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História Hurricane - Antes Da Morte, O Perdão.


Escrita por: LoboDaEstepe

Notas do Autor


Boa tardee, flores da tardee :333
Espero que gostem.
Boa leitura.
nos vemos nas notas finais.

Capítulo 7 - Antes Da Morte, O Perdão.


Fanfic / Fanfiction Hurricane - Antes Da Morte, O Perdão.

2005

O Sábado havia chegado. Juntamente com a indecisão. Eu queria ir ao show. Queria ir ao jogo. Queria pedir a alguém um conselho sobre o local que eu deveria ir. Mas a única pessoa com a qual eu poderia fazer isso, era justamente Mats. Que havia me dito coisas até então consideradas por mim impossível de se ouvir dele. A discussão fora na Quinta, e desde então, ele resolveu não olhar na minha cara. Eu estava me sentindo sozinha. O suficiente para não pensar direito e acabar fazendo tudo errado.

O jogo era razoavelmente importante, uma vez que eles acabaram perdendo todas as partidas fora de casa. Além do mais, neste jogo, a regra era clara: perdeu, perdeu. As quartas de final eram detestáveis. A pressão era grande até pra quem não estava no time. E, apesar das coisas que ele dissera da última vez, eu sabia que, embora não fosse demonstrar, eu futuramente me sentiria suficientemente culpada para voltar a ele e pedir desculpas, de joelhos.

Dezessete horas. E já estava escolhido. Eu gostava muito de Mats. Até mais do que deveria, e aquilo não era nem um pouco bom, tanto para ele quanto para mim. Por isso eu escolhi o que me agradava mais. O show.

 

E lá estava eu, e estava maravilhoso. E minha cabeça não conseguia pensar em outra coisa, se não no jogo.  Klaus era tão bom quanto o resto da banda. Mas Mats ainda era melhor. Em qualquer coisa.

A música que tocava no momento era uma de minhas favoritas do Pearl Jam.

Did I say that I need you?
Oh, did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me
And I come clean, ah

Klaus me olhava a cada palavra do refrão de Just Breathe, e isso estava me incomodando, porque eu realmente estava mentindo pra mim sobre aquilo ali. Dizem que não importa onde e como você está desde que esteja em boa companhia, certo? Certo.

E a melhor companhia era Mats.

E, eu realmente não queria o sorriso de Klaus, mas sim, o olhar de Hummels depois de vencer o jogo. Discreto e quase imperceptível.  E eu realmente precisava dele. Naquele momento.

 

Cheguei a escola as dezenove  e cinquenta e dois.  Os jogadores já faziam seus respectivos aquecimentos, e um zagueiro reserva se preparava para fazer sua estreia pelo time titular. Senti um frio na espinha.

- Vai entrar no lugar de quem? – perguntei referente ao reserva, para uma garota que comia pipocas doces.

- Do Hummels. Acho que ele machucou o tornozelo, ou sei lá o que houve. – falou indiferente, encarando o campo, onde o juiz se preparava para apitar o começo do segundo tempo.

- Quando? – falei um tanto quanto alto, fazendo a menina me olhar com uma expressão assustada – É que estou trabalhando no caderno de esportes da escola. – falei antes que ela percebesse algo.

- No final do primeiro tempo. Levaram ele pro hospital. – voltou sua atenção aos jogadores – Deve ser aquele que tem a duas quadras daqui, antes que pergunte. Tchau. – não me deu mais chances de perguntas.

Que ótimo. Agora Mats deveria ter adquirido uma bela lesão, por minha culpa. E eu nem podia vê-lo. Porque além da nossa discussão, a família dele deveria estar presente no hospital. E isso incluía Annete, uma vez que não havia visto a mesma no jogo.

Então eu fui pra casa, sentei á beira do rio, e pensei. Pensei até notar que a noite já se fazia presente, e a lua refletindo na água, me fazia encarar nada mais além de mim mesma. E eu me perguntei, sinceramente, o que minha vida havia se tornado. Eu queria que as coisas fossem como nos desenhos, e queria apagar o episódio em que Beckembauer me faz trabalhar com Mats.  E queria voltar a dedicar tardes inteiras a leituras do Hesse e do Wilde. Mas era tão bom estar com ele. Era confuso. Contraditório demais para se entender.

Pensei que era liberdade, mas na verdade, era só solidão.

 

- Íris? – uma voz desconhecida me chama – Eu sou Jonas, irmão do Mats.  – o encarei. Poderia jurar que estava vendo Hummels. E estava, se considerar o fato de que são irmãos.

- São parecidos. – tentei ser simpática. Eu nunca conseguia.

- É o que dizem. – sorriu. – Mas então, você já deve ter ficado sabendo do que aconteceu.

- Sei. – assenti.

- Ele disse que precisa falar com você antes de morrer. – encarei-o confusa.

- O que? – perguntei.

- Não foi nada serio. Não se preocupe, mas sabe como o Mats é. Sempre fazendo tempestades em copos d’água.

Isto era, de fato, a mais pura verdade. Uma vez ele falou que iria ficar com AIDS, depois de ter sido picado por um mosquito. E, segundo ele, o inseto poderia ter feito de vítima, alguém com o vírus.

- Ah, tudo bem. – falei sem opções.

- Acha que podemos ir agora?

- Agora? – arqueei as sobrancelhas.

- Se for possível. – ele parecia mais educado que o irmão – Sabe, geralmente esse tipo de lesão é algo simples, no entanto dolorido. – me perguntei se ele era medico, aí lembrei que ele era caçula, descartando a possibilidade automaticamente – E, eu acho que, para evitar que Mats se sentisse mal, os médicos deram alguns medicamentos. E ele está meio drogado.

- Drogado? – ri.

- Você vai ver. Então, vamos?

- Vamos. – falei, ainda sem muita certeza de que seria uma boa escolha.

 

Quando chegamos ao hospital, Jonas me falou que teria de buscar algumas roupas em casa, e explicou-me algo a respeito de não serem permitidas visitas àquela hora, então acabei ficando como acompanhante, temporariamente, lógico. Disse que seus pais estavam fora da cidade devido a seus respectivos trabalhos, e Hummels havia sido rude e mandado Annete embora. Tive que rir dessa parte.

 

- Senhorita Morrison, a que devo sua honrosa visita? – Mats perguntou gargalhando enquanto eu entrava no quarto.

- Você me chamou. – encarei-o, tentando parecer séria. Quase impossível, vendo a situação em que ele se encontrava.

- Oh, isso é verdade. – falou pensativo.

- Pra quê? – tentei manter a expressão o mais rígida possível.

- Íris, por que você está brava comigo? – ele parecia carente. Estava tentando me enganar. – Você está com ciúme por causa da Annete? – sorriu.

- Mats, pra quê você me chamou aqui? – ignorei sua última frase, para evitar eventuais discussões.

- Você quer saber Íris? Então chegue mais perto. – Fez um sinal com o dedo, pedindo que me aproximasse, assim que o fiz, ele pegou minha mão. – Eu te chamei aqui porque vou morrer...

- Você não vai... – tentei falar, no entanto Mats colocou a mão sobre meus lábios, impedindo.

- Shh! Você não precisa ficar triste. – disse calmamente – Jonas prometeu cuidar bem de você quando eu for embora para morar com os anjinhos. – sussurrou.

- Mats, eu... – fiz outra frustrada tentativa de falar algo.

- Shh! Que coisa, não consegue ficar quieta? – falou irritado – Eu só quero que saiba que eu te perdoo.

- Me perdoa? Pelo quê? – não pude evitar uma risada ao ver sua expressão completamente retardada.

 - Por não ter ido ao meu jogo – mal sabia ele que, na verdade, eu fui – e por ter me trocado por aquela bicha roqueira. – isso foi mais engraçado do que qualquer outra coisa que ele já dissera – E você, me perdoa por não ter te dado a atenção que merecia? – encarou-me. Seus olhos estavam marejados. Ele realmente estava acreditando na história de morrer.

- Sim, Mats. Eu te perdoo. – sorri.

- Que bom. Agora posso morrer em paz. – fechou os olhos e adormeceu. Constatei que seus batimentos estavam normais pelo aparelho, e sentei-me na poltrona do lado da cama para esperar Jonas.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do Mats drogado.
E quanto a minha escrita, perdão se ficou ruim. Eu realmente não sei o que houve hoje.
Musica: www.youtube.com/watch?v=XTb9GNIxpMk
SERIO MESMO GENTE, VAMOS COMENTAR? EU ADORO COMENTÁRIOS.
Nos vemos abaixo.


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