História I am here - Drarry - Crise

•Draco pov

Ontem eu não fui a escola, fiquei o dia todo com minha mãe e Luna, elas estavam completamente abaladas e eu também estava um pouco em choque com essa notícia, vimos filmes, conversamos e demos uma volta no parque, para distrairmos a cabeça.

De noite pedimos uma comida e fomos dormir.

Hoje não acordei muito bem, esse é mais um daqueles dias que eu me sinto um lixo, começo a me perguntar o motivo de eu estar vivo ou o porquê de eu ter nascido 

Fico num desânimo e sinto que eu estou destruído como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

E ainda tem essa carta que lemos ontem, é muita coisa pra processar, Luna minha irmã?

Ela mora conosco faz 5 anos e assim do nada eu descubro que ela é minha irmã, eu diria que a carta é mentira, mas Pandora nunca mentiria sobre algo tão sério assim. 

Meu pai traindo minha mãe?

Se ele a traiu com a Pandora, então provavelmente deve ter tido outras mulheres.

Ele sempre foi bem próximo de minha tia Bellatrix... Pare de inventar coisas que você não sabe Draco.

Hoje eu preciso dar um tempo disso tudo, só esfriar a cabeça, apenas por um dia, eu necessito. 

Levanto da cama sem muito ânimo e vou até meu banheiro, sigo minha rotina de sempre, escovo meus dentes, tomo um banho, coloco uma roupa para a escola e desço para a cozinha.

Chegando lá, pego um misto e começo a comer, Luna está sentada a mesa tomando um copo de leite, vou até ela e digo:

- Bom dia Luna.

- Bom dia Draco, hoje não consegui sair mais cedo, posso ir com você?

Luna sempre sai de casa antes da aula para ir ao borboletário, ela é voluntária lá.

- Claro.

- Bom dia crianças.

- Bom dia mãe.

- Bom dia tia.

- Como você está querida?

- Estou bem tia, só estou tentando processar isso tudo, obrigada por perguntar.

- De nada meu anjo.

- E como você está mãe?

- Eu estou bem, eu achava que iria ficar pior, mas estou realmente bem, e você?

- Estou bem...

- Que bom, já comeram algo?

- Sim.

- Sim.

- Então Luna, vamos?

- Vamos, tchau tia - Ela diz enquanto se levanta e anda em direção a porta da garagem.

- Tchau mãe - dou um beijo na bochecha dela.

- Tchau crianças boa aula.

Entramos no carro e fomos em direção a escola.

Chegando lá pegamos nossas coisas e nos separamos no pátio, avistei Pansy e Blaise em uma mesa e me sentei junto a eles.

- Bom dia Draco - os dois dizem.

- Bom dia gente.

- O que aconteceu ontem? Você não é de faltar - Blaise pergunta.

- Eu tive uns problemas familiares, depois contarei a vocês, hoje eu quero descansar um pouco minha cabeça.

- Tudo bem, saiba que estamos aqui caso queira conversar - dessa vez Pansy diz.

- Ok, obrigada Pan.

- Oi gente -  Harry diz se sentando a mesa enquanto Hermione e Ron também nos cumprimenta.

O cabelo dele vive bagunçado mas esse é o seu charme.

E também tem aquela cicatriz que eu reparei no primeiro dia que nós conhecemos, ela tem um formato engraçado de raio, algum dia perguntarei sua origem.

Eles estavam conversando animadamente sobre algo mas eu não conseguia entender o que era, minha mente estava flutuando como se eu nem estivesse ali e sim em outro mundo.

Comecei a me sentir mal, eu estava com uma vontade enorme de chorar e não parar nunca mais, então eu pedi licença e me levantei.

- Dray tá tudo bem?

- Estou sim, só vou ao banheiro.

- Tem certeza? Não parece bem.

- Ele disse que está bem Blas - Pansy retruca irritada.

Sai da mesa e fui ao banheiro.

Chegando lá adentrei em uma cabine e me sentei no chão, comecei a chorar, tudo estava vindo em minha cabeça como socos, como se eu fosse culpado por tudo que já aconteceu comigo.

Peguei a minha mochila e vi um apontador, eu precisava melhorar minha dor.

Quebrei o apontador e fiquei apenas com a lâmina.

Arregacei as mangas da minha roupa e comecei pequenos cortes no meu braço, estavam me ajudando, eu estava tão distraído com eles que nem prestava atenção no que estava acontecendo na minha cabeça.

Os cortes começaram a ficar mais profundos pois comecei a me viciar naquilo, e eu chorava e chorava e não conseguia parar.

Até que eu comecei a ficar com falta de ar, eu sentia como se eu fosse morrer a qualquer minuto, joguei a lâmina e os restos de apontador fora e sai da cabine.

Até que tudo ficou preto.

Uma hora depois.

Estou ouvindo vozes mas não consigo identificar de quem são, não é de Blaise e muito menos de Pansy, eu não tenho outros amigos além deles, então quem seria?

Abro meus olhos e tento identificar onde eu estou, tem luzes muito fortes nos meus olhos, agora focando minha visão vejo que é uma enfermaria.

- Draco você acordou meu deus até que enfim, como você está?

- Ha... Harry? - minha voz falhou um pouco.

- Sim sou eu.

- Eu acho que estou bem.

- Você se cortou feio, porque fez isso?

- Eu não sei explicar eu tive um surto e comecei a me cortar isso me ajudou a me controlar - respiro fundo e continuo - me desculpe eu não consegui parar, não queria deixar ninguém preocupado.

- Não precisa se desculpar, mas me promete que vai a um psicologo tentar entender o que você tem.

- Eu vou sim... Harry porque você está aqui?

- Estávamos preocupados com sua demora então eu disse que iria até o banheiro ver se estava tudo bem, quando cheguei você estava no chão, não deu nem tempo de avisar os outros apenas te trouxe até a enfermaria.

- Obrigado, de verdade muito obrigado.

- De nada, está se sentindo melhor?

- Sim, só estou meio tonto.

- Ok, vou chamar a enfermeira para ver se está mesmo tudo bem.

Ele saiu e voltou com uma senhora de cabelos grisalhos e rosto simpático.

- Bom dia Draco, eu sou a Madame Pomfrey e irei analisar você, se estiver tudo bem você está liberado.

-Ok.

Ela começou a ver minha temperatura, passou uma faixa em meu braço cortado, viu se eu estava com alguma outra dor e me liberou.

Sai da sala e Harry veio junto comigo.

- Eu acho que vou para casa, não estou com vontade de voltar para a aula.

- Tudo bem, quer uma carona?

- Não precisa eu consigo ir, não quero que perca mais aula por minha causa.

- Eu não tenho mais nenhuma aula importante hoje, não se preocupe eu posso te levar.

- Se você insiste tudo bem.

Saímos da escola e fomos em direção a garagem, entramos no carro dele e coloquei meu endereço no GPS.

Seguimos tranquilos, conversando sobre coisas aleatórias, dançando e cantando as músicas que tocavam na rádio.

Chegamos em minha casa e antes de me despedir pedi o seu número de telefone.

- Qualquer coisa você me chama, e se quiser conversar ou desabafar eu tô aqui.

- Obrigado Harry de verdade, se não fosse por você eu não sei o que seria de mim.

- De nada, lembre-se de limpar os cortes senão iram inflamar.

- Lembrarei - disse dando um sorriso de canto.

Saio do carro e vou pra casa, chegando lá como algo na cozinha e subo para tomar um banho, coloco uma roupa limpa, me deito e acabo dormindo.