beber?.

— Vinho rose.

Hoseok arqueou a sobrancelha, são três da tarde de uma terça-feira e Taehyung querendo beber.

— São três da tarde, Taehyung.

— E dai ? Eu não vou ficar bêbado. — o alfa retorceu os lábios, porque não acreditava naquilo?! — Juro, Hoseok- ssi.

— Tá! — Hoseok chamou o garçom e fez os pedidos, pedindo para si coca cola invés de qualquer bebida alcoólica.

— Você não vai beber?.

— Não, tô dirigindo e além disso vou voltar para a empresa depois que eu te deixar em casa.

Taehyung assentiu em compreensão, deixando o alfa lhe pegar uma das mãos.

— Você é muito lindo,sabia?.

— Sim. — Hoseok riu, Taehyung não colaborava — Você também é bonito, hyung.

— Eu quero saber o que você está achando, meu bem, desse tempo que ja estamos casados.

Engoliu em seco, umideceu os lábios sentindo as mãos suarem, não estava preparado para aquela pergunta, meu Deus.

— Taehyung?.

— Eu gosto de você, hyung e do Yoongi hyung também, vocês são legais.— Hoseok assentiu, aquilo deveria ser bom, não é?.

— E sobre a nossa casa? você gosta?.

— Gosto.

— Você ainda quer ir embora? não quero que você vá, Taehyung, você às vezes, na maioria do tempo na verdade, é insuportável, mas eu não nego que sou apaixonado por você, você sabe disso.

— Está se declarando, hyung?.

A comida e bebida chegou e o casal deixou que tudo fosse servido, finalmente.

— Eu sempre estou me declarando pra você, sempre, você sabe o que eu sinto por você, mas eu não sei o que você sente por mim, quero saber.

— Eu .... Não sei o que eu sinto, hyung, não sou do tipo que sente essas coisas, mas eu me sinto em casa quando estou com você, me sinto bem e seguro, isso é bom, né?!. — Taehyung brincava com os hashis na comida, dando um gole na taça  de vinho, céus que assunto ...

— Sim, é ótimo, anjo ... Você quer ir embora quando o seu prazo acabar? Eu preciso saber se você está disposto a receber a marca, eu não tenho dezenove anos e uma vida toda pela frente, muito menos o Yoongi entende ?! — Taehyung confirmou que sim, afinal logo ambos chegariam a casa dos quarenta. — Já passou muito da hora de termos um ômega marcado, de termos filhote, mas... Eu quero que seja com você, Taehyung... Se você também quiser, é claro.

— Se eu dizer que não quero, você vai arranjar outro ômega?! ou outra? É por isso que você está curtindo foto dessa tal de Nayeon?! pra colocar ela no meu lugar?.

Hoseok riu, não resistindo em puxar o rostinho bonito do mais jovem e lhe dar um beijinho.

— Deixa de ser paranóico, criança... Não tem Nayeon nenhuma, já disse ... Mas sim, é a ideia, se você não quiser, vamos ter que arrumar alguém que queira, me apaixonei por você, mas isso não muda o fato de que eu e o Yoongi casamos com um ômega pra ter isso, pra ter uma família.

Hoseok com outro ômega?! ou outra ?! Não, isso era péssimo, não queria ser trocado por quem gosta novamente, como sua mãe havia feito.

Teria que voltar para a casa do pai e ele iria lhe fazer um inferno, ficaria sozinho novamente, dessa vez não teria nem Jeongguk como tinha antes.

A vida com os alfas era boa, era muito boa, pela primeira vez tinha alguém dizendo que lhe amava, amava de verdade e isso era, uau.

Havia aprendido a conviver e gostar dos alfas tão facilmente, era tão mimado, seu estômago embrulhava só de imaginar outro ômega tomando banho com Yoongi e lhe pagando um boquete debaixo do chuveiro ou outro ômega dando amassos gostosos com Hoseok no sofá, seu sofá, da sua casa, ia perder tudo isso pra qualquer outro ômega, Nayeon, Wendy, secretaria decotuda, ninguém, era seu, Hoseok é seu, Yoongi é seu, aquela aliança no dedo deixava isso claro.

— Eu não quero que você arranje outro ômega, hyung, não quero. — foi sincero, tocando a bochecha fofinha do mais velho.

— Só depende de você, você sabe, e eu não estou te pressionando, não quero que pense isso, eu só estou dizendo que eu e o Yoongi não temos mais tanto tempo assim, eu não quero ser pai aos sessenta anos.

— Eu sei, hyung, eu entendo isso.

— Que bom, carinho.

Taehyung ficou pensativo durante o resto do almoço, a marca... Era pra sempre, certo?! poderia viver com os alfas pra sempre?! Estava pronto para isso ?!.

( ♡♡)

— Hyung! esqueci de falar uma coisa. — Taehyung tirou o canudo do milkshake que havia comprado no caminho de volta para casa.

— O que é?!.

— Me arruma um emprego?!. — Hoseok franziu a testa.

— Oi ?!.— franziu a testa totalmente confuso, aquilo era algo que nunca imaginou ouvir saindo da boca do ômega.

— Quer dizer, não é pra mim, é pro Junhoe, você se lembra dele ?! o alfa namorado daquele meu amigo de cabelo verde ?!. — Hoseok confirmou com um manear de cabeça, lembrava do alfa grandão. — Então, a empresa que ele trabalha faliu e ele foi demitido e precisa de um emprego.

— Sério?! que droga hein ... — Taehyung assentiu — Mas eu não sei se tenho vaga disponível, isso é com o setor do R.H, mas eu posso dar uma passada lá pra ver e te aviso.

— Eu vou ficar contente se você conseguir o emprego pra ele, Jinhwan mais ainda, parece que o June ta querendo ir para o exército.

— Todo alfa tem que ir, eu fui aos vinte e o Yoon também.

— Eu sei, mas ...Ele ainda tem cinco anos até a data limite, dá essa moral, hyung.

Hoseok riu porque Taehyung aparece com cada coisa, estava feliz por ele estar preocupado com o amigo.

— Eu vou tentar, juro, talvez eu possa colocar ele no setor de segurança, ele é alfa e grandão, ótimo para isso.

— Seria ótimo.

Hoseok entrou com o carro na propriedade e Taehyung tirou o cinto, se virando pra pegar a mochila que estava largada no banco de trás.

— Esta entregue, venho pra casa mais tarde.

— Okay, obrigado... Não esquece de ligar para o banco pra ver sobre o meu cartão.— o lembrou.

— Pode deixar, madame, mais alguma coisa?! — zombou e levou um tapa por isso.

— Não... Na verdade sim, vamos no cinema hoje?.

— No cinema?! — arqueou a sobrancelha, fazia anos que não ia ao cinema, anos mesmo, não tinha tempo pra isso.

— É. — deu de ombros — Só vai ter nois dois em casa hoje, é chato, vamos sair e ir no cinema.

— Tá legal, mas com uma condição.— ergueu o indicador.

— O que?.

— Vamos ter que ir romanticamente, como um casal.

Taehyung assentiu, podia fazer isso, na verdade séria legal, seria tipo um encontro ou passeio de casal, seria legal de qualquer forma.

— Tá bom, vamos ao cinema quando você chegar, como casal.

........

Hoseok pegou a mão do ômega ao saírem da BMW no estacionamento do shopping, o ômega estava lindo, nada fora do normal pra ele, vestia uma calça jeans preta com rasgos no joelho e coxa combinando com um moletom azul pastel, os dedos estavam cobertos por anéis e tinha brincos na orelha, usava maquiagem levinha em marrom, contornado e dando profundamente aos olhos.

— Então, que filme você quer assistir?! ... Exceto o de terror.— já deixou claro antes que fosse uma opção.

Só tinha um filme de terror em cartaz, Hoseok detestava o gênero então ele não era opção, não é que tivesse medo, sabe?! mas pra que assistir aquilo?!

— Tem medo, hyung?!.

— Não, eu só não vejo sentido em ver essas coisas feias. — Taehyung fingiu acreditar assentindo com a cabeça, ganhou um beijinho nos fios negros, estava cheiroso, recém lavado.

— Tudo bem, vamos ver Rei Leão.

Taehyung não gostava muito do gênero sombrio então não foi difícil abdicar do mesmo.

— Perfeito, vamos comprar os ingressos. — o cinema não estava cheio,era terça feira inicio de noite,muita gente ainda estava no trabalho.

Hoseok abraçou o ômega pela cintura, sendo abraçado de volta, e então entraram na pouca fila.

— Hyung, você viu sobre o meu cartão?! — Hoseok assentiu umidecendo os lábios, trazendo o ômega para si.

— Vi, mas depois a gente fala sobre isso, é chato.

— Tá bom.

— Vi sobre o emprego pra seu amigo também. — comentou como quem não quer nada, capturando ainda mais a atenção do ômega.

— E então ?! Você vai dar um emprego pra ele, não é, hyung?! — o alfa riu.

— Eu vou, manda ele ir lá essa semana o mais rapidamente possível e o emprego é dele. — Taehyung sorriu grande, batendo palminhas de leve, estava feliz, não iria esquecer de mandar mensagem para Jinhwan assim que chegasse em casa.

— Obrigado, eu sabia que você não ia me decepcionar, hyung.

— A intenção é exatamente essa, nunca te decepcionar. — tocou a franja um pouco grande do ômega, alguns fios ja lhe cobriam os cílios

— Bobo, vem, é nossa vez. — puxou o marido até o caixa cinco, que estava livre de acordo com o painel de chamadas.

— Boa tarde, eu vou querer dois ingressos para o Rei Leão. — Hoseok abriu a carteira pegando o cartão.

— Vocês podem escolher os lugares. — o funcionário mostrou o tablet para que apertassem as poltronas que queriam.

Hoseok deixou Taehyung escolher, não lhe fazia diferença; o ômega escolheu lugares na parte mais alta da sala.

Hoseok pagou, recebendo os ingressos e a notinha fiscal que enfiou no bolso de qualquer jeito.

— O que você quer?.

— Vamos misturar pipoca doce e salgada, hyung. — Hoseok retorceu os lábios, aquilo não deveria ser bom, ne?!.

— Tem certeza?! — o ômega assentiu.

— É gostoso você vai ver. — Hoseok deu de ombros, deixando o moreninho pedir o que queria ali na lojinha que vendia não só a pipoca como varias guloseimas.

Ficou assim, o maior saco de pipoca com os dois sabores misturados, dois copos grande de refrigerante e vários docinhos que Taehyung quis.

Entraram na sala de cinema e se acomodaram nos locais escolhidos pelo jovem.

— Eu acho que só tem nós dois com mais de quinze anos aqui, Taehyung. — o ômega riu olhando em volta, não era verdade,poxa, tinha uns pais com os os filhos ue.

— Ah, não é verdade, tem uns pais,olha.

— Eles vieram trazer os filhos pequenos, não conta, né. — Hoseok focou na cena de um alfa dando refrigerante no canudo pro filhote de mais ou menos cinco anos, era uma cena fofa, o menino com um biquinho sugando o canudo que o pai lhe dava.

— Conta sim. — Taehyung lhe deu um beijão na bochecha, que droga, Hoseok tinha uma bochecha muito mordivel, queria morder e mordeu, ganhando um resmungo doloroso que lhe fez rir.

— Taehyung, minha bochecha não é um hambúrguer pra você morder assim. — Hoseok alisou a área mordida que agora estava vermelhinha.

— Mas ela é fofinha, hyung. — enfiou um pouco de pipoca na boca do marido, que grunhiu aceitando e comendo.

— Eu vou trazer os nossos filhos no cinema, no Park, na praia, no Rio Han pra andar de bicicleta, no zoológico.

— Céus, você vai deixar eles um nojo desse jeito.

Hoseok sorriu grande por Taehyung não ter negado o "nossos" e deu de ombros.

— Nossos filhos podem ser um nojo.

— Você é bobo, Hoseok- ssi.

Taehyung deitou a cabeça no ombros do mais velho, sugando o refrigerante pelo canudinho e se calando quando a tela iluminou e a sala escureceu ainda mais, ia começar o filme.

Seus olhos pousaram "por acidente" na cena do alfa com o filhote e sorriu vendo o menino insistir com os bracinhos erguidos pra ficar no colo do pai, mesmo tendo uma poltrona só pra ele, o alfa cedeu, pegando o menino e lhe dando um beijinho nos cabelos extremamente lisos.

Hoseok seguiu o olhar do ômega, e sorriu, sabia que isso ficaria na cabeça dele, que ele deveria estar pensando em algo, lhe deu um beijo no topo da cabeça, fungando ali, tinha cheiro de chiclete, Taehyung passou a mão em seu pescoço, pousando em sua orelha, brincando com o brinco pequenino que tinha ali.

Mufasa apareceu e lhe roubou toda a atenção, pelo menos por algum tempo.

— Isso aqui é uma sessão infantil, sabia?! — sussurrou afastando o alfa pelo peitoral, ou tentando, porque o mesmo estava mesmo afim de beijar-lhe o pescoço — Hyung, vamos ser expulsos.

— Não tem problema, eu compro um cinema só pra você. — Taehyung riu e negou com a cabeça, segurando o rosto do mais velho, criando contato visual.

— Vamos ver o filme, hyung.

— Tá, o filme ... — teve os lábios colados ao do alfa e riu, aish esse hyung não tinha jeito, iam ser expulsos... sentiu a palma quente do mais velho entrando em seu moletom, causando arrepio ao senti-la em sua barriga.

— Hyung... — murmurou tão baixinho que se não fosse a boa audição, o alfa não teria escutado.

Hoseok subia a palma por sua barriga, chegando em seu mamilos, puxando os biquinhos sensíveis, que droga, estava começando a ter um problema ali embaixo e lubrificar no cinema não era uma boa ideia, estava de jeans preta, todos iam ver.

— Hyung, é sério, agora para, olha as crianças. — Taehyung segurou o pulso do mais velho, tirando a mão de dentro de sua roupa.

— Tudo bem, eu posso parar por alguns minutos. — Hoseok virou pra frente e pegando o copão de refrigerante, vendo que havia acabado e só tinha gelo.

— Bom.

— Eu vou pegar um copo de chá gelado, você quer ?!. — Taehyung negou com a cabeça, estava se concentrando em algo muito brochante.

— Eu volto já. — Hoseok lhe deu um beijo na bochecha e saiu rapidinho, com aquela jeans colada naquela bunda durinha e redondinha, poxa, ficava difícil assim.

— Aish, Hyung.

( ♡♡)

O filme havia acabado e já haviam saído da sala em uma crise de risos, eram dois adultos chorando quando o Mufasa morreu, mas poxa, não tinha como não chorar com o Simba filhotinho pedindo pro pai acordar, era triste demais, nossa.

— Eu não chorei, eu sou um alfa, Taehyung, me respeita.

— Ah, claro, o macho alfa insensível você — Taehyung zombou, empurrando de leve o marido.

— Não sou insensível mas eu não ia chora ne?! puff, isso é filme de criança. — fingiu indiferença mesmo sabendo que havia se emocionado sim, era sensível demais, sabia disso — Você quem chorou.

— Mentira, só fiquei emocionado. — fez biquinho e o alfa riu alto.

— E qual é a diferença?! — perguntou jogando o braço em voltar do pescoço do ômega.

— A diferença é que não chorei, meus olhos só ficaram emocionados ... Hyung, tô com fome. — fez biquinho mudando de assunto, aquele lhe desmoralizava.

— Fome ?! Você comeu toda aquela pipoca sozinho assim como os doces e o refrigerante e ainda roubou meu chá gelado.

— Estava cheirando bem o chá, ue ... Você está dizendo que eu tô gordo ?.

— Eu não, você não está, mas você parece um saco sem fundo ultimamente. — Hoseok pegou a chave do carro no bolso da frente da calça, apertando o botão do alarme.

— Não, Hyung, vamos dar uma volta, andando.

— Tá ficando frio, bebê. — Taehyung deu de ombros.

— Tem um Mcdonalds na rua de trás, vamos ate la, andando e depois a gente volta para buscar o carro. — Taehyung puxou o alfa

— Okay — Hoseok travou o carro novamente e se deixou ser puxado. — Bebê, devagar.

— Vem logo, hyung ... Vamos ligar para o Yoongi ? Eu disse que ia ligar para ele mais tarde.

– Liga. — Hoseok lhe passou o celular, abraçando o corpo do ômega.

O número do alfa mais velho era o primeiro na agenda então foi fácil e rápido, só apertar o botãozinho verde.

— Oi, Hoseok. — a voz do alfa veio preguiçosa.

— Sou eu, hyung. — Taehyung deixou o celular no viva voz, no meio entre si e Hoseok.

— Por que esta me ligando pela segunda vez no dia pelo celular do Hoseok, Taehyung?!.

— A gente acabou de sair do cinema e agora estamos indo comer.

— Hoseok no cinema?! — Yoongi riu — O que vocês assistiram?.

— Rei Leão.

— Eu casei com crianças, minha nossa senhora — Yoongi esmungou fazendo os mais novos rirem daquilo.

— Para, foi legal ...

— Hoseok chorou quando o Leão pai morreu ?! — Taehyung soltou uma gargalhada e Hoseok fez fez biquinho, poxa Yoongie.

— Chorou,Hyung.

— Hey! Eu não chorei é mentira.

— Você chorou quando a gente assistiu isso aos sete anos de idade, amor. — Yoongi dedurou, fazendo o ômega rir ainda mais — É sério, o Hoseok tinha sete e eu dez, me lembro perfeitamente dele chorando.

— Tá legal, já chega de mentir ao meu respeito, Yoongi. — Hoseok pegou o celular da mão do ômega — Aonde você está?.

— Na casa do vovô, vou dormir aqui por que não quero me estressar com meu pai novamente.— suspirou.

— Você está bem? quer que eu vá ai ficar com você?.

— Não, eu estou bem, amor, fica com o Taehyung é perigoso deixar ele sozinho.

— Hey ! Eu ainda tô aqui, tá bom?! — Taehyung se aproximou do aparelho pra dizer.

— Eu sei, é mesmo pra você ouvir. — o ômega rolou os olhos, até longe ele podia ser um saco.

Taehyung parou no meio do caminho, fazendo o mais velho parar também, confuso pela parada repentina, então Taehyung soluçou, e de novo e de novo.

— Taehyung?.

— Eu vou... — foi rápido, Taehyung soluçou novamente e dessa vez veio vômito junto.

— Yoongi, Taehyung ta vomitando depois te ligo. — Hoseok desligou sem esperar resposta, pondo o aparelho no bolso e se aproximando do ômega, que vomitava na parede de algum estabelecimento, ainda bem que era noite e a rua estava vazia e a loja fechada — Meu bem? O que foi, hm ?.

Hoseok tirou a franja da testa do ômega, sentindo que ele estava suando, Taehyung balançou o corpo, perdendo o equilíbrio e o alfa foi rápido em o segurar.

Taehyung parou de vomitar, mas estava tonto e se apoiou no alfa, deitando a cabeça no peitoral do mesmo.

— Epa, o que foi ?.

— Estou me sentindo tonto, hyung ... Acho que minha pressão caiu.

Hoseok segurou o marido, o levando até um degrau aonde ele poderia se sentar.

— Vem aqui, senta aqui... Eu vou pegar o carro e levar você pra casa, tá bom?.— Taehyung assentiu, pálido — É rapidinho. — Hoseok lhe deixou um selar na testa e foi quase correndo buscar o carro, não estava tão longe, estava na rua de trás, no estacionamento do shopping.

Ia rápido com medo de Taehyung acabar desmaiando.

Taehyung se encostou na parede, secando o rosto no casaco e recompondo a respiração e sentindo a tontura diminuir.

(♡♡)

Hoseok tirou o cinto ao chegar em casa e estacionar o carro, Taehyung não estava mais tão empalecido nem tinha vomitado no caminho, isso era bom, mais ainda estava fraca, vomitar deixa todo mundo meio mole.

Saiu do carro, dando a volta e abrindo a porta do ômega, o ajudando com o cinto.

— Vem, eu levo você.

— Não precisa me levar no colo, hyung, já tô melhor.

— Deixa disso, eu sei que você adora quando eu te carrego. — Hoseok pegou o mais novo em posição de noiva,pra que ele não enjoasse novamente, o moreno enlaçou os braços no pescoço do mais velho e deitou o rosto no ombro do mesmo, se deixando ser levado.

Podia ver o rosto do mais velho de pertinho, tão bonito, preocupado, atencioso, cuidadoso.

— Você é muito bonito, hyung. — Hoseok sorriu mostrando as covinhas fofas.

— Você que é lindo, meu bem.

— Até fedendo a vômito ? — descontraiu, fazendo o mais velho rir.

— Até assim, de qualquer jeito.

Entraram em casa e Hoseok subiu direto pro quarto, falando em cheiro, Taehyung realmente precisava de um banho.

Na suíte ajudou Taehyung a escovar os dentes, se despir e o colocou na banheira, abrindo a água quente, se despiu em seguida, iria tomar um banho junto enquanto dava um no esposo.

— Vem cá. — Hoseok se sentou na banheira, pondo o ômega entre suas pernas, deitado-o em corpo.— Está melhor? — jogou um pouquinho de água no rosto do parceiro, limpando o suor e o refrescando.

— Sim ...

— Você veio quieto o caminho, me assustou bastante. — pegou a esponja de banho, a molhando e jogando sabão líquido pra fazer espuma, começando a passar nos ombros do ômega.

— Desculpa. — sua mente tinha viajado de volta pra casa, esperava que o que havia passado por sua cabeça não fosse verdade, não podia ser, tinha entrado no cio a pouco tempo.

— Não precisa pedir desculpa, meu bem.— deixou um beijinho no ombro do mesmo. — Só fiquei preocupado que tivesse sentindo dor.

Taehyung virou, ficando de frente para o marido, tocando a bochecha fofinha do mesmo e então suspirou, descendo a mesma pelo peitoral do alfa.

— O que foi ?. — perguntou ao notar que o ômega lhe olhava enquanto dedilhava o dedo pelo seu peitoral mas sem falar nada.

— Eu pensei que fosse odiar você, que fosse odiar estar casado, casado com você, eu deveria odiar, eu queria, mas eu não odeio.

Hoseok sorriu e segurou o rosto do mais novo pelas bochechas.

— Eu sei que você não me odeia, e eu entendo que deveria, eu meio que fiz você se casar comigo a força. — Taehyung negou com a cabeça.

— Meu pai fez.— o corrigiu.

— Mas porque eu estava disposto a te aceitar, a casar com você.

— Se não fosse você ele teria me casado com outro e sabe lá com que tipo de alfa eu estaria casado agora, então que bom que foi com você e com o Yoongi hyung.

— Eu sempre vou estar aqui pra você, e o Yoonie também.

— Eu sei. — Taehyung deu um selar nos lábios do mais velho que não tardou em lhe segurar pelo pescoço e aprofundar o ósculo.

Hoseok puxou o mais novo, o fazendo se sentar em suas pernas, uma de cada lado, podia sentir o membro do mais novo e Taehyung o seu, a noite ia ser boa.

Já estava sendo com a mini declaração do ômega, estava explodindo por dentro em saber que Taehyung não tinha sentimentos ruim sobre si.

Já era totalmente louco por aquele ômega jovem e mimado a muito tempo, seu mimado.

( ♡♡)

Taehyung resmungou, havia sido acordado pelo despertador do alfa, que o alertava que era hora de acordar pra um belo dia de trabalho.

Hoseok saiu rapidinho da suíte pra desligar a música irritante, usando apenas uma cueca box branca e secando os cabelos numa toalha.

— Amor, acorda. — o lúpus jogou o celular em qualquer canto da cama, deitando parcialmente, o suficiente para acordar o ômega com beijinhos.

— Estou acordado, não por vontade própria é claro. — murmurou de olhinhos fechados e ganhou um beijinho, suspirou profundamente, virando de barriga pra cima e abriu os olhos.

— Até após acordar você é lindo, sabia?.

— Você me ilude muito. — o alfa sorriu negando com a cabeça enquanto lhe juntava os lábios em um beijo com direito a sugada de lábios — Bom dia?.

— Bom dia. — deu um último selar rápido no ômega antes de se levantar da cama.

— Porque você acorda tão cedo? meu Deus.

— Eu tenho muita energia para simplesmente perder a manhã dormindo, lindo e já é hora de você se preparar para a faculdade, não?. — Taehyung bufou e aquilo foi um sim — Vamos, eu vou levar você hoje.

— Vai me levar?.— Taehyung se sentou, coçando o olhos e bocejando — Porque?.

— Vou, ué. — voltou do closet vestido em uma camisa social azul, abotoando cada botãozinho. — Só o Yoongi pode te levar pra faculdade,é ?.

— Eu gosto de andar de carro com ele.

Pro moreno andar de carro com o alfa mais velho era um momento só deles, aonde Yoongi não tinha aonde se esconder, como em casa que vivia trancado no escritório, era um bom momento para conversar.

— Eu sei, querido.

Taehyung jogou o lençol pro lado, expondo a nudez na qual havia adormecido, indo de joelhos até a ponta da cama, puxando o marido pra si.

— O que você quer, hein ?.— Hoseok lhe deu um tapinha na cintura.

— Que você fique comigo.

— É você que tem que me dizer se quer ficar comigo, meu bem, pra sempre.

( ♡♡)

— Hoso ?. — Taehyung engoliu o iogurte ao se lembrar de algo.

— Hm ?.

— Você ainda não me explicou o que aconteceu com o meu cartão de crédito, eu preciso dele. — Hoseok engoliu em seco, pondo a xícara de café no pires.

— Não vai ficar zangado, tá?! Eu já resolvi isso.

— Porque eu ficaria zangado ?. — Taehyung ficou confuso — O que houve? — Hoseok suspirou.

— Foi o seu pai que cancelou o cartão, ele é o titular.

— Meu pai cancelou o meu cartão?. — Taehyung começou a aumentar o tom de voz — Ele não pode fazer isso, eu também tenho direito ao dinheiro daquela empresa.

— Não fica assim, anjo, já ta tudo resolvido, você vai ter outro cartão logo.

— Eu fico assim sim, eu fiz tudo que aquele homem queria e agora ele faz isso?! qual é a dele ?! Isso não esta certo.

— Amor ...

— Amor nada, ele vai ver só. — Taehyung fez bico, estava muito irritado, havia se casado como o progenitor queria, havia feito tudo e além disso tem direito ao dinheiro da empresa, iria ser sua no futuro — Eu vou pegar minhas coisas e então nós vamos.

— Taehyung, você nem tomou o café da manhã direito, vem tomar.

Tentou mas o ômega já tava longe, suspirou sabendo que aquilo não ia acabar bem.

Taehyung desceu minutos depois, com a mochila em um dos ombros e a pequena mala de mão aonde levava seus matérias das aulas teóricas, termômetro, luvas, estetoscópio etc ....

— Vamos, hyung ...

— Vamos. — Hoseok pegou a mala do marido assumindo o peso, que não era muito e Taehyung lhe pegou a mão disponível, indo de mão dadas até a garagem.

O caminho até a faculdade do ômega foi meio tenso, Hoseok sabia que o ômega estava remoendo a situação com o pai e isso era chato, não tinha necessidade, já havia pedido outro cartão no banco pro ômega, mas conhecia o ômega o suficiente para saber que ele estava puto.

Parou o carro na porta da instituição e Taehyung foi logo tirando o cinto, bicudo.

— Quer que eu venha te buscar pra irmos almoçar?.

— Não, vou almoçar em casa.

— Taehyung...

— Esta tudo bem, okay ?!. — Taehyung deixou um selar nos lábios do mais velho, afim de sair dali logo — Te vejo em casa mais tarde.

— Okay, fica de boa, okay?! não tem necessidade de estresse. — Taehyung assentiu, mas já estava estressado. — Não esquece de falar com o seu amigo sobre o emprego.

– Eu não vou esquecer, obrigado. — Taehyung deixou um selar nos lábios do mais velho e se virou abrindo a porta.— Tchau, até mais tarde, hyung.

— Tchau... Hey, espera. — Taehyung voltou a atenção pro alfa — Vou deixar o meu cartão com você, só não é pra me falir.

— Você não vai precisar?. — o alfa negou com a cabeça enquanto pegava a carteira.

— Eu tenho três cartões.

Se despediu novamente do mais velho e rumou para dentro da faculdade, direto pra sala mesmo que não estivesse atrasado, mas estava sem paciência para a agitação dos alunos pelo campus.

— Ah, você está ai, nunca te vi chegar cedo. — o ômega de cabelos verdes entrou na sala encontrando o amigo.

— Poise, acontece ...

— O que houve? está estranho. — não conhecia o Kim a muito tempo mas sabia que tinha algo errado, ele definitivamente não era do tipo quietão. — Problemas com os maridos?.

— Problemas com o meu pai, meus maridos estão ótimo... Mas eu não quero falar sobre isso, tenho uma boa notícia para você.

(♡♡)

Taehyung saiu da faculdade decidido a ir na casa do progenitor, precisa entender o que estava acontecendo, simplesmente tinha direitos e seu pai não estava os respeitando, havia casado e feito tudo que o mais velho queria e ainda assim parecia que ele estava o castigando.

Apertou a campainha sem parar, afim de incomodar mesmo e a porta foi aberta de forma brusca.

— Céus, qual é o seu problema, Taehyung?.

— Você. — Taehyung esbarrou no ombro do pai, entrando na propriedade, o mais velho fechou a porta se virando pro filho.

— Eu? Me respeita, viu, Taehyung.

— Eu sei que você cancelou o meu cartão, porque?! Eu casei como você quis, para de me infernizar.

— Você está casado agora.— o mais velho se sentou no sofá branco e bonito. — Se os seus maridos podem mudar você de faculdade podem bancar os seus luxos e eu sei que podem.

A ficha de Taehyung caiu, finalmente, é claro, aquilo era por causa da faculdade, porque não tinha feito a vontade do alfa e agora ele estava o punindo.

— É isso então?! Porque eu saí da faculdade de publicidade.— o alfa deu de ombros — Que ridículo.

— Você deixou bem claro que não quer saber da empresa então não vai usufruir dos lucros dela, do meu dinheiro.

Aquilo atingiu o ego do ômega como uma facada, como um tiro de Ak-47, céus, que ódio que sentia.

— Quer saber de uma coisa ?! Eu não preciso do seu dinheiro pra nada, engole ele, eu tenho dois maridos e não preciso mais de você, papai — debochou — É até bom que você não me banque mais, assim cortamos todos os vínculos de vez e eu não preciso olhar para sua cara então pega o seu dinheiro e a sua empresa e enfia no cu.

O tapa veio rápido, inesperado,o progenitor nunca havia lhe batido, mas tinha feito agora, lhe desferindo um tapa ardido na bochecha.

E tudo ficou embasado, tudo começou a girar e começou a se sentir fraco, mas teve meio segundo pra dizer algo antes de cair desmaiado.

— Eu odeio você.

(♡♡)

Hoseok chegou disparado no hospital após receber a ligação do sogro dizendo que Taehyung tinha desmaiado e o estava levando até o hospital.

Sabia que Taehyung iria tirar satisfação com o alfa mas não que séria assim, de forma impulsiva, mas deveria ter imaginado, afinal é Taehyung, o ômega mais impulsivo e incontrolável que já conheceu.

Era o seu bebê e agora estava ali, numa cama de hospital, precisava vê-lo, sentia falta de uma marca nesse momento.

Viu o sogro na recepção do segundo andar, sentado em uma das poltronas, com um copo de café nas mãos, foi direto até lá.

— Hey, aonde está o meu marido ?. — pulou qualquer fornalidade porque, definitivamente não tinha cabeça pra isso — O que aconteceu ?.

— Hey, se acalma ... Ele está bem, está tomando soro e está dormindo agora.

Calma ?! definitivamente não tinha calma, não teria até ver o ômega, falar com ele e ver com os próprios olhos que foi só um susto, como no dia anterior.

Céus, dois apagões em menos de quarenta e oito horas, se preocupava porque isso deveria ter motivo, ninguém desmaia por nada.

— Quero vê-lo, aonde ele está?! — o alfa mais velho indicou a porta e não perdeu tempo para ir ver o marido.

Abriu a porta do quarto, vendo o amado deitado na cama com uma agulha no braço que lhe administrava o soro, o bip bip constantemente era irritante, seu coração se apertou em ver o seu menino valente tão fraquinho.

Se aproximou do corpo adormecido do marido, tirou a franjinha de sua testa, analisando os detalhes bonitos do rosto do ômega por qual era apaixonado, até notar algo, havia um hematoma em uma das bochechas do mesmo, podia ser facilmente a marca de quatro dedos, haviam batido em seu bebê, e dada a situação só poderia ter sido o alfa que estava lá fora.

Estava com sangue nos olhos agora, não importa se o Kim mais velho é o pai de Taehyung, ele era seu agora, desde o dia do casamento, fez uma promessa que cuidaria dele e ia cuidar, e não ia permitir que ninguém o machucasse, nunca, jamais.

Deixou um beijinho demorado na testa do mais novo, pronto para sair do quarto e ir lá fora tirar boas satisfações e deixar algumas coisas esclarecidas.

— Hyung ... — Taehyung murmurou baixinho, sonolento, no mesmo instante em que Hoseok tocou a maçaneta pra sair.

O alfa deu meia volta no mesmo segundo, voltando pra perto do ômega.

— Hey, meu amor, como se sente ?! — Hoseok pegou uma das mãos do ômega, dando um beijinho ali.

— Com vontade de fazer xixi. — a voz baixinha indicava que ele ainda estava molinho — O que aconteceu ?.

— Eu quem te pergunto isso, estava na empresa e do nada seu pai me liga me dizendo que você desmaiou e estava te trazendo pra cá.

— Não fala sobre esse sujeito, não sou mais filho dele. — Hoseok suspirou.

— Foi ele que bateu em você?.— o alfa alisou delicadamente o hematoma na pele do amado.

— Foi ... — Taehyung murmurou em tom choroso e o marido pôde ver as lágrimas se formando. — Ele me bateu, hyung... Ele nunca tinha me batido — o choro de fato começou.

— Hey, eu estou aqui agora, e nem ele nem ninguém vai bater em você, amor ...

— Promete, hyung?!.

— É claro que sim. — Hoseok deixou um beijinho nos lábios do ômega choroso.

Taehyung segurou o rosto do mesmo, o mantendo pertinho, dando selinhos de volta, estava manhoso e saber que pelo menos Hoseok lhe amava era reconfortante, lhe aquecia o peito, talvez já não se visse sem ele, aquele alfa bobão tinha um espaço dentro de si, um espaço grande e intenso demais, algo que não queria perder, nunca, porque era bom, aquela sensação era boa, o que era aquilo que sentia?.

— Me deixa chamar o médico, amor.

— Me ajuda a ir no banheiro primeiro, hyung.

Hoseok riu, ajudando primeiro Taehyung a se sentar, devagar pra não dá tontura, o mesmo se sentou na cama hospitalar com os pés pra fora, Hoseok estava o segurando pela cintura, entre as pernas do mesmo.

— Se sente tonto?. — Taehyung negou com a cabeça, mesmo que se segurasse na camisa do alfa. — Então vamos.

— Me sinto enjoado, esse cheiro de hospital ta me enjoando, hyung. — fez careta, aquele cheiro de álcool e medicamentos era horrível.

— Vai passar ... Vamos lá fazer xixi que eu chamo o médico.

Taehyung se deixou ser levado, estava com o acesso na veia então tinha que levar aquele suporte metálico, pelo menos tinha rodinhas.

— Quem colocou roupa hospitalar em mim ?.

— As enfermeiras provavelmente.

— Me viram pelado?!!. — Hoseok rolou os olhos.

— Elas são profissionais, anjo, elas vêem isso o tempo todo, não se preocupe e outra, você é lindo, não precisa ter vergonha.

Hoseok abriu a porta do banheiro do quarto deixando Taehyung entrar.

— Quer que eu feche a porta ?. — Taehyung negou com a cabeça.

— Você é meu marido, né bobo.

Hoseok se apoiou no batente da porta, ficando alerta pra qualquer sinal de tontura do ômega.

Taehyung mirou no vaso sanitário, fazendo o xixi, tomar soro enchia a bexiga, terminou e lavou as mãos, mas o cheiro ainda lhe perturbava, seu estômago estava embrulhando.

— Amor, eu vou... — nem deu tempo de completar, Taehyung golfou vomitando no chão, mesmo que estivesse ao lado da privada.

— Céus, Taehyung... — Hoseok tirou o cabelo do rosto do ômega, o deixando pôr tudo pra fora.

Hoseok deitou novamente o ômega na cama, após a crise de vômito.

— Vou chamar o médico, volto já, okay ?. — Taehyung assentiu, um pouco pálido.

Hoseok deixou um beijo na testa do mesmo e foi atrás do médico.

( ♡♡)

Taehyung havia adormecido após ter feito um exame de sangue e tomado um remédio para enjoo.

O banheiro havia sido limpo pelo funcionário da limpeza do hospital.

Deu uma última olhada no esposo, vendo que ele estava em um sono pesado e não acordaria tão cedo e só então cedeu ao estômago que estava implorando por comida e saiu do quarto afim de ir na cantina se alimentar.

Mas o senhor Kim surpreendentemente estava ali ainda, e veio em sua direção.

— Então, como ele está?.

— Vai ficar bem, não que eu ache que você se importe afinal ele está aqui por sua culpa.

— Não é minha culpa, ele que foi lá em casa com dez pedras nas mãos. — Hoseok rolou os olhos e coçou a nuca.

— Você bateu nele e foi ai que perdeu qualquer razão, ele já tinha passado mal ontem e não precisava disso ... Ele é casado, tem os próprios alfas agora e eu não vou aceitar que você ou qualquer outra pessoa bata nele, fui claro?.

— Você não pode falar assim comigo, fizemos um acordo.

— Nosso acordo não tem nada haver com o que está acontecendo aqui, você bateu no meu marido e por isso ele veio parar no hospital, e isso eu não vou aceitar... E se eu fosse você ia embora antes do Yoongi chegar, ele não é tão tranquilo quanto eu. — Hoseok esbarrou no ombro do mais velho, seguindo o caminho.

Deus, que dia, era o pessoal da empresa enchendo o saco, Taehyung doente, a vontade de socar a cara do sogro, e Yoongi longe, céus, estava sobrecarregado demais, daqui a pouco dividiria a maca com Taehyung por exaustão.

Na cantina, escolheu um salgado e um chá gelado, se sentando numa das mesas pra comer, aproveitando pra responder as mensagens de alguns funcionários, até mandou mensagem para Yoongi mas ele não visualizou.

Pagou e subiu novamente, o progenitor de Taehyung parecia realmente ter ido embora,suspirou cansado se sentando no sofá da sala de espera para visitantes, tinha que esperar o exame de sangue de Taehyung ficar pronto, mas seus olhos começaram a pesar, o cansaço tomar conta.

— Hoseok... Hoseok, amor. — o alfa sentiu o toque no ombro, o balançar sutiu. — Acorda...

O Jung coçou os olhos, os abrindo devagar e acabou sorrindo.

— O que você está fazendo aqui? Achei que só voltaria amanhã.

— Eu não ia deixar você sozinho com o Taehyung, fiquei preocupado é claro, o que aconteceu ? como ele esta ?. — Yoongi alisou o rosto do marido, vendo o cansaço estampado, tinha até sinais de futuras olheiras.

— Como conseguiu chegar tão rápido ? Eu te liguei quando estava saindo da empresa...

— Fretei um jato, foi uma hora e meia de viagem só, passei em casa pra deixar minhas mala e vim, agora me diz o que houve.

— Eu não sei. — Hoseok suspirou, tocando o rosto do mais velho, estava com tanta saudades, não era acostumado a ficar longe. — Taehyung brigou com o pai dele e aparentemente o mesmo lhe bateu e então Taehyung desmaiou e veio pra cá.

— Como assim ? o TaeWoo bateu no Taehyung?. — Hoseok assentiu — Que desgraçado ! cadê ele ? Eu vou falar poucas e boas.

— Mandei ele ir embora, Taehyung não o queria aqui e nem eu, ele ta chateando o Tae, cortou o cartão de crédito dele. — Yoongi arregalou os olhos, quantas coisas havia perdido em dois dias fora ?!.

— Fez bem ... Mas agora eu quero ver o Taehyung, por que estava dormindo aqui ?.

— Ele dormiu, eu sentei aqui e acabei adormecendo, que bom que você voltou, hyung. — Hoseok deixou um beijinho nos lábios do mais velho — Vou te levar pra vê ele, vamos ...

Hoseok se levantou pra guiar o alfa até o quarto do ômega.

— Senhor, Jung. — o médico lhe viu e veio em sua direção sorridente e aquilo foi meio confuso.

— Doutor Lee, e então, exame do meu marido ficou pronto ?.

— Ficou sim, já sei qual é a causa dos sintomas do seu ômega.

— E o que é ?! É grave ?.

— Não é nada grave, ele simplesmente teve uma queda de pressão por causa do nervosismo, porque está grávido.