História Hurricane - Family

Mais um dia de sobrevivência. A estrada estava com um trânsito enorme devido ao feriado de Açõe de Graça do dia seguinte. Estava bem ansiosa para ver minha família, fazia duas semanas que eu não os via e já parecia uma eternidade.

Duas horas e meia no trânsito, finalmente cheguei em meu bairro, normalmente demoro entre 1hr ou 50min para chegar.

Parei em um mercado que fica a umas três quadras da minha casa, peguei uma caixa de bombons francês que a mamãe tanto ama, um bom vinho, e flores para a vovó. Fui em direção ao caixa botando minhas compras em cima do balcão.

— Belas flores. — Disse o cobrador do caixa que aparentava ter uns 20 anos, e usava um boné jeans surrado, e tinha pouca barba no queixo.

— Obrigada. — Respondi sorrindo. — São para uma pessoa especial.

Paguei pelas coisas e logo voltei para meu carro e segui de volta o caminho para casa. Em 5min já tinha chegado, peguei as compras e minha mala, e entrei encontrando meu padrasto Nick vendo futebol americano na TV.

— Livy! Você demorou! — Nick falou vindo em minha direção e me abraçando.

— Desculpa! O trânsito estava enorme. Onde esta a mamãe e a vovó? — Perguntei colocando minha mala no chão.

— Estão na cozinha. Fui em direção a cozinha, encontrando mamãe e vovó cozinhando algo para o jantar.

— Boa noite madames! — Falei chamando a atenção delas para mim.

— Querida! — Vovó falou animada. — Finalmente! — Vovó me abraçou e eu beijei sua bochecha.

— Toma, são para a senhora. — Entreguei as flores. — E os bombons para a senhora. — Entreguei para mamãe, e a mesma me agradeceu com um beijo estalado na bochecha.

— E como foi a viagem, meu amor? — Mamãe perguntou.

— Um pouco cansativa, devido ao trânsito, mas valeu a pena. — Falei sorrindo.

— Por que não toma um banho e desce para jantarmos? — Mamãe perguntou.

— Vou fazer exatamente isso. — Falei e subi para meu quarto levando minhas malas, já que todas as minhas coisas estão em Los Angeles.

Bom, meu nome é Olivia, mas todos me chamam de Livy. Sou de uma cidade maravilhosa, chamada Anaheim na Califórnia. Atualmente estou morando em Los Angeles e estudando moda na UCLA. Tenho 18 anos, nasci numa família nobre, porém cheia de problemas.

Terminei meu banho, e não demorei para me arrumar. Logo todos jantamos jogando conversa fora e matando a saudade.

— Livy, porque não volta a morar na fraternidade? — Mamãe perguntou.

— Mãe já conversamos sobre isso. Eu comprei meu apartamento porque eu quero permanecer em Los Angeles mesmo depois que acabar de estudar. — Falei já exausta desse assunto.

— Olivia, sua vida toda eu batalhei para que você fosse uma ótima empresaria, assim como eu. — Mamãe falou em um tom um pouco elevado.

— Isso, mãe, é tudo o que você sempre quis, não eu. — Falei no mesmo tom.

— Livy, respeita sua mãe. — Nick reclamou.

— Mais do que eu respeito? E ela? Nunca sequer respeitou minhas decisões. Apenas a vovó me dava apoio, se não fosse a vovó, hoje eu jamais estaria fazendo algo que realmente gosto, será que da por um segundo fingir que está feliz por mim? — Falei já com lágrimas nos olhos.

— Livy faz o que achar melhor da vida dela. — Vovó falou.

— Você está sempre defendendo ela, mamãe. — Minha mãe falou com a vovó.

— É por isso que hoje ela é assim.

— Já deu para mim. — Falei levantando da mesa e indo em direção as escadas.

— Olivia! — Ouvi mamãe gritar.

— Boa noite! — Respondi, já subindo as escadas.

Fui direto para meu quarto, trocando o vestido por um conjunto de baby-doll, e me joguei na cama.

(...)

Acordei olhando as horas no relógio do celular que indicava ser 00:17hrs. Levantei cambaleando e fui em direção ao quarto da vovó, abrindo a porta lentamente, e vendo a mesma dormir.

Me aproximei devagar da cama, me ajoelhando ao seu lado.

— Vovó. — Sussurrei, e logo ela abriu os olhos, assim que me viu sorriu.

— Posso dormir com você?

— Claro querida — Vovó respondeu em um sussurro. Me deitei ao seu lado a abraçando.

A vovó sempre foi como uma mãe para mim, apesar de muitas vezes ser durona, sempre cuidou de mim, ela se tornou também minha melhor amiga, e sinceramente, todas as vezes que volto a Anaheim, é por causa dela.