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História Hypnotized - Issues


Escrita por: biebersmami

Notas do Autor


Atualizei em dois dias seguidos!!! Como assim?? Hahaha, próximo capítulo vai acontecer algo bem triste :( E nossa, a primeira temporada de Hypnotized está chegando ao fim </3 Eu ainda n tenho ctz se vai ter segunda temporada, pq isso depende de quantas pessoas estarão dispostas a ler a fic né :( Enfim, boa leitura e vejam o link da fic no wattpad nas notas finais, beijinhos.

Capítulo 25 - Issues


Kendra está deitada numa manta sobre a relva, por enquanto eu leio para ela. Trouxe um livro das princesas para intertê-la. Sei que não está entendendo nada, porém, acho que ela gosta de ouvir minha voz pois fica sempre quietinha quando estou lendo, apenas brinca com as mãozinhas. 

— Aqui, sua água. — Chris retorna, se sentando do outro lado da Ken. Abro um sorriso e interrompo minha leitura para beber a água. 

Hoje em especial está muito calor. Minha vontade é de me jogar na piscina de casa e ficar lá pelo resto do dia. Porém, não pretendo voltar lá tão cedo. 

— Você está bem? — Ele me pergunta, semicerrando os olhos devido ao sol forte que bate em seu rosto. 

Suspiro e pego Kendra, a colocando sentada no meu colo com um brinquedinho em suas mãozinhas gordas. 

— Eu devia estar. Entende? 

Ri pelo nariz. 

— O que Justin fez dessa vez? — Sua voz soa carregada em irritação. É como se ele estivesse me dizendo “eu te avisei”. 

— Ele... Ah, eu realmente não quero falar sobre isso, Chris. Mas entendo caso não queira que eu durma em sua casa. Respeito sua privacidade e sei que ir para lá com uma bebê não... 

— Eu não disse nada disso, Layla. Caramba, você sabe que é sempre bem-vinda. Só queria que você estivesse indo para lá por vontade própria, sabe? Não porque o Bieber fez merda. — Apoia seus antebraços nos joelhos e fita as pessoas que estavam ali. A maior parte eram famílias, montando o perfeito cenário de um filme. 

Inclusive, até eu, Christian e Kendra parecemos uma família. 

— Linguagem. — Repreendo e acabo ganhando um meio sorriso dele, que tenta esconder. — Eu te entendo. E lamento imenso. Mas tudo isso não tem que ser sobre o Justin. Eu só quero esquecer. E você e a melhor pessoa para me ajudar nesse quesito. — Confesso. Ele parece ter ficado satisfeito com minha resposta.

— Ok. O que acha de irmos comprar sorvete? 

— Acho que você demorou demais para perguntar! 

Chris dá risada e pega em nossas coisas, ao se levantar. É adorável ver ele carregando a bolsa rosa com borboletinhas e as letras “KENDRA” gravadas. 

No caminho até a sorveteria, nós conversamos bastante e ele chega a me contar sobre as meninas que já ficaram com ele aqui em Miami. Eu rio de todas as descrições que faz e não consigo conter meu sorriso cada vez que brinca com minha filha, que se desfaz em sorrisos. 

Christian realmente me faz bem. Ele é tipo uma benção que apareceu na minha vida e nesse aspeto tenho que agradecer Justin, pois sem ele, nunca teria conhecido o Chris. 

E nesse momento provavelmente estaria que nem uma desgraçada, chorando no colo de Saskia por causa da droga de uma maldita mensagem. 

[...] 

— Me perdoa pela bagunça. Não fazia ideia que ia ter a honra de receber uma rainha e uma princesinha aqui. — Chris finge arrependimento. 

— Não seja bobinho. Nem está assim tão... — Quando paro em frente à seu quarto quase tenho um ataque cardíaco. — Meu Deus, Christian Clarence! Como você consegue dormir aqui? — Arregalo os olhos. 

Chris coça a nuca e ri sem graça. 

— Eu te avisei. — Dá de ombros. 

— Vamos arrumar isso. — Coloco as mãos na cintura, decidida. Ken está dormindo no quarto de hóspedes onde eu ficarei essa noite, rodeada de almofadas por isso, pelo resto das quase três horas que passamos arrumando o quarto de Chris, fui checando minha filha de 30 a 30 min. 

Nessas pausas, acabei por ter que amamenta-la uma vez. Tirando isso, encontrei duas calcinhas jogadas naquele monte de bagunça no quarto de Chris e fiz questão de jogá-las no rosto dele. 

A cara que ele fez foi impagável! 

E depois disso ele me abandonou e foi tomar banho. Até agora, estou rindo, espalhando o perfume de bebê da Kendra pela casa. 

Além de dar um cheirinho bem legal a casa, era uma espécie de spray-contra-vadias para que as companhias de Christian pensassem que ele tinha um bebê em casa. 

Só fiz isso por ser engraçado não porque tenho ciúmes ou algo assim. 

Quer dizer, certo

— O que cê tá fazendo louca? — Pergunta Christian, saindo do banheiro. Me viro para ele com um sorriso que logo se desfaz. 

Minha atenção se perde completamente nas gotinhas de água que escorrem por seu peitoral. E que porra de peitoral! 

— Ai mãe. — Não consigo me conter. 

— O quê? — Chris questiona, começando a ganhar um sorrisinho convencido. 

Droga, Layla, acorda. 

Balanço a cabeça com força. 

— A minha mãe. — Tento disfarçar. — Uhm, ela que comprou esse perfume aqui. — Levanto o pequeno frasco para que ele veja. 

— Você tá gastando o perfume da princesa pela casa? — Ergue as sobrancelhas, se livrando da toalha que estava por volta de seu pescoço. 

Desvio o olhar rapidamente. 

— Não se preocupe, ela tem tipo uns mil desse. — Forço uma risada e quando vou tentar passar por ele, Chris desliza para frente de mim, carregando um sorriso presunçoso no rosto. 

— Hm, tudo bem? — Pergunta, intercalando seu olhar entre o meu e minha boca. Merda, nós estamos próximos demais. 

— Tudo ótimo. — Sussurro, não conseguindo parar de fitar seus lábios que parecem se aproximar mais e mais... 

O choro de Kendra me faz espalmar as mãos no peito de Christian e empurrá-lo, para conseguir entrar no quarto. 

— Shh, meu amor, mamãe está aqui. — Começo logo a tentar acalmá-la, rapidamente a aconchegando em meu colo. 

Ela se acalma de me imediato, esfregando o rostinho em meu pescoço. 

— Você é aquele tipo de garota que os caras escolhem apresentar para as mães. — Dou risada e me viro para trás, encontrando Clare encostado no batente da porta. 

— Obrigada, eu acho. — Dou de ombros. 

— Quer ir tomar banho? Eu posso ficar com a princesinha. — Se oferece, já se aproximando. 

— Isso é uma indireta para me dizer que estou fedendo e preciso tomar banho o mais rápido possível? — Semicerro os olhos e ele ri, pegando Kendra de meu colo. 

Ela o encara e fica tocando sua barba, sorrindo de vez em quando. 

— Claro que não, linda, você nunca fede. Mas arrumou o quarto todo sozinha, praticamente. E aliás, fez um ótimo trabalho. Já pode casar. — Ele pisca e jogo minha cabeça para trás, a abanando negativamente. 

— Você é demais, Christian Clarence. 

— Você que é! Areia demais para o meu camião. — Suspira, fingindo derrota. 

— Então faça duas viagens, bobinho! 

[...] 

Estamos os três na sala, assistindo um canal para bebês. É engraçado ver Clarence, todo grandão e ainda por cima gangster, assistindo a desenhos de bebê. 

Acho que isso explica o facto de ele estar toda hora mudando de posição, como se algo estivesse o encomendando. 

— Hey, Chris, se quiser eu posso mud... 

— Layla, eu preciso te contar uma coisa. — Confessa, como se já não estivesse aguentando. 

Por algum motivo, meu coração começa a bater mais rápido e algo me diz que o que ele quer me dizer tem a ver com a sua discussão com Justin dias meses atrás. 

Apenas assinto, o incentivando a continuar. 

— Eu, hm, sei que não é o meu lugar para te dizer isso mas, eu não aguento mais porra. Tem pessoas que estão te perseguindo porque, na verdade, o seu... — Christian é interrompido pela porta que é completamente arrombada. 

Meu primeiro instinto é abraçar Kendra como se minha vida dependesse disso. Caso fosse possível, já teria a enfiado de volta em minha barriga. 

Porém o medo logo cessa quando minha visão foca em Justin. 

Filho da puta! 

— Não fale palavrão em frente da minha filha. — Bieber cospe e eu demoro algum tempo para perceber que o xinguei em voz alta. De qualquer forma, Ken já está dormindo.

— O que você está fazendo aqui, seu imbecil?! 

— Sai da merda da minha casa, bro. — Chris ameaça, se levantando. 

Justin ri, debochado. 

I'm jealous, I'm overzealous (Sou ciumento, sou muito zeloso)

— Vocês são patéticos. O que estavam pensando? Que eu não ia descobrir? — Seu semblante se torna cada vez mais sério. — Ahm, porra?! — Eleva o tom de voz e eu decido que está na hora de tirar minha filha dali. 

Por isso me levanto e quando faço menção de começar a andar, Justin acelera até mim, agarrando meu braço com força. 

— Onde pensa que vai, caralho? — Me assusto com a vermelhidão em seu rosto, demonstrando o quanto está irritado. 

I get angry, baby, believe me (Eu fico chateado, bebê, acredite em mim)

I could love you just like that (Poderia te amar fácil assim)

— Justin, você me solta agora! — Exijo, entredentes. Ele desvia o olhar para Kendra e faz menção de tirá-la de meu colo. — Larga! Está maluco? Olha para o seu estado, acha mesmo que vou te entregar minha filha assim? — Tento não gritar, para não acordar Ken. 

I could leave you just this fast (Poderia te deixar tão rápido quanto)

— Bieber eu tou avisando que é melhor você sair daqui agora antes que alguma merda aconteça. E larga a Layla, porra! — Christian ameaça. 

Justin ganha uma expressão de falsa surpresa, parecendo a porra de um maluco. 

— Oh, agora o Zé ninguém acha que sequer tem moral para falar comigo? Ah cara, na boa, é melhor você sumir daqui antes que eu parta sua cara em pedacinhos que servirão para a comida de meus cachorros. 

— Eu estou na minha casa, tu deve tar fumado se acha que vou sair. 

— Parem! — Suplico. — E você nem tem cachorros, idiota. 

But you don't judge me (Mas você não me julga)

'Cause if you did, baby, I would judge you too (Porque se julgasse, bebê, eu te julgaria também)

— Tenho sim, comprei hoje. Você que não viu porque estava mais preocupada em vir dar pro Clarence. — Arregalo os olhos com as barbaridades que saíram da boca daquele filho da puta. 

Ele foi tão frio ao proferir aquelas palavras, que eu realmente tenho que me controlar para evitar as lágrimas de raiva. 

— Eu vou colocar minha filha na cama. — Não tenho certeza se eles ouviram devido à forma como minha voz soou fraca. 

Cause I got Issues (Porque eu tenho problemas) 

But you got ‘em too (Mas você os tem também)

— Você não vai colocar a minha filha em porra de cama nenhuma, a não ser que seja a que ela tem na nossa casa. Até porque se você quer ser vadia, que vá ser, só não leve uma bebê inocente para a merda da casa dos seus amiguinhos de foda. — Acho que minha boca nunca se abriu num ‘O’ tão grande. E no momento que minha mão choca com a bochecha de Justin, eu agradeço mentalmente por Kendra estar dormindo. 

— Você é a puta de um cretino imbecil, Justin! — Cuspo, apontando meu dedo bem em seu rosto, que está virado para o lado devido à intensidade de meu tapa. — Pode me acusar de qualquer porra imbecil que quiser, só não diga barbaridades que envolvam eu não ser uma boa mãe para minha filha. Você está dizendo isso para me magoar, o que é completamente estúpido visto que se eu quiser, eu trago minha filha para aqui sim e se quiser, transo com o Christian também. Sou uma mulher solteira e não é como se fosse colocá-la para assistir minha foda, não é mesmo? Até porque quando é você fodendo, não pensa no facto de que sua filha também está em casa. — Rio amarga. — Então, Justin, — Cuspo seu nome. — Me poupe, se poupe, nos poupe e vá visitar sua amiga LaToya antes que eu ligue para a polícia e te denuncie por invasão ao domicílio. 

Estou pronta para me virar quando ele volta a pegar meu braço com força, exatamente no mesmo local. A dor está insuportável porém eu me recuso a transparecer isso, retribuindo seu olhar frio. 

— Faz isso, olha para minha cara de preocupado. — Debocha, rindo pelo nariz. — Eu consigo escapar a polícia por assaltar a merda de um banco, acha que é porque “invadi” a casa de um merda que vão me prender? — Dá uma risada irónica. — Me poupe, se poupe, nos poupe. — Sussurra em minha orelha. Tranco o maxilar e puxo meu braço de seu aperto. Ele me solta e abana a cabeça negativamente. — Experimenta foder com o Clarence, Layla, só experimenta. — Ameaça. — Se isso acontecer, a próxima vez que você o verá será na porra de um caixão. 

Um calafrio sobre por minha espinha, exatamente por saber que ele não está brincando. 

— Oh, vai me matar? Vamos a essa, Bieber, porque não começar agora? — Chris provoca. 

— Ah, me desculpa, mas para ter contacto comigo precisa marcar horário. Amanhã de manhã, o que acha? É que hoje eu ainda tenho que levar minha mulher e minha filha para casa, sabe... Não mato ninguém em frente da princesinha do papai. — Suspira. 

— Você parece a merda de um louco. — Abraço Kendra contra mim e vejo as feições de Justin suavizarem. 

— Igual a você, baby. — Ele pisca e pega a bolsa de Kendra no canto da sala. — Vamos. 

I got issues (Eu tenho problemas) 

And of them is how bad I need you (E um deles é o quanto eu preciso de você)

Christian olha imediatamente para mim, quase me implorando para que não fosse. 

— Eu não vou a lado nenhum. — Digo, decidida. 

— Ótimo, me dê Kendra. — Manda. O encaro com incredulidade. 

— Está maluco? A Kendra tem três meses, imbecil. Ela precisa de mim e do meu leite. 

— Não se preocupe com isso, leite de vaca a gente encontra em qualquer lugar. — Ameaço me levantar, já farta das brincadeiras idiotas dele, quando ele levanta as mãos em redenção. — Opa, dessa vez eu to só brincando. — Ri sozinho, de sua piada sem graça.

— Vai pro caralho, Justin. 

Bask in the glory of all our problems (Aproveite a glória de nossos problemas) 

— Já estou nele. — Abre os braços, indicando que é a casa do Chris. 

— Sai daqui agora, eu tou cansado dessa merda já. Isso é falta de respeito, caralho, entrar na casa das pessoas assim! — Clare se irrita e com razão. Me sinto horrível por colocá-lo nessa posição. 

Sei que não demorará muito até a paciência de Justin estourar então decido acabar logo com aquilo, por mais que não queira.

— Presta atenção com quem você tá falando arrombado do- 

— Cala a boca, Justin. Você tem razão, Chris, lamento imenso. 

— Porra de garota burra! Já disse que não saio daqui sem... — Bieber começa. 

— Eu estou indo com você porra, o que quer mais?! — Estou prestes a enlouquecer. 

'Cause we got the kind of love it takes to solve 'em (Porque nós temos o tipo de amor necessário para os resolver) 

Ele se cala ao finalmente perceber que eu estou indo com ele. 

— Oh, afinal não é assim tão burra. — Dá de ombros. — Aí foi legal e tal arrombar sua porta, mas da próxima vez eu chego logo te matando, fica esperto. — E assim, Justin Bieber sai pelo lugar onde deveria estar uma porta. 

— Droga, desculpa, muitas desculpas, Chris. Eu nem sei o que dizer. Posso arranjar dinheiro para arranjar sua porta e... 

— Hey, psiu. — Ele me abraça, deixando uma Ken adormecida entre nós. Não consigo evitar as lágrimas que molham sua camisa preta. — Shh, vai ficar tudo bem. 

[...] 

— Chegamos, amor. — Justin estaciona o carro bem em frente da porta de casa. 

— Vai a merda. Deixa de ser cínico. — Abro a porta do carro para sair porém sou parada pela mão de Justin, apertando minha coxa. 

— Tá chateada comigo? 

Ah não, eu não acredito nesse garoto! 

— Você só pode estar me tirando, Justin. Porque não é possível! 

— Aí, aí, relaxa tá? Eu sei que viu a mensagem da LaToya mas a culpa não é minha que ela chama todo mundo de babe, porra. Você entendeu tudo errado e nem sequer falou comigo para eu ter a chance de explicar, Lay. — Me encosto no banco novamente, o encarando em sinal que ele deveria se explicar agora mesmo, antes que eu saísse dali para nunca mais olhar em sua cara. — A LaToya é dona de uma hamburgueria, como já sabe. E por isso a gente fez um negócio com ela em que eu e os caras usamos a van de “LaToya’s Burger” para transportar droga. Desse jeito, a polícia raramente nos para e quando isso acontece, mostramos realmente alguns pães e o caralho a quatro. É trabalho fácil que te dá dinheiro fácil, então a própria LaToya se envolveu e maior parte das vezes é ela que dirige, o que é mil vezes mais convincente. — Dá de ombros. — Por isso que hoje a gente se encontrou e ela mandou aquela mensagem. 

Permaneço calada. 

— Você sabe que está errada. Até porque, caralho, não foi você que exigiu que houvesse comunicação? Esqueceu disso? — Espalmo meu rosto em frustração. 

— Eu até podia ter comunicado com você, Justin, mas por saber que provavelmente atiraria na minha cara que a gente não tem porra nenhuma e você não me deve satisfações, eu preferi ficar quieta no meu canto e me afastar de todo esse ambiente tóxico. — Aponto para nós dois, empurrando meu cabelo para trás com os dedos. 

— Eu não diria isso para você. — Parece indignado. — Não depois de tudo que... 

— Justin, eu estou cansada. Agradeço sua disposição notável para me encher de mentiras e ilusões porém eu preciso dormir então se me dá licença... — Saio do carro, o deixando ali sozinho e pego Kendra de sua cadeirinha, entrando em casa. 

Ela já está com o pijama então apenas troco minha roupa, a amamento, troco sua fralda e deito na cama com ela, adormecendo com vários cenários brincando em minha cabeça. 

[...] 

— E ele foi lá? Mentira! — Saskia volta a sentar, chocada. 

— Ah, é bem a cara do Bizzle fazer isso. — Tiff comenta, raspando todo o líquido do sorvete que sobrou em sua tigela. 

— Vocês não imaginam o quanto eu estou exausta. — Reviro os olhos, terminando minhas panquecas. Pego na chávena de chá e dou mais um gole. 

— Sabe o que eu acho? — Sas se anima. 

— Não, está me vendo com cara de vidente? — Digo o óbvio, arrancando uma risada alta de Tiffany. 

— Que porra, você está mesmo precisando de fazer o que eu acho. 

— Cuspa seu veneno, melhor amiga! 

Saskia na verdade teve uma ótima ideia. E graças a essa maravilhosa ideia, eu, ela e Tiffany estamos agora num spa, deitadas todas numa espécie de cama. 

Todo nosso corpo está sendo massajado por uma pessoa, por enquanto a outra faz nossa manicure e outra nossa pedicure. 

Está sendo o paraíso! 

E muito bom para clarear minha mente. 

Justin Bieber’s POV 

— Aí, dude, tá cheirando mal. — Ryan reclama. 

— Deve ser o Nolan que peidou. Depois daquele feijão todo que comeu, já era de se esperar. — Comento, indiferente. 

— Ai não! Dessa vez o cheiro não é proveniente de meu cu. — Nunca consigo evitar rir das merdas que Nolan fala.

— Acho que foi a Kendrinha. — Chaz diz, chocado, após ter se aproximado de minha filha para cheirar. 

Arregalo os olhos. 

— Como assim foi a Kendrinha? Ela fez coco de novo? — Reclamo, prestes a implorar por piedade. 

Normalmente, as idas de Layla ao shopping são tipo de 30 minutos e maior parte das vezes Kendra nem acorda durante o tempo que a mãe não está. Acontece que hoje a dondoca foi ao spa e já está lá a quase três horas. 

Kendra não quer dormir de jeito nenhum e depois de ter brincando com ela por cinquenta minutos, tive que vir pro escritório para resolver alguns negócios. Desde aí que ela está numa cadeirinha que se mexe e tem um monte de caralhinhos de brinquedos pendurados para a distrair. 

De vez em quando eu tiro ela de lá e faço umas caretas que provocam um sorriso lindo no rosto da minha garotinha. 

Porém tirando tudo isso, ela as vezes chora por querer um pouco mais de atenção e já fez coco uma vez, que não foi nada agradável porque quando eu estava trocando a fralda, ela fez xixi na minha mão e como se não bastasse eu ainda coloquei a fralda ao contrário. 

Por isso tive que fazer tudo de novo.

Só de pensar que vou ter que fazer isso ainda mais uma vez... acho que estou prestes a me trancar no quarto de Nolan até morrer asfixiado pelo cheiro do chulé acumulado ali.

Me levanto, derrotado e pego Kendra da cadeirinha, logo recebendo um sorriso que me dá forças para repetir todo aquele processo. 

— Não tem problema linda, todas as princesas fazem coco. — Suspiro.

[...] 

Desperto de meu sono sentindo mãozinhas batendo meu rosto e abro os olhos, focando minha visão em Ken deitada em meu peito. 

— Ah, você já acordou princesa. — Abro um sorriso para ela que logo é retribuído com a oferta de baba em meu queixo, pelo facto de estar a segurando no ar. — Oh, que legal, o papai adora isso. — Sou irónico, mesmo que ela não perceba. 

Volto a deitá-la no peito e após dar um beijo em sua testa, deixo ela morder meu queixo como se sua vida dependesse disso, por enquanto eu pego meu celular e checo as mensagens para ver se está tudo em ordem para o assalto de hoje. 

Layla não faz ideia e eu nem sei sequer porque estou pensando nela agora, tendo em conta suas atitudes de ontem. Eu realmente pensei que ela ia amolecer depois de eu ter mostrado arrependimento e por estar cooperando... No entanto, as coisas não correram bem assim. 

Não gosto disso.

E só mostra o quanto ela está se tornando mais e mais madura. Ser mãe mudou Layla completamente, no bom sentido. E eu, sei lá, me sinto honrado por ter tido a sorte de ser eu a oferecer meus espermatozóides para ela e por ser pai dessa garotinha linda de três meses. 

Também odeio essas merdas piegas que venho pensando. Mas foda-se.

Layla tem um brilho novo e acho que isso é o suficiente para me fazer perceber que o que sinto por ela não é mais uma simples atração. 

E que porra, doeu ver ela com Christian. Doeu saber que quando as coisas estão complicadas para o seu lado, ela prefere ir atrás dele do que falar comigo. Doeu falar merdas que sei que são mentira só para a magoar. E mais do que tudo, doeu ver ela pegar nossa filha e me deixar sozinho com todo o caralho de meu sentimento de culpa e irritação, por no final, não ter resolvido nada. 

O barulho das mensagens de Khalil entrando em meu iPhone me irritam o suficiente para eu levantar e descer com Kendra. Preciso sair e caso Layla ainda não tenha chegado... Aí, eu tou fodido, porque de jeito nenhum que vou levar minha filha pro porão. 

Ao me aproximar da cozinha, oiço a voz de Layla e me sinto logo aliviado. Porém quando entro, sinto várias merdas no estômago ao mesmo tempo. 

Porra do caralho! 

Arregalo os olhos. 

— Minha bebê! — Lay comemora ao ver a filha, correndo até nós para a roubar de meu colo. Kendra sorri para mãe e assim que vai para seu colo, enfia seus dedinhos gordos nos fios loiros dela.

Ela cortou o cabelo. 

Ele está apenas um pouco abaixo da altura dos ombros e porra, ela está fodidamente linda e eu nunca pensei que poderia ficar ainda mais do que já era. 

— Puta que pariu, você tá linda. — Não consigo controlar minhas palavras porém fico feliz por meu descontrole pois Layla abre um sorriso. Para mim. Não pensei que isso fosse acontecer tão cedo. 

— Obrigada, papai. — Pisca e se vira, continuando a cozinhar sabe-se lá o quê, agora com a Kendra no colo. 

Caralho, eu preciso casar com essa mulher. 

— Você devia é agradecer por termos ficado com a Kendrinha, menina só sabe fazer coco. — Nolan brinca e Layla gargalha. 

— Termos com quem? Vocês se limitaram a me avisar que ela estava fedendo, tirando isso, servem pra porra nenhuma. — Rebato, fazendo todos na cozinha rirem. 

— Bem, papai Justin, não fez mais do que sua obrigação. — Lay me joga na cara. O que não deixa de ser verdade, por isso não respondo nada. 

— Aí, nós temos que ir. — Aviso aos caras que logo assentem e me acompanham para fora da cozinha. 

— Justin? — Layla chama. 

— Sim? — Viro para ela, esperando que ela me dê um beijo ou pergunte onde eu estou indo.

Eu só preciso de um sinal que ela ainda quer... Um sinal de que eu não fodi com tudo de vez. 

— Precisamos conversar. 

E minhas esperanças vão todas por água abaixo quando oiço seu tom duro, como se estivesse pronta para me dizer que acabou tudo de vez, nessa tal conversa. 

Por isso faço o que melhor sei fazer: mostro indiferença. 

— Yeah, como queira. 

Já que ela quer brincar de quem consegue ser mais “foda-se”, então vamos brincar.

I got Issues... And one of them is how bad I need you. 

Issues 

— Julia Michaels. 

 


Notas Finais


Justin é idiota. E aí amores, me digam o que estão achando, pf! Beijinhos e até o prox. capitulo. (Ps: coloquei uma referência a Brumar hehehe) Link da fanfic no wattpad: https://my.w.tt/pbJoQY7uCN.


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