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História I Always Will Love You - Não gosta dele, né?


Escrita por: Juny_Grace

Notas do Autor


Oi Oi :D
2 capítulos em um dia :o
espero que gostem, comentários no final? ><
desculpem os erros e boa leitura <3

Capítulo 2 - Não gosta dele, né?


Eu não acreditava. Não tinha como acreditar. Ele estava ali, na minha frente, depois de anos separados.

 — Senti sua falta – disse em um sussurro com o rosto enterrado na curva de seu pescoço – irmão.

— Também senti a sua, irmão. – Ele afagava meu cabelo enquanto eu inundava de lagrimas sua camiseta. Me afastei calmamente de seu abraço para observa-lo melhor. Ele mudara, e muito. Seus cabelos agora lisos e compridos chegavam ao meio das costas. Hora de cortar, pensei. Suas olheiras sumiram, agora usava grossos óculos de grau e aparelho nos dentes. Porém as semelhanças permaneciam, sua pele pálida idêntica a minha, seu olhar profundo como o meu, contudo suas íris em um tom lilás pareciam gentis e observadoras. E, para a minha alegria, éramos do mesmo tamanho. — Olha só pra você! Como esta diferente.

— Eu? – perguntei indignado – Olha só pra VOCÊ. Desde quando usa óculos? – nesse momento sentamos na cama e colocamos toda nossa conversa de anos em dia.

Vocês devem estar pensando, como assim Nico? Quem é ele? De onde ele saiu? Brotou do teto? Bem, digamos que Bianca não era minha única irmã. Juny e eu somos gêmeos fraternos, nascemos na Itália terra natal de nossa família, viemos para Nova York quando nosso pai assumiu a presidência de uma famosa empresa produtora de cinema. Bianca tinha 10 anos quando viemos para cá e Juny e eu apenas 7, eu me adaptei rápido aqui, mas ele não. Nossos pais decidiram que seria melhor e mais pratico para ele morar com nossos avós na Itália já que não se acostumara aqui. E foi assim que nos separamos. 10 anos depois aqui estamos nós, frente a frente.

— Porque está aqui? – perguntei depois de alguns segundos.

— Depois do incidente com mamãe e Bianca não consegui mais ficar longe de casa sem pensar que algo poderia acontecer comigo ou com você sabendo que passamos anos separados, então cá estou eu – finalizou com um sorriso tímido nos lábios.

 — Espera, – falei confuso – você vai morar aqui? Comigo?

— Digamos que por apenas 6 meses.

— Ah cara, isso vai ser demais! Tem tanta coisa pra gente fazer, tanta coisa pra te contar, você precisa conhecer meus amigos, você vai pra escola comigo né? Espero que sejamos da mesma sala. – disse tudo em um fôlego só, fazendo-o rir.

— Claro, claro. – disse ele se levantando indo em direção a algumas malas, que não havia reparado, ao lado da janela, tirando de uma um pequeno embrulho. – Trouxe pra você da Itália.

Entregou o pacote na minha mão e sentou-se novamente ao meu lado. Entusiasmado como uma criança, rasguei todo o papel que envolvia a pequena caixinha branca, abri com cuidado e tirei o pequeno bonequinho que estava lá dentro. Um soldadinho de chumbo. Às cosas do brinquedo havia apenas uma palavra, Soldatino.

— Me lembra a mamãe – disse com lagrimas nos olhos e um sorriso no rosto.

— Por isso eu o trouxe – respondeu.

— Obrigado. – e novamente me joguei em seus braços.

...

A tarde se passou e logo a noite caiu, fria e chuvosa. Havia tomado um banho quente para manter o corpo aquecido, coloquei uma camiseta preta de mangas compridas e uma calça de moletom. Ia saindo do quarto quando vejo as malas ainda na janela, vou até elas e quando pego suas alças ouço uma voz abafada:

— Nico? Nico!

Saio do quarto e entro no quarto ao lado que era idêntico ao meu deixando as malas em cima da cama. Estava tudo silencioso e estranhamente vazio, quando deslizo a mão pela maçaneta uma voz alta e estridente diz as minhas costas:

— Ai está você, porque demorou?

— DEUSES DO OLIMPO! – dou um pulo com a mão no peito e a respiração acelerada – Qual o seu problema? – me viro para encarar uma cabeça molhada para fora da porta do banheiro – Quer me matar de susto?

— Que drama – a cabeça revira os olhos – eu só esqueci a toalha, pode pegar pra mim? – fui até a mala hesitando em abri-la – Não se preocupe não tem nenhuma cobra ou algo que te assuste ai dentro. – sorriu debochado.

— Cale a boca Di Angelo – disse pegando a toalha e jogando em seu rosto. – Saia logo daí, estou com fome.

— E o que eu tenho há ver com sua fome? – gritou do banheiro.

— Você é quem veio morar aqui, nada mais justo que você fazer o jantar. – gritei de volta sentando-me na cama.

— Você é muito folgado, tem duas mãos porque não faz você? – disse já saindo do banheiro. Foi ai que eu vi.

Saiu do banheiro apenas com uma toalha em volta da cintura. Os cabelos molhados estavam jogados por cima do ombro largo caindo e escorrendo sobre o peitoral definido. As gotículas de água deslizavam pela barriga sarada e sumiam ao encontrar com o tecido macio um palmo abaixo do umbigo. Os braços com músculos não tão grandes vasculhavam as malas tirando delas peças aleatórias de roupa. Como é lindo, pensei literalmente babando por meu irmão, e o mesmo pareceu perceber.

— Por quanto tempo vai ficar me olhando? – questionou sorrindo tímido.

— O que?- sacudi a cabeça para afastar os pensamentos impróprios – Não estava te olhando.

— Aham, sei – disse por fim virando-se de costas e deixando a toalha escorregar por suas pernas.

Naquele momento engasguei com minha própria saliva e tive uma crise de tosse muito feia, estava parecendo um tuberculoso.

— Precisa se trocar na minha frente?! – questionei indignado.

— Qual é Nick – disse virando-se pra mim já de bermuda e uma camiseta de mangas longas – somos homens, o que eu tenho que você não tem?

Optei por não responder, apenas peguei um travesseiro e o acertei o rosto. Ele riu e repetiu meu ato e assim demos inicio a uma guerra.

 

          [Juny]

 

Nossa guerrinha não durou muito já que alguém começou a reclamar de fome. Me dei por vencido e fui fazer o jantar, enquanto preparava a refeição Nico sentou-se na mesa e começou a tagarelar sobre como seus amigos da escola gostavam dele, sobre como eram legais, sobre as aulas e professores chatos e sobre Percy.

Após dizer esse nome ele estranhamente se calou. Olhei de relance para ele e não pude deixar de notar suas bochechas coradas, e logo a fixa caiu. Ah, entendi.

— Então – disse quebrando o silêncio – você gosta dele?

— O que?! – disse me encarando atônito – C-Claro que n-não.

— Sei, sei – se ele preferia não falar sobre aquilo tudo bem, mas uma hora ele falaria.

O silêncio reinou então. Comemos e logo fomos para a sala jogar vídeo game, por insistência de Nico jogamos Naruto Ultimate Ninja Storm 3. Jogamos por algumas horas até ele cansar de perder e optar por um filme.

Sentei em uma ponta do grande sofá negro e ele na outra assistimos por meia hora, até ele ceder e deitar no sofá com a cabeça nas minhas coxas. Comecei a acariciar seus cachos negros e logo vi que sua guerra contra o sono fora em vão. Levantei-me delicadamente para não acorda-lo, coloquei uma almofada debaixo de sua cabeça e subi as escadas silenciosamente indo até seu quarto. Abri as portas do grande closet e puxei um lençol escuro de lá, antes de chegar à porta ouço o soar de It’s my life do Bon Jovi voltei-me para a cama e peguei o celular de Nico, no visor reluzia o nome Percy em frente a foto de um moreno de olhos verdes.

Eu não deveria, pensei.

— Alô? – disse com a voz calma e curiosa.

Nico? – questionou a pessoa do outro lado da linha.

— Não, não é ele.

Porque você esta com o celular dele? Onde ele esta?

— Nico esta dormindo no momento, quer deixar recado?

Ah, entendi – disse a voz em um tom decepcionado – Tudo bem então, pode dizer que liguei por favor?

— Claro.

Bem, obrigado. – E com isso desligou.

Voltei a descer as escadas como se nada tivesse acontecido. Chegando à sala, cobri o corpo de Nico que agora estava desajeitadamente esparramado no sofá, não consegui conter o sorriso com a cena. Não mudou nada, pensei. Cobri-o e depositei um beijinho em sua testa. Antes de subir para o meu novo quarto, apertei o botão do celular do garoto para dar uma ultima olhada na hora, mas ao fazer isso vejo que a foto de um rosto sorridente com olhos verdes era seu papel de parede. O tal Percy que ligou a pouco, pensei e ri baixinho. Não gosta dele ahn? Eu te conheço Nicolas Di Angelo.

Depositei e aparelho na mesinha de centro e subi as escadas, amanhã será um longo dia.

 



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