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História Hurricane 2 - TaeYoonSeok - Um Parto e Uma Chegada


Escrita por: NCTZEN_Stan e millaNct127

Notas do Autor


Oi, amores.
Primeiramente quero me desculpar pelo capítulo curtinho, como eu acho que todos aqui devem estar sabendo, Hurricane 1 está sendo betada e um pouco reescrita, nada muito novo, só algumas informações novas e alguns diálogos novos pra explicar algumas coisas que tinham ficado em aberto e confusos lá, além da correção da escrita, então com tudo isso eu não tive tempo pra escrever Hurricane 2 e por isso da demora e do capítulo curtinho, mas vocês estão pedindo tanto que eu resolvi postar ele curtinho mesmo só pra acalmar a ansiedade de vocês rsrsrs.

Enfim, aconselho todo mundo acompanhar a repostagem da primeira temporada, mas não é obrigatório, não muda nada significativamente, ok.

A próxima att pode demorar um pouquinho, eu vou tentar fazer o mais rápido possível, mas agora vocês ja sabem o motivo da demora, assim que a betagem terminar volto a postar sem muita demora como antes, ok.

Peço desculpa e a colaboração de um todos.

Boa leitura e até semana que vem se tudo der certo.

Capítulo 56 - Um Parto e Uma Chegada


Fanfic / Fanfiction Hurricane 2 - TaeYoonSeok - Um Parto e Uma Chegada

Quando Jeongguk estacionou o carro de qualquer jeito em frente ao hospital saindo do carro e gritando que era emergência os enfermeiros já correram com uma maca assim como uma médica alfa corria para o atendimento de emergência, o alfa pôs o marido na maca com a ajuda dos enfermeiros, foi toda uma situação de emergência e correria com enfermeiros trazendo equipamentos falando entre si em termos técnicos e todo um clima de tensão e alerta.

Desesperador.

— O que aconteceu?.— a médica perguntou enquanto olhava dentro das pálpebras do ômega em busca de alguma cor incomum ou pupila dilatada.

A maca era empurrada até a sala de emergência enquanto ao mesmo tempo enfermeiros iam colocando o aparelho de pressão e outros no ômega.

A tensão era maior porque era um paciente gestante de idade avançada, toda atenção dos profissionais era com o bebê, em o manter vivo. Jeongguk vinha junto, nervoso enquanto segurava a mão pequena do esposo. Estava fria.

— Eu não sei, ele simplesmente começou a sentir dor.

— Doutora, a minha bolsa estourou mas eu ainda tô de seis meses, falta uma semana pra sete. — Jimin contou segurando o jaleco branquissimo da alfa.

— Doutora. — um dos enfermeiros chamou a atenção da alfa. — A pressão e frequência cardíaca estão elevados, precisamos fazer a cesaria já ou vamos perder o bebê.

A frase desesperou ainda mais o ômega, puxando o jaleco completamente limpo da ômega afim de sua atenção.

— Doutora, salva a minha filha, entre eu e ela, por favor salva ela. — pediu enquanto lagrimas solitárias escorria pelos cantos dos olhos em direção as orelhas, sentia dores mas ainda sim nada lhe era mais importante do que aquilo.

— Jiminie. — Jeongguk apertou forte a mãozinha do esposo. — Vai ficar tudo bem, meu amor.

— Kookie...— chamou pelo alfa, estava assustado, com medo. 

— Vai ficar tudo bem, meu amor. — Jeongguk forçou um sorriso tentando o passar confiança. — Eu te amo

Jeongguk viu a maca ser levada para o centro cirúrgico e ralhou com os enfermeiros quando disseram que não podia passar dali, como assim não podia acompanhar Jimin? Como poderia o deixar sozinho?. Esbravejou, mas quando os enfermeiros ameaçaram chamar a segurança acabou aceitando e se afastando com ambas as mãos nos cabelos, andando pelo corredor zonzo, com falta de ar sem saber pra onde ir, o que fazer, esperar parecia uma tortura, a impotência diante daquilo era sufocante.

Não sabia o que fazer mas então se lembrou da única pessoa que poderia contar agora, que saberia o que fazer.

Então voltou apressado até a recepção pra ligar para alguém.

Os passos rápidos, apressados, contra o chão polído do corredor vazio faziam barulho que ficavam mais alto conforme o ômega se aproximava do alfa que andava de um lado para o outro no corredor vazio, agitado, roendo a unha do polegar.

— Hyung!. — o alfa arfou quando ouviu os sons dos passos e focou vendo o ômega de jaleco branco se aproximar apressado.

— O que aconteceu? Como está o Jiminie?  a bebê...?. — perguntou exasperado, havia praticamente corrido até ali após a ligação que chegou ser confusa porque Jeongguk estava nervoso o suficiente para explicar qualquer coisa.

— A bolsa estourou, hyung, ele entrou nessa sala e os enfermeiros disseram que eu não podia entrar junto, mas eu os ouvi dizer sobre pressão e batimentos alterados.

— Certo, eles vão fazer o parto, sua filha vai nascer, Jungoo.— pareceu um pouco animado, por mais que fosse prematuro tudo ia dar certo, graças ao avanço da medicina a maior parte de bebês prematuros sobrevivem.

— Hyung, você é médico, entra lá. — pediu choroso apontando para a porta dupla grande pra onde Jimin foi levado.

— Eu não posso, Jungoo, eu não sou o obstetra do Jimin, você sabe, por conta do acidente do seu irmão eu tava de licença, e também não sou cirurgião, o obstetra dele já foi informado e já deve estar chegando. — apertou os ombros caídos que pareciam segurar o mundo do alfa.

— Porque eu não posso entrar lá, hyung?!. — ralhou inconformado. — Pais podem acompanhar o parto do filho.

— Sim, mas esse caso é diferente, é um parto complicado, temos que dar espaço e privacidade para os médicos fazerem o trabalho lá, você lá dentro nervoso do jeito que está só vai os atrapalhar. — explicou pacientemente. — Cadê o Hendery?. Você o avisou ?.

Jeongguk arregalou os olhos um instante ao se lembrar do filho primogênito, tocou os próprios cabelos os jogando pra trás. Hendery iria surtar.

— Não, ele saiu com alguns amigos, deve estar pra lá de chapado essa hora, é melhor que ele não venha pra cá.

Youngjae assentiu concordando, Hendery chapado no meio do hospital não ia ajudar em coisa alguma.

Alguns minutos depois a porta foi aberta e a médica saiu de lá tirando a máscara e os óculos utilizados na cirurgia, tinha o maxilar travado e uma expressão realmente séria demais.

— Youngjae-ssi. — a alfa cumprimentou o amigo de trabalho com uma curvatura breve, enfiando as mãos nos bolsos do jaleco em seguida.

— Seulgi-ssi.— Youngjae a retribuiu da mesma forma.

— Então, doutora.— Jeongguk interviu nervoso pra respostas, sem tempo para formalidades agora.— O Jimin tá bem? Eu posso ver ele agora? E a minha filha.

— A criança nasceu, foi direto para o incubadora para ser cuidada devido ao nascimento prematuro, mas ela parece forte e estável. — começou a relatar. — Agora o ômega. — ela olhou para Youngjae com aquele olhar que médicos bem conhecem, e o mesmo perdeu o ar por um instante. — Ele teve um sangramento interno severo, nós conseguimos o controlar, mas ...

— Mas ....?.— Jeongguk esbravejou no meio do corredor, os olhos redondos estavam arregalados no máximo e lágrimas já o tomavam conta por completo. — Mas o que? Eu quero ver o meu Jiminie agora, agora!!.

— Jeonggukie.— Youngjae o afagou os ombros, a voz embargada e olhos cheios de lágrimas.

— O paciente perdeu sangue demais, ele está em coma, tudo que podemos fazer e esperar que ele acorde. — suspirou.

Jeongguk em estado de choque só não caiu com tudo no chão porque Youngjae o segurou firme, sendo seu suporte naquele momento, as lágrimas salgadas e grossas rolavam em silêncio pela bochecha do alfa.

— Jeongguk, o Jiminie vai acordar, você vai ver, ele vai acordar logo pra conhecer a filha que ele tanto quis. — Youngjae segurou o rosto bonito do alfa, precisava o manter firme.

— Eu quero ver ele, quero ver o meu Jiminie agora. — Jeongguk exigiu em meio ao pranto.

— Ele ta sendo levado para um dos quartos da CTI, o senhor poderá ir vê-lo logo.

CTI. Jeongguk levou as mãos a cabeça em choque, se afastando da médica e do cunhado enquanto andava de um lado para o outro meio cambaleante sem saber o que fazer, como agir, em choque, em prantos e ninguém ousou interferir quando o mesmo passou a socar as paredes e chutar tudo que estivesse na frente, colocando o que sentia pra fora.

— Youngjae, ele precisa ir ver a menina, você sabe que sem o ômega ela vai precisar da presença do pai alfa. — Seulgi comentou baixinho com o colega de profissão.

Youngjae assentiu, além de médico era obstetra, sabia bem como aquelas coisas funcionavam, sabia que a criança ia precisar do calor, da presença, cuidado do pai alfa pra ficar ainda mais forte e superar o fato de ser prematura, ela precisava da energia de Jeongguk.

— Jeongguk...— Youngjae chamou baixinho pra lhe dizer tudo aquilo.

Mas Jeongguk tinha uma audição de alfa boa o suficiente para ouvir a conversa discreta.

— Não, eu não vou lá, eu não quero saber, é tudo culpa dessa criança, o meu Jiminie.... — fungou. — Tudo por causa dela.

        (....)

— Quê bonito, Jung-Min Sicheng!!!.

A voz do alfa fez o ômega dar um pulinho no lugar e quase deixar o que tinha em mãos cair, havia acabado de ser pego no flagrante.

— Appa, não me dê susto, eu tô grávido. — resmungou bicudo, até parecia que estava em posição de dizer alguma coisa.

— Foi só o seu pai viajar para você se enfiar no closet pra mexer nas coisas dele, né?!.— cruzou os braços se encostando no batente da porta de correr do closet enorme aonde 80% do espaço era ocupado pelas coisas de Taehyung, era roupa, sapatos, bolsas, cintos, e tudo mais a perder de vista.

— Só tô procurando uma roupa, as minhas tão apertadas, as roupas do omma vão ficar boas, além disso ele tem tanta que nem vai perceber.

— Claro que vai, eu vou contar pra ele que você rouba as coisas dele quando ele sai.

— Não vai contar nada, appa.— ralhou zangado batendo o pé no chão, e era engraçado porque ele parecia uma bolinha.

— Eu vou sim, você pegou até as maquiagens dele, Sicheng!!.— encarou a mão bonitinha do filhote que segurava o que se parecia com rímel ou qualquer coisa assim, também alguma coisa da cor da pele de Taehyung que tinha o logo da Chanel  na embalagem bonita, alguma coisa das maquiagens caras de Taehyung.

— Como eu disse, o appa tem um monte, uma penteadeira cheia, nem vai notar que eu peguei as maquiagens da Chanel dele, essas estavam no fundo da gaveta. — deu de ombros.

— E porque você não comprar pra você? Tem que pegar a do seu pai?.

— E o senhor vai me dar dinheiro? Sabe quanto custa um frasquinho desse tamanhozinho de base da Chanel?. — mostrou a embalagem bonita de vidro fisco, delicada e sofisticada com o logo da Chanel no centro. — Custa mais do que eu, e o appa tem um monte, pra ele você e o appa Hobi dão dinheiro para comprar.

— É claro, eu casei com ele não com você, pede para o Yukhei comprar pra você. — rebateu. — E a gente não dá dinheiro pro seu pai, ele tem o próprio trabalho.

— Eu vou pedir mesmo, acha que eu sou bobo? Eu sou o terceiro filho, vou ficar com a menor parte da herança, ele é filho único vai ficar com toda herança do tio Nam e tio Jin.

— Menino, quem criou você?!!. — perguntou perplexo, o que se passava na cabeça daquele garoto?. Tinha certeza de que aquilo ele não tinha herdado de si. Sicheng deu de ombros. — Já chega, para de mexer nas coisas do seu pai, xispa do closet, melhor, xispa do meu quarto, garoto. — Yoongi o enxotou .

— Você é muito chato, espera eu guardar essa caixa. — se esticou colocando a caixa organizadora de volta em cima de uma das prateleiras altas.

— Meu Deus, você tá mexendo até nas caixas, garoto. Se o seu pai descobrir vai te dar uma coça.

— Não vai nada.

Colocou a caixa no lugar mas acabou esbarrando em outra mais atrás que acabou caindo, mas estava lacrada e isso permitiu que a tampa não abrisse e o que tivesse dentro espalhasse pelo chão.

— Olha só, Sicheng !.— Yoongi repreendeu, era  incrível como aquele garoto parecia uma criança travessa que faz merda e atazana a vida dos pais.

— O que é isso?.— com cuidado com a barriga redonda o mesmo se agachou pra pegar a caixa organizadora de tamanho médio.

— Eu não sei, agora me dá isso aqui e xispa. — Yoongi ralhou tentando pegar a caixa da mão do filhote, que desviou fugindo.

— Espera, eu quero vê o que é. — resmungou curioso, porque aquela caixa tinha um tipo de lacre e as outras não? Porque aquela era especial? O que tinha dentro?.

— Você não quer ver nada, me devolve isso antes que eu te deixe de castigo, garoto.

Sicheng ignorando completamente a ameaça do pai abriu o lacre o suficiente para espiar dentro da caixa bonita.

— Credo, que horror, que horror. — Sicheng jogou a caixa pro pai, horrorizado.

Era a caixa que Taehyung guardava os brinquedos sexuais, as bolinhas tailandesas de pompoarismo, consolos, apetrechos, sachês de lubrificante com sabor, e todas essas coisas que Taehyung guardava durante os anos casados.

Sicheng estava horrorizado, pais não transam quem dirá usar aquele tipo de coisa.

— Quem bisbilhota aonde quer vê o que não quer, agora sai daqui, garoto.

— Credo, o appa tem dois marido e ainda precisa de sonsolo, que vergonha, appa. — provocou o pai, que colocava a caixa de volta no fundo da prateleira.

— Eu vou te meter a mão grávido mesmo, garoto!. — ameaçou ralhando com o filho que gargalhou e saiu correndo não sem esquecer de levar o que tinha pegado do closet e penteadeira do pai ômega. — Esse garoto é uma peste, meu Deus, parece até que é o Taehyung.

Yoongi ajeitou tudo que o filhote tinha bagunçado e saiu fechando a porta de correr bonita e sofisticada do closet, se sentou na cama enorme e macia com as costas na cabeceira branca, pegando o notebook e colocando sobre as coxas magras logo apertando o pequeno botão para ligar, mas antes de mergulhar no trabalho pegou o celular no bolso frontal da bermuda de moletom que usava, logo ligando e esperando ser atendido.

Em instantes a chamada de vídeo foi aceita, primeiro a imagem ficou ruim meia travada e embolada, o som confuso e chiado, mas logo estabilizou e Hoseok apareceu do outro lado da tela.

— Hey, meu bem.— Hoseok apareceu na tela, incrivelmente bonito, sorrindo, estava bronzeado, usava uma blusa de botões florida, fresca e leve, com os primeiros botões abertos, os cabelos voavam um pouco e pelo cenário de fundo parecia estar ao ar livre, parecia até o som do mar no fundo e o céu demonstrava a noite estrelada e bonita.

— Oi, meu bem. Está aonde?. — perguntou curioso.

— Na praia, Taehyung fez amizade com uma beta que nos convidou para provar a comida típica local. — riu sacudindo a cabeça, Taehyung só o metia em enrascada.— E você, o que esta fazendo?.

Hoseok sabia que pela diferença no fuso horário lá era dez da manhã.

— Nada, acordei agora a pouco, vou responder uns e-mails agora e depois almoçar. Você está deixando o Taehyung ficar bêbado de novo?. — perguntou preocupado. Hoseok riu e negou.

— Pode ficar tranquilo, eu tô controlando ele, tô velho demais para carregar Taehyung bêbado, Yoongi. — resmungou fazendo careta. — Minha coluna já chora.

Yoongi gargalhou porque se a coluna de Hoseok chorava imagina a sua.

É o Yoonie ?. — a voz de Taehyung soou no fundo, baixinha e Yoongi viu Hoseok assentir pra ele.

No mesmo instante Taehyung apareceu na tela, se enfiando entre as pernas do Jung e rencostando as costas no peitoral do mesmo, usava uma camisa de linho com um decote em V grande, tinha os cabelos um pouco bagunçado estava ainda mais bronzeado do que é naturalmente, a bochecha estava rosada e ele incrivelmente lindo.

— Yoonie, olha. — Taehyung estendeu a mão com anéis bonitos nos dedos, mostrando o que comia.— Peixinho brasileiro. — mordeu um pedaço do peixe  inteiro que tinha nas mãos, assado na fogueira.

Mastigava de boca aberta por estar quente, fazendo um bico adorável com as bochechas infladas. Yoongi sorriu o achando adorável e Hoseok deixou um cheiro no pescoço do ômega.

— É muito bonito, meu bem. — elogiou, era bobo demais naquele ômega o suficiente para achar qualquer coisa que ele lhe mostrasse incrível. — Parece gostoso.

— É muito gostoso.— Taehyung confirmou dando mais uma mordida no peixe assado e então o oferecendo a Hoseok, que afastou o rosto negando.

— O que você você fizeram durante o dia?.

— Nada muito, a gente só ficou curtindo pelo resort mesmo, a piscina, o spa.

— Yoonie, o Hoseok deixou a mulher ficar alisando ele. — Taehyung dedurou como uma criança, fazendo o mais velho rolar os olhos. — E ainda gostou.

— Que história é essa, Hoseok ?!.

— Taehyung, a moça é a massagista do spa, amor. — Hoseok explicou pela milésima vez e o mais novo só aumentou o bico nos lábios mastigando mais um pouco, emburrado.

— Mas porque ela tinha que ficar te tocando daquele jeito, Hobi ?.— franziu a sobrancelhas nervosinho.

— Como ele vai me fazer massagem sem me tocar, meu bem ?. — sorriu achando o ciúmes bobo adorável, era bom saber que mesmo após mais de vinte anos juntos Taehyung ainda lhe sentia ciumes.

— Mas ela tava te tocando daquele jeito, muito íntimo pro meu gosto.— resmungou curvando os lábios. — E você estava gostando.

— Eu estava amando. — disse sincero e Taehyung abriu a boca em choque tamanha ousadia daquele alfa. — Muito relaxante.

— Yoonie, olha ele. — Taehyung exasperou. — Olha ele, você vai deixar isso?!!.

TaeHyun bicudo pela sinceridade do marido o empurrou manhoso quando Hoseok tentou cheirar sua bochecha corada, e até o ameaçou bater com o peixe assado antes de comer mais um pedaço.

— Hoseok, você também gosta de provocar ele, né?!.— repreendeu, mas sorria, aqueles dois não tinham jeito.

— A gente só vai fazer as outras coisas pela ilha  quando você chegar, Yoonie.— Taehyung disse, estava doido para andar de barco, conhecer os corais, o mergulho nas grutas e experimentar ainda mais as comidas típicas, mas não queria fazer nada disso sem Yoongi ali, não seria a mesma coisa, deveria fazer os três, ser um momento incrível dividido entre os três, lembranças para os três, então estava só curtindo as coisas que o resort luxuoso oferecia.

— Hm, você não precisa me esperar, meu bem.

— Não preciso, mas eu quero.— deu de ombros.

— Segura, eu vou pegar um guardanapo pra limpar você, meu bem. — Hoseok entregou o iPhone com capinha vermelha pro ômega que segurou e então o alfa correu pela areia indo atrás de algo pra limpar os lábios gordurosos de peixe do mesmo.

— Yoonie, como estão os nossos filhos?. — perguntou querendo notícias das crias, especialmente do caçula por causa da gravidez, se preocupava.

— Estão ótimos, Yang estava lá fora pintando um dos quadros dele no jardim, acho que esta pintando o idiota da cria Jeon. — rolou os olhos, ainda não lhe descia a garganta que seu filhotinho estivesse namorando aquele garoto. Taehyung sorriu e sacudiu a cabeça, Yoongi era um appa possessivo demais. — Sicheng, bom... tá ótimo, sendo o de sempre. — suspirou e decidiu não contar sobre a tour do filhote no closet. — E o Jun, eu não sei, vou mandar uma mensagem pra ele, tô pensando em aproveitar e chamar ele pra almoçar hoje.

Taehyung assentiu e sorriu grande, era ótimo ver Yoongi tomando uma atitude em direção ao filho, querendo se aproximar, lhe deixava muito feliz.

— Faz isso, eu vou ficar muito feliz e tenho certeza de que você e ele também, aproveitem um momento pai e filho juntos. — aconselhou e Yoongi assentiu, iria fazer aquilo.

Hoseok logo voltou trazendo um punhado de folhas de guardanapo, segurou o ômega pelo queixo e passou a limpar os lábios do mesmo.

— Ai, Hobi. — resmungou cheio de manhã da brutalidade alheia.

— Tem que limpar, meu amor, dá a mãozinha. — pediu e Taehyung lhe estendeu uma das mãos, segurando o celular com a outra.

— Nossa, Hoseok, você é muito boiola. — Yoongi comentou vendo o outro alfa limpar Taehyung como se ele fosse uma criança, o Jung rolou os olhos porque Yoongi não tinha moral nenhuma sobre aquilo. — Espera, estão tocando a campainha, vou atender, depois eu ligo pra vocês.

— Tá bom, meu amor, tô com saudade. — Taehyung mandou beijos.

— Tchau, gatinho, te amo. — Hoseok se despediu também.

Yoongi desligou a chamada de vídeo jogando o celular no colchão, tirou o notebook das coxas e sentou na cama com os pés pra fora, calçou os chinelos de casa próprios para pisar no porcelanato e então se levantou, saiu do quarto e caminhou pelo corredor bonito descendo a escadas até a sala.

— Deixa que eu atendo, meu amor. —  disse, logo interrompendo o filhote que ja caminhava para atender a porta.

— Tá esperando alguém, papai ?. — Yang perguntou curioso, havia um potinho com biscoitinhos em suas mãos que mesmo bem lavadas ainda estavam manchadas de tinta preta por causa do quadro que pintava a manhã toda no jardim.

— Que eu saiba, não, querido. — com a mão no bolso da bermuda caminhou até a porta elegante, branca e pesada a puxando pelo puxador vertical comprido.

Yang observava o pai com curiosidade em saber quem os visitava ás dez da manhã.

E na mesma hora que abriu a porta Yoongi se arrependeu e quis a fechar novamente.

—  E ai, sogrinho barra titio.

— Garoto, tu não me abusa que eu não sou Hoseok.— ralhou mas sem qualquer seriedade verídica na voz. O sobrinho/ genro sorriu debochado.

Yoongi o deu passagem pra entrar e o mais novo entrou, puxando o mala de rodinha enorme que parecia cheia e pesada.

— Xuxi!!. — Yang foi até o primo, o abraçando com carinho e sendo envolto nos braços grandes e fortes demais do Kim.— Tá me esmagando.

Kim Yukhei riu frouxo e o soltou com cuidado. As vezes esquecia do quão forte era e Yang era um pitico.

— Desculpe. Como é  que você está ?.

— Bem e você? Fez boa viagem?. — Yukhei assentiu.

— Fiz sim. Cadê o meu bolinho ?.— perguntou ansioso para ver o ômega gravidinho.

Seu bolinho???!!! — Yoongi cruzou os braços na altura do peitoral, que abuso era aquele de chamar seu filhote de bolinho na sua cara assim.— Primeiramente, que mala é essa ?.

— As últimas coisas que faltava trazer, agora eu cheguei de vez, sogrinho.

— Garoto, me chama de sogrinho com esse deboche mais uma vez pra ver se eu não te arranco a língua. — ameaçou, mesmo que Yukhei fosse muito maior, forte e jovem.

O alfa Kim riu debochado e o mais velho trancou o maxilar, bufando, peste de filhote de Kim Namjoon.

— Para com isso appa.— Yang defendeu o primo da falta de educação do pai. — Você vai ficar aqui em casa, xuxi ?.

— Acho que sim, pelo menos nessa primeira semana ate o apartamento estar arrumado. — Yang assentiu em compressão.

Yoongi ficou boquiaberto, quem tinha o convidado pra ficar mesmo ?!.

— Sicheng tá lá em cima no quarto dele, vai lá. — Yang orientou.

Logo Yukhei forte como era subiu as escadas levando a mala pesada sem dificuldades em direção ao quarto do noivo.

Carregou a mala pelo corredor bonito e conhecido parando em frente a porta branca do quarto do noivo e a abriu sem bater, e logo a mistura forte do cheiro doce do ômega misturado ao da filhote lhe invadiu com força. Entrou devagar deixando a mala pesada ao lado da porta e seguindo em passos silenciosos em direção ao ômega.

Sicheng estava de costas pra si, sentado na cadeira confortável em frente a escrivaninha com os fone de ouvido rosa nos ouvidos, distraído enquanto desenhava alguma coisa com lápis de cor, as vezes jogava o pescoço pro lado analisando o que fazia e era muito fofo, principalmente por estar igual uma bolinha naquelas roupas confortáveis e grandes e com aquela barriguinha bem redonda.

Se aproximou o suficiente pra deixar um beijo molhado no pescoço cheiroso do mais novo. Num susto repentino pela ação Sicheng se virou abrupto o acertando um tapa estalado.

— Ai, Sicheng, porra!!. — ralhou dolorido dando um passo pra trás enquanto tocava a região um pouco abaixo do olho direito.

— Yukhei!!!. — se levantou ainda confuso com o que acabara de acontecer, mas ao ouvir o alfa chiar e gemer dolorido tocando o rosto incrivelmente bonito acabou caindo em si tirando os fones sem fio e se levantando. — Ai, meu deus, desculpe, bebê.

Pediu nervoso e até envergonhado se aproximando do primo.

— Cacete, ômega bruto.

— Você me assustou!. — se defendeu. — Me deixa ver, deixa eu ver, bebê.

— Ai, o meu rosto perfeito.— Yukhei choramingou deixando o noivo segurar seu rosto e ver o hematoma. — Cacete, porque no meu rosto, Sicheng?!.

O ômega rolou os olhos. Havia cortado muito de leve, nem escorria sangue, mas estava numa mistura de roxo esverdeado e vermelho.

— Espera, senta aqui eu vou pegar o kit de primeiro socorros. — guiou o noivo o sentando na ponta de sua cama grande e se apressou até o banheiro bonito, pegando a caixinha branca embaixo da cama, o omma sempre deixava um kit de emergência nas suítes.

Ouviu o mais velho chiar, gemendo dolorido e ao mesmo tempo resmungar sobre não ter sido assim que planejou ser recebido pelo noivo.

Mas qual é, a culpa era toda dele que chegou totalmente do nada, lhe beijando daquele jeito enquanto estava de fones e totalmente concentrado no desenho de um vestidinho pra filha  que estava esboçando.

Se sentou ao lado do ômega no colchão, se virando em sua direção enquanto o mesmo se virou para si também, abriu a caixinha branca que estava sobre as coxas, pegando um dos cotonetes da embalagem lacrada e o antisséptico pra limpar o corte horizontal mínimo.

— Ai!. — Yukhei reclamou quando o ômega encostou o cotonete embebedado no remédio no hematoma. — Cuidado com o meu rosto, Sicheng.

— Me desculpe. — pediu contraindo os lábios um pouco culpado por ter machucado o rosto do mais velho, a mãozinha pequena e macia levava com cuidado o cotonete ao rosto do maior.

Sabia como Yukhei era insuportável com aquele rosto dele, não duvidava nada que talvez ele preferisse que tivesse sido naquele pinto super acima da média.

— Desculpe, é que você me assustou. — murmurou baixinho sem tirar os olhos do que fazia. — Desculpe.

Mais calmo, Yukhei só suspirou fundo, os olhos se fixaram no ômega bonito tão pertinho de si, podia até sentir sua respiração, os lábios rosados estavam entreabertos concentrado no que fazia, os olhos castanhos e pequenos estavam sem maquiagem nenhuma e os cílios grandes piscavam devagar, a pele leitosa e limpa deixava as poucas pintinhas a mostra, as bochechas mais gordinhas pela gravidez e os cabelos bagunçados. Sicheng era facilmente a coisa mais adorável em que já tinha posto os olhos.

— Tudo bem, bebê, não foi tão sério assim. — murmurou baixinho. — Acho que é culpa minha de qualquer forma.

— Tá doendo muito?.— curvou os lábios num bico culpado.

Yukhei sorriu pequeno e negou negou com a cabeça.

— Tá tudo bem, eu não vou morrer por causa disso. — disse tranquilo e o menor suspirou fundo agora passando uma pomada anestésica.— Eu só esperava chegar ganhando um beijo não um hematoma.

Riu da situação e isso relaxou um pouco o menor que sorriu colocando um band-ead amarelo sobre o corte.

— Pronto, logo vai estar melhor. — sorriu pequeno analisando o resultado do curativo enquanto segurava a caixinha branca contra o peito.

Yukhei assentiu deixando isso de lado e  tocando a barriga redonda do ômega com as duas mãos enormes enfeitada com alguns anéis nos dedos longos, no mesmo instante sentiu algo se mover e isso os fez sorrir grande.

— O papai também sentiu saudades, princesinha.— o alfa conversou com a filha se curvando um pouco pra chegar mais perto da barriga do ômega. — Mas agora está aqui e não vai te deixar nunca mais, ok.





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